O salgueiro Lutador
N/A: HEY PEOPLE (apesar de ter pouca gente ainda acompanhando) Gio postando
Não fui rápida, mas dá pra viver assim, né? Sério gente, me deu uma desanimada muito grande em escrever, maaaas como eu sei que a culpa não é de vocês, não chorarei (: haha
2º Esse cap tá grande u.u me amem.
3º Não esqueçam de mandar perguntas para os personagens, é um bônus que faremos para o último cap de LHP2 (:
4º Resposta dos reviews do cap anterior:
Clenery Aingremont: Desculpe a demora :c heuheuheuueh sim sim, obrigada por comentar (:
Juh_Lynch: eu tbm tô louca pro último livro *-* e sim, pensando longe, porque acho que ainda temos um bom tempo até lá heuheuheuehue mas né? Que bom que gostou <3 espero que goste esse tbm! e continue comentando, please.
Annabeth73: Ufa, espero ter compensado nesse tbm heuheuheuehuehe. Ah verdade, o Rony anda quieto, mas é que tem tantos personagens com tantas opiniões, que o Rony né ehuehuehu mas nesse ele apareceu mais (acho), Bjos até mais
5º Boa leitura!
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-Antes de continuar, que tal almoçarmos? – sugeriu Alice.
Todos concordaram, e ficou decidido que Mione, Lily e Dorcas iriam fazer o almoço. Lissy ficou com elas para tentar aprender a fazer algo.
- Ela vai explodir a cozinha – comentou Alex com Josh.
- Provavelmente, mas pelo menos não estaremos aqui – disse Josh indo em direção ao banheiro.
- E eu vou fazer o quê? – perguntou Alex parecendo tímido.
- Se vira! – obteve como resposta.
Bufando, Alex sentou-se junto à Régulus e Snape, que pararam o que quer que estivessem conversando quando o mesmo se aproximou.
- Podem continuar – disse Alex com um sorriso angelical.
- Esse sorriso não engana ninguém moleque – disse Régulus.
- Não é para enganar, senhor.
O sonserino Black levantou uma sobrancelha.
- Quem você está chamando de senhor?! – disse com raiva contida.
- E quem você acabou de chamar de moleque? – desafiou o loiro.
Régulus foi dar uma resposta, mas não encontrou nenhuma, acabou apenas bufando e mandando Snape parar de rir.
Enquanto isso, os outros foram fazer qualquer outra coisa pela casa.
Sem malícia, caros leitores.
Frank e Remus conversavam com Neville.
- Mas e quando eu vou aparecer? Como professor, digo. – perguntou Remus com os olhinhos brilhando.
- Er... Não sei se devo contar, mas no terceiro ano de Harry, próximo livro, eu acho. – respondeu o garoto pensativo.
- E quando eu sou citado? – perguntou Frank, meio triste ao lembrar que disseram que o filho não cresceu com os pais.
- Eu não sei – suspira Neville – não sei quando Harry tomou conhecimento sobre vocês...
- Você não fala muito da gente?
- É que... Não é que eu tenha vergonha! Nunca pense isso! – avisou Neville rapidamente – É só que... Dói, sabe? Eu gostava de guardar isso só pra mim, como se vocês fossem só meus, sempre. Mas depois que Harry descobriu foi ótimo ter alguém com quem falar sobre isso, porque me entende sabe? Não ter os pais com você...
Frank não deixa o filho terminar e o abraça.
- Eu e sua mãe vamos recompensar isso, ok? – disse para o filho – não sei como, mas vamos – murmurou.
Remus percebendo que sobrou ali, se retirou.
Foi andando pela mansão, e achou Rony e Harry conversando num quarto.
- Você e a Mione então? – disse Harry como quem não queria nada.
- Bem... Aconteceu. – respondeu o ruivo sorrindo – eu e ela conversamos, e eu deixei escapar o que pensava, e ela sente o mesmo, Harry! Fiquei tão feliz, pensei que ela não iria querer alguém como eu...
- Alguém como você como, Rony? – Harry o interrompeu. – Um cara de valor, coragem e que sempre fez de tudo para o bem dela? Que não teve medo de repreendê-la ou apoiá-la? Acho que ela sempre te mereceu, você é o cara pra ela, nunca duvide disso.
O ruivo apenas sorriu com as orelhas vermelhas.
- Obrigado companheiro... Mas cadê o James? Pensei que você gostaria de passar o máximo de tempo com ele agora que... Você sabe.
- Ele está conversando com Sírius no jardim. E sim, eu quero passar o máximo de tempo com ele, com minha mãe, Sírius e todos eles, mas também merecemos nosso espaço, ele me disse que Sírius parecia precisar dele, então...
- Hum, entendo...
Remus não ouviu mais nada, ao ouvir que Sírius parecia com problemas seguiu para o jardim sem pensar.
Chegando lá avistou James e Sírius jogando pedras contra uma árvore, pareciam conversar. Anunciou sua presença com uma pedrinha na cabeça de Sírius.
- OUCH! – grunhiu o maroto – Ótimo, mais isso para ajudar minha dor de cabeça, muito obrigado Aluado.
- Que mau humor é esse? – disse Remus.
- Sírius está com o coraçãozinho confuso. – respondeu James sério, mas com o tom de humor sempre presente.
- Vá se f...
- Olha a língua Sírius! – disse James.
- Putz! A Lilly te passou suas Lillysses! - disse Sírius fazendo drama, e James revirou os olhos.
- O beijo da Lene teve todo esse poder? – Indagou Remus.
- Como você sabe? – perguntou Sírius surpreso.
- Foi fácil supor isso pela sua expressão depois dele. – Disse o lupino dando de ombros.
- Vocês dois com isso – disse Sírius olhando para os amigos.
- Fazer o quê? Marotos são fodas. – disseram batendo a palma das mãos.
- Mas e aí? Qual o problema? – Disse Remus.
- Eu não sei... – disse Sírius. – Eu me senti estranho beijando a Lene, por que... Porra! É a Lene...
- E o que tem isso? – disse James pelo que parecia ser a décima vez.
- Sei lá James, só achei estranho, ela é minha amiga desde sempre, mas eu senti alguma coisa diferente, como se eu quisesse mais do que só aquele beijinho. – desabafou Black.
James e Remus trocaram um sorriso cúmplice.
- Sírius, seu cachorro! Você foi adotado, companheiro! – disse James batendo nas costas do amigo com animação.
- Hã!?
- Você está apaixonado pela Lene! – concluiu Remus sorrindo.
- Hã!? Não!
- Sírius e Marlene, em cima de uma árvore, se bei-jan-do! – Cantaram James e Remus como garotinhas felizes.
-Vocês são patéticos – disse Sírius revirando os olhos.
Enquanto os três amigos conversavam sobre o possível sentimento do nosso cachorro, digo, maroto, não perceberam que eram observados por Alice, de uma janela.
- Os marotos estão pulando e rindo pelo jardim, mas não consigo entender o que dizem – comentou com Lene, que estava deitada na cama presente no cômodo.
Era um quarto de vizitas, com três camas, paredes amarelas e móveis rústicos, muito aconchegante.
- Não tente entender um maroto Lice, é impossível – disse Lene olhando para o teto.
- Ai, ai, o que está incomodando os pensamentos da minha amiga hoje, hein?
- Tão na cara assim?
- Lene, você me chamou para vir até o quarto, deitou na cama e ficou aí no seu mundinho suspirando forçadamente até agora, eu sei que quer conversar, anda, fala logo. – disse Alice fingindo impaciência.
- Você me conhece mesmo – disse Lene sorrindo. – É aquele beijo que eu e o Sírius trocamos...
- Meu Deus, você finalmente admite que foi pega pelo charme daquele cachorro?!
- Não! Credo Lice, que é isso? Eu, Marlene, nunca serei pega por aquele cachorro, apesar de ser uma gata, mas enfim.
Alice revirou os olhos.
- Então o que foi, Lene?
- Eu... Me senti diferente quando beijei ele. Eu... Gostei.
- Repetiria?
Lene afirmou com um aceno de cabeça.
- Você tá gostando dele!
- Não!
- Sim!
-Não!
- Claro que sim!
- ALICE! NÃO!
- MARLENE! SIM!
Lene jogou seu travesseiro em Alice, e esta devolveu o mesmo, assim começando uma guerra sem fim onde ambas já haviam até esquecido o motivo quando Lilly chega no quarto.
- MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!
... E as duas amigas param.
- Lene tá apaixonada! – disse Alice rindo.
- Mentira! – Disse Lene.
- Apaixonada?! E você pretendia me contar quando Marlene?!
- Eu não estou apaixonada Lilly!
- Mas a Lice disse que tu tá!
- Ela tem problemas!
- Não tenho não! – disse Alice fingindo-se de ofendida. – a com probleminhas é a Dorcas!
- O que tem eu? – disse Dorcas entrando no quarto naquele momento.
- Tem probleminhas! – disse Lene.
- Mas o que eu fiz dessa vez?
- Não mude o foco da conversa Marlene! – disse Alice.
- Que foco gente? – perguntou Dorcas perdida.
- A Lene pode estar gostando do Sírius! – disse Alice.
- Ela finalmente admitiu isso? – perguntou Dorcas.
- Não posso admitir o que não é verdade!
- Vamos Lene, já faz um tempo que vocês andam se provocando mais que o normal! – disse Dorcas.
- Isso não tem nada a ver! – disse Lene – diz pra elas Lilly – terminou com olhos de cachorrinho que caiu da mudança para a ruiva.
- Awn, já até pegou as manias dele. – disse Dorcas.
- Pode ser verdade Lene. – disse a ruiva pensativa.
- Af – Lene desistiu e se jogou na cama.
- Mas enfim, só vim chamar vocês para o almoço. Venham logo – disse Lilly já saindo do quarto.
E assim todas se dirigiram para a sala de jantar (“Mas a gente só deve “jantar” na sala de jantar! Não almoçar.” “Cala boca Sírius”) chamando os outros conforme iam passando pelos cômodos da casa.
Já sentados, conversavam e comiam tranquilamente até que Gina pergunta:
- Hey gente, cadê o Fred e o Jorge?
Todos se olharam e deram de ombros, suspeitando, a casa estava em considerável silêncio.
- Estamos aqui. – disseram juntos entrando no ambiente.
- Onde estavam? – perguntou Frank.
- Por aí... – respondeu Jorge normalmente.
Tipo, normal para todos, não o normal dos gêmeos.
- O que aconteceu com vocês? – perguntou Sírius.
- Nada, ué. – responde Fred servindo-se com suco de abóbora.
- Vocês estão muito quietos. – disse Alice, também estranhando.
- É que resolvemos mudar o comportamento, e tentar agir como os adultos que somos. – respondeu Jorge.
Todos os olharam com cara de: WTF?!
- Comeram algo podre? – perguntou Neville.
- Cheiraram pó de flú?! – perguntou James.
- ‘Cês tão bem?! – disse Rony um pouco exaltado.
- Claro que estamos – disseram revirando os olhos.
- Meu Deus, minha casa! Vocês fizeram alguma coisa nela! – disse James saindo correndo sem rumo certo em busca de alguma coisa suspeita.
Jorge e Fred trocaram um olhar de “Vish”. E foram atrás de James.
- Não era pra ter acontecido isso! – disse um.
- E nem pra ser VOCÊ a cair nisso. – disse outro.
Logo, todos estavam se espremendo no corredor para ver o que aconteceu.
A cena que se via era James sentado no chão parecendo tonto, de olhos fechados.
Até aí, ninguém entendeu o porquê da algazarra, mas então James abriu os olhos, e no lugar de sua íris castanha circular, se via um coração rosa.
Primeiro ninguém entendeu coisa nenhuma. Mas então Sírius caiu na gargalhada, sendo seguido pelo restante, inclusive Snape.
- Eu vou matar vocês – Disse James fria e pausadamente.
- Nós dissemos que não era pra ser isso nem com você – disse Jorge em defesa.
- Então o que raios era pra acontecer? – James tentava se controlar.
- Bom, não tínhamos certeza, algo como fazer a pessoa ficar como um bobo apaixonado por uns minutos, mas esse olho até que é legal, anotou tudo Jorge? – perguntou Fred, avaliando James.
- E pra que é isso?!
- Para nossa loja ué.
- Loja de pegadinhas? – perguntou Sírius interessado.
- Almofadinhas! Agora não é hora pra isso! Eu me vingarei. – disse James para os gêmeos que sorriram culpados.
- James, deixe de ser mal-humorado – disse Sírius entre risadas – agora você pode demonstrar seu amor pela ruiva só pelo olhar, literalmente – e caiu em outra gargalhada sendo acompanhado pelos outros.
James não conseguiu segurar-se e olhou para Lilly, fazendo cara de bobo, gerando mais risadas, inclusive dele mesmo.
Após esse episódio, todos foram almoçar.
- Mione, pode me alcançar àquela panela?
- Rony, não acha que já comeu demais?
- Não?
- Pois já é o suficiente, assim vai acabar com dor de estômago.
- Deixe o menino comer Mione! – Sírius se intrometeu na conversa – É uma das melhores coisas do mundo.
- Sírius, não se meta em discussões de casais. – disse Lene.
- Já que não tenho alguém pra ter esse tipo de discussão, me meto na dos outros oras.
Lene revirou os olhos e corou, ao pensar que ela poderia resolver esse problema.
“Idiota, o que eu estou pensando?”
Quando todos acabaram, Alice lavou a louça com um feitiço, e então voltaram para a sala para continuar a leitura.
- Quem quer ler? – perguntou Dorcas.
- Posso? – pediu Snape.
Ela estendeu o livro para Snape, e este começou a ler:
Capítulo 5 - O salgueiro lutador
Os marotos trocaram olhares, afinal aquela árvore tinha uma história, e eles faziam parte dela. Remus ficou receoso, já que o capítulo parecia falar sobre o Salgueiro, esperava que não fosse algo grave, ou se sentiria muito culpado.
O fim das férias de verão chegou muito depressa para o gosto de Harry.
- Sempre chega – murmurou Frank.
Ele estava ansioso para regressar a Hogwarts, mas aquele mês na Toca fora o mais feliz de sua vida. Era difícil não ter inveja de Rony quando pensava nos Dursley e no tipo de boas-vindas que poderia esperar na próxima vez que aparecesse na Rua dos Alfeneiros.
- Como se você não fosse como um de nós, podendo ir lá sempre, é um membro da nossa família, Harry – disse Gina sorrindo e abraçando o namorado.
Lilly e James tentaram não sentir ciúmes, afinal, eles eram a família de Harry, mas agradeciam aos Weasleys por terem deixado a vida de Harry no mundo bruxo mais fácil de aguentar.
Na última noite de férias, a Sra. Weasley fez aparecer um jantar suntuoso que incluiu todos os pratos favoritos de Harry, terminando com um pudim caramelado de dar água na boca.
Lilly fez uma anotação mental de descobrir quais eram esse pratos, e pedir as receitas para Molly, ela iria precisar um dia.
Fred e Jorge encerraram a noite com uma queima de fogos Filibusteiro; encheram a cozinha de estrelas vermelhas e azuis que ricochetearam do teto para as paredes durante no mínimo uma hora.
- Mas os nossos, das Gemialidades Weasleys são melhores. – disse Jorge com confiança.
- Por preços acessíveis, e achados com facilidade! – comentou Fred.
- Chega de propaganda. – disse Gina revirando os olhos.
Então chegou a hora da última caneca de chocolate quente e de ir para a cama.
Eles demoraram para viajar na manhã seguinte. Acordaram ao nascer do sol, mas por alguma razão pareciam ter um bocado de coisas para fazer. A Sra. Weasley corria de um lado para outro mal-humorada, procurando meias desaparelhadas e penas de escrever; as pessoas não paravam de dar encontroes nas escadas, meio vestidas, levando pedaços de torradas nas mãos;
- Mamãe é um pesadelo quando está com pressa. – comentou Rony.
- Uma vez ela ameaçou enfeitiçar minhas meias para que nunca saíssem dos meus pés, para aprender a não esquecê-las. – disse Fred fingindo um arrepio.
e o Sr. Weasley quase quebrou o pescoço, ao tropeçar em uma galinha solta quando atravessava o quintal carregando o malão de Gina até o carro.
- Seus tapados, nem para ajudar com o malão da sua irmã! – ralhou Alice.
Os Weasleys machos encolheram os ombros sorrindo culpados.
- Mas levamos os nossos! – se justificaram.
- Mas não o dela – retrucou Lice.
Weasleys derrotados.
Harry não conseguiu imaginar como é que oito pessoas seis malões, duas corujas e um rato iam caber em um pequeno Ford Anglia.
- Acho que só com um passe de mágica – disse Josh piscando um olho.
É claro que ele não contara com os acessórios especiais que o Sr. Weasley acrescentara.
- O que nem sempre é com, vale ressaltar – disse Mione.
— Nem uma palavra a Molly — cochichou ele a Harry quando abriu a mala do carro e lhe mostrou como a aumentara por artes mágicas para que a bagagem coubesse sem problemas.
Quando finalmente todos tinham embarcado no carro, a Sra. Weasley olhou para o banco traseiro, onde Harry, Rony, Fred, Jorge e Percy estavam sentados confortavelmente lado a lado e disse:
— Os trouxas sabem mais do que nós queremos reconhecer, não é?
Os presentes na sala não evitaram dar uma risada, não sabendo se Molly realmente não sabia da verdade ou fora sarcástica.
— Ela e Gina entraram no banco dianteiro que fora aumentado de tal maneira que parecia um banco de jardim público. — Quero dizer, olhando de fora, a pessoa nunca imaginaria como o carro é espaçoso, não é?
O Sr. Weasley ligou o motor e saiu do quintal, enquanto Harry se virava para trás para dar uma última olhada na casa. Mal teve tempo para pensar quando a veria outra vez
- Sempre que quiser! – disseram os Weasleys.
e já estavam de volta: Jorge esquecera a caixa de fogos Filibusteiro.
- Tem que ser! – disse Fred revirando os olhos.
Cinco minutos depois, tornaram a parar no quintal para Fred ir buscar depressa sua vassoura.
- “Tem que ser!” – disse Jorge imitando o irmão. Fred bufou.
Tinham quase chegado à rodovia quando Gina gritou que deixara o diário em casa.
- Tem que ser! – disseram os gêmeos fazendo a irmã corar um pouco.
- Ora, calem a boca, pelo menos eu fui só uma vez!
- Nós também!
- Mas como são gêmeos, e cada um esqueceu uma coisa, vale como dois. – concluiu a ruiva com tom vitorioso.
Fred e Jorge reviraram os olhos, mas não continuaram a discussão.
- Diário? – disse Frank ignorando a discussão dos irmãos.
- Toda garota tem o direito de ter um! – disse Gina corando levemente. – Continua Snape, por favor.
Na altura em que tornaram a embarcar no carro eles já estavam muito atrasados e muito mal-humorados.
- O quê? Weasleys mal-humorados? – disse Sírius.
- Somos fodas, não perfeitos. – disse Rony.
O Sr. Weasley olhou para o relógio e depois para a sua mulher.
— Molly, querida...
— Não, Artur.
- Nossa, nem dá pra ver quem é que manda no casamento. – disse James.
- Algo contra isso, Potter? – Perguntou Lilly.
- Nada amor, nada mesmo, afinal, mulheres devem sempre ser ouvidas, não é? – disse o maroto coçando a cabeça, em sinal de nervosismo.
Lilly deu um selinho no namorado, parecendo satisfeita.
- Nem dá pra ver quem é que manda no relacionamento – comentou Sírius como quem não quer nada.
- Calado cachorro. – disse James.
— Ninguém veria. Esse botãozinho aqui é um multiplicador de invisibilidade que instalei, isso nos faria decolar e voar acima das nuvens. Estaríamos lá em dez minutos e ninguém saberia...
— Eu disse não, Arthur, não em plena luz do dia.
- O que significa que se fosse noite Molly aceitaria! – concluiu Dorcas.
Régulus ia comentar o quanto isso era óbvio, mas resolveu deixar assim mesmo.
Eles chegaram à estação de King’s Cross às quinze para onze. O Sr. Weasley disparou até o outro lado da Rua para buscar carrinhos para a bagagem e todos correram para a estação.
Harry tomara o Expresso de Hogwarts no ano anterior. A parte complicada era chegar à plataforma 9 e ½, que não era visível aos olhos dos trouxas. O que a pessoa tinha que fazer era atravessar uma barreira sólida que separava as plataformas 9 e 10. Não machucava, mas tinha que ser feito com cautela, de modo que os trouxas não vissem a pessoa desaparecer.
— Percy primeiro — disse a Sra. Weasley, consultando nervosa o relógio no alto, que indicava que tinham apenas cinco minutos para desaparecer pela barreira sem ser vistos.
Alguns ficaram tensos, pensando se todos conseguiriam atravessar a tempo.
Percy adiantou-se com passos firmes e desapareceu. O Sr. Weasley o seguiu; depois Fred e Jorge.
- Esbanjando beleza. – disseram os gêmeos.
— Vou levar Gina e vocês dois venham logo atrás de nós — disse a Sra. Weasley a Harry e Rony, agarrando a mão de Guia e se afastando. Num piscar de olhos as duas tinham desaparecido.
— Vamos juntos, só temos um minuto — disse Rony a Harry.
- Amizade é verdadeira quando até atravessar paredes vocês fazem juntos – comentou Sírius zoando.
Harry verificou se a gaiola de Edwiges estava bem encaixada em cima do malão e virou o carrinho de frente para a barreira. Sentia-se absolutamente confiante; isto não era nem de longe tão desconfortável quanto usar o Pó de Flu. Os dois se abaixaram sob a barra dos carrinhos e avançaram decididos para a barreira, ganhando velocidade. Quando faltavam apenas poucos passos eles desataram a correr e...
- Olá magia! – gritou Sírius.
- TAPUM! – disse Sanpe.
- HÃ?!
TAPUM.
- é o que diz aqui, oras – disse Snape.
Os dois carrinhos bateram na barreira e quicaram de volta;
Todos pareceram confusos.
o malão de Rony caiu com estrondo, Harry foi derrubado, a gaiola de Edwiges saiu saltando pelo chão encerado e ela rolou para fora, gritando indignada;
- Coruja com personalidade forte hein – comentou Alice.
as pessoas à volta olharam e um guarda próximo berrou:
— Que diabo vocês acham que estão fazendo?
- Tão educado quanto uma flor – comentou Lissy.
— Perdi o controle do carrinho — ofegou Harry, apertando as costelas ao se levantar.
- Harry manja de inventar desculpas rápidas – disse Rony.
- Isso não se aplica quanto aos deveres não feitos – comentou o moreno.
- A solução para isso é simples: fazer os deveres. – comentou Hermione com voz de mandona.
Os amigos reviraram os olhos.
Rony teve que recolher Edwiges, a coruja fazia tanto escândalo que muitos dos circunstantes resmungaram contra a crueldade para com os animais.
- Parece a Lice – disseram os marotos.
- Parece a Mione – disseram os do presente.
- Parece você – disseram Alex e Josh encarando Lissy
As três sorriram, como um elogio.
— Por que não podemos atravessar? — sibilou Harry para Rony.
— Não sei...
- Nossa que surpresa! – comentou Jorge.
Rony olhou desorientado para os lados. Uns dez curiosos continuavam a observá-los.
— Vamos perder o trem — cochichou Rony. — Não entendo por que o portão se fechou...
Snape pensou que essa não seria a única coisa que o ruivo não entendia, mas não iria desencadear outra briga sem sentido.
Harry olhou para o enorme relógio no alto com uma sensação ruim na boca do estômago. Dez segundos... Nove segundos... Ele levou o carrinho à frente com cautela até encostá-lo na barreira e empurrou-o com toda a força. O metal continuou sólido. — Três segundos... Dois segundos... Um segundo...
- Bum?
— Já foi — disse Rony, parecendo atordoado. — O trem foi embora. E se papai e mamãe não conseguirem voltar para nós? Você tem algum dinheiro de trouxas?
Harry não resistiu e riu, ele com dinheiro de trouxas? Essa era uma ótima piada.
Harry deu uma risada cavernosa.
- Credo – comentaram seus amigos.
— Os Dursley não me dão dinheiro há uns seis anos.
- Me surpreende mais o fato deles já terem te dado algum dinheiro – comentou Alex.
- Para ir ao mercado, quando criança, eles confiavam, mas depois eles achavam que eu poderia roubar algo – explicou Harry.
“encher o estômago de Válter com moedas trouxas”. Sírius adicionou à lista.
Rony encostou o ouvido na barreira fria.
— Não ouço nada — informou tenso. — Que vamos fazer? Não sei quanto tempo vai levar para mamãe e papai voltarem.
Eles olharam para os lados. As pessoas continuavam a vigiá-los, principalmente por causa dos gritos de Edwiges que não paravam.
— Acho que é melhor irmos esperar ao lado do carro — sugeriu Harry. — Estamos atraindo atenção de mais...
- E olha que ninguém sabia que você era Harry Potter – comentou Neville.
- E mesmo se soubessem no mundo trouxa isso não faria diferença alguma – disse Harry.
— Harry! — exclamou Rony, com os olhos brilhando. — O carro!
— Que tem o carro?
— Podemos voar para Hogwarts no carro!
- HARRY POTTER! – gritou Lilly.
- Eu não posso mudar o que já está feito – disse Harry com medo.
— Mas eu pensei...
— Estamos imobilizados, certo? E temos que voltar para a escola, não é? E até os bruxos de menor idade podem usar a magia quando há uma emergência grave, seção dezenove ou coisa assim da Lei de Restrição ao...
- Rony quando vai dar uma de inteligente é interrompido – comenta Gina.
- Depois dizem que não soro bullying. – disse o ruivo achando graça.
— Mas sua mãe e seu pai... — disse Harry, empurrando mais uma vez a barreira na esperança inútil de que ela cedesse. — Como é que vão chegar em casa?
Todos reviraram os olhos diante a ingenuidade de Harry da época. Por mágica talvez?
— Eles não precisam do carro! — disse Rony impaciente. — Eles sabem aparatar, sabe, desaparecer aqui e reaparecer em casa! Eles só usam o Pó de Flu e o carro porque somos todos menores e ainda não temos permissão para aparatar.
A sensação de pânico de Harry de repente se transformou em excitação.
- Típico filho do James – comentou Remus.
- Típico maroto – comentou Sírius sorrindo.
— Você sabe voar?
— Não tem problema — disse Rony, virando o carrinho de frente para a saída. — Anda, vamos. Se nos apressarmos poderemos seguir o Expresso de Hogwarts.
Passaram então pela aglomeração de trouxas curiosos, saíram da estação e voltaram à Rua secundária onde ficara estacionado o velho Ford Anglia.
Rony destrancou a enorme mala do carro com vários toques seguidos de varinha.
- E olha que nada explodiu ainda – comentou Fred.
- Quem explodia as coisas era, e ainda é, o Simas – disse Rony em sua própria defesa.
- Verdade, você não fazia nem isso – disse Jorge zoando o irmão.
Rony bufou.
Tornaram a carregar a bagagem na mala, puseram Edwiges no banco traseiro e embarcaram.
— Veja se não tem ninguém olhando — disse Rony, ligando a ignição com outro toque de varinha. Harry meteu a cabeça para fora da janela: o tráfego roncava pela estrada principal adiante, mas a rua deles estava deserta.
— Tudo bem — falou.
Rony apertou um botãozinho prateado no painel. O carro em que estavam desapareceu — e eles também. Harry sentiu o banco vibrar embaixo dele, ouviu o ruído do motor, sentiu as mãos em cima dos joelhos e os óculos em cima do nariz, mas do que conseguia ver, virara um par de olhos que flutuavam acima do chão, numa rua suja cheia de carros estacionados.
- Papai – comentou Gina com nostalgia na voz, sentia falta do pai e suas invenções, agora com a guerra a única coisa que via em seu pai era um homem cansado e determinado.
— Vamos — disse a voz de Rony vindo da direita.
E o chão e os edifícios sujos de cada lado se distanciaram e foram desaparecendo de vista, à medida que o carro decolava; em segundos, Londres inteira estava lá embaixo, enfumaçada e cintilante.
- Poético – comentou Frank.
Então ouviu-se um estampido e o carro, Harry e Rony reapareceram.
- Fu... – começou Sírius
- ...maça! – terminou Lilly com um olhar reprovador ao moreno.
— Epa — exclamou Rony, batendo no botão da invisibilidade.
— Está com defeito.
-Ah! Nunca teria pensado nisso – disse Régulus.
Os dois socaram o botão. O carro desapareceu. E tornou a reaparecer aos pouquinhos.
- Tudo culpa do Harry – disse Rony.
-Hã? Por que eu?
- Por que essas coisas sempre acontecem quando estamos com você! – disse Rony como se fosse obvio.
-... Culpado. – concluiu Harry ao ver que era verdade.
— Segure firme! — berrou Rony e pisou fundo no acelerador; eles dispararam em linha reta para dentro de nuvens baixas e repolhudas e tudo ficou cinzento e enevoado.
— E agora? — perguntou Harry, piscando diante da camada sólida de nuvens que os comprimia de todos os lados.
- Nuvens são sólidas? – perguntou-se Snape.
Quando Mione abriu a boca para responder, Alex interrompeu:
- Depois vemos isso, ou não, agora continue, por favor.
— Temos que ver o trem para saber que direção vamos tomar — disse Rony.
— Mergulhe outra vez... Depressa.
Sírius imitou um nadador mergulhando. Snape revirou os olhos e continuou.
Eles baixaram até ficar sob as nuvens e se viraram no banco, tentando ver o solo.
— Estou vendo! — gritou Harry. — Bem na nossa frente, lá.
O Expresso de Hogwarts ia correndo embaixo deles como uma cobra vermelha.
- Siga aquele trem! – disse James.
— Rumo norte — disse Rony, verificando a bússola no painel. — Tudo bem, só vamos precisar verificar de meia em meia hora mais ou menos, segure firme... — E eles dispararam para o alto, furando as nuvens. Um minuto depois, saíram numa camada banhada de sol.
Era um mundo diferente. Os pneus do carro roçavam de leve o mar de nuvens fofas, o céu um azul forte e infinito sob um sol claro de cegar — Agora só temos que nos preocupar com os aviões — disse Rony.
Eles se entreolharam e caíram na gargalhada; durante algum tempo não conseguiram parar.
- Melhores risadas são essas, as que vêm do nada, só sua e de algum amigo, e só terminam quando a barriga dói – disse Neville nostálgico.
Era como se tivessem mergulhado num sonho fabuloso. Isto, pensou Harry, era sem dúvida o único modo de viajar — deixando para trás os redemoinhos e as torrinhas de nuvens branquíssimas, em um carro inundado pela luz quente e clara do sol, com um pacotão de caramelos no porta-luvas,
- Realmente, com doces isso ficou melhor – comentou Rony.
e a perspectiva de ver as caras invejosas de Fred e Jorge quando eles aterrissassem, suave e espetacularmente, no vasto gramado diante do castelo de Hogwarts.
Os gêmeos encararam os dois com os olhos faiscando.
- Anotou isso Fred?
- Claro Jorge, não ficará barato. – concluíram.
Harry e Rony trocaram olhares nervosos.
Eles verificavam regularmente a posição do trem durante o vôo que os levava cada vez mais para o norte e, em cada mergulho abaixo das nuvens, descortinavam uma paisagem diferente. Londres não tardou a ficar muito para trás, substituída por campos verdes e geométricos que, por sua vez, cederam lugar a grandes extensões de terra roxa, pantanosa, uma metrópole que pululava de carros que lembravam formigas multicoloridas, cidadezinhas com igrejas de brinquedo.
Várias horas tranqüilas depois, no entanto, Harry teve que admitir que o divertimento estava começando a cansar. Os caramelos tinham deixado os dois cheios de sede e não havia nada para beber. Ele e Rony tinham despido os suéteres, mas a camiseta de Harry estava grudando no encosto do banco, e seus óculos não paravam de escorregar pela ponta do nariz suado. Ele deixara de reparar nas formas fantásticas das nuvens e agora pensava com saudades no trem, quilômetros abaixo, onde podia comprar suco de abóbora bem gelado em um carrinho empurrado por uma bruxa gorducha.
- Eu adoro aquela bruxa – comentou Sírius – Acho que ela nunca envelhece mais do que já está.
Porque não tinham podido chegar à plataforma 9 e ½?
- Porque você é Harry Potter! – todos disseram. Harry deu de ombros.
— Não pode faltar muito mais, não é? — perguntou Rony rouco, horas depois, quando o sol começou a afundar pelo chão de nuvens, fingindo-o de rosa forte.
— Pronto para verificar outra vez a posição do trem?
O trem continuava embaixo deles, contornando uma montanha de pico nevado.Escurecera bastante sob a abóbada de nuvens. Rony pisou fundo no acelerador e fez o carro subir outra vez, mas ao fazer isto, o motor começou a soltar um silvo agudo.
- Tudo muito bom para ser verdade – murmuraram alguns.
Harry e Rony trocaram olhares apreensivos.
— Provavelmente ele está cansado — disse Rony. — Nunca foi tão longe antes...
E os dois fingiram não notar o ruído que ficava cada vez mais forte, à medida que o céu ia escurecendo cada vez mais. As estrelas espocavam na escuridão.
Harry tornou a vestir o suéter, tentando fingir que não via que os limpadores do pára-brisa agora se moviam devagar, como se protestassem.
— Falta pouco — disse Rony mais para o carro do que para Harry —, falta pouco agora — e deu umas palmadinhas nervosas no painel.
- Vamos lá Blue, resista meu amor – disse Sírius.
- Blue? – indagou Remus.
- Ué, alguns dão nomes aos carros, como esse aí é azul... e pode ser nome feminino. – Sírius deu de ombros.
- Será que você não quis dizer Blue como um nome masculino, Six? – disse Lene com um tom de zoação.
- Será? – disse Sírius entrando na brincadeira. Afinal, apesar do clima, eles sempre zoariam juntos.
Quando voltaram a voar sob as nuvens um pouco mais tarde, tiveram que apurar a vista na escuridão para encontrar um marco que conhecessem.
— Ali! gritou Harry, sobressaltando Rony e Edwiges. — Bem em frente!
Recortado no horizonte escuro, no alto do penhasco sobre o lago, estavam as torres e torrinhas do castelo de Hogwarts.
Ouviram-se comemorações na sala.
Mas o carro começara a tremer e a perder velocidade.
Snape deu uma risadinha ao ver todos mudarem de comemoração para frustração tão rapidamente.
— Vamos — disse Rony em tom de quem quer adular, dando uma sacudidela no volante, — quase chegamos, vamos...
O motor gemia. Finos penachos de fumaça saíam por debaixo do capô. Harry viu-se agarrando as bordas do banco com toda força ao voarem em direção ao lago.
O carro deu um estremeção feio. Ao espiar pela janela, Harry viu a superfície lisa, escura e espelhada da água, um quilômetro e meio abaixo. Os nós dos dedos de Rony estavam brancos de tanto apertar o volante. O carro estremeceu outra vez.
Todos na sala pareciam ansiosos, ouvindo cada palavra de Snape com cautela e silêncio.
— Vamos — murmurou Rony.
Sobrevoaram o lago... O castelo estava bem à frente... Rony apertou o acelerador. Ouviu-se uma batida metálica e alta, um engasgo e o motor morreu de vez.
Os marotos baixaram a cabeça em sinal de luto.
— Epa — exclamou Rony, em meio ao silêncio.
O nariz do carro afundou. Estavam caindo, ganhando velocidade, rumando direto para a parede maciça do castelo.
Lilly achava que ia ter um ataque de nervos.
— Nããããããão! — berrou Rony, dando um golpe de direção; erraram o escuro muro de pedra por centímetros, porque o carro descreveu um grande arco e voou sobre as estufas às escuras, depois sobre a horta e depois sobre os gramados sombrios, perdendo altura todo o tempo.
Rony largou de vez o volante e puxou a varinha do bolso traseiro.
— PARE! PARE! — berrou, golpeando o painel e o pára-brisa, mas eles continuaram a mergulhar, o chão voando ao seu encontro...
— CUIDADO COM AQUELA ÁRVORE! — urrou Harry, atirando-se sobre o volante, mas tarde demais... CREQUE.
- MEU DEUS! – gritou Lilly.
- James segura a Lilly! – gritou Sírius.
- Merlin! Amor, fala comigo – disse o maroto com a ruiva nos braços.
- ME SOLTA POTTER, EU QUERO VER SE O MEU FILHO DO FUTURO VAI MORRER.
- Lilly quando fica braba fala coisas sem sentido – disse Remus.
Snape esperou todos se acalmarem para continuar a leitura.
Com um estrondo de ensurdecer, de metal batendo em madeira, eles colidiram com um tronco avantajado e despencaram no chão com um baque forte. O vapor que saía por baixo do capô amassado formava nuvens enormes. Edwiges guinchava de terror; um galo do tamanho de uma bola de golfe latejou na cabeça de Harry onde ele batera no pára-brisa
Lilly foi analisar a testa do filho como que por instinto.
- Hã... Mãe? Isso aconteceu há cinco anos. – disse Harry com cautela.
A ruiva ignorou e apenas abraçou Harry.
e, à sua direita, Rony deixou escapar um gemido baixo e desesperado.
- Ai caramba, não morra – disse Dorcas.
- Mas eu to aqui – disse o ruivo confuso.
- Shiu, não estrague a emoção do momento – disse a menina com raiva.
Rony ficou com cara de “what”, mas Remus sussurrou para ele esquecer isso. Coisas de Dorcas.
— Você está bem? — perguntou Harry com urgência na voz.
— Minha varinha — respondeu Rony com a voz trêmula.
- Putz, justo nela? – disse Sírius – deve ter doido. – terminou com voz de dor.
As meninas demoraram um tempo para entender.
- SÍRIUS! – gritaram em conjunto.
O maroto riu.
— Olhe a minha varinha.
- E eu pensando que o Rony era tímido, você já com essas experiências? – disse Sírius.
Os dois reviraram os olhos.
- Meu filho não é desses, Sírius – disse James.
- Teria problema se fosse?
- Não, mas ele tem namorada – disse James vitorioso.
- Mas ele não namora com ela desde sempre – disse Sírius.
- Nem com o Rony!
- Não disse que namoravam!
- EU NÃO SOU GAY! – gritou Harry.
- Não dê ouvidos a esse recalcado, Harry. – disse James.
- Mas só você que deu ouvido a ele – disse Harry revirando os olhos. James sorriu culpado e Snape continuou a ler.
Ela quase se partira em duas; a ponta balançava inerte, segura apenas por meia dúzia de farpas de madeira.
Régulus bateu com a mão na própria testa. O garoto conseguiu quebrar sua varinha.
Harry abriu a boca para dizer que tinha certeza de que poderiam consertá-la na escola, mas nem chegou a falar. Naquele mesmíssimo instante, alguma coisa bateu na lateral do carro com a força de um touro furioso, atirando Harry contra Rony, ao mesmo tempo que outra pancada igualmente pesada atingia o teto.
- É o Snape matando todo mundo – disse Neville.
- Como? – disse Snape.
- Ah meu Merlin, esqueci que você é você! – guinchou Neville.
Todos riram da cena (TODOS).
— Que está acontecen... — exclamou Rony, arregalando os olhos para o pára-brisa, enquanto Harry virava a cabeça em tempo dever um galho grosso como uma jibóia que o amassava. A árvore em que tinham batido atacava os dois. Curvara o tronco quase ao meio e seus ramos nodosos socavam cada centímetro do carro que conseguiam alcançar.
Os marotos arregalaram os olhos diante o fato. Era o salgueiro lutador de fato. Remus ficou pálido.
— Caracas! — exclamou Rony quando outro ramo retorcido fez uma grande mossa na porta do lado dele; o pára-brisa agora vibrava sob uma saraivada de golpes aplicados por galhinhos em forma de nós, e um galho grosso como um aríete socava furiosamente o teto, que parecia estar afundando...
- Por que diabos tem uma árvore assim numa escola?! – disse Lilly aflita.
- Pelo mesmo motivo que há um cão de três cabeças, plantas venenosas, poções que podem matar na hora, etc etc – disseram os gêmeos.
Os Marotos falariam algo do gênero, se não soubessem a função daquela árvore em especial. Remus se sentiu culpado. “Por favor, não se machuquem” pedia em pensamento.
- Er, Harry? Vocês se machucaram? – perguntou preocupado o Lupino.
- Espere e verá – respondeu o moreno.
Remus nunca sentira tanta vontade de bater a cabeça de um Potter na parede.
— Se manda! — gritou Rony, atirando todo o peso contra a porta, mas no segundo seguinte ele era empurrado de volta contra o colo de Harry (N/Gio: yaoi everywhere) por um direto no queixo dado por outro galho.
— Estamos perdidos! —, gemeu ele quando o teto afundou, mas de repente o fundo do carro começou a vibrar — o motor pegara outra vez.
- Oh glória!
— Dê marcha ré — berrou Harry, e o carro disparou para trás; a árvore continuava a tentar atingi-los; ouviam as raízes rangerem como se se rasgassem, tentando golpeá-los enquanto se afastavam dela a toda.
— Essa — ofegou Rony — foi por pouco.
- Aventuras com o Harry sempre são “por pouco” – disse Rony.
Muito bem, carro.
O carro, porém, chegara ao limite de suas forças. Com dois fortes trancos, as portas se escancararam e Harry sentiu o banco deslizar para um lado. No momento seguinte ele se viu estatelado no chão úmido. Pancadas fortes lhe informaram que o carro estava ejetando a bagagem deles da mala; a gaiola de Edwiges voou pelos ares e se abriu; ela soltou um guincho raivoso e voou veloz para o castelo, sem nem ao menos olhar para trás.
- Essa é a coruja com mais personalidade que eu já vi na vida – comentou James.
Então, amassado, arranhado e fumegando o carro saiu roncando pela escuridão, as lanternas traseiras brilhando com raiva.
- Esse carro tem tanta personalidade quanto a coruja – disse Sírus embasbacado com o que ouviu, chegava a ser cômico.
— Volte aqui! — gritou Rony para o carro, brandindo a varinha partida. — Papai vai me matar!
- ótimo argumento, certamente o carro voltaria assim. – disse Jorge, ao que Rony ignorou.
Mas o carro desapareceu de vista com uma última gargalhada do cano de descarga.
— Dá para acreditar na nossa sorte?
- Sorte e Harry Potter juntos? Há! – disse Gina.
— disse Rony infeliz, abaixando-se para recolher Perebas.
Alguns murmuraram xingamentos ao “rato”.
— De todas as árvores em que podíamos ter batido, tínhamos que bater nessa que revida?
- É pra dar mais emoção pra vida – tentou Harry.
Ele espiou por cima do ombro a velha árvore, que continuava a agitar os ramos ameaçadoramente.
— Vamos — disse Harry cansado —, é melhor irmos logo para a escola...
Não se pareceu nada com a chegada triunfal que eles tinham imaginado. Os músculos duros, enregelados e contundidos, os dois apanharam as alças dos malões e começaram a arrastá-los pela encosta gramada acima, em direção à imponente porta de entrada de carvalho.
- Pelo menos não toparam com nenhum professor – disse Josh tentando ver o lado positivo.
— Acho que a festa já começou — comentou Rony, largando a mala ao pé dos degraus da entrada e indo espiar silenciosamente por uma janela iluminada. — Ei, Harry vem ver, é a Seleção!
Harry correu à janela e juntos, ele e Rony contemplaram o Salão Principal.
Uma quantidade de velas pairava no ar sobre as quatro mesas compridas e lotadas, fazendo os pratos e taças de ouro faiscarem. No alto, o teto encantado, que sempre refletia o céu lá fora, pontilhado de estrelas.
Alice suspirou perante a descrição do salão.
Em meio à floresta de chapéus cônicos de Hogwarts, Harry viu uma longa fila de principiantes de cara assustada entrar no Salão. Gina estava entre eles, facilmente identificável pelos cabelos da família Weasley, muito vívidos.
- Awn, ele já até encontrava a amada facilmente – disse Sírius apertando as bochechas de Harry.
- Era impossível não notar, como eu disse no livro – tentava dizer Harry.
Gina corou mas sorriu, pelo menos na época ela tinha o mínimo de atenção do amado.
Entrementes a Profº. McGonagall, uma bruxa de óculos que usava os cabelos presos em um coque, estava colocando o famoso Chapéu Seletor sobre um banquinho diante dos recém-chegados.
Todo ano, aquele chapéu antigo, remendado, esfiapado e sujo, selecionava os novos alunos para as quatro casas de Hogwarts (Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina). Harry lembrava-se bem da noite em que o colocara na cabeça, exatamente há um ano, e esperara petrificado, a decisão do chapéu que murmurava audivelmente em seu ouvido. Por alguns segundos terríveis ele receara que o chapéu fosse colocá-lo na Sonserina, a casa de onde saía um número maior de bruxos e bruxas das trevas do que de qualquer outra
- O que não significa que é a única! – disse Alex. Ninguém discordou para não haver intrigas.
— mas ele acabara indo para a Grifinória, junto com Rony, Hermione e o resto dos Weasley. No último trimestre letivo, Harry e Rony tinham ajudado a Grifinória a ganhar o Campeonato das Casas, vencendo Sonserina pela primeira vez em sete anos.
- Harry Potter chegou para arrasar – disse James fazendo uma dancinha estranha.
- Só o Harry mesmo – disse Lene.
- Está no sangue dos Potter, Lene.
Um garoto muito pequeno, de cabelos castanho-acinzetados foi chamado para colocar o chapéu na cabeça. O olhar de Harry passou por ele e foi pousar no lugar em que Dumbledore, o diretor, assistia à cerimônia sentado à mesa dos funcionários, sua longa barba prateada e os óculos de meia-lua brilhando à luz das velas. Vários lugares adiante, Harry viu Gilderoy Lockhart, com suas vestes azuis. E lá na ponta sentava-se Hagrid, enorme e peludo, bebendo grandes goles de sua taça.
- Hagrid não muda nunca – comentou Remus sorrindo.
— Espere aí... — cochichou Harry para Rony. — Há uma cadeira vaga na mesa dos funcionários... Onde está o Snape?
- Onde está você, ó Snape? – disse Sírius, zoando, em clima de paz.
Severo Snape era o professor de que Harry menos gostava.
-... Apesar de ser genial no que fazia – disse Snape.
- Não está escrito isso aí! – disse Harry.
- Mas deveria – disse Snape e logo voltou a ler.
Por acaso Harry era o aluno de quem Snape menos gostava também. Cruel, irônico e detestado por todo mundo,
- Obrigado, Potter.
- Sempre que precusar.
exceto pelos alunos de sua própria casa (Sonserina), Snape ensinava Poções.
Snape ainda não entendia, apesar de ser bom em poções, sempre quis lecionar em Defesa contra as Artes das Trevas, por que isso?
— Vai ver ele está doente! — disse Rony esperançoso.
Snape lançou um olhar de raiva para Weasley, que deu de ombros.
- Não posso mudar o que já aconteceu.
- Espero que eu tire mais pontos de você. – disse Snape, logo voltando a ler novamente.
— Vai ver ele foi embora — disse Harry —, porque não conseguiu o lugar de professor de Defesa contra as Artes das Trevas outra vez!
- Essa doeu! – disse Sírius segurando o riso.
Snape não pode discordar.
— Ou vai ver foi despedido! — disse Rony entusiasmado. — Quero dizer, todo mundo o detesta...
- Ou vai ver ele foi atrás de vocês! – disse Snape bufando.
— Ou vai ver — disse uma voz muito seca atrás deles — está esperando para saber por que vocês dois não chegaram no trem da escola.
Todos encararam Snape surpresos.
- Meu Deus, como você sabia? – disse Mione.
- Eu não sei – disse Snape, não dando muito atenção a isso.
- Algumas coisas realmente não mudam – disse Remus.
Harry virou-se depressa. Ali, as vestes negras ondeando à brisa gelada, achava-se parado Severo Snape. Era um homem magro, com a pele macilenta, um nariz curvo e cabelos negros e oleosos até os ombros e, naquele momento, sorria de um jeito que dizia a Harry e Rony que eles estavam numa baita encrenca.
- Como sempre – murmurou Mione.
— Me acompanhem — disse Snape.
Sem nem ousarem se entreolhar, Harry e Rony seguiram Snape pela escada e entraram no enorme saguão cheio de ecos, iluminado por tochas. Um cheiro delicioso de comida vinha do Salão Principal, mas Snape os levou para longe do calor e da luz e desceu uma estreita escada de pedra que levava às masmorras.
— Para dentro! — disse ele, indicando a porta que abrira no corredor frio.
- Meu Merlin! Alguém chame ajuda! Meu filho vai ser envenenado! – disse James.
Snape revirou os olhos
Porque a vida sem provocações não é mágica.
Eles entraram na sala de Snape, trêmulos. As paredes sombrias estavam cobertas de prateleiras com grandes frascos, em que flutuava todo tipo de coisa nojenta de que, naquele momento, Harry nem queria saber o nome. A lareira estava apagada e vazia. Snape fechou a porta e virou-se para encará-los.
— Então — disse com suavidade — o trem não é bastante bom para o famoso Harry Potter e seu leal escudeiro Weasley. Queriam chegar acontecendo, não foi, rapazes?
- Por que não podia apenas dar um pequeno sermão, ou um castigo qualquer e liberar? – disse James.
- E como eu vou saber o que eu pensei aí? Talvez algo tenha acontecido e eu realmente odeie Potter aí. Mas sei lá, o que será que aconteceu? – disse Snape olhando diretamente James e Sírius.
Os dois desviaram o olhar e Snape continuou a leitura.
“Maldito sonserino”, pensavam os dois.
— Não, senhor, foi a barreira na estação de King s Cross, ela...
— Silêncio — disse Snape secamente. — Que foi que fizeram com o carro?
- Mas como esse ser aí sabia do carro?! – perguntou Lene.
Todos encaravam Snape.
- Nem adianta olhar pra mim. – disse sem pestanejar.
Rony engoliu em seco. Não era a primeira vez que Snape dava a Harry a impressão de ser capaz de ler pensamentos.
Os olhos de Snape brilharam. Legilimencia é um assunto que sempre teve sua atenção, quem sabe no futuro ele não tenha dominado-a?
Mas um momento depois, ele compreendeu, quando Snape desdobrou o Profeta Vespertino daquele dia.
— Vocês foram vistos — sibilou o professor, mostrando a manchete: FORD ANGLIA VOADOR INTRIGA TROUXAS.
- Ah, explicado – disseram.
Snape decepcionou-se.
E começou a ler em voz alta:
- Que coincidência, não? – disse Sírius.
"Dois trouxas em Londres, convencidos de terem visto um velho carro sobrevoar a torre dos Correios... Ao meio-dia em Norfolk, a Sra. Hetty Bayliss, quando pendurava roupa para secar... O Sr. Angus Fleet, de Peebles, comunicou à policia..."
- Argus Filch?! – disseram em coro James, Frank, Sírius, Remus, Lene e Dorcas.
- Angus Fleet – repetiu Snape.
- Fale direito, oras. – disse James, antes que pudesse se controlar.
- Eu falei, apenas preste mais atenção.
Quando James ia replicar, Harry interrompe.
- Onde fica Peebles?
- Que isso importa? – disseram os dois.
- Ah, verdade, não importa, continue Snape.
Bufando, o sonserino continuou.
— Um total de seis ou sete trouxas. Acredito que o seu pai trabalha no departamento que coíbe o mal uso de artefatos dos trouxas? — perguntou ele, erguendo os olhos para Rony com um sorriso ainda mais desagradável. — Tsk, tsk, tsk... O próprio filho dele...
- Que lástima – disse Fred.
- Uma vergonha! – disse Jorge.
- Como papai levantará a cabeça diante o povo bruxo agora? – disse Fred.
- Ah pera, ele não liga, desde que o carro funcione. – concluiu Jorge sorrindo.
- Mas mamãe liga – disse Gina.
Os gêmeos murcharam.
- Se ferrou – disseram para Rony.
Harry teve a sensação de que acabara de levar um direto no estômago, aplicado por um dos ramos mais parrudos da árvore maluca. Se alguém descobrisse que o Sr. Weasley havia enfeitiçado o carro... Não tinha pensado nisso...
- Típico grifinória – disse Régulus.
- Mas nós agimos rápido, para solucionar os problemas, só pensar não ajuda em nada. – disse Sírius.
- Só pensar é coisa de Corvinal. Mas não adianta de nada agir sem pensar, ao que pode apenas complicar tudo. Sonserinos ao menos pensam antes de agir. – disse Régulus, mostrando sua teimosia.
- Gente, foco, esqueçam as desavenças, lembram? – disse Lissy, revirando os olhos.
— Reparei na minha busca pelo parque que houve considerável dano a um salgueiro lutador muito valioso — continuou Snape.
- Como se fossem pedir para que pagassem, ou não pudessem tratar dele com magia – murmurou Josh.
— Aquela árvore causou mais dano a nós do que nós a... — deixou escapar Rony.
Os marotos aplaudiram.
- Falou pouco, mas falou bonito – disse James, já com suas experiências com a árvore.
- Falou pouco, mas já foi interrompido – completou Fred, ao perceber que a fala no irmão não teve seu fim.
— Silêncio! — disse Snape outra vez. — Infelizmente vocês não fazem parte da minha Casa,
Rony murmurou um “graças a Merlin”.
e a decisão de expulsá-los não cabe a mim. Vou buscar as pessoas que têm este prazeroso poder. Esperem aqui.
- Há, Tia Minnie não expulsará eles assim, do nada – disse Sírius com tom de vitória.
Harry e Rony se entreolharam pálidos. Harry não sentia mais fome. Sentia-se extremamente enjoado. Tentou não olhar para uma coisa grande e pegajosa que estava suspensa em um liquido verde, em uma prateleira atrás da escrivaninha de Snape.
Se Snape tivesse ido buscar a Profª. McGonagall, diretora da Casa Grifinória, eles tampouco estariam em melhor situação.
Os marotos bufaram indignados, como assim?! Minerva era um amor com seus alunos!
... Com eles, na maioria das vezes, já que tinham lábia com ela.
Poderia ser mais justa do que Snape, mas era rigorosíssima. Dez minutos depois, Snape voltou e não deu outra, era a Profª. McGonagall que o acompanhava. Harry já a vira várias vezes, mas ou se esquecera como a boca da professora ficava contraída, ou nunca a vira zangada antes.
- Ah Harry, sempre tem a primeira vez – suspirou Sírius com nostalgia.
- Para alguns é no segundo ano, para outros no segundo dia – disse James no mesmo tom.
Ela ergueu a varinha no momento em que entrou. Os dois, Harry e Rony se encolheram, mas ela meramente a apontou para a lareira apagada, onde as chamas irromperam instantaneamente.
- Minerva levando luz até onde Snape habita, meu Deus. – disse Neville. – Isso é o que eu chamo de bruxa poderosa.
- Eu ainda estou aqui – murmurou Snape.
Neville corou, sempre se esquecia disso.
- Er, desculpe, é o hábito.
Snape revirou os olhos.
— Sentem-se — disse, e os dois recuaram e se sentaram em cadeiras junto à lareira. — Expliquem-se — disse, os óculos brilhando agourentos.
Rony saiu contando a história a começar pela barreira da estação que se recusara a deixá-los passar.
—... Então não tivemos outra escolha, professora, não podíamos embarcar no trem.
— Por que não nos mandaram uma carta por coruja? Creio que você tem uma coruja? — disse a Profª. McGonagall, olhando para Harry com frieza.
James ficou mal em ver o filho recebedo esse tratamento de sua professora praferida.
- Era o certo a fazer – concluiu Régulus.
- No desespero não dá pra pensar muito. – Disse Harry.
Harry ficou boquiaberto. Agora que ela dissera, parecia a coisa óbvia para ter sido feita.
- As respostas só vêm depois do erro – bufou Remus.
- Filosofou – disse Sírius.
— Eu... Não pensei...
— Isto — tornou a professora — é óbvio.
- AI! Essa doeu!
- Minerva: 1, Meninos: 0 – disseram os gêmeos.
Ouviu-se uma batida na porta da sala, e Snape, agora com a cara mais feliz que nunca, abriu-a. Parado à porta achava-se o diretor, o Profº. Dumbledore.
- Sádico miserável – murmurou Sírius.
O corpo de Harry inteiro ficou insensível. Dumbledore parecia anormalmente sério. Olhou por cima daquele nariz curvo dele, e Harry, subitamente, viu-se desejando que ele e Rony ainda estivessem apanhando do salgueiro lutador.
Fez-se um longo silêncio. Então Dumbledore disse:
— Por favor, expliquem por que fizeram isso.
Teria sido melhor se tivesse gritado.
-Nesses momentos, sempre é. – disse Mione.
Harry detestou o desapontamento que havia na voz dele. Por alguma razão, não conseguiu encarar Dumbledore nos olhos e, em vez disso, falou para os próprios joelhos. Contou a Dumbledore tudo, exceto que o Sr. Weasley era o dono do carro enfeitiçado, fazendo parecer que ele e Rony tinham encontrado o carro voador estacionado do lado de fora da estação, por acaso.
- Dumbledore vai perceber, mas não se deter nisso – disse Remus com convicção.
Ele sabia que Dumbledore perceberia a coisa na mesma hora, mas o diretor não fez perguntas sobre o carro.
Remus cruzou os braços satisfeito.
Quando Harry terminou, ele apenas continuou a observá-los através dos óculos de meia-lua.
— Vamos buscar as nossas coisas — disse Rony com a desesperança na voz.
— De que é que está falando, Weasley? — vociferou a Profª. McGonagall.
— Bem, os senhores vão nos expulsar, não é? — disse Rony.
- Sai negatividade do Harry, que esse corpo não te pertence – disse Neville.
Harry olhou rapidamente para Dumbledore.
— Hoje não, Sr. Weasley — disse Dumbledore. — Mas preciso incutir em vocês a gravidade do que fizeram. Vou escrever às duas famílias hoje à noite. Devo também preveni-los de que se fizerem isto de novo, não terei escolha se não expulsar os dois.
- Até porque é um dos meus hobbies sair por aí num carro voador – disse Harry.
- Apenas dragões, testrálios, etc – murmurou para apenas o trio ouvir, dando risinhos baixinhos.
Snape fez cara de quem acaba de ouvir que o Natal foi cancelado.
- Nhá, essa é a cara dele normal mesmo – comentou Sírius.
Pigarreou e disse:
— Profº. Dumbledore, esses garotos zombaram da lei que restringe o uso de magia por menores, causaram sérios danos a uma árvore antiga e valiosa... Com certeza atos desta natureza...
— A Profª. McGonagall é quem decidira sobre o castigo dos meninos, Severo — disse Dumbledore calmamente.
Sírius e James fizeram um dancinha tipo: te fudeu Snape.
Claro, sem Lilly perceber.
— Fazem parte da Casa dela e, portanto são responsabilidade dela. — E se virou para a professora: — Preciso voltar para a festa, Minerva, tenho que dar alguns avisos. Vamos Severo, tem uma torta de abóbora deliciosa que quero provar.
Snape lançou um olhar de puro veneno a Harry e Rony ao se deixar levar embora da sala,
- Venenooooosa, ela é venenooooosa – cantou Lissy.
- Mas o quê? – disseram todos, menos Alex e Josh.
- Apenas ignorem, ela tem esse ataques às vezes, é a falta do remidinho. – disse Josh revirando os olhos.
deixando-os sozinhos com a Profª. McGonagall, que ainda os observava como uma águia atenta.
— É melhor ir à ala hospitalar, Weasley, você está sangrando.
— Não é nada demais — disse Rony, limpando depressa com a manga o corte sobre o olho. — Professora, eu queria ver a minha irmã ser selecionada...
Gina bateu no irmão.
- Mas o que eu fiz agora?! – disse Rony.
- Exatamente! Não fez nada! Não viu sua irmãzinha ser selecionada, ao invés disso ficou lá, se meteu em encrencas! – e bateu de novo.
- Harry, se ferrou. – disse Sírius.
- Hã? Por quê?
- Tua ruiva tá na TPM.
Gina encarou mortalmente Sírius.
- Morra Black. – e o jogou um livro.
Paz, a gente vê por aqui.
— A cerimônia da Seleção já terminou — respondeu ela. — Sua irmã também ficou na Grifinória.
- Surpresa! – disseram os gêmeos com falta não empolgação.
(?)
— Ah, que bom.
— E por falar na Grifinória... — disse McGonagall muito ríspida, mas Harry a interrompeu.
- Perdeu vontade de viver, moleque? – disse Lene.
— Professora, quando apanhamos o carro, o ano letivo não tinha começado, por isso... Por isso Grifinória não deve perder pontos, deve? — terminou ele, observando-a ansioso.
Mione ficou facepalm.
- A pessoa se preocupa mais com os pontos do que com punições. – disse bufando.
Harry deu de ombros, mas foi apoiado pelo pai, que faria a mesma coisa.
A Profª. McGonagall lançou-lhe um olhar penetrante e ele teve certeza de que ela quase sorrira. Pelo menos ficara menos contraída.
- Minnie odeia tirar pontos – disse Sírius quase fazendo corações com as mãos.
— Não vou tirar pontos da Grifinória — e Harry sentiu o chão muito mais leve. — Mas os dois vão receber uma detenção.
Foi melhor do que Harry esperara. Quanto a Dumbledore escrever aos Dursley, isso não era nada. Harry sabia perfeitamente que eles só iriam ficar desapontados que o salgueiro lutador não o tivesse achatado de vez.
“Enfeitiçar um galho do salgueiro para perseguir os Dursleys” Remus anotou.
A Profª. McGonagall ergueu novamente a varinha e apontou-a para a escrivaninha de Snape. Um grande prato de sanduíches, duas taças de prata e uma jarra de suco de abóbora gelado apareceram com um estalo.
— Vocês vão comer aqui e depois vão direto para o dormitório — disse ela. — Eu também preciso voltar à festa.
- Minerva só abalando no tunts tunts – disse Lissy, ao que ganhou risadas.
Quando a porta se fechou, Rony deixou escapar um assobio baixo e longo.
— Achei que estávamos ferrados — disse ele, agarrando o sanduíche.
— Eu também — disse Harry, servindo-se.
— Mas dá para acreditar na nossa falta de sorte?
- Ser amigo de Harry Potter tem lá suas desvantagens – disse Rony zoando o amigo.
— perguntou Rony com a voz pastosa porque tinha a boca cheia de galinha e presunto. — Fred e Jorge devem ter voado naquele carro umas cinco ou seis vezes e nunca nenhum trouxa viu os dois.
- Um dia você chega perto de nos alcançar – disse Jorge “modestamente”.
— Ele engoliu e deu outra grande dentada. — Por que não conseguimos atravessar a barreira?
Harry sacudiu os ombros.
— Mas vamos ter que nos cuidar daqui para frente — disse, tomando um grande gole do suco de abóbora, cheio de gratidão. — Gostaria de termos podido ir à festa...
— Ela não queria que fôssemos nos exibir — disse Rony ajuizadamente. — Não quer que as pessoas pensem que somos sabidos, porque chegamos de carro voador.
- Rony falar algo inteligente até nos deixa chocado. – disse Fred.
Quando acabaram de comer tudo o que puderam (o prato sempre tornava a se encher sozinho)
- Como eu amo magia – disse Rony.
eles se levantaram e deixaram a sala, tomando o caminho familiar para a Torre da Grifinória. O castelo estava silencioso; parecia que a festa havia acabado. Os dois passaram pelos quadros que resmungavam e as armaduras que rangiam e subiram a estreita escada de pedra, até chegarem, finalmente, à passagem onde se escondia a entrada secreta para a Grifinória, atrás do retrato a óleo de uma mulher muito gorda, de vestido de seda rosa.
— Senha? — perguntou ela quando os dois se aproximaram.
— Ããã...- murmurou Harry.
- Acho que não é essa – disse Josh.
Eles não sabiam a senha do novo ano, ainda não tinham encontrado o monitor da Grifinória, mas o socorro chegou quase imediatamente; ouviram um tropel de passos às costas e quando se viraram deram com Hermione que corria ao encontro deles.
- Hermione sempre salvando o dia – disse Harry sorrindo para a amiga.
— Aí estão vocês! Onde se meteram? Os boatos mais ridículos... Alguém disse que vocês foram expulsos por terem batido com um carro voador.
- Puff, que boatos ridículos – disse Sírius.
- Né? Dois garotos de 12 anos com um carro voador? Essa gente não tem mais o que inventar – disse James, rindo.
— Bem, não fomos expulsos — garantiu-lhe Harry.
— Vocês não vão me dizer que realmente chegaram aqui voando? — disse Hermione, em tom quase tão severo quanto o da Profª. McGonagall.
- Claro, ela podia perguntar se estávamos bem, ou se impressionar, mas não, Mione já tem que dar sermão – disse Rony brincando com a namorada.
- Se não gostasse não estaria comigo agora – disse a morena cruzando os braços.
- E quem disse que eu não gosto? – disse o ruivo corando e beijando a bochecha da namorada.
— Pode poupar o sermão — disse Rony impaciente — e nos dizer qual é a nova senha.
- Educado como sempre. – disse Gina.
— É "maçarico” — respondeu Hermione impaciente
Régulus ia comentar que essa senha era uma das mais idiotas que já ouvira, mas resolveu ficar calado.
—, mas não é isto que está em questão...
Suas palavras, porém, foram interrompidas, pois o retrato da mulher gorda se abriu em meio a uma repentina tempestade de aplausos.
- Mas eu nem cheguei ainda - brincou James.
Parecia que todos os alunos da Grifinória ainda estavam acordados, espremidos na sala comunal redonda, trepados nas mesas
- Essa juventude de hoje em dia – disse Sírius segurando a risada.
- Segure seus hormônios, Sírius – advertiu Lice.
fora de esquadro e nas poltronas que afundavam, esperando os dois chegarem.
Braços passaram pela abertura do retrato para puxar Harry e Rony para dentro, deixando Hermione subir depois e sozinha.
- Forever Alone – disse Dorcas.
- Já até me acostumei – disse Mione revirando os olhos.
— Genial! — berrou Lino Jordan. — Um achado! Que entrada! Aterrissar um carro voador no salgueiro lutador, vão comentar isso durante anos!
“A menos que outras coisas aconteçam em outros anos seguintes” pensou Harry.
"Parabéns", disse um quintanista com que Harry nunca falara antes; alguém dava palmadinhas em suas costas como se ele tivesse acabado de ganhar uma maratona; Fred e Jorge abriram caminho por entre os colegas aglomerados e perguntaram ao mesmo tempo:
- Como quase sempre – disse Frank.
— Por que não viemos no carro, hein? — Rony estava com a cara vermelha e sorria constrangido, mas Harry acabava de ver uma pessoa que não parecia nada feliz.
Percy era visível por cima das cabeças de uns alunos de primeira série animados, e parecia estar querendo se aproximar o suficiente para começar a ralhar com eles. Harry cutucou Rony nas costelas e fez sinal em direção a Percy. Rony entendeu na mesma hora.
- Tipo: ferrou – disse Rony.
- Na verdade pareceu algo mais como: Alertas de babaquice acionados – disse Fred, ainda magoado com o irmão.
— Temos que subir... Um pouco cansados — disse ele e os dois começaram a abrir caminho em direção à porta do lado oposto da sala, que levava à escada circular e aos dormitórios.
— Noite — Harry falou por cima do ombro para Hermione, que estava com uma cara tão feia quanto Percy.
- Hey! – disse Hermione.
- Isso lá é coisa que se diga? – disse Gina, como se fosse o maior xingamento.
Harry sorriu culpado e se desculpou com a amiga.
Os garotos conseguiram chegar ao outro lado da sala comunal, ainda recebendo palmadinhas nas costas, e alcançaram a paz das escadas. Subiram a escada correndo, direto para cima e, finalmente, chegaram à porta do antigo dormitório, que agora tinha um letreiro que dizia ALUNOS DE SEGUNDA SÉRIE. Entraram no quarto circular que já conheciam, com camas de quatro colunas e cortinas de veludo vermelho, e suas janelas altas e estreitas. Seus malões tinham sido trazidos até o quarto e colocados aos pés das camas.
Rony sorriu com ar de culpa para Harry.
— Sei que não devia ter curtido isso nem nada, mas...
- Foi foda pra caramba – concluiu Sírius.
A porta do dormitório se escancarou e por ela entraram os outros segundanistas da Grifinória, Simas Finnigan, Dino Thomas e Neville Longbottom.
— Inacreditável!— exclamou Simas radiante.
— Legal — disse Dino.
— Um assombro! — acrescentou Neville atônito.
- Minha opinião continua a mesma – disse Neville.
Harry não conseguiu se controlar e sorriu também.
- Fim. – disse Snape. – Tudo bem Lilly? – perguntou, não resistindo a usar o apelido.
A ruiva estava branca, parecia um pouco abalada.
- Me recuperarei apenas preciso me acostumar com um filho que quase morre em todos os capítulos.
Harry sorriu culpado novamente e abraçou a mãe.
- Ok, e quem lê agora?
- Pode ser eu?
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E é isso \ô/
Sei que a Lilly apareceu pouco, mas não vi muitos lugares para ela comentar aí, fora que ela e sua preocupação tiveram um pouco de trabalho aí heuheuehuehuu
O próximo é da bia, beijão!
Comentários (5)
Deus ouviu minhas preces !!!!!!!! Vocês finalmente postaram !!!!!!! Amei o capítulo, amo SM então não tenho do que reclamar !!! Autoras lindas do meu heart, só um tenho um pedidozinho : POSTEM RÁPIDO. Beijos, Fernanda
2013-10-22vish ! faz tempo que eu naum entro dai quando eu entrei ja vi os cap novos e adorei! fico muito feliz que ñão tenha desistido adora a fic e esse cap foi demais adorei! queria que tivesse uma penseira pra eles reviverem os momentos bjos
2013-10-19Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaleluiaaaaaaaaa, Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaleluia, Aleluia, Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaleluia! Finalmente, amo essa fic, conferia todo dia para ver se não tinha atualizado. Não demore tanto denovo, q tô ansiosa pro próx cáp.
2013-10-17FINALMENTE! CAPíTULO :)Eu sei como é... Também fico bem maliciosa quando aparece tipo "trepado" em alguma frase de Harry Potter. Tipo, tem uma cena de Cálice de Fogo que fala que Krum trepou no mastro aí eu fiquei tipo '-'Ai ai. Quando você cresce tem uma visão mais ampla (maliciosa) de tudo...
2013-10-17Eu? Deixar de comentar? Nunca! Ahhhhh, eu amei! Amei, amei, ameia, amei! Eu quero que apareça logo o Collin porque eu amo o Collin. E os ataques também! Ai, o Neville estava fofo nesse capítulo! Lene e Sirius estão amando! Lene e Sirius estão amando! Nanananananana! Ai, como eu amo eles! Bom, terminei o comment por aqui, obrigada pela resposta! Beijos! "Please, faça os dois se entenderem logo, sabe, a Lene e o Six porque... Eu amo muito, muito, muito, muito eles!". Tchau, xoxo!
2013-10-17