Capítulo 2



     Recebido com uma festa após um banho bem tomado e mais um turbilhão de abraços e perguntas sobre seu bem-estar, Harry não se sentia bem. Simplismente não concebia a ideia de todos aqueles que morreram e, alguns, diante de seus olhos, estarem bem ali. O moreno estava sentado no sofá de uma sala razoavelmente grande, suas paredes tinham um tom de marrom claro, que era iluminado pelo sol que entrava pela grande porta que tomava uma parede inteira. Os outros se acomodavam nos outros três sofás que rodeavam um tapete de mesma cor da parede.


     Pela imensa porta era possível ver o jardim da casa e um gato brincando com algo indecifrável. No jardim, quatro cadeiras brancas e uma churrasqueira. Aquela parecia a vida feliz que Harry sempre sonhara. Voldemort destruira isso tudo e agora, aparentemente, ele nunca nascera, mas estava muito bom para ser verdade.


 


 


     -Harry? - chamou a ruiva – Harry, filho, você está me ouvindo?


 


     -Sim...quer dizer, não. - ele balançou a cabeça e olhou para a mãe -Desculpe.


 


      -Não há porque se desculpar. - ela lhe sorriu um sorriso doce. - Você se sente cansado?


 


     -Sim. - mentiu Harry – Vou subir.


 


     -Ahm, se precisar de alguma coisa é só chamar.


 


      -Sem problemas. 


     Harry disse as ultimas palavras sem olhar para trás. Subiu as escadas calmamente tentando não enlouquecer. O fim das escadas dava em um corredor amplo de cinco portar, as paredes eram de um azul celeste e nelas, quadros de uma família feliz cuja Harry só não identificara um menino ruivo aparentemente mais novo.


     Eram duas portas em cada parede do corredor e uma no final dele. O moreno tentou a primeira porta a esquerda : Um quarto com paredes de cor verde claro, uma cama de solteiro e duas estantes de livros, cada uma de um lado da janela. Uma estante com o que pareciam ser livros escolares e uma foto do menino ruivo desconhecido com uma garota morena támbém desconhecida, ambos com uniformes da Lufa-Lufa.


     Ao sair do quarto , o menino tentou a porta do fim do corredor: um quarto com paredes brancas, mais uma estante com livros, uma grande fotografia de Harry, o menino ruivo, Lily e James na parede e uma grande cama de casal bem simples, mas de onde desciam trepadeiras de rosas.


     Do outro lado do corredor, Harry tentou a terceira porta, mas não coneguiu abri-la. Tentou forçar, usou feitiços que não danificassem a porta, mas não conseguiu. Por fim, foi conhecer o ultimo cômodo.


     Um escritório que mais parecia uma imensa biblioteca. Os livros eram dispostos em estantes que iam do chão ao teto. O carpete era de um tom cinza , contrastando com a escrivaninha marrom abarrotada de papéis. Logo a cima dela, uma janela que também tinha vista para o jardim e, no centro do teto, uma luminária simples. “Hermione vai adorar isso aqui.” Foi estão que lhe ocorreu o pensamento “Como será que estão Rony e Mione?”.


      Olhou para a janela e, vendo a grande lua cheia iluminava a noite, o menino pensou em como Lupin ainda estava são e salvo na sala de estarda casa e foi então que percebeu que tudo estava silencioso de mais.


     Harry tentou apurar os ouvidos para conseguir ouvir e nada, nem um suspiro. O vento forte batendo na janela era o único som que se produzia na casa, nem sua respiração ele ouvia. Com a ponta da varinha iluminada, o menino saiu pelo corredor.


     Andou até a bera da escada e , apurando os ouvidos, novamente o único som era o silêncio.Foi então que ele ouviu um barulho vindo do escritório.Caminhando até o aposento, viu uma menina ruiva ,aparentemente, escolhendo algum livro.


     "Mais algum familiar que eu não conheça?” pensou Harry. O moreno pensou em chamar a atenção da garotinha, mas ela já tinha se voltado para ele. Harry precisou de alguns minutos para reconhecê-la e perceber que ela era a imagem de sua mãe com pouco mais de dez anos de idade, mas ela sorria um sorriso que não era seu.


      Olhando para o menino fixamente, ela pronunciava palavras ininteligíveis. Sua pele começou a mudar do branco sedozo para um cinza sem vida e começou a cair em placas. Seus longos cabelos ruivos também caíam mas sumiam quando tocavam o chão. Sua altura aumentava e ela foi de revelando uma criatura pavorosa de quase três metros e uma pela cinza e viscosa grudada aos ossos.


     A cada transformação daquele ser, Harry entrava em um pânico maior, ele sabia que estava prestes a enlouquecer. Encostou na parede e caiu no chão, conforme a dor de sua cicatriz aumentava. Seus olhos já escurecidos, viam o animal cinzento se aproximar pronunciando palavras em uma língua estranha. Algo tão quente como o fogo se apoderou de seu corpo e ele desmaiou.


     Harry acordou de novo em sua cama, mas sem aquelas dores iniciais. Ainda de olhos fechados ele pôde sentir que tinha alguém no quarto e que esse alguém chorava. Ouviu passos do corredor se aproximando e reconheceu a voz que lhe era tão familiar.


 


     -Se acalme – disse Hermione – ele vai ficar bem.


 


     -E se não ficar? - perguntou Gina – E se...e se esses desmaios se tornarem frequentes? E se for algo mais grave?


 


     -É impressão minha ou você está preocupada até de mais com ele? - disse a outra voz que Harry reconheceria até de longe. - A sra. Potter fez tortas de caramelo.


 


     -Ora, Rony,não se meta na conversa alheia. - disse Gina que, com um arrastar de algo no vhão, o moreno concluiu que se levantara.


 


     -Não mude de assunto, Ginevra.


 


     -Vá plantar batatas, Ronald – ela disse – Você sabe que... - mas as vozes sumiamconforme tomavam distância.


 


      Um momento de silêncio e o omreno pensou em se levantar- o cheiro delicioso das tortas estava lhe chamando – mas percebeu que não ouvir a Hermione sair do quarto.


 


     -Eu sei que você está acordado. - ela disse.


 


      Ele ficou em silêncio, mas a mneina insistia.


 


      -Vamos! - disse ela- Eu vou pegar meu exemplar de “Hogwarts: uma história.”!


 


     -Não! - gritou Harry ainda de olhos fechados, levantando os pulços juntos, teatralmente – Eu me rendo!


 


     -Tudo bem. - disse Hermione rindo – mas você poderia pelo menos abrir os olhos?


 


     Ele então o fez; a morena estava sentada em uma cadeira perto se sua cama.Seus cabelos não eram mais cheios e curtos, mas sim em cachos que pendias até a cintura.Ela usava uma maquiagem pesada, seus olhos estavam pretos e seus lábios vermelhos. Vestia uma blusa de botão azul- escura, um short – que Harry julgou curto de mais- e um tênis.


 


     -O que houve com você? - ele perguntou.


 


     -Como assim?


 


     -você está usando maquiagem – respondeu – e roupas curtas.


 


     -Sempre usei maquiagem,Ptter – ela retrucou – e você já reparou o calor que está fazendo?


 


     -Ora, Granger,-disse ele em uma péssima imitação de Gina – vá plantar batatas.


 


     Ela fingiu um ar indignado e se levantou, mas Harryfez o mesmo ea puxou para a cama um ataque de cócegas. Os dois brincando alí e o moreno percebeu que aquela era Mione, sua irmã de alma e coração.


 


     -Senti sua falta, Mione- disse ele.


       - Eu também senti sua falta,- respondeu ela- mas acho melhor descermos.


 


      -É, você tem razão. - disse uma voz à porta


 


      Não era só Hermione que estava diferente. Rony não usava mais aquelas vestes de segunda mão e seus cabelos estavam tão curtos quanto os dele. Algo esatava faltando no ruivoe Harry tinha certeza de que não o reconheceria se o encontrasse pela rua; a baixo-estimaparecia ter sido trocado pela auto-confiança . A única coisa que o semelhava ao velho Rony eram suas sardas que se espalhavam pelo rosto como uma segunda pele. O moreno prontamente se levantou e foi abraçar o amigo.


 


     -Melhor? - Rony perguntou.


 


     -Sim- ele disse – então quer dizer que desmaiei?


 


 


 

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Comentários (2)

  • Bella Witch

    Esqueci da nota kkkkk

    2015-12-07
  • Bella Witch

    Caramba! O que foi que aconteceu com o Harry? Por que ele fica desmaiando? E por que estão todos diferentes? Posta logo, eu estou muitoooo curiosa!!!!

    2015-12-07
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