A Pichação na Parede
Nota Bia: Falei com as meninas e elas concordaram em criar um twitter para LHP, para vcs acompanharem quando lança cada capítulo. É só procurar Lendo_HP2. https://twitter.com/Lendo_HP2
MionGinnnyLuna~~> Fiquei animada com a sua empolgação :D É tão legal saber que você gosta tanto da fic ;) Fico feliz que você vai continuar lendo. Postando no dia prometido, foi rápido, não foi?
Juh_Lynch~~> Hello beautiful! Ok, mas se mudar de ideia é só falar :) Fofo? Por que exatamente? Apaixonada pelo cap? Sério? Eu achei ele até normal, então é uma ótima surpresa. Fallen é bom? Eu sempre tive uma vontade de ler, mas sempre fiquei adiando e acabei não lendo... Para, assim vamos ficar metidas :D Fico feliz que tenhamos conseguido aumentar o seu humor! Tipo, eu adoro quando uma fic faz isso para mim. Tu já assistiu How I Met Your Mother? Porque a série tem um livro de humor MUITO bom : )
Fernanda Gusman~~> Nós também estávamos sentido falta de vocês :) Fã? Sério? (Isso é tão emocionante) Ego lá cima – até que eu me lembro que vou ter que estudar matemática agora. Postando no dia combinado J. Obrigada por perdoar a gente. Beijos!
Capítulo 9 - A pichação na parede
— Que está acontecendo aqui? Que está acontecendo?
Atraído, sem dúvida, pelo grito de Draco,
- Esse menino não sabe a hora de ficar calado.
Argo Filch apareceu, abrindo caminho com os ombros por entre os alunos aglomerados. Então ele viu Madame Nor-r-ra e recuou,
- Eu daria tudo pra ver a cara de Flich nessa hora - falaram os marotos juntos. Alice olhou incrédula.
- Ei, tudo bem que isso aconteceu por causa de algo maligno, mas não quer dizer que Flich não merecia - argumentou Sirius.
- Mas é só uma gata. Um ser irracional. Ela não fez nada - contrapôs Dorcas.
levando as mãos ao rosto horrorizado.
— Minha gata? Minha gata! Que aconteceu a Madame Norr-ra? — gritou ele.
E seus olhos saltados pousaram em Harry.
- De 200 estudantes Flich olha para quem? Para o meu filho, é claro! - James choramingou.
- Cuidado, Harry, Flich vai te estu... - começou a falar Sirius.
- SIRIUS BLACK! - Lily gritou - Não fale desse ser nojento fazendo essas coisas com o meu filho!
- Flich iria se arrepender se fizesse isso com o Harry! - garantiu Gina - Talvez até não sobrevivesse pra contar história - disse ela com um sorriso malvado.
Harry sorriu para a namorada e a puxou para um beijo.
— Você! — gritou. — Você! Você assassinou a minha gata? Você a matou!
- Isso é uma acusação muito séria, mesmo sendo sobre uma gata - Regulos disse levantando a sobrancelha - Ele tem alguma prova? Não.
Vou matá-lo!
- Muito esperto - Snape revirou os olhos - Falar isso com testemunhas presentes.
Vou...
— Argo! — Dumbledore chegara à cena,
- Na hora certa como sempre - falaram Neville e Frank juntos. Eles sorriram.
Gina e Hermione sorriram, felizes de ver o amigo interagindo com o pai.
seguido de vários professores.
- Deve ter sido uma visão assustadora, tantos professores assim - estremeceu Lene.
Os gêmeos concordaram.
- Uma das piores imagens da minha vida - brincaram.
Dorcas riu.
Em segundos, passou por Harry, Rony e Hermione e soltou Madame Nor-r-ra do porta-archote.
- Quem disse que tio Dumby tá fora de forma? - Sirius falou.
— Venha comigo, Argo — disse a Filch. — Os senhores também, Sr. Potter, Sr. Weasley e Srta. Granger.
Lily fez uma careta, não gostava da ideia de seu filho ir para a sala do diretor, mas pelo visto teria que se acostumar.
Lockhart deu um passo à frente presunçoso.
— A minha sala fica mais próxima, diretor, logo aqui em cima, por favor, fique à vontade...
— Muito obrigado, Gilderoy — disse Dumbledore.
Os presentes se afastaram para os lados em silêncio para deixá-los passar.
Rony deu um sorriso arrogante.
- Somos demais, com licença.
Alice, Neville, Lissy, Severus e Régulos reviraram os olhos.
Lockhart, com o ar agitado e importante, acompanhou Dumbledore, apressado; o mesmo fizeram a Profª. McGonagall e o Profº. Snape.
- Não consigo me imaginar fazendo qualquer coisa igual a Lockhart - falou Snape.
Gina sorriu.
Ao entrarem na sala escura de Lockhart, ouviram uma agitação passar pelas paredes; Harry viu vários Lockharts nas molduras se esconderem, com os cabelos presos em rolinhos. O verdadeiro Lockhart acendeu as velas sobre a escrivaninha e se afastou um pouco. Dumbledore pôs Madame Nor-r-ra na superfície polida e começou a examiná-la. Harry, Rony e Hermione trocaram olhares tensos e se sentaram, observando, em cadeiras fora do círculo iluminado pelas velas.
A ponta do nariz comprido e curvo de Dumbledore estava a menos de três centímetros do pêlo de Madame Nor-r-ra. Ele a examinou atentamente através dos óculos de meia-lua, apalpou-a e cutucou-a com os dedos longos. A Profª. McGonagall estava curvada quase tão próxima, os olhos apertados.
- Conhecemos essa expressão - falaram os gêmeos.
-Nós também - falaram os Marotos.
Snape esticava-se por trás deles, meio na sombra, com uma expressão estranhíssima no rosto:
Por reflexo, todos encararam Snape. Ele encarou o chão.
era como se estivesse fazendo força para não sorrir.
- Por quê? - perguntou Dorcas.
- Eu acho que eu estava achando engraçado a cara de Flich, de Weasley, Potter e Granger e de como Lockhart é idiota - Snape respondeu desconfortável.
- Não, porque você estava se segurando para não rir? - Dorcas perguntou curiosa.
- Por que os outros provavelmente não iriam achar graça - respondeu, hesitante.
- E daí?
Severus Snape a encarou incrédulo.
- Eu ia parecer um louco.
- Você devia ligar menos para o que os outros dizem - concluiu Dorcas, o encarando.
Snape desviou o olhar.
E Lockhart andava à volta do grupo, oferecendo sugestões.
- Provavelmente ridículas - falou Alex, com desprezo.
— Decididamente foi um feitiço que a matou,
- Errado - falou Rony, revirando os olhos.
- O que a matou? - perguntou Alice, ansiosa.
- Não quero falar disso - respondeu e olhou para Gina de lado. Ela parecia um pouco tensa, mas bem.
provavelmente a Tortura Transmogrifiana. Já a usaram muitas vezes, que pena que eu não estava presente, conheço exatamente o contra feitiço que a teria salvado...
- Pode até conhecer, mas duvido que consiga lança-lo - Harry apontou.
- É uma surpresa que ele consiga falar - concordou Josh.
Os comentários de Lockhart eram pontuados pelos soluços secos e violentos de Filch. Ele se afundara em uma cadeira ao lado da escrivaninha, incapaz de olhar para Madame Nor-rra, o rosto coberto com as mãos. Por mais que detestasse Filch, Harry não pôde deixar de sentir uma certa pena dele,
- É o meu filho - sorriu Lily.
embora não tanta quanto a que sentia de si mesmo.
- É o meu filho - imitou James, sorrindo.
Eles riram, menos Snape e Regulus.
Se Dumbledore acreditasse em Filch, o garoto com certeza seria expulso.
- Dumbledore sabe melhor que isso. Ele nunca expulsaria você - Regulus falou, tentando tranquilizar Harry, esquecendo que isso fora há anos.
Harry sorriu, grato.
- Obrigado Regulus.
Dumbledore agora murmurava palavras estranhas para si mesmo,
- Feitiços antigos - sugeriu Lissy.
Hermione concordou com a cabeça.
tocando Madame Nor-r-ra com a varinha, mas nada aconteceu: ela continuava parecendo que fora empalhada recentemente.
Alice deu um sorriso triste. Ela amava animais
— Lembro-me de algo muito parecido que aconteceu em Ouagadogou — disse Lockhart —, uma série de ataques, a história completa se encontra na minha autobiografia, naquela ocasião pude fornecer aos habitantes da cidade vários amuletos, que resolveram imediatamente o problema...
- Amuletos - falou Lene com desprezo.
- Qual o problema? - perguntou Remus.
- Eu odeio eles. Ganhei um para afastar pesadelos e tive o pior pesadelo da minha vida - fez uma careta.
Todos foram.
- Mas alguns realmente são úteis - disse Regulus.
Lene deu de ombros.
- Ainda os odeio.
As fotografias de Lockhart na parede concordavam com a cabeça quando ele falava.
- Ridículo.
Uma delas se esquecera de tirar a rede dos cabelos.
Finalmente Dumbledore se ergueu.
— A gata não está morta,
As meninas sorriram aliviadas (menos quem já sabia disso).
Argo — disse ele baixinho.
Lockhart parou imediatamente de contar o número de assassinatos que evitara.
- Que, na verdade, era nenhum - falou Harry.
— Não está morta? — engasgou-se Filch, olhando por entre os dedos para Madame Nor-r-ra. — Então por que é que ela está toda... Toda dura e gelada?
— Ela foi petrificada
Todos ficaram em silêncio. Mesmo no mundo bruxo, não era comum a petrificação. Normalmente, algo poderoso era o responsável. E pensar que tinha algo assim em Hogwarts...
Todos do passado olharam preocupados para Harry, Hermione, Gina, Rony, Neville, Fred e Jorge.
- Estamos bem - lembrou Neville
— disse Dumbledore ("Ah Eu bem que achei!", disse Lockhart.) — Mas de que forma, eu não sei dizer...
— Pergunte a ele! — gritou Filch, virando o rosto manchado e escorrido de lágrimas para Harry.
- Eu já tinha me esquecido porque vocês estavam ai - falou Dorcas.
— Nenhum aluno de segundo ano poderia ter feito isto — disse Dumbledore com firmeza.
- Dumbledore Advogado! - aplaudiram os gêmeos.
— Seria preciso conhecer Magia Negra avançadíssima...
— Foi ele, foi ele! — cuspiu Filch, o rosto balofo congestionado. — O senhor viu o que ele escreveu na parede! Ele encontrou... No meu escritório... Ele sabe que eu sou um... Sou um...
— O rosto de Filch se contorceu de modo horrendo. — Ele sabe que sou um aborto! — terminou.
- Não é como se ninguém esperasse que Flich fosse um grande bruxo... - falou Alex e Lissy mandou um olhar raivoso para ele.
- Não fale assim de ser um aborto, o que o seu amigo ia pensar disso? - murmurou ácida.
-Que amigo?-interrompeu Sirius.
-Ninguém - responderam os irmãos juntos.
— Jamais encostei o dedo em Madame Nor-r-ra! — disse Harry em voz alta, sentindo-se incomodado por saber que todos o olhavam, inclusive todos os Lockhart nas paredes. — Nem mesmo sei o que é um aborto.
- Seu conhecimento sobre o mundo mágico é péssimo - murmurou Regulus preocupado.
Harry deu de ombros
— Mentira! — rosnou Filch. — Ele viu a carta do Feiticexpresso!
— Se me permite falar, diretor — disse Snape de seu lugar nas sombras, e Harry sentiu seus maus pressentimentos aumentarem; tinha certeza de que nada que Snape tivesse a dizer iria beneficiá-lo.
- Desculpa - pediu Harry.
Snape deu de ombros.
— Talvez Potter e seus amigos simplesmente estivessem no lugar errado na hora errada
- Obrigada, Severo - falou Lily, sorrindo.
Snape sorriu também.
—, disse ele, um ligeiro trejeito de desdém lhe encrespando a boca como se duvidasse do que dizia. — Mas temos um conjunto de circunstâncias suspeitas neste caso. Por que é que estavam no corredor do andar superior? Por que não estavam na Festa das Bruxas?
- Você fez isso com boas intenções. Foi para dar a eles um chance de falar - falou Regulus, sorrindo.
- Pode ter sido sem querer - protestou Sirius.
- Não, não foi. Se ele só quisesse piorar as coisas pararia em as circunstâncias são suspeitas - replicou Regulus
Harry, Rony e Hermione, todos desataram a dar explicações sobre a festa do aniversário de morte.
—... Havia centenas de fantasmas na festa, que poderão confirmar que estávamos lá...
— Mas por que não foram depois para a Festa das Bruxas? — perguntou Snape, os olhos negros faiscando à luz das velas. — Por que subir àquele corredor?
- E como você explica isso Regulus? - Sirius perguntou para o irmão, de modo arrogante.
Snape ficou em silêncio.
- Ele estava curioso ou sabia que eles estavam escondendo algo que poderia ser importante - respondeu calmo.
Rony e Hermione olharam para Harry.
— Porque... Porque... — disse Harry, o coração disparado; alguma coisa lhe disse que seria muito difícil eles acreditarem se confessasse que fora levado por uma voz sem corpo que ninguém, exceto ele, tinha podido ouvir
- Não sei porque - Marlene falou sarcástica.
— porque estávamos cansados e queríamos nos deitar.
— Sem jantar? — disse Snape, um sorriso vitorioso perpassou o seu rosto magro. — Eu não sabia que nas festas os fantasmas ofereciam comida própria para consumo de gente viva.
— Não estávamos com fome — disse Rony em voz alta ao mesmo tempo que sua barriga dava um enorme ronco.
Todos riram.
- Ótima hora pra ficar com fome - provocou Gina.
Rony corou.
O sorriso maldoso de Snape se ampliou.
— Suspeito, diretor, que Potter não esteja dizendo toda a verdade. Talvez fosse uma boa idéia privá-lo de certos privilégios até que esteja disposto a nos contar tudo. Pessoalmente, acho que deveria ser suspenso do time de Quadribol da Grifinória até que se disponha a ser honesto.
Os jogadores dali arregalaram os olhos.
— Francamente, Severo — disse a Profª. McGonagall com aspereza —, não vejo razão para impedir o menino de jogar Quadribol. Esta gata não foi enfeitiçada com um golpe de vassoura. Não há qualquer evidência de que Potter tenha feito algo errado.
Eles riram.
Dumbledore lançou a Harry um olhar penetrante. Seus olhos azuis cintilantes faziam Harry sentir que estava sendo radiografado.
- Ou lendo a mente - sussurrou Harry raivoso. Dumbledore devia ter lido a mente dele nessa hora.
— Inocente até que se prove o contrário, Severo — disse com firmeza.
Snape pareceu furioso. E Filch também.
— Minha gata foi petrificada! — gritou, os olhos esbugalhados. — Quero ver alguém ser castigado!
— Vamos curá-la, Argo — disse Dumbledore, paciente. — A Profº. Sprout recentemente obteve umas mandrágoras.
- Que sorte - murmurou Snape, desconfiado.
Assim que elas crescerem, vou mandar fazer uma poção que ressuscitará Madame Nor-r-ra.
— Eu faço
- NÃO!
— Lockhart entrou na conversa. — Devo ter feito isto centenas de vezes. Seria capaz de preparar um Tônico Restaurador de Mandrágora até dormindo...
— Desculpe-me — disse Snape num tom gelado. — Mas creio que sou o professor de Poções aqui nesta escola.
- Eu preferia tomar uma coisa feita por Snape, com ele sabendo que era pra mim e podendo colocar veneno do que algo preparado por Lockhart - murmurou Harry.
Houve uma pausa muito incômoda.
— Vocês podem ir — disse Dumbledore a Harry, Rony e Hermione.
Os três saíram o mais depressa que puderam sem chegar a correr.
Eles riram.
Quando estavam um andar acima da sala de Lockhart, entraram em uma sala de aula e fecharam a porta silenciosamente. Harry procurou enxergar o rosto dos amigos no escuro.
— Vocês acham que eu devia ter falado a eles daquela voz que ouvi?
— Não.
— Não — respondeu Rony sem hesitar. — Ouvir vozes que ninguém mais ouve não é bom sinal, mesmo no mundo da magia.
- Animador.
Alguma coisa na voz de Rony fez Harry perguntar:
— Você acredita em mim, não é?
— Claro que acredito — respondeu Rony depressa. — Mas... Você vai concordar que é estranho...
— Eu sei que é estranho — disse Harry. — A coisa toda é estranha.
- Verdade. Mas nada relacionado a Harry Potter é normal.
O que era aquela pichação na parede? A Câmara Secreta foi aberta... Que será que significa isso?
— Sabe, me lembra alguma coisa — disse Rony lentamente. — Acho que alguém certa vez me contou uma história de uma câmara secreta em Hogwarts... Talvez tenha sido o Gui...
— E afinal o que é um aborto? — perguntou Harry.
Para sua surpresa, Rony sufocou uma risadinha.
— Bem... Não é realmente engraçado... Mas é o que Filch é — disse ele. — Um aborto é alguém que nasceu em uma família de bruxos, mas não tem poderes mágicos. De certa forma é o oposto do bruxo que nasceu trouxa,
- Boa definição - murmurou Frank.
mas os abortos são muito raros. Se Filch está tentando aprender magia em um curso Feiticexpresso, imagino que ele seja um aborto. Isto explicaria muita coisa. Por exemplo, a razão por que ele odeia tanto os alunos.
-Nem todos os abortos são assim - murmurou Lissy.
- Mas Flich é.
— Rony deu um sorriso de satisfação. — É um amargurado. — Um relógio bateu as horas em algum lugar.
— Meia-noite — disse Harry — É melhor irmos deitar antes que Snape apareça e tente nos culpar de outra coisa qualquer.
Durante alguns dias, a escola praticamente não conseguiu falar de outra coisa a não ser do ataque à Madame Nor-r-ra.
- Povo fofoqueiro.
Filch o manteve vivo na lembrança de todos, perambulando pelo lugar onde ela fora atacada, como se achasse que o atacante poderia voltar.
- Isso é estúpido – falou Alex.
- É de Flich que estamos falando – disse Frank, dando de ombros.
Harry o vira esfregando a mensagem na parede com Removedor Mágico Multiuso Skower,
- Duvido que irá funcionar.
mas sem resultado; as palavras continuavam a brilhar na pedra, mais fortes que nunca.
- Isso foi sinistro – murmurou Neville.
Quando Filch não estava guardando a cena do crime, esquivava-se pelos corredores, os olhos vermelhos,
- Não me diga que ele está fazendo um... – começou Jorge.
-... Cosplay de Voldemort? – terminou Fred.
investindo contra estudantes distraídos e tentando impingir-lhes uma detenção por coisas do tipo "respirar fazendo barulho" e "parecer feliz".
Gina Weasley parecia ter ficado muito perturbada
Todos lançaram olhares de pena para a menina (menos Regulus), que se escondeu no peito do namorado.
- Calma, Gina... Já passou... Tá tudo bem... – tranquilizou Harry.
Alice, Josh, Frank, Alex, Lyssi, Neville, Regulus, Snape James, Remus, Sirius, Lily, Marlene e Dorcas encaram a cena, curiosos.
- O que foi isso? – perguntou Sirius.
Harry lançou um olhar raivoso para o maroto.
- Nada.
Mesmo Sirius percebeu que era mais inteligente ficar calado.
com o destino de Madame Nor-r-ra. Segundo Rony, ela adorava gatos.
- Eu acho isso muito fofo – falou no ouvido da namorada, que corou.
- Ei, Potter! – brigou Rony – Espero que não esteja falando nada indecente para a minha irmã!
Lene riu.
- Se ele puxou a mim... – murmurou James, com um sorriso malicioso. Harry olhou para James como se ele o tivesses traído.
- Rony, calma! – Hermione tentou acalmar o namorado.
Não pareceu funcionar. Ela tentou outra tática: deu um beijo. E funcionou.
— Mas você nem chegou a conhecer Madame Nor-r-ra direito — disse Rony animando-a. — Francamente, estamos muito melhor sem ela.
Hermione bateu no namorado.
— Os lábios de Gina tremeram. — Coisas assim não acontecem todo dia em Hogwarts — tranquilizou-a Rony. — Vão pegar o maníaco que fez isso e mandá-lo embora daqui na hora.
- Sim, Hogwarts é importante demais para essa pessoa ficar impune – Regulus disse, dando um sorriso para a garota. Ela era uma pessoa muito explosiva para o gosto dele, mas, mesmo assim, ela era a namorada de Harry. E ele queria ver o menino feliz.
Só espero que ele tenha tempo de petrificar o Filch antes de ser expulso.
A sala se dividiu entre revolta e risadas.
Brincadeirinha... — acrescentou Rony depressa, ao ver Gina empalidecer.
O ataque também afetara Mione. Tornou-se comum ela passar muito tempo lendo,
Todos (menos Remus) reviraram os olhos.
mas agora não fazia quase mais nada. Nem Harry e Rony tampouco obtinham alguma resposta quando lhe perguntavam o que pretendia fazer,
- Já estamos acostumados – murmurou Harry.
e somente na quarta-feira seguinte ficaram sabendo.
Harry se demorara na sala de Poções, onde Snape o retivera depois da aula para raspar os vermes deixados em cima das carteiras.
- ECA!
- Desculpa Potter – murmurou Severus.
- Tudo bem, Snape.
Depois de um almoço apressado, ele foi ao encontro de Rony na biblioteca e viu Justino Finch-Fletchley, o garoto da Lufa-Lufa que tinham conhecido na aula de Herbologia, vindo em sua direção.
Harry acabara de abrir a boca para dizer "Olá" quando
- Lá vem coisa ruim – murmurou Josh.
Justino o viu, virou-se abruptamente e saiu correndo na direção oposta.
A confusão estava na cara de quase todos os presentes.
- Por que ele fez isso? – perguntaram Lene e Sirius juntos. A sala riu.
Harry encontrou Rony no fundo da biblioteca, medindo o dever de História da Magia. O Profº. Binns tinha pedido uma redação de um metro sobre o "Congresso Medieval de Bruxos Europeus".
Os nerds – Hermione, Lily, Remus e até Regulus - começaram a conversar entre si sobre isso.
— Não acredito que ainda faltem vinte centímetros... — disse Rony furioso, largando o pergaminho, que tornou a se enrolar. — E Mione escreveu um metro e vinte e oito e a letra dela é miudinha.
- Por que escrever mais? – perguntou Sirius.
- Para ficar mais completo.
— Onde é que ela está agora? — perguntou Harry, pegando a fita métrica e desenrolando a própria redação.
— Ali adiante — disse Rony indicando as estantes. — Procurando outro livro. Acho que está tentando ler a biblioteca inteira antes do Natal.
Hermione corou.
- Muito engraçado, Rony – ironizou.
Harry contou a Rony que Justino Finch-Fletchley fugira dele.
— Não sei por que você se importa — disse Rony escrevendo sem parar, fazendo a caligrafia o maior possível.
Lily estreitou os olhos, em desaprovação.
— Toda aquela baboseira sobre a importância de Lockhart...
Hermione saiu do meio das estantes. Tinha um ar irritado, mas parecia, finalmente, disposta a falar com eles.
— Todos os exemplares de Hogwarts: uma história foram retirados
- Isso é algo estranho – murmurou James perplexo.
— anunciou ela, sentando-se com Harry e Rony. — E tem uma lista de espera de duas semanas.
- Mais estranho ainda – murmurou Sirius.
Eu gostaria de não ter deixado o meu exemplar em casa, mas não consegui enfiá-lo no malão com todos os livros de Lockhart.
- Existe um malão muito bom para caber livros... – explicou Remus, detalhando as funções.
- CHEGA! – murmurou Alice – Continua a ler, por favor.
— Para que você quer a história? — perguntou Harry.
— Pela mesma razão que todo mundo quer: para ler a lenda da Câmara Secreta.
- Não acho que tenha em Hogwarts: uma história – murmurou Lily, pensativa.
— Que vem a ser isso? — perguntou Harry depressa.
— Esta é a questão. Não consigo me lembrar
- Isso que é estranho – murmurou Rony.
— disse Mione, mordendo o lábio. — E não consigo encontrar a história em lugar nenhum...
— Mione, me deixe ler a sua redação — pediu Rony desesperado, consultando o relógio de pulso.
- Parece com Sirius e James pequenos – murmurou Remus.
— Não, deixo não — disse a garota com severidade. — Você teve dez dias para terminá-la...
- Dez dias? E você ainda não terminou? – perguntou Alex, incrédulo – Foi um prazo muito grande, eu tenho que fazer em...
- Cinco. Senão, eu brigo com você – interrompeu Lyssi.
Sirius, Regulus, Snape e Remus os encararam desconfiados. Mas não falaram nada.
— Eu só preciso de mais cinco centímetros, deixe, vai...
A sineta tocou. Rony e Mione se dirigiram à aula de História da Magia, discutindo.
- Como sempre – murmurou Lyssi.
A História da Magia era a matéria mais sem graça do programa. O Profº. Binns, encarregado de ensiná-la, era o único professor fantasma, e a coisa mais excitante que acontecia em suas aulas era ele entrar em classe atravessando o quadro-negro.
- Isso todo mundo já sabe – murmurou Sirius, entediado. Ele fechou os olhos.
Velhíssimo e enrugado, muita gente dizia que ainda não percebera que estava morto.
- Isso é impossível – murmurou Snape, que já tinha pesquisado muito sobre fantasmas.
Um belo dia ele simplesmente se levantara para dar aula e deixara o corpo sentado numa poltrona diante da lareira da sala de professores; sua rotina não se alterara nem um pingo desde então.
- Se ele desse uma aula interessante, pelo menos... – reclamou Josh.
Hoje estava chato como sempre. O Profº. Binns abriu seus apontamentos e começou a ler num tom monótono como um aspirador de pó velho, até que quase todos os alunos na sala caíram num estupor profundo, de que emergiam ocasionalmente o tempo suficiente de copiar um nome ou uma data e, em seguida, tornar a adormecer.
Regulus suspirou. Ele odiava como essa matéria, que poderia ser tão interessante era desperdiçada.
Estava falando havia meia hora quando aconteceu uma coisa que nunca acontecera antes.
Hermione levantou a mão.
Todo mundo se virou para Hermione na mesma hora, chocados.
- O que você vai fazer? – perguntou Lily.
- Leiam – respondeu Hermione, simplesmente.
O Profº. Binns ergueu os olhos no meio de um discurso mortalmente maçante sobre a Convenção Internacional de Bruxos de 1289 e fez uma cara surpresa.
- Até ele – murmurou Neville.
— Senhorita... Ah...?
— Granger, professor.
- Existia um professor que não sabia o nome de Hermione – disse Neville chocado.
Eu gostaria de saber se o senhor poderia nos contar alguma coisa sobre a Câmara Secreta — pediu Mione com voz clara.
Dino Thomas, que estivera sentado com a boca aberta,
Careta de Gina ao lembrar que já namorara ele.
espiando para fora da janela, acordou de repente do seu transe;
Rony imitou a cena e eles riram.
a cabeça de Lilá Brown
Careta de Hermione.
deitada sobre os braços se ergueu
Hermione fez uma imitação de Lilá, a ridicularizando. Todos riram (menos Rony).
e o cotovelo de Neville Longbottom escorregou da carteira.
Neville se imitou. Todos riram.
O Profº. Binns pestanejou.
— Minha matéria é História da Magia — disse ele naquela voz seca e asmática. — Lido com fatos, Srta. Granger, não com mitos nem com lendas.
- Essa doeu em mim – murmurou Dorcas, dando um sorriso simpático para Hermione.
— Ele pigarreou fazendo um barulhinho como o de um giz que se parte e continuou. — Em setembro daquele ano, um subcomitê de bruxos sardos...
O professor gaguejou antes de parar. A mão de Mione estava outra vez no ar.
— Srta. Granger?
— Por favor, professor, as lendas não se baseiam sempre em fatos?
- Isso é mentira – murmurou Regulus, sem hesitar - Muitas vezes, elas começam com o propósito de assustar uma pessoa em especifico, mas acabam se espalhando.
O Profº. Binns olhou-a com tal espanto, que Harry teve certeza de que nenhum aluno vivo ou morto, jamais o interrompera antes.
- Será que quando ele era vivo ele já era assim? – perguntou Lyssi.
— Bem — disse o Profº. Binns lentamente —, é um argumento válido, suponho. — Ele estudou Mione como se nunca antes tivesse olhado direito para um aluno. — Contudo, a lenda de que a senhorita fala é tão sensacionalista e até tão absurda que...
A classe inteira ficou pendurada em cada palavra que o professor dizia. Ele correu um olhar míope por todos, rosto por rosto virado em sua direção. Harry percebeu que ele estava completamente desconcertado por aquela manifestação incomum de interesse.
Os marotos, Lene, Frank, Dorcas, Josh, Alex, Neville e os gêmeos riram.
— Ah, muito bem — disse vagarosamente. — Vejamos... A Câmara Secreta...
— Os senhores todos sabem, é claro, que Hogwarts foi fundada há mais de mil anos... a data exata é incerta... pelos quatro maiores bruxos e bruxas da época. As quatro casas da escola foram batizadas em homenagem a eles: Godric Gryffindor, Helga Hufflepuff, Rowena Ravenclaw e Salazar Slytherin. Eles construíram este castelo juntos, longe dos olhares curiosos dos trouxas, porque era uma época em que a magia era temida pelas pessoas comuns, e os bruxos e bruxas sofriam muitas perseguições.
Os sangues-puros estremeceram, se lembrando das histórias detalhadas dos pais sobre essa época. Foi desse tempo que nasceu o ódio por trouxas de famílias como os Blacks.
Ele fez uma pausa, percorreu a sala com os olhos lacrimejantes e continuou:
— Durante alguns anos, os fundadores trabalharam juntos, em harmonia, procurando jovens que revelassem sinais de talento em magia e trazendo-os para serem educados no castelo. Mas então surgiram os desentendimentos. Ocorreu uma cisão entre Slytherin e os outros. Slytherin queria ser mais seletivo com relação aos estudantes admitidos. Ele acreditava que o aprendizado de magia devia ser mantido no âmbito das famílias inteiramente mágicas.
Regulus não podia culpar totalmente Slytherin, era uma época perigosa. E talvez isso realmente pudesse evitar alguns tipos de problemas.
Desagradava-lhe admitir alunos de pais trouxas, pois os achava pouco dignos de confiança. Passado algum tempo houve uma séria discussão sobre o assunto entre Slytherin e Gryfflndor, e Slytherin abandonou a escola.
O Profº. Binns parou de novo, contraindo os lábios, parecendo uma velha tartaruga enrugada.
— É o que nos contam as fontes históricas confiáveis. Mas estes fatos honestos foram obscurecidos pela lenda fantasiosa da Câmara Secreta. Segundo ela, Slytherin construiu uma câmara secreta no castelo, da qual os outros nada sabiam. Slytherin teria selado a Câmara Secreta de modo que ninguém pudesse abri-la até que o seu legítimo herdeiro chegasse à escola. Somente o herdeiro seria capaz de abrir a Câmara Secreta, libertar o horror que ela encerrava e usá-lo para expurgar a escola de todos que não fossem dignos de estudar magia.
Todos ficaram em silêncio.
- Então, quer dizer que...
- A lenda era real. E estava tentando libertar o horror – afirmou Harry. Gina tremeu um pouco – Não foi culpa sua – sussurrou para ela – Voldemort teria achado outra pessoa se não fosse você.
Lily começou a chorar, assim como Alice, com medo do que poderia ter acontecido. James acariciou a namorada. E Alice puxou Neville para perto dela e de Frank.
Harry parou de abraçar Gina, que estava normal de novo, para ir para perto de James e Lily. Em silêncio, enxugou as lágrimas da mãe, que sorriu entre o choro, mas passou a chorar ainda mais forte.
- Eu... que deveria estar... fazendo isso! – murmurou ela. Harry encarou a mãe.
- Não me importo – disse com carinho e James sorriu para ele, embora também estivesse preocupado.
- Ficamos bem – falou Harry.
Nessa hora, Sirius tomou coragem e se juntou a família Potter, ficando do lado de James. E Remus seguiu o exemplo do amigo e ficou do lado de Lily, ajudando a acalmar, embora seu coração estivesse pesado de saber que Harry enfrentaria mais um desafio. Regulus se levantou e ficou do lado de Harry.
- Me diga que você não teve que enfrentar isso – sussurrou.
Harry deu um sorriso culpado e Regulus o puxou para um abraço.
- Posso não ser um Potter, e sei que você jamais me imaginou que eu me importaria com você, mas para mim, você faz parte da minha família Harry. Se algum dia ficar sem lugar, me procure – murmurou Regulus.
- Obrigado. Acredite ou não Regulus, você também faz parte da minha. Se precisar, sabia que pode morar comigo também – falou Harry feliz. Ali, junto de Sirius, James, Lily, Regulus e Remus era como ter uma casa. Ter uma família.
Harry trocou um olhar com Neville, que parecia sentir o mesmo.
Hermione, Rony, Gina, Fred e Jorge estavam felizes de ver que Harry com a sua família, um pouco maior até do que eles tinham imaginado. Sabiam que também fazia parte da família do moreno, mas ele não precisava deles agora.
Alex, Josh, Lyssi e Snape observavam a interação em silêncio. Os três primeiros pareciam felizes, o último não demonstrava alegria, mas também não demonstrava inveja, o que já era um avanço.
Marlene e Dorcas observavam tudo com um sorriso de canto, mas vendo todos ali as fazia se perguntar o porquê elas foram chamadas para ler. E porque Snape, Alice e Frank foram chamados.
Harry e Neville trocaram um olhar, felizes de estar com a sua família.
- Posso ler? – perguntou.
Fez-se silêncio quando ele acabou de contar a história, mas não foi o de sempre, o silêncio modorrento que dominava as aulas do Profº. Binns. Havia no ar um certo constrangimento enquanto todos continuavam a olhá-lo, esperando mais.
- Isso é inédito – murmurou Gina.
O Profº. Binns fez um ar ligeiramente aborrecido.
— A história inteira é um perfeito absurdo, é claro. Naturalmente, a escola foi revistada à procura de provas da existência dessa câmara, muitas vezes, pelos bruxos e bruxas mais cultos. Ela não existe. Uma história contada para assustar os crédulos.
- Assim como mágica? – perguntou Snape, sarcástico.
A mão de Mione voltou a se erguer.
— Professor... O que foi exatamente que o senhor quis dizer com "o horror que a câmara encerra"?
— Acredita-se que haja algum tipo de monstro, que somente o herdeiro de Slytherin pode controlar
- Isso não é bom – murmurou Lene.
- Porque ele é um Slytherin? – perguntou Regulus irritado.
- Não, porque é uma pessoa só – devolveu Lene.
— respondeu o Profº. Binns com sua voz seca e esganiçada.
Os alunos trocaram olhares nervosos.
— Afirmo que a coisa não existe — disse ele folheando suas anotações. — Não há Câmara alguma e monstro algum.
Harry trocou um olhar com Hermione, Rony e Gina.
— Mas, professor — perguntou Simas Finnigan —, se a Câmara só pode ser aberta pelo verdadeiro herdeiro de Slytherin, ninguém mais seria capaz de encontrá-la, não é?
- Tecnicamente não.
— Bobagem, Flaherty — disse o Profº. Binns, num tom irritado. — Se uma longa sucessão de diretores e diretoras de Hogwarts não encontraram a coisa...
— Mas, professor — ouviu-se a voz fina de Parvati Patil —, a pessoa provavelmente terá de usar Magia Negra para abri-la...
- Mas para acha-la também? – perguntou Dorcas.
Ninguém respondeu.
— Só porque um bruxo não usa Magia Negra não significa que não possa,
- Na realidade, existem lugares que só podem ser achados com magia negra – retrucou Regulus.
Todos – menos Harry, Sirius e Snape - encararam o Black temorosos, como se lembrando que ele era, sim, um comensal da morte. Sim, ele queria mudar e ser um espião, mas... ainda era do lado escuro.
- Mesmo assim, acredito que Hogwarts deve ter tido algum diretor interessado em achar a câmara e que conhecesse magia negra – retrucou Harry, tranquilo.
senhorita Pennyfeather — retrucou oProfº. Binns. — Eu repito, se uma pessoa como Dumbledore...
Snape revirou os olhos. Dumbledore era muito inteligente e poderoso, mas ainda existiam coisas que ele não podia fazer. As pessoas pareciam achar que ele capaz de tudo, mas isso era uma grande mentira. Não que ele não respeitasse o professor, mas todo ser humano possuía limitações.
— Mas talvez a pessoa tenha que ser parente de Slytherin,
Frank ficou pensativo.
- Seria provável – concluiu – Parece algo que Slytherin faria.
Regulus e Snape lançaram olhares de raiva para ele.
- Não estou dizendo isso de forma maldosa – justificou – Só que, se ele fizesse mesmo essa câmara, ele iria querer limitar o aceso de pessoas a elas. Dizem que ele era um homem desconfiado.
por isso Dumbledore não poderia... — começou Dino Thomas,
Harry fez uma careta.
mas para o professor aquilo já era demais.
— Basta — disse com rispidez. — É um mito! Não existe! Não há a mínima prova de que Slytherin tenha algum dia construído sequer um armário secreto de vassouras!
- Hum... Armário secreto de vassouras... - disse James com um sorriso sugestivo.
Marlene, Sirius, Josh, Fred e Jorge riram.
Arrependo-me de ter contado aos senhores uma história tão tola.
- Nos ajudou bastante – discordou Hermione.
Vamos voltar, façam-me o favor, à história, aos fatos sólidos, criveis e verificáveis!
- É por isso que a vida (ou morte) é tão chata... – suspirou Alex – Ele se prende a coisas previsíveis!
E em cinco minutos a classe voltara a mergulhar em seu torpor habitual.
- Somente sendo uma aula de Binns para depois de uma história dessas, todos se entediarem – falou Alice, perplexa.
— Eu sempre soube que Salazar Slytherin era um velho maluco e tortuoso — contou Rony
Snape, Frank, Regulus e Alex lançaram olhares de raivas.
- Salazar não era um velho maluco. Ele foi um dos bruxos mais brilhantes da época dele – comentou Regulus, seco – Somente porque você não concorda com alguns dos ideais deles, não pode desconsiderar todos os grandes feitos deles.
Rony corou.
- Mas ele era um louco defensor da pureza de sangue – constatou.
- Mesmo assim, isso não muda o fato de que ele foi um bruxo genial, um dos fundadores de Hogwarts – Snape retrucou.
Remus interveio quando percebeu que Rony ia continuar a discutir.
- Isso não importa. São só pontos de vistas sobre um bruxo que já morreu – afirmou.
a Harry e Mione enquanto tentavam passar pelo corredor apinhado de alunos ao fim das aulas, para guardarem as mochilas antes do jantar — Mas não sabia que ele é quem tinha começado toda essa história de puro sangue.
- Não foi ele que começou toda a história de puro-sangue. Ele foi um grande apoiador, mas isso já existia há anos antes dele nascer - murmurou Sirius, que tinha tido aulas sobre história da magia desde que pudera se lembrar.
Harry o encarou de modo estranho, assim como os Weasleys. Esse Sirius não parecia em nada com o que eles conheciam.
Eu não ficaria na casa dele nem que me pagassem.
E os sonserinos nunca iriam aceitar um aluno como esse, pensaram Snape e Regulus, trocando olhares.
Francamente, se o Chapéu Seletor tivesse tentado me mandar para Sonserina,
- Ele nunca faria isso – afirmou Neville. Rony não tinha uma veia sonserina.
eu teria tomado o trem de volta para casa...
Mione concordou fervorosamente,
Todos encararam a adolescente, chocados. Logo ela que era tão sensata?
- Eu era jovem e não tinha conhecido nenhum sonserino muito amigável comigo. Achava que teria sido um inferno para mim estudar lá, sendo uma nascida-trouxa – murmurou, corando – Mas eu sei que existem pessoas boas lá agora.
- Como quem? – perguntou Gina.
- Regulus e Snape – respondeu sorrindo.
Os dois estavam chocados. Quer dizer que Granger gostava deles? Isso fora inesperado, mas agradável. Eles sorriram.
mas Harry não disse nada. Sentira o estômago afundar e o comentário lhe causara mal estar.
Harry nunca contara a Rony e Mione que o Chapéu Seletor considerara seriamente mandá-lo para Sonserina.
Os dois lançaram olhares magoados para o moreno.
Ainda lembrava, como se fosse ontem, a vozinha que lhe falara ao ouvido quando no ano anterior ele colocara o chapéu na cabeça:
"Você poderá ser grande, sabe, está tudo aí em sua cabeça, e Sonserina o ajudaria a galgar o caminho para a grandeza, não há dúvida..."
- Não acho que minha vida teria sido boa lá – murmurou Harry, pensativo – A Grifinória foi uma boa escolha porque tem poucos filhos de comensais lá. Não que isso seja um preconceito – acrescentou apressadamente – Mas se eu ficasse amigo deles, quando Voldemort voltasse, eles seriam obrigados a me abandonar e eu ficaria sozinho, ou seria traído. E eu acho que eu não conseguiria passar tudo que eu passei sem amigos – sorriu para os Weasleys, Neville e Hermione.
- Muito sensato, Potter – falou Snape impressionado.
Harry sorriu, agradecido.
Mas Harry, que já ouvira falar da reputação que tinha Sonserina de produzir bruxos das trevas,
Harry lançou um olhar de desculpas para os sonserinos.
pensou desesperado:
"Sonserina, não!" e o chapéu lhe respondera: "Bom, se você tem certeza... então é melhor Grifinória..."
James sorria orgulhoso.
Enquanto se deslocavam pela multidão, Colin Creevey passou.
— Oi, Harry!
— Olá, Colin — respondeu Harry automaticamente.
Todos reviraram os olhos.
— Harry, Harry, um garoto da minha classe anda dizendo que você...
Mas Colin era tão pequeno que não conseguiu resistir à maré de gente que o empurrava em direção ao Salão Principal;
Algumas pessoas riram.
eles ouviram sua voz pequenininha:
— Vejo você depois, Harry! — e desapareceu.
— O que será que um garoto da classe dele anda dizendo de você? — perguntou Mione.
— Que sou o herdeiro de Slytherin,
- Esse povo é retardado? – perguntou Lene, sem acreditar – Qualquer um consegue ver que os Potters dificilmente estariam relacionados a Slytherin. É só fazer uma pesquisa básica.
- E um herdeiro de Slytherin provavelmente não entraria na casa do rival dele – acrescentou Dorcas.
imagino — disse Harry, o estômago afundando mais uns dois centímetros e ele, de repente, lembrou-se de Justino Finch-Fletchey fugindo dele na hora do almoço.
- Ninguém precisa dele mesmo – disse Lily, com descaso – O quê? – perguntou quando todos a encararam – O bem estar do meu filho primeiro.
Harry ficou tenso, enquanto se lembrava da morte deles, por causa das palavras de Lily. Fechou os olhos.
Foi assustador os abrir e ver uma Lily Evans e um James Potter bem na sua frente.
— O pessoal daqui acredita em qualquer coisa — disse Rony desgostoso.
- Verdade. Hogwarts adora brincar de vamos odiar Harry Potter, ano sim, ano não – resmungou Harry.
Gina sorriu para o namorado.
A multidão foi-se esgarçando e eles puderam subir a escada seguinte sem dificuldade.
— Você naturalmente acha que existe uma Câmara Secreta? — perguntou Rony a Mione.
— Não sei — respondeu ela franzindo a testa. — Dumbledore não conseguiu curar Madame Nor-r-ra,
- Qual a relação...?
e isto me faz pensar que aquilo que a atacou talvez não fosse... Bem... Humano.
- E Hermione, como sempre estava certa – falou Rony, só para os irmãos.
Ao falar, eles dobraram um canto e se viram no fim do mesmíssimo corredor em que ocorrera o ataque. Pararam e olharam. A cena
- Do crime...
era exatamente a daquela noite, exceto que não havia nenhum gato duro pendurado no porta-archote, e havia uma cadeira encostada na parede em que se lia a mensagem "A Câmara Secreta foi Aberta".
- Assustador – falou Neville.
— É onde Filch tem estado de guarda — murmurou Rony.
Eles se entreolharam. O corredor estava deserto.
- De novo sozinhos em um corredor com algo estranho? – murmurou Alice, preocupada.
— Não faria mal algum dar uma espiada por aí — disse Harry, largando a mochila e ficando de quatro de modo
Sirius de um sorriso malicioso.
a poder engatinhar à procura de pistas.
— Marcas de fogo!
Eles arregalaram os olhos.
— disse. — Aqui... E aqui...
— Venham só dar uma espiada nisso! — chamou Mione. — Que coisa engraçada...
Harry se levantou e foi até a janela junto à mensagem na parede. Mione estava apontando o caixilho superior da janela, onde havia umas vinte aranhas correndo e brigando para entrar em uma pequena fenda.
Frank franziu a testa.
Um fio longo e prateado estava pendurado como uma corda, como se todas o tivessem usado na pressa de sair.
- O que causou isso? – perguntou Josh, curioso.
— Vocês já viram aranhas se comportarem assim? — perguntou Mione pensativa.
— Não — disse Harry —, e você, Rony? Rony?
Ele olhou por cima do ombro. Rony estava parado bem longe e parecia lutar contra o impulso de correr.
Rony corou.
— Que aconteceu?— perguntou Harry.
— Eu... Não... Gosto... De aranhas — disse Rony muito tenso.
- Ronyzinho tem medo de aranhas – perturbou Fred.
- Parem com isso – pediu Gina.
— Eu nunca soube disso — comentou Mione, olhando para Rony surpresa. — Você usou aranhas na aula de Poções um monte de vezes...
— Não me importo quando estão mortas
Dorcas deu um sorriso para Rony.
- Eu também sou assim.
— explicou Rony, que tomava o cuidado de olhar para todo lado menos para a janela. — Não gosto do jeito como elas andam...
Hermione riu.
— Não tem graça — disse Rony, furioso. — Se precisa mesmo saber, quando eu tinha três anos, Fred transformou o meu... Meu ursinho numa enorme aranha nojenta
As meninas olharam chocadas para Fred, que somente sorriu, como se perguntasse o que mais eu podia fazer?
- Eu tinha os meus motivos.
porque eu quebrei a vassoura de brinquedo dele...
Os meninos lançaram olhares chocados para Rony, que deu de ombros.
Você também detestaria aranhas se estivesse segurando um urso e de repente ele ganhasse um monte de pernas e...
- ECA! – as meninas falaram.
Ele estremeceu, sem terminar a frase. Mione continuava obviamente a fazer força para não rir.
Rony olhou irritado para a namorada.
- Foi um grande trauma, sabe?
Harry, achando que era melhor mudarem de assunto, disse:
— Vocês se lembram daquela água toda no chão? De onde terá vindo? Alguém a enxugou.
- Água e fogo? – questionou Frank.
— Estava mais ou menos por aqui — disse Rony, recobrando-se para andar até um pouco além da cadeira de Filch e apontar.
— Na altura desta porta.
Ele levou a mão à maçaneta de latão, mas, de repente, puxou a mão como se tivesse se queimado.
- Algum feitiço?
— Que foi? — perguntou Harry.
— Não posso entrar aí — explicou impaciente. — É o banheiro das garotas.
Os meninos riram.
— Ah, Rony, não vai ter ninguém ai — disse Mione, ficando em pé e se aproximando. — É o lugar da Murta Que Geme. Vamos, vamos dar uma olhada.
- Vocês entraram em um banheiro feminino? – perguntaram juntos James, Alex, Josh, Remus, Frank, Lene, Lyssi e Sirius.
Harry e Rony acenaram.
- Estou tão orgulhoso – falaram James e Sirius. Remus se limitou a balançar a cabeça, desaprovando.
E desconsiderando o grande aviso de INTERDITADO,
- Avisos foram feitos para serem ignorados – falou Jorge.
ela abriu a porta.
Era o banheiro mais escuro, mais deprimente em que Harry já entrara.
- E isso é alguma coisa – falou o moreno.
O piso estava molhado e refletia a luz fraca dos tocos de vela que brilhavam nos castiçais: as portas de madeira dos boxes estavam descascadas e arranhadas e uma delas se soltara das dobradiças.
- Nunca imaginei um banheiro feminino nessas condições – murmurou Frank.
- Então, você fica imaginando banheiros femininos? – perguntou Alice, irritado.
- Claro que não amor – disse, puxando a namorada ciumenta para um beijo.
Mione levou o dedo aos lábios e se encaminhou para o último boxe. Ao chegar, disse:
— Olá, Murta, como vai?
Harry e Rony foram olhar. A Murta Que Geme estava flutuando acima da caixa de descarga do vaso, cutucando uma manchinha no queixo.
O Trio de Ouro revirou os olhos.
— Isto aqui é um banheiro de garotas — disse ela, olhando desconfiada para Rony e Harry. — Eles não são garotas.
- Conclusão mais brilhante do mundo – ironizou Snape.
— Não — concordou Mione. — Eu só queria mostrar a eles como... Ah... É bonitinho aqui.
- Pior desculpa do mundo – completou Regulus.
Ela fez um gesto vago indicando o velho espelho sujo e o piso molhado.
— Pergunte a ela se viu alguma coisa — pediu Harry disfarçando.
— Que é que você está cochichando? — perguntou Murta,
- Funcionou muito – riu Neville.
encarando-o.
— Nada — disse Harry depressa. — Queríamos perguntar...
— Eu gostaria que as pessoas parassem de falar às minhas costas!
- Todos querem - murmurou Regulus friamente.
— disse Murta numa voz engasgada de choro. — Eu tenho sentimentos, sabe, mesmo que morta...
Alex revirou os olhos.
— Murta, ninguém quer aborrecê-la
- Na verdade é ela que aborrece todo mundo - falou Rony.
— disse Mione. — Harry só...
— Ninguém quer me aborrecer! Essa é boa! — uivou Murta.
Automaticamente, James e Sirius olharam para Remus, ao ouvir uivou.
— Minha vida foi uma infelicidade só neste lugar, e agora as pessoas aparecem para estragar a minha morte!
- Não por isso que eles foram para ai, mas se fosse, seria justo. Você fez com que um banheiro inteiro não fosse usado - falou Neville.
— Nós queríamos perguntar se você viu alguma coisa esquisita ultimamente
- Fora a própria cara, claro - falou Josh, arrancando risadas.
— falou Mione depressa. — Porque uma gata foi atacada bem ali na porta de entrada, no Dia das Bruxas.
— Você viu alguém por aqui naquela noite? — perguntou Harry.
Todos fora Harry, Gina, Hermione e Rony se inclinaram pra ouvir, tensos.
— Eu não estava prestando atenção
- Ela não tinha NADA pra fazer e mesmo assim não sabe dizer se alguém entrou na droga do banheiro? - perguntou Lene, irritada.
— respondeu a Murta teatralmente. — Pirraça me aborreceu tanto que entrei aqui e tentei me matar.
Snape encarou incrédulo tamanha burrice.
Depois, é claro, lembrei-me que já estou... Que estou...
— Morta — disse Rony querendo ajudar.
Murta soltou um soluço trágico,
Dorcas sentiu pena da pobre fantasma.
subiu no ar, deu uma cambalhota e mergulhou de cabeça no vaso, espalhando água neles
- Nojento - falaram Lily, Marlene, Lyssi e Alice juntas.
e desaparecendo de vista,
Ainda bem que eu não vou ter que ouvir mais sobre ela, pensou Snape.
embora pela direção dos seus soluços abafados, devesse ter ido pousar em algum ponto da curva em U.
Harry e Rony ficaram boquiabertos, mas Mione deu de ombros cansada e disse:
— Francamente, vindo da Murta isto foi quase animador...
- Não quero ver ela em um dia ruim, então.
Vamos, vamos embora.
Harry mal fechara aporta, abafando os soluços gargarejantes de Murta, quando uma voz alta fez os três darem um salto.
- Flich?
— RONY!
Percy Weasley tinha estacado de repente no alto da escada, a insígnia de monitor reluzindo e uma expressão de absoluto choque no rosto.
Os Weasleys, Harry e Hermione riram.
— Isto é um banheiro de garotas! Que é que você...?
- Uma rapidinha - respondeu Sirius com um sorriso malicioso.
- Pare de dizer essas merdas - brigou Lene.
- Por quê? - perguntou Sirius chocado, assim como todos. Lene fala tanta merda quanto ele.
- Só eu posso falar, você fica roubando minhas falas - disse, fazendo um tom infantil. Sirius sorriu para ela.
- Eu vou deixar umas pra você - piscou o olho. Lene sorriu, abraçando o garoto.
- Obrigadaaa - disse infantilmente.
- De nada, princesa - brincou Sirius.
Lily e Dorcas sorriam discretamente para a cena. Sirius e Lene podiam ser safados (acredite, elas já viram os dois em situações... err... traumatizantes), mas eles eram lindos juntos.
— Só estava dando uma olhada — Rony sacudiu os ombros.
— Pistas, sabe...
- Essa foi horrível, Rony - sorriu Josh.
Percy inchou de um jeito que lembrou a Harry, com eloqüência, a Sra. Weasley.
- Ui.
— Suma... Daqui... — disse Percy, caminhando em direção a eles e começando a afugentá-los, agitando os braços. — Vocês não se importam com o que isto parece?
- Não...? - respondeu Hermione, fingindo pensar.
Voltarem aqui enquanto todos estão jantando...
- Seria suspeito mesmo - Frank concordou.
— Por que não deveríamos estar aqui?
- Porque iam desconfiar de vocês...? - Regulus falou em tom "você é idiota?"
— retrucou Rony exaltado, parando de repente para encarar Percy. — Olhe aqui, nunca pusemos um dedo naquela gata!
— Foi o que eu disse a Gina — respondeu Percy com ferocidade —, mas ainda assim ela parece pensar que você vai ser expulso,
- Que exagero - falou Lene se pensar e recuou diante do olhar de Gina.
nunca a vi tão perturbada, chorando de se acabar,
Todos olharam para Gina, que estava perfeitamente normal, tentando conciliar a garota com a imagem que criaram. Não funcionou.
você poderia pensar nela, todos os alunos de primeiro ano estão excitadíssimos com essa história...
- Percy estava errado - murmurou Gina, só pro irmão.
— Você nem se importa com a Gina — disse Rony, cujas orelhas agora estavam vermelhas. — Você só está preocupado que eu estrague suas chances de se tornar monitor-chefe...
— Cinco pontos a menos para a Grifinória!
- Isso foi totalmente injusto - protestaram os grifinórios, Frank, Alice, Regulus e Snape.
— disse Percy concisa e autoritariamente, levando a mão à insígnia de monitor.
— E espero que isto seja uma lição para vocês! Nada de trabalho de detetive ou vou escrever para a mamãe!
- Ele não faria isso - falou Fred, horrorizado.
E saiu a passos firmes, a nuca tão vermelha quanto as orelhas de Rony.
Todos na sala riram, menos Rony.
O ruivo corou.
- Obrigado, Harry - falou sarcástico.
- De nada, Rony - respondeu, sem segurar o riso.
Àquela noite, Harry, Rony e Mione escolheram poltronas na sala comunal o mais afastado possível de Percy. Rony continuava de muito mau humor e não parava de borrar com a pena o dever de Feitiços. Quando ele esticou a mão distraidamente para remover os borrões, ela tocou fogo no pergaminho.
- Tá parecendo com a ruiva quando erra alguma coisinha de nada no trabalho - sorriu James. Lily corou.
- Eu só faço isso quando o trabalho fixou muito ruim.
Alice encarou amiga.
- Ou ruim - completou.
Fumegando quase tanto quanto o seu dever,
Eles riram.
Rony fechou com estrondo O Livro Padrão de Feitiços, 2ª série. Para surpresa de Harry Mione fez o mesmo.
— Mas quem é que pode ser?
- Pode ser o que? - perguntou Dorcas.
— perguntou ela baixinho, como se estivesse continuando uma conversa já iniciada.
- Josh faz isso também - sorriu Alex.
- Sirius faz isso - disse Remus revirando os olhos.
Os dois mencionados sorriram um para outro.
— Quem iria querer afugentar todos os abortos e trouxas de Hogwarts?
- Mais de uma pessoa - falou Neville, com um sorriso duro, se lembrando de tudo que passara.
— Vamos pensar — disse Rony fingindo-se intrigado. — Quem é que conhecemos que acha que os que nascem trouxas são escória?
Ele olhou para Mione. Mione retribuiu o olhar sem se convencer.
— Se você está pensando no Draco...
- Um Malfoy herdeiro de Slytherin? - Sirius riu alto - Bem que eles queriam. Mas não, Malfoys não descendem de nenhum dos fundadores, nenhum pingo de sangue.
- Nem ninguém que está aqui- acrescentou Regulus.
- O último herdeiro vivo se eu me lembro bem... foi um Gaunt - falou Frank.
- Sim, mas parece que um deles teve um filho, há uns... 20 anos? - perguntou Lene.
- Mas isso são só boatos...- falou James.
- A mulher que dizem ser a mãe morreu... - falou Frank.
- E porque um sangue-puro feito ele, ficaria fora da sociedade bruxa? - criticou Alice.
Dorcas, Remus, Lily, Lyssi, Josh, Alex, Harry, Hermione e os Weasleys encararam eles sem acreditarem. Comos eles sabiam tanto? Snape e Neville eram os únicos que não pareciam tão surpresos.
- Dumbledore levou anos para achar metade da informações que eles tem - Harry falou, incrédulo.
- Dumbledore pode ser eficiente, mas existem várias fofocas que só sangues puros sabem - disse Neville, dando de ombros - Somos ensinados crescendo com essas informações e muitos iriam achar que Dumbledore não estavam procurando isso.
— Claro que estou! — exclamou Rony. — Você ouviu quando ele disse: "Você será o próximo, Sangue Ruim!", vem cá, a gente só precisa olhar para aquela cara nojenta de rato para saber que é de...
— Draco, o herdeiro de Slytherin? — disse Mione cética.
— Olha só a família dele
-Você também não, Harry - resmungou Lene, entediada.
— disse Harry, fechando os livros também. — Todos foram da Sonserina; ele está sempre se gabando disso. Podiam muito bem ser descendentes de Slytherin. O pai dele decididamente é bem malvado.
Harry encolheu depois do olhar de Regulus e Snape.
— Eles poderiam ter guardado a chave para a Câmara Secreta durante séculos! — disse Rony. — Passando-a de pai para filho...
— Bem — disse Mione, cautelosa —, suponhamos que seja possível...
— Mas como vamos provar isso?
- Não vão?
— disse Harry deprimido.
— Talvez haja um jeito — disse Mione pausadamente, baixando a voz ainda mais e lançando um breve olhar a Percy do outro lado da sala. — Claro que seria difícil. E perigoso, muito perigoso.
Lily estreitou os olhos.
Estaríamos desrespeitando umas cinquenta normas da escola, acho...
- Agora sim - sorriram os baderneiros.
— Se, dentro de mais ou menos um mês, você tiver vontade de explicar, você nos avisa, não é? — disse Rony, irritado.
Todos riram.
- Boa Rony.
— Muito bem — disse Mione friamente. — O que precisamos é entrar na sala comunal da Sonserina
Regulus e Snape encararam Hermione como se ela tivesse dito que ia explodir um templo sagrado.
e fazer umas perguntas a Draco, sem ele perceber que somos nós.
Lyssi levantou uma sobrancelha curiosa.
— Mas isto é impossível — exclamou Harry enquanto Rony dava risada.
— Não, não é — disse Mione. — Só precisaríamos de um pouco de Poção Polissuco.
Todos que sabiam o que a poção era, se virou para o trio, que sorriu.
- O que essa poção faz? - perguntou Dorcas.
Remus explicou gentilmente.
— Que é isso? — indagaram Rony e Harry juntos.
— Snape mencionou essa poção na aula há umas semanas...
— Você acha que não temos nada melhor a fazer na aula de Poções do que prestar atenção a Snape?
Alguns riram e Snape lançou um olhar irritado para o Weasley, que engoliu em seco.
— resmungou Rony.
— Ela transforma você em outra pessoa. Pense só nisso! Poderíamos nos transformar em alunos da Sonserina. Ninguém saberia que somos nós. Draco provavelmente nos contaria qualquer coisa. Provavelmente anda se gabando disso na sala comunal da Sonserina neste instante, se ao menos pudéssemos ouvi-lo.
- Isso foi... genial, Hermione - Frank resumiu o que todos estavam pensando - Claro que há duas falhas no plano, mas mesmo assim...
- Obrigada, Frank. Que falhas? - perguntou curiosa.
- Primeiro, Malfoy não é o herdeiro. Segundo, mesmo se fosse, ele não diria isso dentro do salão comunal lotado de gente - respondeu.
A morena só sorriu.
— Essa história de Polissuco me parece meio suspeita — disse Rony, franzindo a testa. — E se a gente acabasse parecendo três alunos da Sonserina para sempre?
Todos riram, imaginando.
— Sai depois de algum tempo — disse Mione, fazendo um gesto de impaciência. — Mas conseguir arranjar a receita vai ser muito difícil. Snape falou que estava em um livro chamado Pociones Muy Potentes e vai ver está na Seção Reservada da biblioteca.
Snape levantou uma sobrancelha. Porque ele diria até o livro?
Só havia um jeito de retirar um livro da Seção Reservada: O aluno precisava de uma permissão escrita do professor.
- Ou a capa - sugeriu James.
— Vai ser difícil entender por que queremos o livro — disse Rony —, se não temos intenção de preparar uma das poções.
- Difícil de achar uma desculpa - corrigiu Remus.
— Acho — disse Mione — que se fizermos parecer que só estamos interessados na teoria, talvez haja uma chance...
- Se fosse Hermione... -disse Gina, pensativa.
— Ah, qual é, nenhum professor vai cair nessa — disse Rony.
— Teria que ser muito tapado...
Sirius e James sorriram um para o outro e gritaram juntos:
- Lockhart!
N/B: Lembrando do twitter. Lendo_HP2
Comentários (1)
Aaaah! Estou morrendo de alegria pq vcs voltaram com a fic! Sério, não parem!
2014-04-26