A Câmara Secreta



|Título: Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta


|Sinopse: 2ª temporada da série "Os Gêmeos Potter". Em seu segundo ano em Hogwarts, os gêmeos encontram novos mistérios e aventuras. O que era a voz na parede? Quem estava por trás dos ataques aos alunos? Mais uma vez, Hogwarts trazia a eles muito mais do que aulas de magia.


|Disclaimer: Harry Potter e seus personagens pertencem apenas à Tia Jô. Peguei emprestado apenas, e dei o meu toque pessoal. Espero que gostem! ^^


|Escrita por: Gaby Amorinha


|Betada por: Sufilena


|Classificação: 14+


|Gêneros: Ação, Amizade, Aventura, Escolar, Fantasia, Ficção, Magia, Mistério, Romance e Novela, Shoujo


|Alertas: Heterossexualidade, Spoilers


|Shipps: Percy/Penélope


|Capítulo 16




Lumus!


Olá leitores.


Olha quem estou aqui!


Sim, eu sei, eu tinha dito que ia ficar fora até dia 17, mas digamos que eu estava meio que surtando e eu decidi meio que parar de surtar. Não adianta nada ter crise ansiosa antes da prova e tals, e eu voltei a escrever até pra lavar meu emocional mesmo. Então o capítulo tá aí. E gente, essa temporada tá quase no fim, dá pra acreditar?


AH! Um esclarecimento: algumas pessoas tem me perguntando sobre mudanças no roteiro da fic em relação à história original. Acho que eu já falei isso antes, mas vou explicar mais uma vez: eu criei a Ash pensando em uma personagem que não fosse tornar a história algo totalmente novo e diferente, então não haverão muitas mudanças por agora. Haverão cenas extras, como as de Percy e Penélope, ou do Draco, por exemplo, e haverão mudanças em temporadas FUTURAS, particularmente da quarta em diante. Mudança GRANDE só na sétima (e conceito de grande também varia de pessoa pra pessoa né). Se você quer ler algo muito diferente, aconselho que procure outra fanfic ou espere temporadas futuras chegarem, porque por agora não vai rolar. A proposta da fic é ser o mais próximo da história original possível, pelo menos em primeiro momento, e eu sei que isso desagrada muita gente, afinal, fanfic geralmente é pra ler coisas diferentes da história original.


Mas tem uma coisa que me irrita muito que são fanfics de gêmea no qual a garota sai resolvendo tudo, ou namora o Draco Malfoy no quarto ano (oi?) e aí mudam o personagem por completo, e não vou nem entrar em detalhes sobre Mary Sue, quem não souber o que é google, por favor. Por isso eu decidi manter a história lado a lado com a original, quase como se fosse uma "Terra 2" (quem já viu The Flash vai entender), uma espécie de universo semelhante, mas alternativo.


Enfim, era isso que eu tinha pra falar.


Espero que gostem desse capítulo!


Boa leitura,


Gaby Amorinha




Capítulo 16 - A Câmara Secreta


Como se já não tivessem o bastante para se preocupar, agora que passavam o dia todo procurando uma forma de ir até o banheiro da Murta sem serem vistos, Harry, Ash e Rony descobriram no café-da-manhã seguinte que teriam exames.


- Com tudo que está acontecendo! Como é possível? - Simas reclamou.


- A razão de manter a escola aberta é que vocês recebam educação. - McGonagall afirmou, com a expressão severa. - E logo essas coisas não serão mais um problema. Tenho boas notícias.


- Dumbledore vai voltar! - um aluno arriscou.


- Apanharam o herdeiro de Sonserina!


- O Quadribol vai voltar! - esse foi Olívio.


- Não, não, não. - McGonagall respondeu. - Melhor. A Professora Sprout me informou que as mandrágoras estão prontas para serem colhidas, e hoje à noite traremos os alunos petrificados de volta.


Uma horda de vivas se fez ouvir nas mesas da Corvinal, Lufa-Lufa e Grifinória. Draco Malfoy e seus amigos não pareciam muito felizes, mas, sinceramente, quem se importava?


- E no fim das contas – Ash disse. - não vai fazer diferença se não perguntarmos à Murta ou não.


- Deveriam deixar a Hermione dormindo. – Rony comentou - Ela vai surtar se soubermos que temos exames em três dias. E… - parecia preocupado, e era fácil adivinhar porque. Ele tirou a varinha da mochila. - Como eu vou fazer os exames com isso?


- Quer a minha emprestada? - Ash ofereceu.


- Varinhas não funcionam tão bem com outras pessoas que não seus donos. - Rony comentou. - E não vão me deixar usar a varinha de outro aluno. Estou ferrado!


Rony deitou a cabeça sobre a mesa e Ash e Harry se olharam, desejando piamente que pudessem fazer algo para ajudar. Nisso, uma Gina Weasley bem nervosa apareceu ao lado deles.


- Rony! - ela chamou. - Preciso falar com você.


O ruivo levantou o olhar para a irmã.


- O que foi?


E Gina não disse nada.


- O que foi? - Harry perguntou.


A garota ainda não dizia. Gina estava aterrorizada. Depois de invadir o dormitório masculino e roubar o diário de volta, suas conversas com "Tom" vinham quase sempre terminando em um convite para que ela fosse visitá-lo na Câmara.


Gina sabia que estava errado. Sabia que não podia ir. Mas… Era estranho. Era como um transe, ela não conseguia lutar! Precisava de ajuda.


- Gina? - Ash chamou. - É algo com a Câmara Secreta? Você sabe de algo? - a ruiva abriu e fechou a boca algumas vezes, procurando as palavras certas, e nesse momento Percy a viu.


Ele sentiu o estômago afundar. Gina ia contar a eles sobre Penélope?! Não era justo, a loira estava desacordada, não ia conseguir nem se defender! Um leve pânico assumiu o rapaz, que se levantou e foi correndo até os alunos.


- Ah, olá. - ele cumprimentou. Gina gelou. Ela pareceu ter tomado um choque e saiu do lugar às pressas.


- Percy! - Rony resmungou. - Ela ia nos contar algo importante!


- Que? Não, não, não ia. - o monitor se espremeu no banco entre Ash e Rony, como se fizesse questão de garantir que o assunto não ia surgir de novo. - Ela… Hm… Me viu fazendo uma coisa… Não é nada.


- Ah, não? - Rony perguntou, parecendo curioso. - O que foi que você andou fazendo hein? - Percy enrubesceu. - Vamos, me diga, não vou rir…


- Me passe esse pão, Harry. - Percy disse, matando o assunto. - Estou morrendo de fome.


...


Por mais que não fosse exatamente necessário que fizessem algo em relação à Câmara Secreta, Harry, Rony e Ash estavam determinados a abraçar a primeira oportunidade de falar com a Murta que aparecesse em sua frente e, para sua satisfação, isso não demorou a acontecer.


Enquanto escoltava os alunos entre uma aula e outra, Gilderoy não parava de se gabar, como era de se esperar. Era quase como se acreditasse que, sozinho, fizera os ataques pararem.


- Escutem bem o que digo, a primeira coisa que aqueles coitados petrificados dirão ao acordar será "Foi Hagrid"!


E então algo estalou na mente de Harry.


- Eu concordo, Professor!


Ash e Rony quase deixaram os livros caírem. Iam perguntar o que Harry estava fazendo, mas decidiram esperar.


- Inclusive – o garoto continuou. – já estamos totalmente seguros se Hagrid foi levado. Não entendo porque continuarem fazendo a gente ser escoltado de sala a outra.


Ash e Rony se olharam e abriram um sorriso.


- Harry tem razão, que baboseira mais sem sentido! – Ash comentou.


- De fato. – agora foi Rony. – Você certamente tem coisa mais importante para fazer e... oh, veja só professor, só temos um corredor pela frente! Ah, nós podemos chegar na próxima aula por conta própria...


- Realmente! – Lockhart exclamou empolgado. – Você está coberto de razão, Weasley! Vou me preparar para a próxima aula, vejo vocês depois.


E ele se foi.


O trio esperou que Lockhart sumisse pelo corredor e então desviou seu caminho.


- Dá pra acreditar? – Rony comentou. – Preparar aula... Hmpf, ele deve ter ido enrolar os cabelos.


Ash segurou uma risada. Eles seguiram tranquilamente pelo corredor, procurando o banheiro da Murta, e então, quando parecia que iam conseguir, algo deu bem errado.


- O que estão fazendo aqui?! – era a voz de McGonagall. Os três gelaram e estacaram no lugar, vendo a professora se aproximar completamente furiosa. – Deveriam estar sendo escoltados para a sua próxima aula! Quem foi o palerma que permitiu que... – ela parou de falar, já sabendo a resposta por conta própria. – Bem, não importa, seja lá o que estavam pensando em fazer...


- Íamos ver Mione, professora! – Harry cortou. Pela segunda vez no dia, Harry estava sendo deslavadamente descarado com um professor, mas Ash e Rony que não iam reclamar. McGonagall hesitou e foi o bastante para que Rony retomasse a fala de Harry.


- Não a vemos há um tempão! Quer dizer, a gente sabe, é pra nossa segurança, mas ela é nossa amiga e... E...


Para a surpresa e alívio dos três, um sorriso se pronunciou no rosto da professora, e o olho dela pareceu brilhar, quase que com uma lágrima.


- Claro. – ela respondeu. – Claro, claro! Eu acompanho vocês, e então não estarão sozinhos.


Não era exatamente o que queriam, e agora obviamente não havia saída a não ser ir mesmo ver Hermione, então foram seguindo a professora pelos corredores.


McGonagall se encarregou de deixar o trio na porta, e então foi até a aula de História da Magia, informar Binns do paradeiro dos alunos. Madame Pomfrey reclamou de "não ter sentido conversar com alguém petrificado", mas não fez caso dos três estarem ali. Então eles se sentaram ao lado de Hermione e começaram a conversar aos sussurros.


- Não sei o que te deu hoje, Harry, mas está saindo um belo de um mentiroso. Parabéns, salvou nossa pele. Duas vezes.


Harry não parecia tão orgulhoso assim.


- Será que ela viu quem fez isso? – Ash perguntou, segurando distraidamente a mão direita da amiga. E então, olhou surpresa para baixo.


- O que foi? – Rony perguntou. Ash virou a mão de Hermione revelando um pedaço de papel rasgado que a amiga segurava firmemente antes de ser petrificada, e que ainda estava ali. Apenas uma pontinha era visível.


- Tente tirar! – Harry disse. O trio começou uma operação delicada de puxar, torcer e empurrar o papel muito cuidadosamente, e depois de um bom esforço, conseguiram. Era uma página rasgada de um livro, o que pareceu chocar Ash. Se Hermione tinha rasgado um livro, mesmo que velho, era coisa séria. Eles juntaram as cabeças e começaram a ler.


Das muitas feras e monstros medonhos que vagam pela nossa terra não há nenhum mais curioso ou mortal do que o basilisco, também conhecido como rei das serpentes. Esta cobra, que pode alcançar um tamanho gigantesco e viver centenas de anos, nasce de um ovo de galinha, chocado por uma rã. Seus métodos de matar são os mais espantosos, pois além das presas letais e venenosas, o basilisco tem um olhar mortífero, e todos que são fixados pelos seus olhos sofrem morte instantânea. As aranhas fogem do basilisco, pois é seu inimigo mortal, e o basilisco foge apenas do canto do galo, que lhe é fatal.


E ao pé da página, escrito com a letra de Hermione, uma palavra: canos.


Foi como se uma lâmpada tivesse se acendido na cabeça dos três.


- É isso. – Harry comentou. – É um basilisco! Uma cobra! Por isso só eu consigo ouvir!


- Por isso os galos de Hagrid apareceram mortos. O herdeiro deve ter matado por precaução. – Ash comentou.


- E isso explica o comportamento das aranhas também. – Rony disse. – Mas... Se ele mata só de olhar... Por que ninguém está morto?


Os três se olharam, pensativos. No meio de suas divagações, o olhar de Ash foi parar sobre o espelho na mesa de cabeceira, e mais uma vez, foi como uma lâmpada.


- O espelho! Hermione tinha o espelho quando ela e Penélope foram atacadas, devem ter visto o reflexo! – Ash comentou.


- Colin tinha aquela máquina irritante. Quem diria que serviria para algo... – Rony disse, olhando para o garoto do outro lado da Ala Hospitalar.


- E Justino viu através de Nick, que absorveu o impacto todo e não poderia morrer outra vez, de qualquer forma. E tem mais! No dia do ataque à Madame Nor-r-ra, o banheiro estava inundado, ou seja...


- Água. – Ash e Rony responderam juntos.


- Exato. O reflexo na água foi o que petrificou a gata do Filch.


- Mas... Mas uma coisa desse tamanho, como é que ninguém a viu pela escola? – Ash comentou, analisando a página do livro.


- Hermione respondeu essa também. – Harry indicou a palavra "canos" escrita à mão no papel. – É por isso que ouço a voz vindo das paredes.


- Espera... – Rony comentou. – Estão percebendo uma coisa? Encanamento, banheiro, Murta...


- Rony! Você não acha que...


- Sim. A entrada fica no banheiro da Murta. – o ruivo concluiu. Os três se olharam por um tempo, e então Ashley quebrou o silêncio.


- Temos que avisar alguém. Temos que avisar McGonagall, e já! – Ash disse, se levantando de um salto. Os garotos concordaram e se levantaram também, a seguindo Ala Hospitalar afora.


Não chegaram a dois corredores de distância.


"Todos os alunos voltem imediatamente aos dormitórios de suas casas. Todos os professores voltem à sala de professores. Imediatamente, por favor."


- Outro ataque? – Rony perguntou, aflito. – Não, não agora... Gente, estou sentindo uma coisa estranha, uma sensação ruim... O que vamos fazer?


Harry pegou a irmã e o amigo pelas mãos e arrastou à sala mais próxima, entrando e encostando a porta.


- Vamos ouvir o que aconteceu. Depois pensamos em algo.


Rony parecia estar ficando pálido. Ele engolia em seco e apertava as vestes sobre o peito como se quisesse afastar alguma sensação de esmagamento.


Em algum tempo, vários professores apareceram no corredor. Estavam de frente para a sala dos professores. Os três aguçaram os ouvidos para ouvir a conversa.


- O que aconteceu? O que eu perdi? – Gilderoy perguntou, os cabelos enrolados em rolinhos.


- Aconteceu o que temíamos. O herdeiro levou uma aluna para a Câmara. – McGonagall informou. Rony prendeu a respiração.


- Ron? – Ash murmurou. – Tudo bem?


Do lado de fora, a conversa continuava.


- Mas como sabe disso? – Flitwick perguntou. – Quem ele levou?


- Havia uma mensagem: "O esqueleto dela jazerá na Câmara para sempre.". E a aluna... Eu não consigo entender, pensei que se trataria de uma nascida trouxa, mas...


Ron sentiu as pernas bambearem. Gina. Gina sabia de algo, ia dizer a eles. Ela não disse. Então ela...


Não. Não era ela. Não podia ser sua Gina, sua irmãzinha. Não podia...


- ...considerando que ela era amiga de trouxas e traidores do sangue, como gostam de chamar, então não é tanta surpresa assim que tenha levado Gina Weasley.


- Não! – Rony exclamou. Por sorte a voz dele parecia ter sumido, e o que saiu foi um grunhido baixo e quase inaudível.


- Nesse caso... – a conversa lá fora continuava, e para a surpresa de todos quem falou algo dessa vez foi Snape. – está na sua vez, Gilderoy.


- Perdão? – o professor perguntou, parecendo confuso.


- Não vivia dizendo que sabia o que é monstro da Câmara, como entrar nela, e todo o resto? Pois bem. Está na hora.


- Ah! – Gilderoy empalideceu. – Ah, sim sim sim, claro, perfeitamente. Eu... Eu estarei em minha sala. Me preparando.


E o loiro se apressou corredor afora.


- Obrigada, Professor Snape – McGonagall disse, o que soou estranho, mas puramente formal. – por tirá-lo do caminho. Diretores das casas, vamos às Salas Comunais avisar aos alunos que serão enviados pelo Expresso para suas casas amanhã de manhã. Os outros, tenham a certeza de que ninguém esteja fora dos dormitórios.


E os professores seguiram seus rumos.


...


- Ela sabia alguma coisa. – Rony comentou, a voz ainda sumida. Ele, Fred, Jorge, Harry e Ash estavam sentados em um canto da Sala Comunal. O local estava cheio, mas silencioso. Percy despachara uma carta a seus pais e então fora se trancar no dormitório, inconsolado. Primeiro Penélope, e agora Gina? Por quê?


- Acham que deveríamos contar a Lockhart o que a gente sabe? – Ash perguntou a Rony e Harry, tomando cuidado para não ser ouvida pelos gêmeos Weasley.


- Pode ajudar. Pode aumentar as chances de salvar a Gina. – Harry respondeu. Os três então se levantaram e simplesmente deixaram o local. Os outros alunos estavam todos tão devastados que ninguém tentou impedi-los, e ninguém os viu pelos corredores. Não custaram nada para chegar à porta da sala de Lockhart e assim que o fizeram ouviram movimento lá dentro.


- Quem diria, ele está mesmo se preparando. – Ash comentou. – Vamos.


E o trio entrou na sala.


Gilderoy congelou com a varinha na mão. Haviam malões abertos, sendo abastecidos com os pertences do professor. Ele visivelmente se preparava para ir embora.


Os grifinos sacaram suas varinhas, Rony indo do tom pálido esverdeado que estivera mais cedo para um vermelho muito, muito irritado.


- O que está fazendo? – o ruivo perguntou, avançando lentamente com os amigos o acompanhando.


- Ah! Crianças! Eu... Aanh...


- Está indo embora? – Rony perguntou. – Está fugindo? Você é professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, não pode fugir com todas essas artes das trevas em ação! E a Câmara? E os alunos petrificados? E a minha irmã?


- A garota... Claro... Uma pena... Mas, entenda, quando aceitei o emprego, nada no meu contrato dizia...


- Contrato? CONTRATO? VOCÊ TEM LIVROS E MAIS LIVROS DE HISTÓRICO, FAÇA ALGUMA COISA!


- Livros podem mentir, rapazinho.


O trio estacou. Rony tinha razão, então, quando supôs que as coisas maravilhosas Gilderoy apenas dissera que tinha feito. Isso não pareceu ajudar a aliviar a raiva do garoto, e só serviu para irritar Ash e Harry também.


- Ninguém quer ler sobre "Viagens com Vampiros" se você se parecer com um. – Gilderoy comentou, com aquele sorriso idiota no rosto. Ele deu um aceno com a varinha e os malões se fecharam. – Pronto, agora mais uma coisa. Não posso deixar vocês irem embora sabendo disso, seria terrível! Ia acabar com a minha carreira. Então, eu sou muito bom com feitiços de memória, sabe? Foi assim que roubei as histórias. Fiz alguém contar e então esquecer o que fez, e pronto, tudo meu. Então, agora, é a vez de vocês se esquecerem. Eu jamais venderia outro livro se...


Expelliarmus! – Harry exclamou. Gilderoy foi desarmado e eles pegaram a varinha do bruxo, entregando para Rony segurar. O sorriso sumiu do rosto de Lockhart.


- Não há nada que eu possa fazer! Eu menti! Não sei onde a Câmara fica!


- Está com sorte, professor. – Harry disse, a voz carregada de sarcasmo. – A gente sabe.


...


Gilderoy não teve escolha a não ser se deixar ser conduzido até o banheiro da Murta. Enquanto Rony e Ash mantinham as varinhas apontadas para as costas dele, Harry se enfurnou banheiro adentro, até encontrar a fantasma.


- O que você quer? – ela perguntou, irritada.


- Perguntar como você morreu. – Harry disse. Não sabia se isso ia irritá-la ainda mais, e para sua surpresa e alívio ela pareceu bem feliz com a pergunta.


- Ah! Um aluno tinha caçoado de mim pelos meus óculos e eu vim chorar aqui no banheiro. E então, eu vi dois pares de olhos bem grandes bem ali, naquela pia – ela disse, apontando uma das pias. – e então... morri.


- Obrigado. – Harry respondeu. – Muito obrigado.


O grupo correu até a pia e Murta continuou flutuando atrás, olhando curiosa para o que eles faziam. Harry começou a inspecionar a pia e constatou, feliz, que havia uma cobra gravada em alto-relevo na torneira.


- Essa torneira não funciona, Harry... – Murta comentou, flutuando deitada no ar. – Nunca funcionou.


- É. Acho que sei porque.


- Acha que consegue abrir, Harry? – Ash perguntou. – Você sabe... ofidioglossia.


O garoto encarou a irmã, e ela soube que ele não ficou muito feliz com a ideia, mas, prioridades. Ele respirou fundo e disse:


- Abra.


- Não. – Rony comentou. – Nossa língua.


Harry respirou fundo e revirou os olhos. Olhou para a cobra, imaginando que ela se movia, tentando vê-la como uma cobra de verdade, e então tentou mais uma vez.


- Abra.


- Nadinha. – Ash respondeu. – Vamos Harry, você consegue!


O garoto mordeu o lábio, nervoso. Mais uma vez. Pense em cobras, ele disse a si mesmo. Cobras vivas, sibilantes, peçonhentas...


Abra.


Um estalo se fez ouvir. A pia começou a se mover e se arrastar para trás e para baixo, e logo um buraco se abriu no chão do banheiro. Um túnel. Um túnel comprido e descendo inclinado para onde nem era possível se ver.


- Uau. Parabéns Harry. – Rony elogiou, cutucando Lockhart com a varinha. – Vá na frente.


- Eu? Mas... E se não tiver fundo? E se...


Rony perdeu a paciência e empurrou o professor, que caiu túnel adentro e foi deslizando. Aos poucos o grito do loiro foi sumindo até que o trio ouviu uma espécie de baque surdo.


Eles se olharam, curiosos.


- Professor? – Harry chamou.


- PODEM CAIR! – o loiro gritou de volta. – É MACIO!


- Certo. – Harry comentou, nervoso. Ele começou a se lançar pelo buraco, e deu um último olhar aos amigos.


- Se você morrer lá embaixo, Harry – Murta disse. – eu deixo você dividir um boxe comigo!


- Ah! Anh... Muito obrigado, Murta. Bem gentil da sua parte.


Ela soltou uma risadinha, e Harry se soltou. Cair pelo túnel era como se jogar em um escorregador gigante, e um pouco aterrorizante. Talvez fosse divertido, se as circunstâncias não fossem tão... adversas. Ao chegar ao chão, quase não houve impacto, e Harry apontou a varinha imediatamente para Lockhart ao fazer isso.


Em pouco tempo, Ash e Rony caíram atrás dele, e acenderam as varinhas.


- Devemos estar quilômetros abaixo da escola. – Rony comentou. – Abaixo do lago, provavelmente.


- Como vamos voltar lá pra cima? – Ash perguntou.


- Um problema de cada vez. Lumos. – Harry respondeu, iluminando em volta. Havia uma enorme pele de cobra no local, de no mínimo seis metros de comprimento. Era, realmente, uma cobra bem grande. – Ao menor sinal de movimento fechem os olhos, ok? – Harry recomendou, a pele da cobra servindo de memorando. E então, ouviram um baque e Gilderoy estava no chão.


- O que foi agora? – Rony perguntou, sem entender. O professor tinha tropeçado? Foi até ele, resmungando sobre o homem ser um inútil, e, assim que estava perto o suficiente, o loiro avançou e pegou a varinha de Rony.


- A-ha!


Harry e Ash apontaram suas varinhas para Lockhart, mas o professor apontava a de Rony para o ruivo e os gêmeos recearam as consequências de um movimento em falso.


- Vai ser uma história triste... – Lockhart comentou. – Como chegamos tarde para salvar a garota... Como vocês enlouqueceram ao ver o corpo dela... Mas não se preocupem, eu sou bom escritor. Farei com que seja, heroico...Obliviate!


A varinha explodiu. A força do feitiço alcançou as paredes, e pedras começaram a desabar de todas as partes. Havia poeira e gritos, e por vários segundos ninguém soube o que fazer. Quando a confusão se acalmou, algumas coisas ficaram claras.


A primeira delas era que o feitiço de Lockhart dera terrivelmente errado e refletira nele mesmo. O professor estava jogado ao chão, desacordado, e por mais que Rony e Ash o cutucassem não deu em nada.


A segunda foi que os dois amigos estavam presos.


- E essa agora...! – Rony comentou, correndo com Ash até a parede de pedras que se formara no túnel. Harry estava do outro lado, e ia levar eras para abrir caminho por ali. Até então, poderia ser tarde demais.


- Tudo bem! – Harry gritou. – Abram caminho para quando eu voltar, eu vou buscar a Gina!


- Harry! – Ash gritou de volta, tentando puxar as pedras desesperadamente. – Eu vou com você! Harry!


A única coisa que ela conseguiu foi abrir um corte terrível em uma das mãos e começar a sangrar.


- Está tudo bem, eu não vou demorar! – o garoto respondeu.


Ash ainda parecia desconsolada, e Rony teve que segurá-la pela cintura para impedi-la de continuar tentando abrir caminho à força. Ash teve uma péssima memória do trasgo no ano anterior, de como Harry tivera que lidar com Voldemort sozinho, de como ela fugira usando o trasgo como desculpa, de como Harry poderia ter morrido...


- Tudo bem, ele vai conseguir Ash! Vamos tirar as pedras com cuidado para que ele consiga voltar, ok!


- Mas...


- Eu sei. Mas vai ficar tudo bem. – Rony tirou sua gravata e enrolou na mão de Ash, amarrando um curativo improvisado. – Minha irmã está do outro lado também. Eu também quero ajudar, e é isso que temos que fazer: abrir caminho para que eles voltem. Ok?


Ash não disse nada, e Rony a deixou parada se acalmando enquanto começou a tirar as pedras. Eventualmente, ela se juntou a ele, ainda muito apressada, mas mais cuidadosa.


E enquanto isso, do outro lado, Harry se viu parado à frente de uma porta redonda coberta de cobras. Ele ergueu a varinha. O que quer que fosse encontrar estaria ali, do outro lado.


Abra.


A porta se abriu.




E as notas finais!


Achei que seria correto se a Ash e o Rony tivessem crises de pânico mais intensas do que a que o Rony teve no livro, quer dizer, são os irmãos deles em perigo. Gostei bastante de brincar assim com as emoções deles :v


Beijos e abraços


Gaby Amorinha


Nox!




Gostou desse capítulo? Confira aqui algumas de minhas outras fanfics!


Os Gêmeos Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter - 1ª temporada de "Gêmeos Potter", encerrada):


http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=42935


Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta (Harry Potter - 2ª temporada de "Gêmeos Potter"):


http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=44968


Destino (Naruto):


https://www.fanfiction.net/s/8804800/1/Destino


Don‘t Stop Believin (Glee, interativa, co-autoria com Sufilena. Disponível apenas no socialspirit):


https://spiritfanfics.com/historia/dont-stop-believin--interativa-6553263


The Children Of Fairy Tail (Contos de Fadas, interativa, co-autoria com Sufilena. Disponível apenas no socialspirit):


https://spiritfanfics.com/historia/the-children-of-fairy-tales--interativa-6773955


E confira aqui minha página no facebook:


https://www.facebook.com/autoragabyfraga


Um conto que participou de um concurso no watpadd (ganhou menção honrosa. Fiquei emocionada):


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