Saída a noite.



- Capítulo oito-

Saída à noite.





Harry estava feliz por ter voltado a Hogwarts, mas, ao mesmo tempo, estava preocupado com assuntos que havia deixado para trás e gostaria de resolvê-los dentro dos muros da escola.

Quando estava indo para o Salão Principal tomar café da manhã, sentiu duas mãos puxando-o para trás de um pilar.

- Harry, fica quietinho!. – disse Gina.

O garoto olhou para a menina e se lembrou da noite passada e achou que já estava adivinhando o que ela queria.

- Achei algo nos livros que minha mãe nunca deixa nós lermos que, com certeza, irá interessar!. – continuou a garota.

“ Dos muitos mistérios que envolvem o nosso mundo, nenhum é tão surpreendente ou fascinante que o Arco da Morte – atualmente encontrado na Sala da morte, Ministério da Magia.

Muitos já tentaram descobrir e entender a tão intrigante morte, para isso aventuraram-se a entrar no Arco. É possível sair dele de apenas duas formas , com o uso de uma varinha ou tendo contato com alguém do mundo vivo exterior no dia 31 de outubro, obtendo a possibilidade de saída.

Não é um dos mais remotos acontecimentos, mas necessita- se de cautela e cuidado, ainda não foi registrado caso algum de escapatória voluntária independente de tal lugar.

Harry terminou de ler e algo começou a se formar na sua cabeça......

- Harry, não começa a ter idéias mirabulosas!. – exclamou a menina.

- Como assim?. Você me mostra um papel que tem tudo que eu andei querendo saber a um mês, depois vira e me diz “não começa a ter idéias mirabulosas”?.

- É!.Precisamos pensar antes de agir!.

- Hum.... está falando igual a mamãezinha...

- Ah, se liga!.

- Gina, não estou afim de brigar com você. Até porque teve a paciência de procurar algo que eu queria muito saber !.

- Também não estou querendo brigar. É só que precisamos da ajuda de outros, então bolamos um plano e vemos se conseguimos resgatar o Sirius!.

- Tá certo, você tem razão. Vamos juntos para o Salão Principal?.

Gina concordou e os dois foram juntos tomar café da manhã. Harry continuou pensando naquilo que estava escrito e um broto enorme de confiança nasceu nele, seu padrinho poderia estar vivo!.

No meio do caminho, esbarrou em alguém.

- Desculpa, foi sem querer!. – disse o garoto com enorme distração.

- Há, Há, Há!. Agora é desculpa, né?.

- Ah?!. Ah!. É você?.

Era Cho Chang e parecia bastante nervosinha.

- Sou eu sim, Potter!. E pode ter certeza de que eu vou espalhar para a escola inteira como você é cafajeste e sem-vergonha!.

Gina olhava o “barraco” que acontecia com uma certa insegurança e receio.

- Olha aqui Chang, não é porque você chaveca qualquer garoto que passa na sua frente, isso signifique que todos tem que gostar de você.

A garota olhou indignada para Harry e não deixou barato.

- Está se sentindo ofendido só porque foi laçado por mim e eu não estou te dando bola?.

- “Laçado”? . O que você acha que eu sou?.

- Como assim?. – perguntou ela por sua vez.

- Eu não sou um boi!.

Os dois não perceberam, mas a escola inteira assistia a cena. Inclusive os professores.

- Ah, não é boi!. É o que?. Cachorro?.

- Há, Há, Há!. Sabia que quem beija todo mundo também rebe o nome de um anima que dá leite na fazenda?.

Cho Chang chorava. Harry achou que realmente havia ofendido-na.

- Vai se cachorro, depois que passou a mão em mim diz isso !.

Harry achou aquilo o cúmulo do absurdo.

- Eu não passei a mão em você!. O Cedrico fez isso por mim!.

Agora, realmente, a escola inteira prestava atenção. A professora MCgonagall saiu do meio da multidão muito zangada.

- Agora, chega!. Potter e Chang, detenção!. E tratem de ir logo tomar o café da manhã!.

Pouco a pouco a multidão foi se dispersando e Harry foi para o Salão Principal.

O garoto não falou nada Mione decidiu “quebrar o gelo”.

- Harry , posso fazer uma pergunta?.

- Claro!.

- Obrigada!. É verdade aquela história que a Cho gritou para a escola inteira?.

Harry olhou ao redor e viu que todas as garotas olhavam feio para ele e depois respondeu para a amiga.

- Não. Eu só a beijei e quem me deu o fora foi ela. Aquele dia que você me mandou ir te encontrar, lembra?.

- Hum hum .

- Pois é, a Chang achou que eu fiquei com ela e depois iria ficar com você.

- Mas você ainda gosta dela, cara?. – perguntou Rony.

Harry tentou analisar rapidamente os seus sentimentos e respondeu

- Não. Estou mais ou menos confuso, acho que estou afim de outra garota.

Gina, Rony e Mione o miraram.

- Pois trate de escolher uma garota melhor então!.- disse Gina sorrindo.

Os outros dois concordaram com a cabeça e Harry gostou.

- Sabe, acho melhor irmos. Senão vamos ficar atrasados.

Todos concordaram com Hermione e foram saindo em silêncio. Gina e Harry se entreolharam e não falaram nada. O garoto entendeu o que o olhar da menina queria dizer,com tanta confusão esqueceram de falar do Sirius.

Era verdade, aquele início da manhã havia sido muito tumultuado e , intimamente, ele ainda não estava preparado para dividir aquela informação.

A primeira aula era poções e , para infelicidade de todos, era junto com a Sonserina. Logo ao chegarem nas masmorras, viram Draco Malfoy. Ele falava algo em alto e bom som e parecia estranhamente contrariado.

Quando Harry, Rony e Mione foram chegando mais perto, começaram a entender o motivo da risadas e caçoadas.

- ........meu pai pode até estar em Azkaban, mas pelo menos não vai ser ogro que nem ele e demorar quase 13 anos para fugir.

- Mas Draco, ninguém sabe como Sirius Black fugiu da prisão!. – exclamou Parkinson.

No instante em que os três amigos chegaram perto, Malfoy foi falar com Harry.

- Então, como foi que o porco do seu padrinho conseguiu fugir?.

Harry não sabia de que jeito fora, só se lembrava de ter levantado a varinha, lembrado de Gina e lançara em Draco o feitiço para repelir bicho-papão.

- POTTER!!!!!!!!!!!!!!.

Era Snape e Draco estava horroroso, cheio de protuberâncias e coisas esquisitas brotando de cada parte do seu rosto.

- Chega, Potter!. Vamos ver o diretor!. – disse o professor cuspindo saliva para todos os lados.

Harry não conseguia nem dizer e nem muito menos pensar em alguma coisa. Snape ia na sua frente morcegando pelos corredores do castelo e o garoto ia um pouco mais atrás, imaginando o que Dumbledore diria da sua atitude.

Chegaram na gárgula de pedra que gurdava o escritório em um tempo muito curto, lembrou-se apenas de ouvir o professor dizer remotamente.

- Gárgulas vorazes!.

Subiram a escada em caracol e entraram na sala . Dumbledore estava lendo um pesado livro intitulado “Entendendo os bruxos da trevas”.

- Com licença, diretor?. – perguntou Snape.

O diretor parecia despertar das profundezas das páginas do livro e estava muito surpreso de ver harry acompanhado pelo mestre de poções.

- Claro, Severo!. O que aconteceu?.

Snape deu um sorriso malicioso a Harry e começou a falar.

- Professor, o senhor Potter lançou um feitiço para repelir bichos-papões em Draco Malfoy e deixou-o com protuberâncias que podem ser permanentes.

Dumbledore parecia não ter entendido e perguntou a Harry.

- Por que fez isso, Harry?.

O garoto pareceu muito surpreso com a atitude , talvez porque no ano anterior raramente o diretor falava-lhe e o olhava, agora olhava-o e fazia uma pergunta.

- Bem, ele ofendeu uma pessoa que era muito importante para mim e eu ainda guardo muitos sentimentos a seu respeito.

- Conte como foi.

- Tudo bem . Rony, Mione e eu estávamos chegando perto da sala do professor Snape e então ouvimos Draco falando que seu pai iria escapar de Azkaban como um certo alguém, daí ele virou para mim e perguntou como o Sirius, que ele chamou de porco, fugira.

Um enorme silêncio perdurou e , então, o diretor disse a Snape.

- Quero que dê uma detenção ao Sr. Malfoy que eu mesmo vou determinar qual será e quanto ao Harry, desconto cinco pontos da Grifinória, porém acrescento 15 pela brilhante execução do feitiço e dou o restante da aula para ir esfriar a cabeça no seu dormitório.

Snape parecia ter engolido bosta de dragão e Harry parecia que tinha dormido com um cabide na boca, de tão largo que era o seu sorriso.

- Obrigado, diretor. Com licença.

O garoto saiu rapidinho, vai que Snape inventa mais alguma coisa!. Ele estava muito feliz, iria para o dormitório e estava decidido a falr com a imagem que estava aparecendo no espelho.

No caminho, encontrou Nick-Quase-Sem-Cabeça e cumprimentou-o.

-Olá, Nick. Tudo bem?.

O fantasma mirou-o por alguns instantes e então disse.

- Bem,bem.Eu não tenho do que reclamar , escolhi o meu próprio destino, não é?.

Harry não entendeu o que Nick disse e decidiu perguntar.

- Mas, você pediu para ser semi-decapitado?.

Nickolas olhou-o estranho, parecia raiva misturada com pena.

- Não, não é disso que estou falando!.Se tivesse tido coragem, estaria em um outro lugar. Outros, porém, deveriam estar aqui e não estão. Mas como você está?.

O garoto não queria se emocionar, mas era inevitável.Contudo, tentou disfarçar na hora de responder.

- Ah, claro!. Bem, nem tudo é como queremos, não é mesmo?.

O fantasma mirou-o e depois disse sorrindo.

- Devemos lutar por aquilo que queremos! . Mas, no momento, acho que está na hora da sua próxima aula.

Harry concordou com a última informação do fantasma e foi caminhando para a próxima aula , Transfiguração.

No caminho, ficou pensando no que Nick dissera-lhe. Será que até ele sabia da “verdade” sobre o Arco?. Ou será que todos os pensamentos de Harry eram constantemente dirigidos para Sirius?.

O garoto viu as coisas pelo lado mais óbvio e superficial’se até um fantasma sabia de algo mais sobre o arco, era claro que Dumbledore também sabia!. Por que não lhe contara?. Por que deixara-o sofrendo o verão inteiro, quando – na verdade- as coisas estavam ainda muito mau explicadas?.

- Harry?. O que aconteceu?.

A voz de Rony acordou o menino dos seus devaneios .

- Ihhhhh..... é uma longa história!. – começou Harry.

Enquanto iam entrando e sentando em mesas localizadas no fundo da sala, Harry contou a Rony e Mione tudo o que acontecera.

- Nossa!. Mas o Snape anda, hein!. – comentou Hermione.

Rony e Harry olharam juntos e ao mesmo tempo para a garota.

- Mione, desde quando você fala mal de um professor?.

- Não estou falando mal de ninguém, Rony!. Só acho que não existe motivo para alguém ser tão amargo!.

A professora Minerva entrou na sala, mas deu tempo para Harry cochichar aos amigos.

- Vai ver é o “efeito Sirius”!.

Os três caíram na gargalhada e a professora disse.

- Chega, meninos!. Vou passar uma revisão sobre as coisas que vocês mais erraram nos N.O.M.s.

As duas aulas de Transfiguração correram bastante bem e deram tempo para Harry pensar um pouco no recentes acontecimentos.

Nem deu muito tempo e a professora já dizia na frente da sala.

- Podem ir meninos!.

- Ah, vocês sabem qual é a próxima aula?. – perguntou Harry.

Hermione olhou no horário e respondeu.

- Nenhuma!. Temos o restante da tarde para fazer os deveres!.

- Nossa!. E por quê?. – perguntou Harry.

- Somos do sexto ano, não é?. Temos o direito de descansar no primeiro dia, para começarmos um ano repleto de aprendizados mais difíceis.

O garoto adorou aquilo e depois de almoçarem juntos, ficou jogando xadrez de bruxo com Rony.

Harry não sabia muito bem o motivo, mas não estava com o mínimo sono de noite. Escutou todos irem dormir pouco a pouco e ele estava com uma excitação no peito que não conseguia explicar.

Então uma idéia louca veio em sua mente, cobriria-se com a capa da invisibilidade e iria dar um passeio pelos terrenos da escola.

Mas a voz da sua consciência – extremamente semelhante a de Mione – despertou, “Não seja burro, o maior bruxo das trevas do mundo está bem atrás de você”. Então o garoto pensou, “Dane-se o Voldemort, eu também quero viver!.”

Assim, cobriu-se com a capa e foi saindo sorrateiro do castelo e, por mais incrível que seja, não encontrou uma viva alma sequer. Isto assustou-o muito, da última vez que estivera m um lugar muito vazio, o episódio terminara em uma morte.

Contudo, conseguiu chegar são e salvo nos jardins do castelo e viu algo que o deixou ao mesmo tempo divertido e impressionado.

- Ah, Hagrid, estou tão feliz que vamos ficar juntos!.

- Olímpia, amo tanto você!.

E então Hagrid beijou Madame Máxime!. Harry se segurou para não ter um ataque de risos e voltou correndo para o castelo.

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