De volta a Hogwarts

No dia seguinte Lily, Carol, Anna, Sirius, Tiago e Remo estavam indo para a Estação de King’s Cross para retornar à Hogwarts. Novamente, em todo o trajeto da casa dos Potter até a estação, todas as pessoas os olhavam curiosas por conta de seus malões. Ainda faltavam vinte minutos para o embarque no trem, mas mesmo assim eles atravessaram a barreira que parecia sólida e que levava direto a plataforma do Expresso de Hogwarts. Estava vazia, não tanto, mas estava. Logo de cara conseguiram uma cabine para os seis e então a adentraram.

- Será que esse ano vai ter baile de formatura? – Anna quebrou o silêncio, depois de dez minutos sem ninguém dizer nada.

- Claro né! Tem que ter – Sirius disse. Ele estava ao lado direito de Anna com o braço em torno dela.

- Ah, sei lá! Talvez não tenha – Anna disse encolhendo os ombros.

- Não seja estúpida Anna. Isso não tem nada a ver com o baile – Lily disse mal-humorada. Não tinha dormido bem noite passada. Estava lembrando-se dos recentes acontecimentos entre ela e Tiago, e quando não conseguia dormir direito, no outro dia ficava de mal humor.

- Ei! Não fala assim com minha namorada – Sirius disse defendendo Anna. Abraçou-a e beijou sua bochecha enquanto Anna revirava os olhos – Ô Pontos! Dá um jeito na sua mulher – todos riram menos Lily, que ficara vermelha e mais mal-humorada ainda.

- Meu amor, calma, estou aqui! – Tiago disse chegando perto de Lily. Estavam lado a lado e em frente a Sirius e Anna. Mas Lily colocou a mão no peito do garoto e o empurrou. Os outros riram novamente.

- Não sou seu amor, Potter – disse brava.

- Ah não Lily. Por favor! Não volte a falar Potter. Fala Tiago, sim? – Tiago disse em tom de súplica.

- Tá bom Tiago! – ele sorriu do jeito que ela gostava, e Lily não pôde conter um sorriso. – Enfim, quando vocês dois – ela apontou para Sirius e Anna – chegarem em Hogwarts juntos vai virar notícia do século.

- Verdade! – Carol disse e riu – Já são populares e Sirius nunca namorou. Imagina só – todos riram mais uma vez.

- As meninas vão te mandar berradores ou te azarar Anna – Remo disse – e vão cair matando em cima de Sirius. É só homem namorar que mulheres ficam mais assanhadas ainda – os garotos riram.

- Há! Há! Engraçado Remo! – Lily disse – Não são todas, somente as biscates que não tem amor próprio e nada pra fazer na vida. E também os homens fazem isso viu.

- Eu nunca fiz isso – Tiago disse

- Eu disse homens – Tiago fechou a cara e os outros gargalharam corando um “nossa”.

- E eu sou o quê? – ele cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha.

- VEADO! – Sirius disse no que arrancou mais gargalhadas. Tiago ficou ainda mais bravo e fechou a cara.

- Você, Tiago – Lily disse – é um garoto.

- Grande diferença – Tiago disse sarcástico e descruzou os braços, mas continuou com a cara fechada.

- É diferente um garoto de um homem – Carol disse timidamente.

- No quê? – Tiago disse se virando pra encarar Carol que estava ao lado de Sirius e na frente de Remo, mas foi Lily quem falou.

- Um homem assume seus erros, no que um garoto só desmente. Um homem luta por uma mulher, no que um garoto tenta fazer ciúmes para que seja notado pela mulher. Um homem não brinca com os sentimentos de uma mulher, no que um garoto a usa como objeto e depois que cansa larga num canto. Percebeu a diferença? – nessa hora Sirius e Anna que estavam dando beijinhos pararam para ouvir e Remo e Carol prenderam a respiração.

- Ui! Sentiu a indireta bem direta Pontas? – Sirius brinco, mas ninguém ousou falar mais nada. Tiago fingiu não ter ouvido o que ele falou.

- Então quer dizer que se eu fizer tudo isso que você falou eu viro um homem? – Tiago disse desdenhoso e ergueu novamente uma sobrancelha.

- Isso! Agora captou não é? – Lily estava encarando-o de forma decidida.

- Mas os atos do garoto não conta? – Tiago disse.

- Se fez atos de um verdadeiro homem então sim, mas não o torna totalmente se ele não fizer tudo o que um homem faz – Lily disse rápida e ofegante.

- Então gente, será que vai ter frango hoje no jantar? – Remo disse interrompendo a discussão deles com medo da resposta de Tiago. Fazia um bom tempo que não brigavam e que não tocavam nesse assunto de homem e garoto. Houve uma vez, no sexto ano deles, que Tiago tinha acabado de ficar com uma garota na frente de Lily e tinha chamado-a pra sair logo em seguida. No entanto, como sempre, ela recusou e ele não aceitou. Então começaram a discutir no meio da Sala Comunal, todos prestando atenção. Lily falou disso pro Tiago que se ofendeu e foi pro dormitório. Passaram duas semanas sem se falar, sem Tiago a chamar pra sair e sem Sirius, Remo, Anna ou Carol tocarem no assunto.

Não falaram mais nada durante todo o percurso até Hogwarts. Sirius e Anna se beijavam, Remo e Carol dormiam e Lily e Tiago ficavam olhando a paisagem. Finalmente chegaram. Foram entrando pelo Salão Principal e todos viraram a cabeça apontando e cochichando. Meninas começaram a chorar e meninos olhavam bravos e então entenderam, quando os seis sentaram. Era por conta de Sirius e Anna entrarem de mãos dadas e bem colados na escola. Quando perceberam esse motivo desataram a gargalhar. Todos no salão os olhavam, pensando que eram loucos, até que Pedro chegara à mesa.

- Pedrinho. Que bom ter ver por aqui. – Tiago disse.

- Pois é, sentimos sua falta lá na casa do Tiago – Remo disse e todos concordaram.

- Então, não deu mesmo pra ir gente, me desculpa – disse sem graça.

- Não tem problema Pedrinho, próxima vez você vai. – Tiago disse sorrindo.

- Mas depois que a gente chegou do baile você não estava. Onde se meteu? – Remo perguntou.

- Eu? Ah... é que eu...

- Estava com alguma garota não é? Orgulho do pai aqui – Sirius disse brincalhão e todos riram.

- Não, não estava com nenhuma garota, estava...

 

Flashback on

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- Pettigrew, ele quer logo a resposta – um garoto de cabelos pretos e oleosos até os ombros falava rispidamente com Pedro.

- Eu sei Snape. Mas não sei o que responder.

- O Lorde das Trevas não pode esperar. Ou é sim ou é não. – Snape disse mais ríspido possível. – Você tem tanto a ganhar. Você não faz nada naquele grupo, é o capacho deles. Faz tudo que manda. Até aplaude os nojentos do Potter e Black. Não sei como consegue. Tenho nojo deles.

- Eu preciso me proteger de algum jeito né Snape – Pedro disse ficando bravo – Ninguém faria qualquer coisa assim por mim.

- Se estivesse na Sonserina agora vários de protegeriam. Você é um lixo Pettigrew.

- Tá bem, não precisa falar isso. Eu aceito.

 

Flashback off

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- Eu estava comendo, estava lá na cozinha – Pedro disse encolhendo os ombros. Então Dumbledore se levantou e todos se silenciaram na hora.

- Bem vindos de volta, estudantes. Espero que tenham passado um bom Natal e Ano Novo para que agora peguem firmes nos estudos. É brincadeira. Não precisa ser agora, é claro – acrescentou ao ouvir os novos murmúrios. – Vamos comer então. – então se sentou e as comidas apareceram instantaneamente nas travessas e todos começaram a comer.

 

O dia anterior foi cansativo para a maioria dos estudantes por conta do retorno à Hogwarts, mas tiveram que por o cansaço de lado porque já iria recomeçar as aulas. O assunto durante a primeira semana foi o namoro de Sirius e Anna. Garotas furiosas diziam que ela estava usando poções do amor para que ficassem juntos, outras diziam que ela estava manipulando-o, e outras que estava chantageando-o. Os garotos somente diziam que ele estava forçando-a a namorá-lo e que eles não combinavam nem um pouco. Sirius e Anna pouco se importavam com o que as outras pessoas diziam, e sempre quando passavam perto delas eles começavam a se beijar calorosamente e logo elas saíam de perto ou choravam ou ficavam com caras de bravas.

Na outra semana começou a chegar vários berradores para ambos falando a mesma coisa, que não combinavam nem um pouco e que mereciam coisa melhor. As meninas gritavam pra Anna falando que Sirius estava traindo-a com elas, mas Anna só revirava os olhos ou ria desdenhosamente. Os garotos diziam que Anna já estava namorando com eles antes de começar a namorar com Sirius, só que ele deixava os garotos falando sozinhos.

Todos os sete achavam a maior graça de tudo e imitavam os garotos e garotas que faziam estardalhaços e se divertiam com isso. Sirius e Anna se gostavam tanto que pouco se importavam com o que diziam ou faziam. Tinham perdido muito tempo para ficarem juntos que um não queria mais ficar um minuto sem o outro.

Tiago achava isso a maior graça uma vez que Sirius disse que nunca namoraria na vida e que ia aproveitar a vida da Boêmia. Ele achava até uma certa repulsa os dois ficarem tão próximos o tempo todo que até saía de perto. Remo dizia que era porque ele não estava namorando, que quando isso acontecesse ele ficaria igual a Sirius, mas Tiago negava falando que nunca iria ficar meloso daquele jeito, só se uma certa pessoa quisesse que ele ficasse e Lily sempre entendia as indiretas dele. Todos riram muito do quando ela ficara corada.

Parecia que a discussão daquele dia do trem nunca tinha acontecido. Lily e Tiago, durante aquela semana toda estavam sempre juntos e conversando. Agora que Sirius não estava mais com ele perdia totalmente a graça de fazer marotices. Mas tinha seu lado bom. Tiago e Lily nunca ficaram tão próximos quanto agora.

Remo e Carol também estavam próximos, agora que Remo não ficava mais preocupado com os planos de Tiago e Sirius que obviamente não tinham mais. O único que sobrava ali, como sempre, era Pedro, mas ele não se incomodava, ele falava que era bom porque podia ir à cozinha mais vezes e que podia terminar sues deveres que estavam muito atrasados, mesmo que só tenha decorrido uma semana de aula.

 

-Não! Sério mesmo?

- É sério!

- Mas é impossível!

- Por quê?

- Você vem de família bruxa Tiago.

- E só por causa disso não posso aprender algo trouxa Lily?

- Claro que sim, mas é surpreendente – Lily e Tiago estavam sentados na grama de frente para o Lago Negro conversando sobre coisas trouxas e Tiago dissera que sabia tocar violão. – Está aqui em Hogwarts?

- Não deu pra trazê-lo. Meu malão já estava cheio, não tinha lugar pra isso.

- Quando estava na sua casa eu não o vi.

- É que você não perguntou ué.

- Não tem como trazer? – Lily disse com um olhar suplicante e uma voz doce.

- Me pedindo desse jeito não tem como recusar – Tiago sorriu e Lily retribuiu o sorriso. – Eu peco pra minha mãe me mandar. Ela, com certeza, vai mandar amanhã.

- Por que com certeza? – Lily ergueu uma sobrancelha.

- Ela te adora! – Tiago sorriu de lado e Lily corou – Também, quem não adora?

- Olha que tem muitas pessoas viu! – Lily disse disfarçando a vergonha.

- Quem, por exemplo?

- As meninas do seu fã-clube!

- É inveja! – ambos riram.

- Não fala isso, tadinhas! Sem elas você não vive! – disse Lily com as mãos no peito fingindo se importar.

- E sem você eu não vivo. – Tiago disse e Lily se calou. Ficou num silêncio incômodo, um olhando pro outro, Lily com as bochechas vermelhas e Tiago com um sorriso de lado. Lily pigarreou e disse:

- Por que inveja?

- Por você estar aqui comigo quando elas que queriam estar em seu lugar – disse maroto e Lily revirou os olhos. Os dois riram mais uma vez – Sabe o que deveríamos fazer?

- O quê?

- Juntar o aluado com a Carolzinha.

- Verdade! Eles formam o casal perfeito – Lily sorriu.

- Eles enrolam demais. São muito lerdos.

- Ui! Desculpa ai rápido com as garotas – Lily disse erguendo as mãos em gesto de rendição.

- Foi assim com todas – Tiago sorriu marotamente.

- Comigo não! Tá demorando muito – ela disse erguendo uma sobrancelha.

- Você é exceção ruivinha! Se você deixasse já era minha faz tempo.

- E depois de dois dias me jogaria fora como as outras – ela desviou o olhar pra ele e fitou a Lula Gigante “dançando” sobre a água.

- E no ano que vem já estaríamos casando – Tiago continuou fingindo não ouvir o que Lily disse. Ela continuava olhando a Lula e então corou bem de leve. Pigarreou novamente e disse.

- Então, Carol e Remo! Que a gente vai fazer? Trancá-los no quarto de vocês igual fizeram com a gente? – Lily disse disfarçando novamente e olhando pra ele.

- É uma boa ideia, mas como já fizeram comigo iriam desconfiar e não daria certo.

- Então tá gênio! O que vamos fazer? – Lily disse cruzando os braços.

- Bom – Tiago pensou um pouco – eu posso encorajar o Remo pra pedi-la em namoro, ai eu falo pra encontrar com ela na torre de Astronomia e ai ele se declara, ela aceita e vivem felizes para sempre. Eles não precisam de mais nada, tá na cara que ambos se gostam demais, só precisam de um empurrãozinho.

- Genial! – Lily sorriu.

- Eu sei! – Tiago brincou e ela revirou os olhos.

 

- Remo? Eu... Eu pensei que era brincadeira da Lily. É que...

- Me deixa falar primeiro, não me interrompe não, senão eu perco a coragem – Remo estava lá no alto da torre da Astronomia nervoso, esperando pelo momento em que Carol iria lá. Já sabia que Lily falara pra ela que ele queria vê-la e falar algo, esse era o plano que Tiago sugerira. Primeiramente ele tinha discordado, mas tomou coragem. Ele precisava ter Carol pra ele. Respirou fundo no que a garota assentiu para ele continuar – Bom, eu... você deve ter percebido que... hum... eu meio que fico sem jeito perto de você... umas borboletas ficam voando descontroladas, de um lado pro outro na minha barriga – ele riu nervoso – o que eu queria falar é que eu... eu gosto de você. Não é pouco, e não é de hoje. Nunca senti nada parecido com ninguém. Você... você é única com esses olhos negros, esse rosto angelical e doce, essa boca vermelha que toda hora dá vontade de beijá-la, e esse seu cabelo loiro lindo que sempre está macio e cheiroso – ele sorriu – Eu realmente gosto de você. Faz tempo que quero falar isso pra você, mas nunca consigo coragem pra isso. Mas como está acabando a escola eu precisava fazer isso e logo. – A cada frase, a cada engasgada dele, a cada suspiro Carol sorria mais ainda. Seus olhos brilhavam de tanta ansiedade. – Então você... hum... você gostaria de namorar comigo? – Ela pulou em cima dele fazendo-o se desequilibrar, mas agarrou-a firmemente e os dois se abraçaram. Quando se separaram Remo tirou uma mecha de cabelo loiro do rosto de Carol e ela sorriu mais ainda, e então se beijaram. Foi um beijo mais maravilhoso que ambos tinham dado. Era terno, apaixonante, caloroso, um queria cuidar do outro, queriam ficar juntos pra sempre não importava se ele era um lobisomem ou deixava de ser. Não se importavam com nada naquele momento, somente com o beijo.

Ele apertava a cintura dela com uma mão e acariciava a nuca com a outra, enquanto ela tinha as duas mãos ora na nuca dele ora em seus cabelos. Seus dedos finos e frios por conta do tempo se entrelaçavam aos cabelos de Remo e arrepiava-o ao simples toque em seu rosto.

Depois de alguns minutos se beijando separaram-se e um sorriu para o outro. Não se podia diferenciar quem tinha o sorriso mais lindo naquele momento.

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N/A: HELLOÚÚÚÚÚÚ PEOPLES. Obrigada por continuarem lendo Apaixonada pelo Maroto, é super importante pra mim. Enfiiiiiiiiiiiiiiim, obrigada B.Evans pelo comentário, pois é, o Sirius foi um filho da puta em ter feito aquilo, mas foi por uma razão muito boa. Bom, outra coisa, vocês devem estar acostumados a lerem fanfics dos marotos com o Remo sempre terminando com a namorada por ele pensar que é um monstro e tal, buuuuuuuuuut, aqui vai ser diferente, o Remo nunca vai terminar com a Carolzinha, porque ele é um lobo mau, lobo mau, lobo mau, que pega as loirinhas pra fazer mingau. É, não foi necessário isso, e também, quem lê muitas fanfics do maroto sabe de onde peguei isso. Obrigada por lerem, novamente e xox. 

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