Gilderoy Lockhart
N/Bia: Eu pessoalmente, achei esse capítulo uma droga. Não achei que ficou engraçado, mas o cap original não ajudava, então me perdoem. Prometo que o próximo vai se melhor, ok?
Reviews (eu sei que o cap foi da Gi, mas eu vou fingir que não. Não conte a ela, ok? kkk):
Juh_Lynch: Fico feliz em saber disso :) Obrigada. Seu desejo foi realizado! Bem, os ataques ainda não. A-ma-n-do! KKKK! Não sei se vai dar pra eles se resolverem logo, mas... Prometo que vai ser bem... eles... quando eles ficarem juntos!
Clenery Aingremont: Também, tem hora que não dá pra evitar! Vish! Krum e... o mastro? KKKKKKKKK. Obrigada pelo comentário! Beijos!
MionGinnyLuna: Demorei? Obrigda pelo comentário! Beijos!
Bellaa Pooty Diggory: Também fiquei feliz de não desistir disso daqui! Mas nunca nem pensei nisso! Eu também queria! Beijos!
Fernanda Gusman: Obrigada! Eu também amo esse casal... Ele era bem popular numa época, no ff.net! Eles são muito lindo juntos!! Ok! Beijos!
Gilderoy Lockhart
Dorcas começou a ler.
No dia seguinte, porém, Harry mal conseguiu sorrir.
- Cuidado com a depressão – brincou Rony.
As coisas começaram a rolar morro abaixo
- Existe um feitiço para isso? – perguntou Dorcas confusa.
- Acho que não – respondeu Remus gentilmente, enquanto todos riam.
desde o café da manha no Salão Principal. As quatro mesas compridas, cada uma de uma casa,
- Parabéns por perceber o óbvio – resmungou Sirius.
estavam cobertas de terrinas de mingau de aveia,
Regulus fez uma careta.
travessas de peixe defumado, montanhas de torradas e pratos com ovos e bacon, sob o céu encantado (hoje, toldado por nuvens cinzentas). Harry e Rony sentaram-se à mesa da Grifinória ao lado de Hermione, que tinha um exemplar de Viagens com Vampiros,
- Viagens com Vampiros? – riu Fred.
- Isso não é um livro, mesmo, é? – Sirius riu – Por que alguém leria isso?
- É um livro sim – falou Hermione vermelha – E vocês calem a boca! Só porque não leem ficam reclamando dos meus bebês.
aberto, e apoiado numa jarra de leite. Havia uma certa formalidade na maneira como ela deu "Bom dia",
Todos olharam Hermione.
- Como você percebe essas coisas? – perguntou Hermione, assustada.
- Não sei. Sou observatório.
o que informou a Harry que ela continuava a desaprovar a maneira como os garotos tinham chegado.
Rony revirou os olhos.
Neville Longbottom, por outro lado, cumprimentou-os animado. Neville era um menino de rosto redondo
- Valeu Harry – ironizou Neville.
e dado a acidentes,
Não mais que você, pensou Neville.
com a pior memória que Harry já vira em alguém.
Alice olhou culpada para Neville.
- Alice tem uma memória péssima. Ela até já esqueceu que tinha um encontro, que ela esperava há dois meses – falou Lene, rindo.
Alice corou.
- Com quem? – perguntou Lissy.
- Alfred Thomas¹.
Frank e Harry fizeram uma careta.
- Um Thomas já namorou a Gina – resmungou o moreno.
- Espera, um achei que Dino descendesse de trouxas – falou Rony, confuso.
- Não, Alfred trabalhou comigo por uns meses – afirmou James.
— O correio deve chegar a qualquer momento, acho que vovó vai me mandar umas coisas que esqueci.
Harry mal tinha começado a comer o mingau
- Você é um gato ou um ser humano? – perguntou Josh, franzindo o nariz.
- Ignorem. Uma vez, colocaram sal no mingau dele – riu Alex – Então, ele não come mais.
quando, a confirmar o comentário, ouviu-se um rumorejo de asas, no alto, e uma centena de corujas entrou, descrevendo círculos pelo salão e deixando cair cartas e pacotes entre os alunos que tagarelavam. Um grande embrulho disforme bateu na cabeça de Neville,
- Ai!
um segundo depois, alguma coisa grande e cinzenta caiu na jarra de Hermione, salpicando todo mundo com leite e penas.
— Errol!
- EU ESTOU TE AVISANDO WEASLEY! É BOM QUE VOCÊ TENHA UM SEGURO ANTI DEFENSORA DE CORUJAS, POR QUE SE NÃO ESTÁ NA HORA DE FAZER UM – gritou Alice.
— exclamou Rony, puxando pelos pés a coruja molhada para fora da jarra. Errol caiu, desmaiada, em cima da mesa, as pernas para cima e um envelope vermelho e úmido no bico.
— Ah, não... —, exclamou Rony.
— Tudo bem, ele ainda está vivo — disse Hermione, cutucando Errol devagarinho com a ponta do dedo.
— Não é isso, é isto.
Alice e Dorcas mandaram um olhar assassino para Rony.
Rony estava apontando para o envelope vermelho. Parecia um envelope comum para Harry, mas Rony e Neville olharam para ele como se fosse explodir.
Todos fizeram uma careta.
- Um berrador?
— Que foi? — perguntou Harry.
— Ela... Ela me mandou um "berrador" — disse Rony baixinho.
— É melhor abrir, Rony — sugeriu Neville
- Esse é o meu filho – falou Frank, sorrindo orgulhoso – Sendo inteligente.
com um sussurro tímido. — Vai ser pior se você não abrir. Minha avó um dia me mandou um
- Por quê? – questionou Lily.
- Eu me perdi.
Alice se virou para Neville.
- COMO ASSIM VOCÊ SE PERDEU?
- Íamos visitar um amigo trouxa da vovó e ele morava perto de um amigo bruxo. Fomos até a casa do amigo bruxo pelo Pó de Flu, cheguei antes da vovó e sai correndo, já que já conhecia o caminho da casa do trouxa. Só que eu entrei numa rua errada – Alice abraçou o filho, desesperada – A vovó me mandou um berrador, enquanto me procurava, que por acaso chegou na mesma hora que os amigos da vovó chegaram – terminou, estremecendo.
Todos olharam solidários para o menino, mesmo Snape.
e eu não dei atenção — ele engoliu em seco —, foi horrível.
- Eu nunca recebi um berrador – falou Regulus pensativo.
- Mamãe devia estar muito ocupada escrevendo cartas horríveis para mim – Regulus olhou culpado para Sirius – Mas ela só me mandou um berrador. No dia em que eu entrei na Grifinória. Ela disse que não manchar o nome da família tendo que mandar berradores para mim – terminou Sirius, com um sorriso debochado e brincalhão no rosto, mesmo que seus olhos estivessem frios.
- Sirius... – murmurou Regulus, apreensivo.
- Não, está tudo bem, Reg.
Harry olhava dos rostos paralisados dos amigos para o envelope vermelho.
— Que é um berrador? — perguntou.
Mas toda a atenção de Rony estava fixa na carta, que começara a fumegar nos cantos.
James deu um sorriso solidário para Rony.
— Abra — insistiu Neville. — Termina em poucos minutos...
Rony estendeu a mão trêmula, tirou o envelope do bico de Errol e abriu-o. Neville enfiou os dedos nos ouvidos. Uma fração de segundo depois, Harry descobriu o porquê. Pensou por um instante que o envelope explodira; um estrondo encheu o enorme salão, sacudindo a poeira do teto.
―... ROUBAR O CARRO, EU NÃO TERIA ME SURPREENDIDO SE O TIVESSEM EXPULSADO,
- Isso não é grave o suficiente para ser expulso de Hogwarts – murmurou Jorge.
ESPERE ATE EU PÔR AS MÃOS EM VOCÊ, SUPONHO QUE NÃO PAROU PARA PENSAR NO QUE SEU PAI E EU PASSAMOS QUANDO VIMOS QUE O CARRO TINHA DESAPARECIDO...‖
Ninguém que estava lendo tinha pensado também. Mas tudo bem. A só podia matar Rony e Harry e ela não o fez.
Os berros da Sra. Weasley, cem vezes mais altos do que de costume,
Os Weasleys se estremeceram.
fizeram os pratos e talheres se entrechocarem na mesa e produziram um eco ensurdecedor nas paredes de pedra. As pessoas por todo o salão se viravam para ver quem recebera o berrador,
- Povo curioso – resmungou Lene.
e Rony afundou tanto na cadeira que só deixara a testa vermelha visível.
―... A CARTA DE DUMBLEDORE Á NOITE PASSADA, PENSEI QUE SEU PAI IA MORRER DE VERGONHA,
- Não, ele não ia. Ninguém pode morrer de vergonha, senão Harry já estaria morto – Gina falou rindo.
NÃO O EDUCAMOS PARA SE COMPORTAR ASSIM, VOCÊ E HARRY PODIAM TER MORRIDO...
Lily acenou com a cabeça, concordo com Molly e Harry ficou pálido... Mais broncas não!, pensou ele.
Harry estava imaginando quando é que seu nome iria aparecer. Fez muita força para fingir que não estava escutando a voz
- Não adiantou – riu Harry.
que fazia seus tímpanos latejarem.
"... ABSOLUTAMENTE DESGOSTOSA, SEU PAI ESTA ENFRENTANDO UM INQUÉRITO NO TRABALHO,
Harry e Rony baixaram a cabeça.
E É TUDO CULPA SUA, E, SE VOCÊ SAIR UM DEDINHO DA LINHA, VAMOS TRAZÊ-LO DIRETO PARA CASA.
Seguiu-se um silêncio que chegou a ecoar.
- Harry poeta até nas piores horas – brincou Fred.
O envelope vermelho, que caíra das mãos de Rony, pegou fogo e encrespou-se em cinzas. Harry e Rony ficaram aturdidos, como se uma onda gigantesca tivesse acabado de passar por cima deles.
- Bem, pelo menos terminou logo - ofereceu Neville.
Algumas pessoas riram e, aos poucos, a balbúrdia da conversa recomeçou.
Hermione fechou o Viagens com vampiros e olhou para o cocuruto da cabeça de Rony.
— Bem, não sei o que é que você esperava, Rony, mas você...
Sirius fez uma careta para Hermione.
— Não me diga que mereci — retrucou Rony com rispidez.
- Dessa vez, nem foi culpa dele – concordou Remus e Alice, Frank e Dorcas acenaram, concordando.
Harry empurrou o prato de mingau. Suas entranhas queimavam de remorso.
- Não precisava exagerar, Harry – falou Gina, suavemente.
O Sr. Weasley estava enfrentando um inquérito no trabalho.
- Não foi nada demais. Ele conseguiu resolver rápido, com a ajuda de Dumbledore – Jorge falou sério.
(Sim, Jorge falou sério!)
Depois de tudo que o Sr. e a Sra. Weasley tinham feito por ele durante o verão...
- Não foi sua culpa.
Mas não teve muito tempo para pensar nisso;
Lily e James sorriram. Ainda bem.
a Profª. McGonagall vinha passando pela mesa da Grifinória, distribuindo os horários dos cursos. Harry recebeu o dele e viu que a primeira aula era uma aula dupla de Herbologia, com os alunos da Lufa- Lufa.
Alice sorriu com a menção da casa dela. Ela amava a Lufa-Lufa, mesmo com as provocações de todos, falando que era a casa dos perdedores. Lá ela se sentia em casa. Todos eram gentis e divertidos. E ninguém das outras casas, sabiam como contar histórias perto das lareiras tomando chocolate quente como os lufanos.
Harry, Rony e Hermione deixaram o castelo juntos, atravessaram a horta e rumaram para as estufas, onde as plantas mágicas eram cultivadas. Pelo menos o berrador fizera uma coisa boa: Hermione parecia achar que tinham sido suficientemente castigados e voltara a ser absolutamente simpática.
- Eu sou a miss simpatia – brincou Hermione, rindo.
Ao se aproximarem das estufas viram o resto da classe em pé, do lado de fora, esperando a Profª. Sprout.
- Sempre os últimos – provocou Snape.
Harry riu. Era verdade.
Harry, Rony e Hermione tinham acabado de se reunir à turma quando a professora surgiu caminhando pelo gramado,
- Vocês tiveram sorte uma vez na vida! - exclamou James, surpreso.
acompanhada de Gilderoy Lockhart.
-... Ou não - resmungou Neville.
Ela trazia os braços carregados de bandagens, e, com outro aperto de remorso, Harry viu o salgueiro lutador ao longe, com vários ramos em tipóias.
Neville olhou preocupado para o livro. Sprout era sua professora preferida.
A Profª. Sprout era uma bruxinha atarracada que usava um chapéu remendado sobre os cabelos soltos; geralmente tinha uma grande quantidade de terra nas roupas, e suas unhas teriam feito tia Petúnia desmaiar.
Sujar a unha de Petúnia foi acrescentado a lista por Sirius.
Gilderoy Lockhart, ao contrario, estava imaculado em suas espetaculares vestes azul-turquesa, os cabelos dourados brilhando sob um chapéu também turquesa, com galão dourado e perfeitamente assentado na cabeça.
- A perfeita imagem... - começou Fred.
-... Da idiotece - terminou Jorge.
— Ah, alô — cumprimentou ele, sorrindo para os alunos reunidos. — Acabei de mostrar à Profª. Sprout a maneira certa de cuidar de um salgueiro lutador!
- Não existe uma maneira certa de cuidar de um salgueiro lutador! - reclamou Regulus, aborrecido.
Mas não quero que vocês fiquem com a ideia de que sou melhor do que ela em Herbologia!
- Com certeza não ficaremos - Snape falou.
Por acaso encontrei várias dessas plantas exóticas nas minhas viagens...
Harry revirou os olhos.
— Estufa três hoje, rapazes! — disse a Profª. Sprout, que tinha um ar visivelmente contrariado, bem diferente de sua habitual expressão animada.
- Todo mundo ficava assim perto de Lockhart.
Houve um murmúrio de interesse. Até então, só tinham estudado na estufa número um — a estufa três guardava plantas muito mais interessantes e perigosas.
James e Sirius sorriram.
- Local perfeito para brincadeiras - falou Jorge.
A Profª. Sprout tirou uma chave enorme do cinto e destrancou a porta. Harry sentiu um cheiro de terra molhada e fertilizante mesclados ao perfume pesado de umas flores enormes, do tamanho de sombrinhas que pendiam do teto. Ia entrar em seguida a Rony e Hermione na estufa quando Lockhart estendeu a mão.
- Isso não é boa coisa...
— Harry! Estou querendo dar uma palavra... A senhora não se importa se ele se atrasar uns minutinhos, não é, Profª. Sprout?
- Claro que não. Leve logo a sala toda - ironizou Regulus.
A julgar pela cara de desagrado da professora, ela se importava sim, mas Lockhart disse:
— É isso ai — e fechou a porta da estufa na cara dela.
-Que pessoa grossa! - falou Dorcas, horrorizada.
— Harry — disse Lockhart, os dentões brancos faiscando ao sol quando ele balançou a cabeça. — Harry, Harry, Harry.
- Não sabe dizer mais nada agora?
Completamente estupefato, Harry ficou calado.
— Quando ouvi, bem, é claro que foi tudo minha culpa. Tive vontade de me chutar.
- Ia ser ótimo - falou Lene, sorrindo.
Harry não fazia ideia do que é que o professor estava falando. Ia dizer isso quando Lockhart acrescentou:
— Nunca fiquei tão chocado em minha vida. Chegar a Hogwarts num carro voador! Bem, é claro, entendi na mesma hora por que você fez isso.
- Porque a barreira se fechou? - ofereceu Rony.
Estava na cara. Harry, Harry, Harry.
Era incrível como é que ele conseguia mostrar cada um daqueles dentes brilhantes até quando não estava falando.
Todos (menos Hermione) fizeram uma careta.
— Teve uma provinha de publicidade, não foi? — disse Lockhart. — Ficou mordido. Esteve na primeira página comigo e não pôde esperar para repetir o feito.
- Claro. Porque Harry Potter precisa de ajuda para aparecer na primeira página - Lily ironizou.
— Ah, não, Professor, sabe...
— Harry, Harry, Harry — disse Lockhart, segurando-o pelo ombro. — Eu compreendo. É natural querer mais depois de provar uma vez, e eu me culpo por ter-lhe dado a oportunidade, porque a coisa não podia deixar de lhe subir à cabeça,
Todos do passado olharam chocados pro livro.
mas olhe aqui, rapaz, você não pode começar a voar em carros para tentar chamar atenção para a sua pessoa.
- Olha quem fala - resmungou Rony.
- O mais interessante é que ele nem deixa Harry contestar - reclamou Regulus.
É bom se acalmar, está bem? Tem muito tempo para isso quando for mais velho. E, é, sei o que está pensando!-
- Que você devia cuidar da sua vida? - James falou.
"Tudo bem para ele, já é um bruxo internacionalmente conhecido!"
- Era exatamente isso que eu estava pensando - ironizou Snape.
Mas quando eu tinha doze anos, era um João-ninguém como você é agora.
- Harry Potter é um João-ninguém! - riu Neville.
- Queria eu - Harry falou.
Diria até que era mais João-ninguém! Quero dizer, algumas pessoas já ouviram falar de você, não é mesmo?
- Algumas... tipo... o mundo bruxo inteiro...? - sugeriu Gina.
Todo aquele episódio com Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado! — Ele olhou para a cicatriz em forma de raio na testa de Harry. — Eu sei, eu sei, não é tão bom quanto ganhar o Prêmio do Sorriso mais Atraente do Semanário dos Bruxos cinco vezes seguidas, como eu,
Eles reviraram os olhos.
mas é um começo, Harry, é um começo.
Ele deu uma piscadela cordial a Harry e foi-se embora a passos largos.
- Graças! Assim eu não vou ter que ouvir sobre esse idiota! - Lene agradeceu.
Harry continuou aturdido por alguns segundos, depois, lembrando-se de que devia estar na estufa,
- Sei... Queria matar aula, isso sim... - provocou Sirius - AÍ! RUIVA, NÃO ME BATA! - gritou enquanto Lily batia nele.
- Eu posso fazer muito pior - falou com um sorriso malvado no rosto.
abriu a porta e entrou sem chamar atenção.
- Conseguiu.
A Profª. Sprout estava parada atrás de uma mesa de cavalete no centro da estufa. Havia uns vinte pares de abafadores de ouvidos de cores diferentes arrumados sobre a mesa. Quando Harry tomou seu lugar entre Rony e Hermione, a professora disse:
— Vamos reenvasar mandrágoras hoje.
- Odeio essa aula - falou Sirius.
Os Marotos riram.
- Essa planta ainda me paga - falou Sirius, irritado.
- O que aconteceu? - Lene perguntou.
- Sirius provocou a planta, ficou brincando com ela. A mandrágora o mordeu.
Agora, quem é que sabe me dizer as propriedades da mandrágora?
Ninguém se surpreendeu quando a mão de Hermione foi a primeira a se levantar.
- Nerds são assim - murmurou James.
— A mandrágora é um tônico reconstituinte muito forte — disse Hermione, parecendo, como sempre, que engolira o livro-texto.
Ela bateu em Harry.
- O quê?! É verdade! Você podia explicar realmente, e não, sabe, citar - falou Harry.
Hermione fez uma careta, mas guardou a sugestão.
— É usada para trazer de volta as pessoas que foram transformadas ou foram enfeitiçadas no seu estado natural.
— Excelente. Dez pontos para a Grifinória — disse a Profº. Sprout. — A mandrágora é parte essencial da maioria dos antídotos.
- Não sei como conseguem trabalhar com essa planta - Sirius continuou a resmungar.
Mas, é também perigosa. Quem sabe me dizer o porquê?
A mão de Hermione errou por pouco os óculos de Harry quando ela a levantou mais uma vez.
James encarou Hermione.
- Cuidado com essa mão - falou.
Sirius e Remus riram, enquanto Rony ficou vermelho.
- Calem a boca! - mandou a morena.
— O grito da mandrágora é fatal para quem o ouve — disse a garota prontamente.
- Sempre podemos contar com Hermione para ganhar pontos - falou Neville.
— Exatamente. Mais dez pontos. Agora as mandrágoras que temos aqui ainda são muito novinhas.
Ela apontou para uma fileira de tabuleiros fundos ao falar, e todos se aproximaram para ver melhor. Umas cem moitinhas repolhudas, verde arroxeadas, cresciam em fileiras nos tabuleiros. Não pareciam ter nada de mais para Harry,
- Cuidado: As coisas (e pessoas) mais perigosas são assim...
que não fazia a menor ideia do que Hermione quisera dizer com o "grito" da mandrágora.
— Agora apanhem um par de abafadores de ouvidos — mandou a professora.
Os alunos correram para a mesa para tentar apanhar um par que não fosse peludo nem cor-de-rosa.
Lily revirou os olhos, anos diferentes, mesma estupidez masculina.
— Quando eu mandar vocês colocarem os abafadores, certifiquem-se de que suas orelhas ficaram completamente cobertas — disse ela. — Quando for seguro remover os abafadores eu erguerei o polegar para vocês. Certo... Coloquem os abafadores.
Harry ajustou os abafadores nos ouvidos. Eles vedaram completamente o som.
- Jura? - ironizou Josh.
A Profª. Sprout colocou o seu par peludo e cor-de-rosa nas orelhas, enrolou as mangas das vestes, agarrou uma moitinha de mandrágora com firmeza e puxou-a com força.
Harry deixou escapar uma exclamação de surpresa que ninguém ouviu.
- Essa é a vantagem de todos usarem abafadores de ouvido - falou Dorcas.
Em vez de raízes, um bebezinho extremamente feio
- E eu achava que era impossível existir um bebê feio - murmurou Lissy.
saiu da terra. As folhas cresciam diretamente de sua cabeça. Ele tinha a pele verde-clara malhada e era visível que berrava a plenos pulmões.
A professora tirou um vaso de plantas grande de sob a bancada e mergulhou nele a mandrágora, cobrindo-a com o composto escuro e úmido até ficarem apenas as folhas visíveis. Depois, limpou as mãos, fez sinal com o polegar para os alunos e retirou os abafadores dos ouvidos.
— As nossas mandrágoras são apenas miudinhas, por isso seus gritos ainda não dão para matar
- Ainda bem - falou Neville.
— disse ela calmamente como se não tivesse feito nada mais excitante do que regar uma begônia. — Mas, elas deixarão vocês inconscientes por varias horas, e como tenho certeza de que nenhum de vocês quer perder o primeiro dia na escola, certifiquem-se de que seus abafadores estão no lugar antes de começarem a trabalhar. Chamarei sua atenção quando estiver na hora da saída.
- Ou é só seguir o povo que tiver saindo - falou Frank.
— Quatro para cada tabuleiro, há um bom estoque de vasos aqui,
E esse não é para usar Pó de Flú como droga, pensou Harry, se lembrando do sonho que tivera há um tempo.
o composto está nos sacos ali adiante, e t
enham cuidado com aquela planta de tentáculos venenosos. Está criando dentes.
Ela deu uma palmada enérgica em uma planta vermelha e espinhosa ao falar, fazendo-a recolher os longos tentáculos que avançavam sorrateiramente pelo seu ombro.
Harry, Rony e Hermione dividiram o tabuleiro com um garoto de cabelos cacheados da Lufa-Lufa que Harry conhecia de vista, mas com quem nunca falara.
- Também... Vocês chegaram quase agora a Hogwarts. E no primeiro ano, você não foi muito sociável.
— Justino Finch-Fletchley — apresentou-se ele animado, apertando a mão de Harry. — Eu sei quem você é, claro, o famoso Harry Potter.. E você é Hermione Granger, sempre a primeira em tudo — (Hermione deu um grande sorriso quando o garoto também apertou sua mão) —, e Rony Weasley. O carro voador era seu, não era?
- Fiquei com a sensação que vocês são famosos agora - falou Alex, rindo.
Rony não sorriu. O berrador obviamente continuava em seus pensamentos.
Regulus e Snape riram.
— Aquele Lockhart é o máximo, não acha?
- E eu tinha achado o menino um bom garoto - falou James, com pena.
— disse Justino, feliz, quando começaram a encher os vasos de planta com fertilizante de bosta de dragão. — Um cara super corajoso. Você leu os livros dele? Eu teria morrido de medo se tivesse sido acuado em uma cabine telefônica por um lobisomem,
Remus trocou um olhar com os Marotos.
mas ele continuou na dele e, zás, simplesmente fantástico.
- E totalmente ridículo e inacreditável.
Eu estava inscrito em Eton,
- O que é isso?
Harry deu de ombros. Não se lembrava de tudo.
sabe. Nem sei dizer como estou contente de, em vez disso, ter vindo para cá. Claro, minha mãe ficou um pouco desapontada, mas desde que a fiz ler os livros de Lockhart acho que começou a perceber como será útil ter na família alguém formado em magia..
- Ah, então ele é nascido trouxa ou mestiço - constatou Lene.
Depois disso não houve muito o que conversar. Tinham tornado a colocar os abafadores e precisavam se concentrar nas mandrágoras. A Profª. Sprout fizera a tarefa parecer extremamente fácil, mas não era. As mandrágoras não gostavam de sair da terra, mas tampouco pareciam querer voltar para ela.
- Um pouco contraditório. Só um pouco - ironizou Alice.
Contorciam-se, chutavam, sacudiam os pequenos punhos afiados e arreganhavam os dentes; Harry gastou dez minutos inteiros tentando espremer uma planta particularmente gorda dentro de um vaso.
- Eca!
Lá pelo fim da aula, Harry, como todos os outros, estava suado, dolorido e coberto de terra.
- Lindo. Quero teu telefone, gato - zoou Lene.
Eles voltaram ao castelo para se lavar rapidamente, e então os alunos da Grifinória correram para a aula de Transformações.
- Nem tivemos tempo para respirar! - reclamou Rony.
As aulas da Profª. McGonagall eram sempre trabalhosas, mas a de hoje estava particularmente difícil. Tudo que Harry aprendera no ano anterior parecia ter-se esvaído de sua cabeça durante o verão.
- Assim como deve ser - riu Lily - Nem eu estudo nas férias, ok? - acrescentou depois de ver os olhares lançados a ela.
Devia transformar um besouro em um botão, mas a única coisa que conseguiu foi forçar o besouro a fazer muito exercício, pois o inseto corria por toda a superfície da carteira para fugir de sua varinha.
Eles riram.
Rony estava enfrentando um problema muito pior. Tinha remendado a varinha com um pouco de fita adesiva que pedira emprestada, mas a varinha parecia danificada para sempre.
Regulus bateu na própria testa ao se lembrar de como o menino era estúpido, o suficiente para quebrar sua própria varinha.
A maioria lançou olhares solidários para Rony.
Não parava de estalar e faiscar nas horas mais estranhas, e cada vez que Rony tentava transformar o besouro ela o envolvia em uma densa fumaça cinzenta que cheirava a ovos podres.
As meninas fizeram uma careta.
Acidentalmente ele esmagou o seu besouro com o cotovelo e teve que pedir um novo.
Sirius riu.
A Profª. McGonagall não ficou nada satisfeita.
- Imagino - falou Lissy.
Foi um alívio para Harry ouvir a sineta para o almoço. Seu cérebro parecia ter virado uma esponja espremida. Todos saíram da sala exceto ele e Rony, que, furioso, dava golpes de varinha na carteira.
- Pirou de vez - falou Jorge, baixinho.
— Coisa, burra, inútil.
— Escreva para casa pedindo uma nova — sugeriu Harry quando a varinha produziu uma saraivada de tiros feito um rojão.
— Ah, sim, e recebo outro berrador em resposta
- Você devia ter contado a mamãe, mesmo assim.
— disse Rony enfiando na mochila a varinha, que agora sibilava. — "A culpa é sua se sua varinha partiu..."
Os três amigos desceram para o refeitório, onde o humor de Rony não melhorou ao ver a coleção de botões perfeitos que Hermione mostrava ter feito na aula de Transformações.
- Inveja mata - brincou Dorcas. Apesar de Rony ter tido realmente inveja nessa hora.
— Que vamos ter hoje à tarde? — perguntou Harry, mudando de assunto depressa.
— Defesa contra as Artes das Trevas — respondeu Hermione na mesma hora.
— Por que — perguntou Rony, apanhando o horário dela — você sublinhou com coraçõezinhos as aulas de Lockhart?
Todos viraram para Hermione, tentando conter o riso. A morena ficou vermelha.
Hermione puxou o horário da mão de Rony, corando loucamente.
Quando terminaram o almoço os três saíram para o pátio nublado.
Hermione se sentou em um degrau de pedra e tornou a enfiar o nariz em Viagem com Vampiro.
Harry e Rony ficaram discutindo Quadribol durante vários minutos até Harry perceber que estava sendo atentamente vigiado.
- Os sentidos de auror de Harry não funcionaram dessa vez.
Ao erguer os olhos, viu que o garoto miudinho de cabelos louro-cinza que ele vira experimentando o Chapéu Seletor na véspera o encarava como que paralisado. Estava agarrado a um objeto que parecia uma máquina fotográfica de trouxas
Regulus achava a foto bruxa melhor que a trouxa, mas resolveu ficar calado.
e, no momento em que Harry olhou para ele, ficou escarlate.
— Tudo bem, Harry? Sou... Colin Creevey
Harry sorriu. Por vezes, o menino tinha sido inconveniente. Mas ele era uma ótima pessoa.
— disse o menino sem fôlego, adiantando-se hesitante. — Sou da Grifinória também. Você acha que tem algum problema se... Posso tirar uma foto?
- O quê?
— disse, erguendo a máquina, esperançoso.
- Tinha que ser o meu filho - sorriu James.
Todos reviraram os olhos.
— Uma foto? — repetiu Harry sem entender.
Vai ver que é parente da Dorcas, pensou Regulus, se arrependendo logo depois. Dorcas era uma garota legal, um pouco esquisita e burra, mas... Legal.
— Para provar que conheci você
- Um pouco de exagero - falou Lene.
- Na verdade, tem muita gente que faria isso - Gina retrucou.
- Só não entendo a quem ele ia provar - falou Harry confuso - Ele tinha pais trouxas.
— disse Colin Creevey ansioso, aproximando-se mais. — Sei tudo sobre você. Todo mundo me contou.
- Fofocas voam naquele castelo - Fred falou.
Como foi que você sobreviveu quando Você-Sabe-Quem tentou matá-lo
- E isso é um pouco indelicado e chato, sabe? Ficar falando de quando você quase morreu.
e como foi que ele desapareceu e tudo o mais, e como você ainda conserva a cicatriz em forma de raio na testa
- Para sempre - afirmou Harry.
— seus olhos esquadrinharam a raiz dos cabelos de Harry —, e um garoto no meu dormitório disse que se eu revelar o filme na poção correta, as fotos vão se mexer
- Não tenho certeza se isso funcionaria numa máquina trouxa - falou Neville confuso.
- Funcionaria - afirmou Alice.
— Colin inspirou profundamente, estremecendo de excitação, e disse:
— Isto aqui é fantástico, não acha? Eu não sabia que as coisas estranhas que eu fazia eram magia até receber uma carta de Hogwarts.
Hermione sorriu. Também tinha sido assim com ela.
Meu pai é leiteiro, ele também não conseguia acreditar. Então estou tirando um montão de fotos para levar para ele.
- Que fofo - falaram Lily, Alice, Lene, Lissy e Dorcas (note a quantidade de l).
- Pena que ele nunca pode entregá-las.
Gina, Mione, Neville, Harry, Fred e Jorge ficaram tristes.
E seria bem bom se tivesse a sua — o garoto olhou para Harry como se implorasse.
- Você tirou, não tirou? - Lily questionou e Harry acenou - Acho bom, senhor Potter - falou, lembrando muito a McGonagall.
— Quem sabe o seu amigo podia tirar, e eu podia ficar do seu lado?
Rony bufou.
- Fui excluído!
E depois você podia autografar a foto?
— Autografar a foto? Você está distribuindo fotos autografadas, Potter?
- Aposto que não foi uma pessoa legal que perguntou isso - falou Josh.
A voz de Draco Malfoy, alta e desdenhosa, ecoou pelo pátio. Ele parara logo atrás de Colin, ladeado, como sempre que estava em Hogwarts, pelos capangas grandalhões, Crabbe e Goyle.
- Dois seres que não pensam.
— Todo mundo em fila! — gritou Malfoy para os outros alunos. — Harry Potter está distribuindo fotos autografadas!
- Cuidado, Malfoy, se não vai perder o seu lugar. Vai ter que ir para o fim da fila - falou Sirius, inocentemente.
- Sirius, você sabe que ele não pode ter ouvir, certo? - falou Lene, lentamente, como se estivesse falando com uma criança.
— Não, não estou não — disse Harry com raiva, cerrando os punhos. — Cale a boca, Malfoy.
— Você está é com inveja
- Quem foi o corajoso? - Snape perguntou.
— ouviu-se a voz fina de Colin, cujo corpo inteiro era da grossura do pescoço de Crabbe.
- Comparação interessante - riu Gina, abraçando o namorado.
— Inveja? — disse Malfoy, que não precisava mais gritar: metade do pátio estava escutando.
- Nada como mais uma briga entre Harry Potter e Draco Malfoy para atrair gente - Jorge falou.
— De quê? Não quero uma cicatriz nojenta
James rosnou.
na minha testa, muito obrigado. Por mim, não acho que ter a cabeça aberta faz ninguém especial.
- E a sua idiotece faz?
Crabbe e Goyle davam risadinhas idiotas.
— Vá comer lesmas, Malfoy — disse Rony furioso.
- Sério que isso o melhor que você pode pensar?- Regulus levantou uma sobrancelha.
Rony deu de ombros.
Crabbe parou de rir e começou a esfregar os nós dos dedos de maneira ameaçadora.
— Cuidado, Weasley — caçoou Malfoy. — Você não vai querer começar nenhuma confusão ou sua mamãe vai aparecer aqui para tirá-lo da escola. — Ele imitou a voz aguda e penetrante: — "Se você sair um dedinho da linha..."
- Essa foi baixa.
Um grupo de quintanistas da Sonserina que estava próximo deu gargalhadas ao ouvir isso.
- Povo intrometido.
— Weasley gostaria de ganhar uma foto autografada, Potter.
- Acho que não era bem o Rony quem queria um autógrafo - Hermione falou.
— Valeria mais do que a casa inteira da família dele...
Os Weasley coraram.
Rony brandiu a varinha emendada, mas Hermione fechou o Viagens com Vampiros com um estalo e cochichou:
— Cuidado!
— Que está acontecendo, que está acontecendo? — Gilderoy Lockhart
Caretas.
vinha em passos largos em direção à aglomeração, suas vestes turquesa rodopiando para trás. — Quem é que está distribuindo fotos autografadas?
Harry começou a falar, mas foi interrompido por Lockhart que passou um braço pelos seus ombros e trovejou jovial:
— Não devia ter perguntado! Nos encontramos outra vez, Harry!
- Talvez porque vocês estejam no mesmo local - Josh apontou.
Preso contra o corpo de Lockhart e ardendo de humilhação, Harry viu Malfoy sair de fininho, rindo-se, para junto dos outros.
- Aquele idiota.
— Vamos então, Sr. Creevey — disse Lockhart, sorrindo para o garoto. — Uma foto dupla,
- Vai estragar a foto.
nada melhor, e nós dois podemos autografá-la para o senhor.
Colin ajeitou a máquina e tirou a foto na hora em que a sineta tocava às costas do grupo, sinalizando o início das aulas da tarde.
— Está na hora, vamos andando vocês aí — gritou Lockhart para os alunos e voltou ao castelo com Harry, que teve vontade de conhecer um bom feitiço para desaparecer,
- Que tipo de desaparecer? - Dorcas perguntou.
- Qualquer um.
ainda preso ao professor.
— Uma palavra para o bom entendedor, Harry — disse Lockhart paternalmente
- Se esse viado roubasse meu lugar... - rosnou James. A sala riu.
quando entravam no castelo por uma porta lateral. — Dei cobertura a você lá com o jovem Creevey, se ele estivesse me fotografando, também, os seus colegas não iriam pensar que você está se dando ares...
- Claro que não - Lene revirou os olhos.
Surdo aos murmúrios hesitantes de Harry, Lockhart arrebatou-o por um corredor ladeado por estudantes de olhos arregalados
- Por que eles estavam assim?
Harry deu de ombros.
e subiu uma escada.
— Devo dizer que distribuir fotos autografadas nessa altura de sua carreira não é sensato, parece meio presunçoso, Harry, para ser franco.
- A cada minuto, eu gosto menos desse cara - Regulus falou.
Haverá um dia em que, como eu, você vai precisar ter uma pilha de fotos à mão onde quer que vá, mas — ele deu uma risadinha — acho que você ainda não chegou lá.
Alex, riu sarcástico.
Ao chegarem à sala de aula de Lockhart ele finalmente soltou Harry. O garoto endireitou as vestes
- Igual ao pai, que não fica um minuto sem ajeitar a roupa - Lene riu.
e se dirigiu a uma carteira bem no fundo da sala, onde se ocupou em empilhar os sete livros de Lockhart diante dele, de modo que pudesse evitar olhar para o autor em carne e osso.
- Boa ideia.
O resto da classe entrou fazendo barulho, e Rony e Hermione se sentaram um de cada lado de Harry.
— Você podia ter fritado um ovo na cara — comentou Rony.
— É melhor rezar para Creevey não conhecer a Gina,
- Ele já me conhecia, mas o que você quer dizer com isso? - Gina sibilou.
ou os dois vão começar um fã-clube do Harry Potter.
Gina ficou vermelha e se encolheu no namorado.
- Cale a boca - falou pro irmão.
— Cale a boca— disse Harry
- Por isso que vocês dão tão certo - fingiu suspirar, Rony.
ríspido. A última coisa que precisava era que Lockhart ouvisse a frase "fã-clube do Harry Potter".
Quando a classe inteira se sentou, Lockhart pigarreou alto e fez-se silêncio.
- Não sei porque, a gente aprendia mais conversando do que com ele - falou Fred.
Ele esticou o braço, apanhou o exemplar de Viagens com Trasgos de Neville Longbottom e ergueu-o para mostrar a própria foto na capa, piscando o olho.
— Eu — disse apontando a foto e piscando também.
- Que ridículo.
— Gilderoy Lockhart, Ordem de Merlin, Terceira Classe, Membro Honorário da Liga de Defesa contra as Forças do Mal e vencedor do Prêmio Sorriso mais Atraente da revista Semanário dos Bruxos cinco vezes seguidas, mas não falo disso.
- Nem está falando agora, não é?- Snape revirou os olhos.
Não me livrei do espírito agourento de Bandon sorrindo para ela.
Ficou esperando que sorrissem; alguns poucos deram um sorrisinho amarelo.
- Na cara - falou Lene.
— Vejo que todos compraram a coleção completa dos meus livros, muito bem. Pensei em começarmos hoje com um pequeno teste. Nada para se preocuparem, só quero verificar se vocês leram os livros com atenção, e o quanto assimilaram...
Depois de distribuir os testes ele voltou à frente da classe e falou:
— Vocês têm trinta minutos... Começar, agora!
Harry olhou para o teste e leu:
1. Qual é a cor favorita de Gilderoy Lockhart?
- Essa é fácil - brincou James - Rosa.
2. Qual é a ambição secreta de Lockhart?
- Aprender a guardar segredo? - sugeriu Fred.
- Ser inteligente? - sugeriu Jorge.
3. Qual é na sua opinião a maior realização de Gilderoy Lockhart até o momento?
- Conseguir ainda estar vivo, mesmo sendo um idiota e um covarde.
E as perguntas continuavam, ocupando três páginas, até a última:
54. Quando é o aniversário de Gilderoy Lockhart e qual seria o presente ideal para ele?
- Não quero saber e um tapa?
Meia hora depois, Lockhart recolheu os testes e folheou-os diante da classe.
— Tsk, tsk, quase ninguém se lembrou que a minha cor favorita é lilás.
- Foi perto, James.
Digo isto no Um ano com o Ieti. E alguns de vocês precisam ler Passeios com Lobisomens com mais atenção,
Os Marotos riram.
afirmo claramente no capítulo doze que o presente de aniversário ideal para mim seria a harmonia entre os povos mágicos e não-mágicos, embora eu não recuse um garrafão do Velho Uísque de Fogo Ogden!
- Nem sabe escolher um uísque - falou Sirius.
- Você deve saber mesmo, Sirius. Você é especialista em bebidas - falou Lene, mostrando seu desagrado.
Sirius deu de ombros.
E deu outra piscadela travessa para os alunos. Rony fitava Lockhart com uma expressão de incredulidade no rosto; Simas Finnigan e Dino Thomas, que estavam sentados à frente, sacudiam-se de riso silencioso.
Eles riram.
Hermione, por outro lado, escutava Lockhart embevecida e atenta e se assustou quando o ouviu mencionar seu nome.
- Em que ponto você chegou, Granger... - questionou Sirius.
— Mas a Srta. Hermione Granger sabia que a minha ambição secreta era livrar o mundo do mal e comercializar a minha própria linha de poções para os cabelos,
- Você devia dar uma para Snape - James falou. Snape o encarou - Ei, foi só uma brincadeira, ok?
Snape segurou a raiva.
boa menina! Na realidade — ele virou o teste — ela acertou tudo! Onde está a Srta. Hermione Granger?
Hermione levantou a mão trêmula.
— Excelente! — disse o sorridente Lockhart. — Excelente mesmo! Dez pontos para a Grifinória!
- Pelo menos uma coisa boa.
E agora, ao trabalho...
Virou-se para a mesa e depositou nela uma grande gaiola coberta.
— Agora, fiquem prevenidos! É meu dever ensiná-los a se defender contra a pior criatura que se conhece no mundo da magia!
Remus levantou uma sobrancelha.
Vocês podem estar diante dos seus maiores medos aqui nesta sala.
- Um bicho-papão? - Frank perguntou.
Harry negou.
Saibam que nenhum mal vai lhes acontecer enquanto eu estiver aqui. Só peço que fiquem calmos.
Sem querer, Harry se curvou para um lado da pilha de livros que erguera para dar uma olhada melhor na gaiola.
Dorcas riu.
Lockhart colocou a mão na cobertura.
Dino e Simas pararam de rir agora. Neville se afundou em sua carteira na primeira fila.
— Peço que não gritem — recomendou Lockhart em voz baixa. — Pode provocá-los.
E a classe inteira prendeu a respiração. Lockhart puxou a cobertura com um gesto largo.
— Sim, senhores — disse teatralmente. — Diabretes da Cornualia
Remus, Frank, Sirius, Snape e Regulus não conseguiram acreditar e riram.
recém capturados.
Simas Finnigan não conseguiu se controlar. Deixou escapar uma risada pelo nariz que nem mesmo Lockhart poderia confundir com um grito de terror.
Os que já sabiam o que era a criatura riram mais também.
— Que foi? — Ele sorriu para Simas.
— Bem, eles não são... Não são muito... Perigosos, são? — engasgou-se Simas.
— Não tenha tanta certeza assim! — disse Lockhart, sacudindo um dedo, aborrecido, para Simas. — Esses bandidinhos podem ser diabolicamente astutos!
Os diabretes eram azul-elétrico e tinham uns vinte centímetros de altura, os rostos finos e as vozes tão agudas que pareciam um bando de periquitos fazendo algazarra. No instante em que a cobertura foi retirada, eles começaram a falar e a voar de maneira rápida e excitada, a sacudir as grades e a fazer caras esquisitas para as pessoas mais próximas.
— Certo, então — disse Lockhart em voz alta. — Vamos ver o que vocês acham deles! — E abriu a gaiola.
Remus parou de rir. Como um professor podia ser tão burro?
Foi um pandemônio. Os diabretes disparavam em todas as direções como foguetes.
Dois deles agarraram Neville pelas orelhas e o ergueram no ar. Vários outros voaram direto pelas janelas fazendo cair uma chuva de estilhaços de vidro no canteiro. Os demais se puseram a destruir a sala de aula com mais eficiência do que um rinoceronte desembestado. Agarraram tinteiros e salpicaram a sala de tinta, picaram livros e papéis, arrancaram quadros das paredes, viraram a cesta de lixo, pegaram as mochilas e livros e os atiraram contra as vidraças quebradas; em poucos minutos, metade da classe estava abrigada embaixo das carteiras e, Neville, pendurado no teto pelo lustre de ferro.
- Coitado dos elefos que forem limpar.
— Vamos, vamos, reúnam eles, reúnam eles, são apenas diabretes — gritou Lockhart.
Ele enrolou as mangas, brandiu a varinha e berrou:
— Peskipiksi ksi pesternomi!
- Hogwarts não tem mais a mesma qualidade de ensino - Regulus falou.
As palavras não produziam efeito algum;
- Porque isso não é um feitiço.
um dos diabretes se apoderou da varinha e atirou-a também pela janela.
Lockhart engoliu em seco e mergulhou embaixo da mesa, escapando por pouco de ser esmagado por Neville, que despencou um segundo depois quando o lustre cedeu.
- FILHO! VOCÊ ESTÁ BEM?! SE MACHUHOU? - Alice gritou, agarrando Neville.
Frank olhou preocupado para o filho. Neville sorriu.
- Eu fiquei bem.
A sineta tocou, e todos desembestaram para a saída. Na calma relativa que se seguiu, Lockhart levantou-se, viu Harry, Rony e Hermione, que estavam quase na porta, e disse:
— Bem, vou pedir a vocês que enfiem rapidamente os restantes de volta na gaiola.
- Eu deixava pra lá - Sirius falou indiferente.
— E, passando pelos três, fechou a porta depressa.
— Dá para acreditar? — rugiu Rony quando um dos diabretes restantes lhe deu uma dolorosa mordida na orelha.
- AI!
—Ele só quer nos dar uma experiência direta
-Com uma coisa inútil -resmungou Harry.
— disse Hermione, imobilizando dois diabretes ao mesmo tempo com um inventivo Feitiço Congelante e enfiando-os de volta na gaiola.
— Direta? — disse Harry, que estava tentando agarrar um diabrete que dançava fora do seu alcance dando-lhe língua. — Mione, ele não tinha a menor ideia do que estava fazendo...
Todos da sala concordaram.
— Bobagem. Você leu os livros dele, vê só todas as coisas incríveis que ele fez...
— Que ele diz que fez — murmurou Rony.
Rony estava certo, pensou Hermione.
1 – Pensei no nome Alfred, porque, sei lá, veio a minha cabeça... Ai eu pesquisei Alfred Harry Potter no Google (vai que realmente tinha alguém como esse nome em HP) e caiu na página do ator do Dino. Fui ler sobre o personagem e descobri que o pai de Dino era bruxo, e que o plano original, era Dino descobrir isso... Então, achei muito interessante e coloquei aqui.
Nota: Eu fiquei curiosa, percebi que nunca perguntei isso: Vocês gostam do shipper Gina e Harry? De qualquer jeito, agora eles vão ficar juntos. Mas eu não gosto muio mais eles. Ainda leio fic dos dois, mas...
Ah, e vocês podem me pertubar sempre que quiserem para escrever um cap! É só me mandar um email, ok? Meu emai: [email protected]
Comentários (4)
Colin, Colin, lalalalala! É impressão minha ou o nosso Reg vai ficar com a Dorcas? Me diz que sim, porque daí o Remus lindo fica com a Tonks e tudo acaba bem. Flor, você já pensou que em matéria "ser brincalhona e extrovertida" Lene e Tonks são parecidas? Poste rápido por favor! ~eu odeio o Lockhart~ Cara chato! Todos odeiam a Umbridge (inclusive eu), mas eu não suporto ele. Harry e Gina? Guria, tu (gaúcha aqui hehehe) sabe que eu shippo mais Harmione ou Luna/Harry (é que Harmione não dá muito porque sou total a favor de Dramione ou Fremione). Eu também gosta de Gina e Harry, mas começou a se tornar monótono pois era sempre a mesma: Harry não gostava de Gina, mas ela gostava dele, mas começa a namorar, ele percebe que gosta dela e tudo acaba bem. Isso começou a ficar chato, então eu parei de ler. Um casal que eu não gosto é Romione, eu até leio, mas eu não gosto muito. Acho que o Rony não é bom pra ela. Bom... Amei! Beijooos! POste logo please darling!
2013-11-04. Dorcas era uma garota legal, um pouco esquisita e burra, mas... Legal.. AHHHHHHHHHHHHHHHH! ELES VÃO FICAR JUNTOS! LALALALALALA U.U - ignore, qualquer coisa, até mesmo um diálogo régulos-dorcas, me deixa assim, eu pessoalmente não gost HarryXGina. acho que a J.K só colocou eles juntos porque ela era ruiva! não gosto muito da gina não, já até penseei no Harry com a Pansy Parkinson , mais não com a gina
2013-11-04Ameeeei, fofa! Você é demais!!!
2013-10-29Eu gosto de Ginny&Harry assim como Rony&Hermione. Só estou indignada por Dorcas Meadowes estar nessa fanfic. Acho realmente bom que Remus acabe com a Tonks se não vou criar barraco U.U O REMUS É DA TONKS. ESTAMOS ENTENDIDAS? Obrigada por deixar seu e-mail! Vou te perturbar sempre que você demorar para atualizar a fanfic!
2013-10-28