Aragogue



|Título: Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta


|Sinopse: 2ª temporada da série "Os Gêmeos Potter". Em seu segundo ano em Hogwarts, os gêmeos encontram novos mistérios e aventuras. O que era a voz na parede? Quem estava por trás dos ataques aos alunos? Mais uma vez, Hogwarts trazia a eles muito mais do que aulas de magia.


|Disclaimer: Harry Potter e seus personagens pertencem apenas à Tia Jô. Peguei emprestado apenas, e dei o meu toque pessoal. Espero que gostem! ^^


|Escrita por: Gaby Amorinha


|Betada por: Sufilena


|Classificação: 14+


|Gêneros: Ação, Amizade, Aventura, Escolar, Fantasia, Ficção, Magia, Mistério, Romance e Novela, Shoujo


|Alertas: Heterossexualidade, Spoilers


|Shipps: Percy/Penélope


|Capítulo 15




Lumus!


Olá leitores.


E aqui estou eu, como prometido, na quinta-feira! Olha, tive que ralar pra deixar isso pronto. Tive duas provas essa semana, tava só o bagaço, e tive que acabar o capítulo HOJE. Nem sei como vou fazer pra escrever o capítulo de amanhã da outra fic todinho de uma sentada só. Espero que eu consiga!


Espero que gostem desse capítulo!


Boa leitura,


Gaby Amorinha




Capítulo 15 - Aragogue


Para o desespero do trio, “seguir as aranhas” não foi uma instrução tão fácil assim de completar.


A trilha que saía da casa de Hagrid logo sumiu entre as abóboras e não houve milagre que fizesse os amigos as encontrarem de noite. E, depois disso, nos dias seguintes, simplesmente não parecia haver uma aranha que fosse para se seguir na escola inteira.


Para piorar, visitas à Ala Hospitalar estavam proibidas por haver a chance do atacante voltar para terminar o serviço, e Draco Malfoy estava simplesmente radiante que seu pai tivesse sido o homem a tirar Dumbledore da diretoria da escola.


E de fato, estava orgulhoso. Embora soubesse que tinha falhado muito com seu pai esse ano, afinal, passara longe de ganhar o Campeonato de Quadribol (que nem chegara a ser finalizado) e a Sonserina não ia lá tão bem nos pontos das casas, não conseguia evitar aquele sentimento de realização em saber que tudo estava dando tão certo. Certamente, quando o ano letivo acabasse, Lúcio estaria mais que de bom humor. Levaria Draco a jogos de Quadribol e iria elogiá-lo pela notável melhora nas notas e na postura de voo. Tudo estava caminhando para dar extremamente certo, Draco conseguia sentir.


- Eu sempre soube que era meu pai quem ia tirar o Dumbledore dessa escola. – ele se gabou, em uma aula de poções. – Tenho certeza de que McGonagall não vai durar muito, ela só está substituindo. Ei, professor! – Malfoy gritou, tendo a certeza de que atraíra a atenção de Snape e de quase toda a turma. – Por que o senhor não se candidata? Tenho certeza de que seria um diretor exemplar!


- Ah, não acho que haja necessidade, Malfoy. – Snape respondeu, mal contendo o sorriso de canto no rosto. – Quero crer que nosso diretor estará de volta logo, logo.


- Bem, o senhor quem sabe. Tenho certeza que meu pai votaria pelo senhor, é o melhor professor que já tivemos.


E de fato, para Draco, era, afinal, era o único professor que não torcia o nariz quando tinha alunos da Sonserina na sala. O único que gostava. Pra que gostar de quem não gostasse dele, não é mesmo?


Simas simulou uma ânsia de vômito sobre seu caldeirão que felizmente Snape não viu.


- Estou surpreso que os sangues-ruins não tenham feito as malas. – o loiro continuou. – Aposto como o próximo vai morrer. Espero que seja a Granger, ela ainda está na escola. Ainda é atacável.


Por uma sorte a sineta tocou nesse instante, e a confusão de alunos se levantando acobertou um Rony furioso que parecia disposto a esmurrar Draco até que ele implorasse para que o ruivo parasse.


- Me deixe bater nele, vai, eu nem preciso da minha varinha! Eu tenho punhos! – Rony resmungava, se contorcendo enquanto Ash e Harry o seguravam por trás e Dino tentava se colocar entre o caminho de Rony e de Draco.


- Não vale à pena, Rony. Eu bem que queria, mas não vale à pena! – Ash resmungava em resposta, ainda segurando o amigo.


- Maldito. Se ele soubesse que foi por um triz que não o entregamos...


- Entregar o quê? – Dino perguntou, curioso. Para a sorte do trio, Snape escolheu esse momento para apressar os alunos, uma vez que tinha que acompanha-los até a aula de Herbologia, e a pergunta de Dino ficou sem resposta.


Rony ainda não tinha acabado de se acalmar por completo, e ele ganhou mais um motivo para ficar com raiva no momento seguinte. Sprout ordenou que os alunos fossem podar figueiras cáusticas da Abissínia e, sendo agora apenas três, havia um espaço em branco para ser preenchido no grupo. Para o desespero do trio, quem escolheu se juntar a eles no lugar de Mione foi ninguém mais ninguém menos que Ernie Macmillan.


- Eu devo desculpas. – o lufano começou. – Por ter desconfiado de você, Harry. Eu sei que você não atacaria a Hermione.


Rony apertou a tesoura de poda com um pouco demais de força e Ash ergueu o olhar para Ernie, parando de cortar a figueira.


O lufano estendeu a mão e Harry apertou, um pouco relutante, e Ernie voltou a falar.


- Aposto como é o Draco Malfoy. Veja só como ele está se gabando!


Rony e Ash sentiram algo se esquentar perigosamente dentro de si, e viram que estavam ficando muito vermelhos. Harry parecia pressentir o perigo, mas não tinha muito que pudesse fazer para evitar a tragédia.


- Ah, é mesmo? – Rony comentou, cortando um galho da planta com agressividade demais. – Como você é inteligente Ernie, é uma surpresa que não esteja na Corvinal. – ele disse, irônico. E em seguida, murmurou. – Tapado idiota.


- Você acha que foi ele, Harry?


- Não. – Harry respondeu, seco, para a surpresa de Ernie.


- Ah. Isso é inesperado. Quer dizer, é meio óbvio que vocês não se gostam, então...


- Então, o que, Ernie? – Ash perguntou, batendo na mesa com a tesoura. Algumas pessoas olharam para eles. – Ao contrário de certas pessoas, meu irmão, Rony e eu não saímos acusando os outros baseados em achismos.


- Ah. – o lufano pareceu acuar. – Eu pedi desculpas.


- Desculpas não vão desfazer os meses que o Harry passou com gente olhando torto pra ele por causa de gente como você. – Rony respondeu. Harry queria pedir aos dois para pararem, estavam atraindo atenção, mas então ele viu uma coisa.


Aranhas. Uma fileira delas, saindo da estufa.


- Gente, parem, é sério. – ele disse, ainda observando.


- Parar uma ova! Pelo amor de Merlin, Harry Potter, herdeiro da Sonserina? Eu sou mais herdeira da Sonserina que você! Sabiam que o Chapéu Seletor queria me mandar pra lá? – ela disse, em tom alto o bastante, furiosa. – Mas eu estou aqui. Porque eu quis. Porque eu sou ambiciosa, sim, mas sou justa, e não sou de ficar acusando certas pessoas sem certas provas, como alguém fez. Com uma atitude dessas, talvez o Chapéu Seletor devesse ter pensado em mandar você para lá, Ernie!


Ela cuspiu tudo de uma vez, e estava pouco se lixando pra se alguém ia fofocar algo sobre ela ter tido uma chance de ser Sonserina, afinal de contas, não era, e era exatamente por conta de situações como a que Ernie tinha acabado de colocar.


Rony e Harry olharam surpresos para a garota, especialmente Harry, que também passara pela mesma situação. Mas havia algo o incomodando. Sua irmã era ambiciosa, firme e um pouco agressiva, o que podia, dependendo, colocá-la na Sonserina. Ele sabia disso, todo mundo sabia disso e ninguém parecia incomodado com a revelação. Surpresos, talvez, e fofocariam por muito, MUITO tempo, mas era algo extremamente digerível. O temperamento de Ash já era conhecido de ser um pouco extremo demais, assim como todo mundo tinha certeza de que o Chapéu tinha considerado a Corvinal para a Hermione, e ela nem precisava falar isso para que as pessoas soubessem.


No entanto...


E Harry? Ele não tinha a personalidade de Ash, e não só o Chapéu quisera colocá-lo na Sonserina como ele conseguia falar com cobras. Será que, no fim das contas, havia algo podre em si mesmo que o garoto nem mesmo conhecia?


Não. Não, não. Ele balançou a cabeça, tirando os pensamentos da cabeça. Nada a ver. Ele não estava na Sonserina, estava na Grifinória, e era isso que importava.


Então, saindo de seus pensamentos, ele pareceu se lembrar do que tinha visto alguns segundos pra trás.


- Gente. – ele murmurou, apontando para a janela com a tesoura de poda, a tempo que os amigos, ainda bufando de raiva, vissem a última das aranhas deixar a estufa.


- Olha só. – Rony comentou. – Parece até que estão indo para... A Floresta.


- Não podemos segui-las agora. – Ash comentou. – Teremos que esperar até de noite, pegar a capa.


Ernie ouvia a conversa um pouco atento demais, e Rony e Ash se viraram para ele com as tesouras na mão. O garoto abaixou o rosto e voltou a se focar na figueira.


- Podemos levar Canino. Ele conhece a Floresta. – Harry comentou.


- É, mas... Hm... Dizem que tem lobisomens lá. E coisas. – Rony disse, parecendo receoso.


- E unicórnios. E os centauros não são tão ruins. – Ash disse, se lembrando se Firenze com leve nostalgia.


A aula de Herbologia acabou e o trio ainda discutia como iam fazer, Harry e Ash tentando tranquilizar Rony sobre a Floresta. Sprout os acompanhou até a aula de Lockhart e custou muito ao trio não socar aquela cara perfeita ao ver o tamanho do sorriso no rosto do professor.


- Por que essas caras feias? – ele perguntou. – O culpado foi pego, os alunos logo estarão de volta...


- Quem disse? – Dino resmungou.


- Bem, o Ministério não teria levado o guarda-caças se não tivesse certeza de sua culpa.


- Ah, teria. – Rony retrucou. Parecia que todo mundo tinha tirado o dia para tirá-lo do sério!


- Me lisonjeia, rapaz – Lockhart respondeu. – que eu saiba um tantinho mais sobre a prisão de Hagrid do que você.


Rony ia responder alguma coisa, mas Harry e Ash o cutucaram.


- Não estávamos lá, lembra? – ela disse. Rony revirou os olhos e abriu seu exemplar de Como se Divertir com Vampiros, tentando não resmungar alto demais.


- Vamos hoje. – Harry murmurou, olhando para os amigos. Não precisou de explicações, ou motivo, ou qualquer afirmativa mais elaborada. Os três concordavam que era hora de agir.


 


...


 


Se arrependimento matasse, antes da meia-noite Ash seria apenas um corpo jogado no chão da sala comunal. Que grande ideia gritar no meio da aula de Herbologia que poderia ter caído na Sonserina, não é mesmo? Houveram alunos que vieram dizê-la que não importava, que era ali que ela estava, mas a dolorosa maioria estava fofocando a níveis tão absurdos que a expressão de raiva da garota deixava ironicamente claro que seu temperamento explosivo havia sido o único responsável pela indecisão do chapéu. Além disso, tiveram que ficar na sala comunal até depois da meia-noite, esperando os alunos subirem para seus quartos, o que garantiu que ela ouvisse coisas por um longo tempo. Fred, Jorge e Gina cismaram de jogar snap explosivo, e mesmo que o trio perdesse as partidas de propósito pro jogo ir mais rápido não pareciam se cansar de jogar. Por fim, quando finalmente ficaram sozinhos, Harry pegou a capa que deixara escondida sob uma das almofadas e o trio saiu.


Depois de se esgueirar pela escola, desviando dos professores e monitores, e buscar Canino na cabana de Hagrid, entraram na floresta. Rony parecia dividido entre seu medo da floresta e seu medo de aranhas, e não estava muito animado quando começaram a entrar no lugar. Tinham deixado a capa na cabana de Hagrid, pois não achavam que fossem precisar dela na escuridão da floresta, e isso parecia só ter servido para deixá-lo mais vulnerável.


Harry e Ash acenderam suas varinhas com um feitiço Lumos, mas Rony preferiu deixar a sua quieta. Era um péssimo momento para acidentes causados por varinhas defeituosas. E então, não demorou muito, encontraram duas aranhas correndo enfileiradas floresta adentro.


- Ah, não... Por que aranhas? Por que não podia ser “sigam as borboletas”? – Rony resmungou, sendo empurrado pelas costas por Ash.


- Ande logo, Rony, vamos perdê-las.


- Hmpf. Logo vê-se porque o Chapéu Seletor teve dúvidas sobre você.


A garota revirou os olhos e o trio continuou caminhando. Rony andava assustadoramente colado a Canino, e Ash não podia culpá-lo. Era a mesma coisa que ela sentia quando ficava muito tempo próxima a fantasmas.


Minutos intermináveis de caminhada pela floresta pareciam que não iam levar a nada. Por algum tempo, eles começaram a se perguntar se Hagrid não teria se enganado, e então ouviram um rosnado baixo.


Canino começou a latir.


- Canino! Calado!


Outro ronco. Rony puxou a manga de Harry devagar, pálido e boquiaberto.


- Haaaarryyyy... – ele choramingou. – Está vindo pra cá...


- Depois eu que sou a Sonserina. Pare de choramingar, Rony. – Ash resmungou, mas ela mesma não estava tão corajosa quanto queria parecer. Seja lá o que tinha feito o som, era grande e estava se movendo agora.


E então uma luz conhecida apareceu por entre as árvores, e Rony suspirou, aliviado e surpreso.


- Não acredito... Não acredito! Harry, é o carro!


- O quê?


O ruivo foi correndo na direção do som, seguido pelos dois amigos e constatou que, de fato, era seu carro ali. Coberto de musgo e folhas, sujo, arranhado, amassado, completamente selvagem, mas era o carro.


- Fiquei eras imaginando para onde ele tinha ido! – Rony comentou, abraçando a lataria.


- Ele tá bem diferente mesmo. Vocês acabaram com ele! Se o Sr. Weasley fica sabendo... – Ash comentou, mas parecia admirada. O carro estava muito mais interessante agora, ao seu ver.


- Nós não, quem acabou foi a floresta. – Harry comentou, acuado. – E acabamos perdendo o rastro das aranhas. Vamos, temos que procurar de novo.


Ash se virou para seguir Harry, mas Rony estava parado no mesmo lugar.


- E essa agora... Rony, ande logo! – Ash comentou, estendendo a mão para puxar o ruivo novamente, mas então algo aconteceu.


Ela sentiu algo a pegar pela cintura e erguer no ar, de cabeça para baixo, tão rápido que mal conseguiu entender o que estava acontecendo. Soltou um xingamento muito feio que aprendera com o Sr. Dursley, e então olhou para os lados, apenas para ver Harry e Rony na mesma situação. Então ela parou para ver o que tinha os pego:


Estavam sendo sustentados por pares de patas pretas e peludas. Sobre eles, quelíceras estalavam freneticamente, e haviam mais seis patas mantendo a criatura de pé.


Uma série de latidos e ganidos indicou que uma quarta aranha tinha pego Canino, e agora elas estavam caminhando sabia-se lá para onde. Conseguiam ouvir os murmúrios de Rony, os passos das aranhas e alguns outros sons da floresta, e nada mais. As criaturas os carregaram por tanto tempo que o trio começou a se preocupar com não saberem o caminho de volta para o castelo, e então ficariam perdidos ali sabe-se lá até quando.


Seus pensamentos, porém, logo mudaram de foco. As aranhas os levaram até uma grande depressão, e dentro dela era possível ver, para onde se olhasse, aranhas de vários tamanhos. Pequenas, grandes, do tamanho de uma unha mindinha ou do tamanho de um cavalo. Rony parecia que ia vomitar, e começara a suar frio.


- Rony. – Ash chamou, em um murmúrio. – Tudo bem? – ela perguntou, começando a se lembrar da festa de aniversário do Nick à qual engenhosamente escapara, e imaginando o sentimento do ruivo agora.


Ele não respondeu. Achava que se abrisse a boca ia vomitar mesmo.


As aranhas os largaram no chão e logo começaram a fazer um som ritmado que, para a surpresa dos amigos, soava como se chamassem por alguém. “Aragogue!”, diziam. O chamado se repetiu muitas vezes, até que uma aranha enorme, do tamanho de um filhote de elefante, apareceu no local. As outras aranhas a saudaram, batendo as quelíceras, e Rony perdeu o equilíbrio por um breve instante.


- Haaaaarryyyyy... – ele chamou. – Já posso entrar em pânico agora?


Ash engoliu em seco e foi até o amigo, o ajudando a se manter de pé. Acharam melhor deixar Harry cuidar da diplomacia.


- Quem é? – a voz da aranha, tenebrosa, grave e lenta, soou na depressão.


- Meu nome é Harry Potter.


- Humano... Não é Hagrid...


- Não. Somos amigos de Hagrid.


- Curioso... Ele nunca mandou amigos até mim antes.


- Ele está enrascado. – Harry explicou. Então contou brevemente o que vinha acontecendo em Hogwarts, os ataques, a Câmara Secreta e a prisão de Hagrid. A aranha ouviu em silêncio, e Harry desejou que pudesse deduzir o que ela estava achando da história, mas era uma aranha no fim das contas. Não tinha expressões faciais que pudesse usar para se expressar de alguma forma.


- Eu não vim da Câmara Secreta... – a aranha comentou. – Expulsaram Hagrid porque pensaram que o responsável pelos ataques era eu, mas eu nunca machuquei ninguém. Teria sido meu instinto, mas eu respeito Hagrid. Ele foi bom para mim. Um estranho me vendeu para ele quando eu ainda estava no ovo e ele cuidou de mim. Me escondeu em um armário e me alimentou, me protegeu... E depois quando vim para a floresta depois de ser injustamente responsabilizado pelo assassinato, pensei que Hagrid fosse criar rancor e me abandonar, mas não. Ele me conseguiu uma esposa, Mosague, e sempre vem visitar a nós e a nossos filhos aqui.


Harry tentou impedir o queixo de cair. Não era Aragogue.


- Mas então... Então se você nunca atacou ninguém...


- O corpo da garota foi encontrado no banheiro. Além da floresta, a única parte de Hogwarts que conheço é o armário onde Hagrid me criou e um ou outro corredor que usei para fugir para cá. Ela foi atacada por outra coisa... Nós não falamos nesse bicho. O tememos. Supliquei a Hagrid para que me deixasse ir embora quando ouvimos que rondava pelo castelo...


Harry não quis insistir. Se Aragogue tinha dito que não falava na coisa, não falava na coisa, e ele não queria pisar no calo de um bicho assustador daquele tamanho.


- Bem... Hm... Obrigado. – ele disse. – Acho que já vamos, então.


- É mesmo? Eu acho que não vão não. – Aragogue respondeu. As aranhas começaram a se mover lentamente, ameaçando se aproximarem. – Entenda... Meus filhos e filhas não fazem mal a Hagrid porque eu digo a eles para que não façam, mas como posso negar carne fresca a eles quando ela entra em nosso ninho com tão boa vontade? Adeus, amigo de Hagrid.


Foi um pesadelo. Tinham certeza de que, dessa vez, estavam mortos. O único feitiço bom para aranhas que sabiam era o “Arania Exumai” que Harry vira no diário de Tom, e estava longe de ser o bastante para todas elas. Além disso, Rony nem ousara por a mão em sua varinha, temendo piorar tudo, então estava tudo nas mãos dos gêmeos, o que basicamente significava que estavam perdidos...


Até que ouviram um ronco familiar. Um ruído de motor ligado que foi ficando cada vez mais alto, e então o carro da família Weasley invadiu a depressão, atropelando aranhas e abrindo as portas com agressividade.


- Sinceramente, eu AMO esse carro! – Rony comentou, se jogando no banco do motorista. Harry se acomodou no passageiro e Ash puxou Canino para o banco de trás. As portas se travaram e o carro começou a se guiar sozinho floresta afora até a orla, onde abriu as portas e jogou os bancos para os lados, expulsando os quatro passageiros à porta da cabana de Hagrid e arrancando novamente para a floresta.


Rony vomitou sobre uma das abóboras de Hagrid.


- Siga as aranhas! Siga as aranhas! Quando eu encontrar o Hagrid ele vai desejar ter ficado em Azkaban! – outra ânsia de vômito. – Eu devia saber que vindo dele não ia acabar bem. E não serviu de nada!


- Como não serviu? – Ash perguntou, colocando comida para Canino e pegando um pouco de água para Rony. Harry separava a capa para si e pegou uma mangueira para lavar a preciosa abóbora de Hagrid. – Sabemos que Hagrid é inocente. Ele nunca abriu a Câmara, Aragogue não era o monstro.


- E sabemos que, seja lá o que for, bota medo numa aranha daquele tamanho. – Harry comentou. – O que de certa forma não pode ser coisa boa. É tipo um monstro Voldemort...


- ...não diga esse nome, Harry!


- ...os próprios monstros tem medo de nomeá-lo. – Harry concluiu, colocando a mangueira de lado.


- Sabemos também que encontraram o corpo da garota no banheiro, se é que isso ajuda de alguma coisa. – Ash comentou, pegando a capa e se preparando para sair da cabana.


E então, parou. Os três pararam e se olharam, as engrenagens em seus cérebros rodando ao mesmo tempo.


- Estão pensando o mesmo que eu? – ela perguntou.


- A garota no banheiro. – Harry disse. – Ela morreu no banheiro, certo? E se ela nunca saiu de lá?


- É ela. – Rony comentou, um pouco menos verde, mas ainda precisando terminar de se recuperar. – É a Murta-Que-Geme.


 




E as notas finais!


Parece que alguém andou falando mais do que devia! Ash, essas coisas a gente não conta por aí HAHAHAHAHA


Aos curiosos: boa parte da Ash foi feito à minha imagem e semelhança, e eu sou Sonserina. A maioria das minhas características sonserinas se encaixaram bem na personagem, então achei que nada mais justo do que o chapéu ter pensamentos duvidosos sobre ela por causa disso. É claro, em maioria ela ainda é grifina, e todos sabemos como o Chapéu leva nossa vontade em consideração, mas assim como ele pensou na Corvinal para a Mione, pensou na Sonserina para a Ash e eu não vejo problema nisso.


Resta saber se os colegas dela vão ver, não é?


Vejo vocês na próxima!


Beijos e abraços


Gaby Amorinha


Nox!




Gostou desse capítulo? Confira aqui algumas de minhas outras fanfics!


Os Gêmeos Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter - 1ª temporada de "Gêmeos Potter", encerrada):


http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=42935


Destino (Naruto):


https://www.fanfiction.net/s/8804800/1/Destino


Don‘t Stop Believin (Glee, interativa, co-autoria com Sufilena. Disponível apenas no socialspirit):


https://spiritfanfics.com/historia/dont-stop-believin--interativa-6553263


The Children Of Fairy Tail (Contos de Fadas, interativa, co-autoria com Sufilena. Disponível apenas no socialspirit):


https://spiritfanfics.com/historia/the-children-of-fairy-tales--interativa-6773955


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