O Expresso de Hogwarts

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                                      O Expresso de Hogarts


Após muito andar pelo trem, Albus e Rose finalmente conseguiram encontrar uma cabine vazia e se acomodaram na mesma. Estavam somente os dois, pois James havia ficado para trás, na cabine de seu amigo Grifano, Gabriel Ollivander, neto do senhor Ollivander, que vendia varinhas no Beco Diagonal.
- Al. – Chamou Rose, fitando um Albus que estava extremamente pensativo, e não a escutou. – Albus! Volta pra Terra!
- Ah, me desculpe Rose... Estava meio distraído. – Murmurou Albus, quando finalmente escutou a garota. – Pensando na escola.
- Albus, você ainda está preocupado com aquilo que o James disse sobre você cair na Sonserina? – Perguntou ela, soltando um muxoxo de impaciência. – Já disse para você ignorar o que ele falou... Ele estava só tentando te provocar Al.
O garoto assentiu com a cabeça, concordando com as palavras da prima, mas ainda assim não conseguiu afastar de sua mente a hipótese de que talvez caísse na Sonserina... “Mas será que era uma coisa tão ruim assim??” Albus se perguntou. Ambos se mantiveram em silêncio, olhando pela janela, até que...
- Hum... Com licença. – A porta do compartimento se abriu e um garoto de cabelo liso e loiro, de queixo fino, entrou. – Eu posso? O resto do trem está cheio.
Alvo fez que sim com a cabeça e deu espaço para o garoto se sentar.
- Meu nome é Albus. Albus Severus Potter. Essa é minha prima Rose Weasley Granger. – Al apresentou a si mesmo e a prima, esperando que o garoto fizesse o mesmo.
- Meu nome é Scorpius. Scorpius Malfoy. – O garoto se apresentou, e Albus pôde identificar um tom de orgulho na voz dele, quando este disse seu sobrenome. Os dois garotos apertaram as mãos. – Então você é filho do famoso Harry Potter, certo?
- Aham. – Fez Al. Detestava ser tratado como “o Filho de Harry Potter”. – E você é filho de Draco Malfoy, o projetista das vassouras Flash Arrow.
O sorriso no rosto de Scorpius se alargou. Tinha muito orgulho de seu pai, sabia que ele era bastante famoso também, pelo design e desempenho das vassouras que projetava, principalmente a Flash Arrow, que rivalizava com a famosa linha Firebolt.
- Sim. – Confirmou o garoto, novamente com aquele “quê” de orgulho na voz. E iria começar um discurso sobre as vassouras do pai, quando a porta da cabine se abriu novamente, e uma velha gorducha entrou, empurrando um carrinho de doces.
- Querem algo meus queridos?? – Perguntou ela, sorrindo para os garotos. Albus e Scorpius se entreolharam e ambos ostentavam um sorriso no canto da face. Se levantaram juntos e começaram a pegar vários tipos de doces e guloseimas; sapos de chocolate, feijõezinhos de todos os sabores, varinhas de alcaçuz, tortinhas de abóbora, diabinhos negros de pimenta, entre vários outros. No final dividiram o total entre eles e pagaram a senhora, que se retirou.
- Hey Rose, você quer... – Albus começou e se virou na direção ao assento onde a poucos instantes estava a prima. – Rose?
A garota havia saído da cabine, enquanto Scorpius e Albus estavam ocupados com os doces.
- Pena que ela saiu... Acho que depois de alguns desses bombons de licor e um tempo conversando eu conseguiria fazer ela se apaixonar. – Brincou Scorpius, ao que Albus olhou para ele irritado.
- Cala a boca Malfoy, e me atira um desses sapos de chocolate.
O garoto loiro riu da reação do Potter e lhe atirou um dos sapos. Albus abriu a embalagem e antes que o sapo pudesse escapar ele o agarrou e lhe arrancou a cabeça com os dentes.
- Tirou quem Potter? – Scorpius perguntou, enquanto olhava a figurinha de seu sapo de chocolate. – Olha, eu tirei seu pai.
O garoto mostrou a figurinha, aonde estava Harry Potter. Albus olhou para a figurinha do pai e sentiu o estômago embrulhar, ele estava com seu uniforme da Grifinória. Logo o Harry da figurinha sumiu, e Albus desviou o olhar para a sua. Era Draco Malfoy, com as vestes da Sonserina e segurando a vassoura Flash Arrow.
- E eu tirei o seu. – Disse Al, mostrando a figurinha para Scorpius, que sorriu de canto.
Durante as horas seguintes de viagem, Potter e Malfoy, por mais estranho que pareça, se tornaram amigos. Discutiram quadribol e descobriram que torciam para o mesmo time. Discutiram sobre o Torneio de Duelos que sabiam que aconteceria em Hogwarts e vários outros assuntos, descobrindo assim que tinham muito em comum.

Rose finalmente retornou para a cabine, quando o céu já estava escuro. Ela ralhou com os garotos por não terem se trocado ainda, e quando Albus perguntou aonde ela estava, disse que tinha ficado com o maquinista, aprendendo como conduzir um trem. Scorpius revirou os olhos e Albus conteve o riso. Rose então falou que faltavam mais ou menos trinta minutos de viagem e Albus e Scorpius resolveram se trocar, expulsando a garota da cabine.

E então, finalmente o Expresso parou. Albus e Scorpius saíram do trem, caminhando juntos. Rose havia sumido denovo, no meio da multidão. Logo Al escutou uma voz conhecida.
- Alunos do Primeiro Ano, por aqui, por favor! Alunos do primeiro ano! – Hagrid conduzia os alunos do primeiro ano. Assim que viu Al, o meio-gigante acenou para o garoto.
Assim que Hagrid conseguiu juntar todos os alunos de primeiro ano, eles seguiram caminhando até a orla de um imenso lago. O Lago Negro. Albus sorriu para Scorpius, ao ver um grande tentáculo emergir da água e acenar dando um tchauzinho. Era a Lula-Gigante dando as boas vindas aos novos alunos. Alguns dos estudantes, tinham em seus rostos uma expressão de medo, pois não sabiam o que era aquilo.
- Vamos, vamos. É só a Lula-Gigante, gente. Ela não vai fazer nada com vocês... – Disse Hagrid impaciente e começou a distribuir os alunos nos barquinhos. Três em cada barco, e Hagrid tinha um só para si. Albus ficou com Scorpius e Rose, que depois de muito tempo reaparecera. Os garotos então seguiram em direção ao um castelo gigantesco, que Albus olhava com uma expressão de admiração e felicidade na face.
Logo desembarcaram e Hagrid os guiou por uma câmara por baixo do castelo. Chegaram ao uma porta de ferro fechada, que Hagrid ergueu uma das enormes mãos e bateu três vezes. A porta logo foi aberta, por uma mulher bastante idosa, que trajava vestes verde-esmeralda e tinha os cabelos brancos presos em um coque.
- Sejam bem-vindos, novos estudantes. Eu sou a diretora dessa instituição, meu nome é Minerva McGonagall.

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