Capítulo 11



CAPÍTULO ONZE: Eu aceito


- Respire. - aconselhou Gina.


- Não se apresse, você pode cair. - concluiu a Sra. Granger.


- Não saia correndo, fica sem classe. - resmungou Muriel, a velha bruxa que ficara o tempo todo reclamando do tamanho dos cabelos de Rony, ou dos tornozelos finos de Hermione.


- Não coloquem caraminholas na cabeça dela, senhoras. Ela está bastante nervosa. Eu também estaria se tivesse que casar com o Rony. - riu-se Jorge.


Hermione não conseguia se mover. Eram tantas pessoas ao seu redor, que ela estava começando a ficar nervosa.


- Será que vocês podem se afastar da minha garotinha? Eu quero falar com ela por um instante. - disse o Sr. Granger.


Todos se afastaram instantâneamente, Muriel reclamando pela falta de bons modos do pai da noiva.


- Nervosa? - ele perguntou, e teve um aceno positivo de cabeça por parte da filha. - Eu também estava no dia do meu casamento. Não sabia se a sua mãe estaria lá no altar. Mas no final, tudo acabou bem. E sabe por quê, Hermione?


- Porque vocês se amam? - ela arriscou.

- Exatamente. - ele disse, e depois sorriu amavelmente para a filha. - Você é o bem mais precioso que eu e sua mãe temos, Herms. Será muito difícil chegar em casa e saber que você não voltará para o seu quarto. - ele suspirou, e depois prosseguiu - Mas ele sempre estará lá quando você quiser.


Hermione olhou para baixo. O que ela mais queria fazer nesse momento, era arrancar o belo e caro vestido do corpo, e sair correndo para a casa dos seus pais, se jogar em baixo da cama, como ela fazia quando era pequena e se emburrava.


- Pai, como... Como soube que amava a mamãe?


Greg olhou para a filha, depois para frente, como se estivesse escolhendo as palavras certas.


- Eu conheci sua mãe na faculdade de odontologia. Ela era sempre a primeira da classe, muito inteligente, não tinha como não chamar a atenção. Eu, por outro lado, era muito desligado. Quando nosso professor nos colocou para debater um assunto juntos, nós nos aproximamos mais. E, quando nos formamos, eu a beijei. Ela tinha planos de sair de Londres e viver no interior. Eu acho que a fiz mudar de ideia naquela noite.


"Algum tempo depois eu percebi que estava apaixonado. Ela não saía mais da minha cabeça. Minhas pernas fraquejavam quando acontecia alguma coisa com ela, e eu sabia que era mais do que simples preocupação. Quando eu ficava perto dela, parecia que o meu corpo tinha ciência da presença dela; eu ficava confortável. Quando ela saía, eu ficava sem um pedaço de mim."


- Eu não entendi.


- É exatamente isso, Hermione. Amor não se entende, não se explica: amor se sente.


Ela ficou calada por alguns instantes, ouvindo o tique-taquear do relógio da Sra. Weasley, que indicava as ações de seus filhos.


- Há algo a preocupando, filha?


- Não. - respondeu rapidamente.


- Hermione. - seu pai chamou, e a virou de frente para ele. Pegou as mãos finas delas por entre as suas, e as acariciou. - Eu posso gostar muito desses Weasley. Mas se esse não é o futuro que você quer, se não é ele quem você ama, se não é com ele que você quer compartilhar a vida inteira... Eu e sua mãe aceitaremos. Porque nós queremos a sua felicidade. Sempre.


- Obrigada. - agradeceu quando seu pai depositou um baijo estalado na cabeça da filha.


De longe vinha a Sra. Weasley, afobada, carregando o buquê de Hermione. Ela escolhera copos-de-leite, margaridas e rosas de todas as cores. Era uma mistura muito incomum, mas linda.


Ela abaixou o véu que havia sido preso no cabelo de Hermione, de modo que esse ocultasse seu rosto parcialmente.


- Estou entrando com Rony. Depois irão entrar o Jorge e a Angelina, o Harry e a Gina, que são seus padrinhos. Depois sua mãe entra com Arthur. E então vocês seguem, certo?


Hermione concordou, e segurou na mão de seu pai enquanto a Sra. Weasley saía pelo lugar que entrara. Uma música baixa começou. Hermione podia ouvir os convidados se revirando nas cadeiras para ver a entrada triunfal de Molly, com seu filho.


Quando essa música acabou, e a marcha nupcial começou, Hermione se agarrou no braço de seu pai.


- Ainda dá para desistir. - uma voz sussurrou para ela. Embora Hermione soubesse que era seu pai, parecia que era a voz de Draco.


- Eu nunca irei desistir. - e com isso, puxou o pai para o caminho do jardim.


Olhar para a decoração de cima, era com certeza muito diferente do que vê-la de perto. Hermione conseguia ver muitos detalhes do casamento de Gui e Fleur no jardim, mas ainda estava contente que a sogra dera um rumo para esses objetos, e não precisara gastar tanto dinheiro. Laços envolviam as cadeiras, e um arco de flores estava posto no final das carreiras inacabáveis de convidados. De longe, Hermione reconheceu os cabelos ruivos de Rony, e tento apressar o passo, mas foi segurada pelo braço firme do pai.


Ela nunca estivera tão certa de algo em sua vida.


Rony, do altar improvisado, tinha um sorriso de orelha a orelha. Não conseguia acreditar na beleza da esposa que havia encontrado. Ela estava magnífica: o branco parecia uma cor que havia sido feita especialmente para ela, por dar um contraste com sua pele morena.


O vestido era tomara-que-caia no busto, e repleto de pedras. Tinha um decote bem avantajado, porém não vulgar. Uma cinta feita do tecido do próprio vestido estava localizada logo abaixo. A saia que dava final ao vestido, parecia uma saia de princesa, possuía uma enorme armação por baixo, dando a sensação de que ela tinha vindo do século passado. O véu cobria seu rosto, mas não o sorriso que estava estampado nele.


O ruivo também sorriu. Quando ela chegou em sua frente, e ele segurou em sua mão, percebeu que nada mais importava.


O bruxo em sua frente falava coisas, os votos matrimoniais e todo seu monólogo, mas ele não prestava tanta atenção. Hermione parecia, pela primeira vez, fazer o mesmo que ele. Os olhos deles dois se encontraram. Azul contra castanho. E ela sabia que ali seria seu porto- seguro para sempre.


- Eu aceito. - disse Rony após ser cutucado nada delicadamente por Harry. Ele havia perdido as palavras. Rindo da cara que Rony fez, Hermione esperou até que fosse sua vez.


- Eu aceito.


Rony abraçou-a fortemente, e a beijou com ternura. Todos que estavam perto aplaudiram com vontade.


****************
Ao longe, um corpo desfazia o feitiço sobre si próprio. Draco Malfoy olhava o casamento. Não se sentia triste. Ela não o quisera. Ela estaria feliz. E era isso o que importava.


Aparatou em Londres, e jurou para si mesmo que nunca mais tornaria a pensar em Hermione Granger. Entrou em um bar bruxo, e esperou ser atendido. Não afogou as mágoas em bebidas, tendo, ao invés disso, preferido beber suco de abóbora.


Uma mão delicada posou em seu ombro. Ele virou para observar quem o tocara.


- Hey, você não é Draco Malfoy?


***************
N/A: Terminou-se! Agora só falta o epílogo. Bem, Hermione não ficou com o Draco. Desde o início da fic eu já tinha pensado esse final. Não, eu não curto RonMione (só um pouco, talvez), mas eu acho que as vezes as coisas realmente não são para ser. As histórias nem sempre têm o fim que nós gostaríamos (como em HP, por exemplo. Eu deixaria um monte de pessoas que a JO matou, vivas, mas não seria a mesma coisa, não seria tão emocionante assim). Só peço que não me abandonem, porque o Epílogo vem aí. Comentem, recomendem para amigos(as), favoritem, votem... Me façam felizes. Só tenho que agradecer a todos que comentaram. Adoro vocês. 


LANDA MS: Pois é, agora que você tinha conhecido a minha fic, ela já está na reta final. Puxa, maior honra do mundo foi ver no meu perfil aqui "Landa MS comentou sua fic" nossa, quase morri kkk . Sim, sou sua leitora, por isso aumenta ainda mais a minha felicidade, de ver uma pessoa tão divástica como você por aqui. Beijo. 

LUARA RADCLIFFE WATSON GRINT: Que bom que você gostou da capa, eu particularmente estava querendo trocar. Minhas capas nunca ficam muito boas (quando eu faço pra mim, porque quando eu faço para os outros, elas até que ficam boas kkk). Bem, eu não sou RonMione, mas como você pode ver nesse capítulo, foi a maneira que eu finalizei a fic. Que bom que eu tenha trazido uma fã do Rony para ler um pedaço de DraMione, fico feliz. 

OLIVIA KAILY MALFOY: É minha fofa, o Blaise é o grande herói dessa história. Se fez de bêbado durante o baile pra ajudar o amigo, brigou quando foi necessário... Faltam muitos Blaises assim por aí.  E sim, infelizmente, um deles teve que ser magoado, e eu escolhi o Malfoy (que pessoa sem coração que eu sou, não? Ele já teve problemas a vida inteira, e eu ainda faço ele sofrer mais? Como assim? :O ). Ah, se alguém aparecesse no meu casamento para tentar me fazer mudar de ideia, sei lá, mas eu casava na hora kkk. Eu e a Mione somos muito diferentes nessa questão, eu também teria preferido o Draco. Beijos.  


 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (3)

  • Jac Malfoy

    aaaaaaaaaa que triste ainda tinha esperanças q ela ficasse com o draco

    2013-07-16
  • Olivia Kaily Malfoy

    oun *-* que final fofo!! apesar de o Draco ter ficado sem a Hermione... achei super fofa a decisão dela e a aceitação dele. PARABENS pela ótima fic.. e que venha o epilogo!!

    2013-02-16
  • M R C

    aaiii que trsitinhooo !maas to louca pra ver o epilogo.e acho que é muito sensato terminar uma dramione com eles separados.eu sempre achei que a historia deles seria bonita e tragica ao mesmo tempo, pois assim como faz todo o sentido do mundo eles se atrairem, também faz sentido que no final eles nao possam mesmo ficar juntos.parabéns, pois pra mim dramione é sofrimento do inicio ao fim =]      beeeijos

    2013-02-15
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.