A Pichação na Parede



 
















Books » Harry Potter » Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta








Author: Gaby Amorinha









Rated: T - Portuguese - Adventure/Romance - Reviews: 20 - Published: 01-03-13 - Updated: 07-11-16 id:8870823



|Título: Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta


|Sinopse: 2ª temporada da série "Os Gêmeos Potter". Em seu segundo ano em Hogwarts, os gêmeos encontram novos mistérios e aventuras. O que era a voz na parede? Quem estava por trás dos ataques aos alunos? Mais uma vez, Hogwarts trazia a eles muito mais do que aulas de magia.


|Disclaimer: Harry Potter e seus personagens pertencem apenas à Tia Jô. Peguei emprestado apenas, e dei o meu toque pessoal. Espero que gostem! ^^


|Escrita por: Gaby Amorinha


|Betada por: Sem Beta


|Classificação: 14+


|Gêneros: Ação, Amizade, Aventura, Escolar, Fantasia, Ficção, Magia, Mistério, Romance e Novela, Shoujo


|Alertas: Heterossexualidade, Spoilers


|Shipps: Percy/Penélope


|Capítulo 9




Lumus!


Olá leitores.


Então gente, agora que estou escrevendo, preciso bater um papo com vocês. Apesar de ter ideias que eu considero boas, estou bastante insegura com essa fanfic, então é muito, MUITO importante pra mim que vocês comentem com críticas e principalmente sugestões, preu ter uma ideia do que vocês querem e ver se estou indo no mesmo caminho que vocês ou não. Então, por favor, leitores fantasmas, se manifestem. O comentário de vocês vale mais do que vocês imaginam.


Boa leitura,


Gaby Amorinha




Capítulo 9 - A Pichação na Parede


Gina Weasley não fazia ideia de como tinha ido parar naquele corredor.


Também não sabia porque estava com as mãos cobertas de sangue, ou, Merlin a ajudasse, quanto tempo fazia desde que se deitara na cama em seu dormitório com seu diário, o que era sua última memória recente.


Vinha tendo uns lapsos, era verdade, mas estava convencida de que era apenas estresse escolar, até aquele momento. Um lapso daquele tamanho, e todo aquele sangue...


Estava desesperada. O que tinha feito? Correu ao banheiro mais próximo, lavando as mãos em desespero e tentando manter a calma. Não era nada de mais. Provavelmente derrubara uma garrafa de sangue de alguma coisa na sala do Snape e saíra correndo para não perder pontos para a Grifinória. Só isso. Não tinha porque entrar em pânico. Não tinha porque se desesperar tanto. Tinha que ficar calma.


A garota foi voltando pelo corredor, indo para a sala comunal. Não havia nada que ela quisesse mais naquele momento do que seu diário. Precisava conversar com alguém, e ao menos seu caderno não sairia a dedurando para os outros.


Depois de lavar o sangue no banheiro mais próximo, agora cem por cento convencida de que derrubara algo de Snape, só queria voltar para seu dormitório. Não estava mais assustada, ou desesperada. Diria facilmente que tinha voltado ao normal. Até a palidez sumira. Agora que se convencera de que não fizera nada de errado, era só voltar ao dormitório, escrever no diário como tinha quase se encrencado com Snape e pronto. Problema resolvido.


Mas ela foi distraída de seu objetivo ao ouvir uma voz familiar.


- Eu devia estar rondando os corredores. – era Percy.


- Eu também, quem se importa? – e uma garota.


- Vocês corvinos não deveriam ser mais responsáveis? – Percy outra vez.


As vozes vinham de uma sala próxima. Gina, por um instante, se esqueceu de seus problemas, afinal, tinha acabado de descobrir que o grande, perfeito e intocável Percy Weasley estava fazendo coisa errada! Gina era geniosa. Sabia que podia conseguir uma boa chantagem se o pegasse no flagra, e não ia perder a chance. Ela se aproximou da porta e a abriu de uma vez.


- Percy Weasley!


E então, ela foi do tom pálido de minutos atrás para tão corada quanto seus cabelos. Percy e a tal garota loira da corvinal aos beijos. E não era o tipo de beijo que se dá no sofá da casa da mãe, não. Era um beijo, beijo, com língua.


Percy soltou a garota imediatamente, com a boca avermelhada e um pouco borrada do gloss brilhante que a garota usava. A loira não pareceu tão assustada. Ela deu uma risadinha e pegou o gloss e um espelho no bolso, começando a retocar.


- Quem é você? – Gina perguntou. Aquilo era ÓTIMO. Ela teria como chantagear Percy por um ano inteiro, ou mais.


- GINEVRA! – o garoto exclamou. – O QUE ESTÁ FAZENDO FORA DA FESTA? EU DEVIA TIRAR PONTOS!


- Tire. Vou adorar explicar pra todo mundo onde eu estava quando isso aconteceu. – ela respondeu, com um sorriso malvado. Tendo crescido com seis irmãos mais velhos, Gina ficara esperta e aprendera desde nova a tirar proveito dos problemas dos irmãos. E era melhor ainda em chorar depois e se fazer de inocente para os pais.


O garoto perdeu a fala. A corvina considerou isso uma boa oportunidade para responder a pergunta que Gina tinha feito antes.


- Sou Penélope Clearwater. Essa é sua irmã, Percy?


- Sim. – Gina respondeu. – Prazer em conhece-la.


- Igualmente. Que gracinha de menina! Tão educada!


- Gina é um demônio, isso sim! Quem olha até pensa! – Percy esbravejou.


- Ah, Percy... – a ruiva respondeu. – Não fale assim da irmãzinha, vou ficar chateada...


- Mas que... – ele respirou fundo, tentando voltar os pensamentos para o lugar. - O que é que você quer pra fechar a boca?


- Hm... Pra começar, cinco nuques. – ela comentou, estendendo a mão. Percy tirou o dinheiro, sem ter ideia de pra que uma menina de onze anos queria cinco nuques, mas não estava em condições de argumentar. – É, por agora está bom. Vou voltar pra festa agora.


- Ainda não disse onde estava. – Percy grunhiu, entre os dentes.


- Oras, no banheiro. Tem um bem ali ao lado. Tchauzinho, Percy.


E ela saiu.


- Sua irmã é um amor de pessoa Percy. – Penélope comentou, puxando o Weasley pela gravata vermelha. – Mas se não se importa, logo temos que voltar para nossas rondas, então seria bom que aproveitássemos o tempo, certo?


- C-certo. – ele respondeu, ajeitando a gravata.


- Ótimo. – ela concordou, beijando o garoto.


Gina foi caminhando pelo corredor, girando seus novos nuques nas mãos, satisfeita. Não tinha absolutamente pra fazer com cinco nuques, mas ia guardar, pois tinha certeza de que eventualmente seriam necessários. Reanimada, ela até decidiu voltar à festa, mas estava na metade do caminho quando ouviu as hordas de passos indo em outra direção.


Agora um pouco nervosa, ela foi seguindo o som pelos corredores, indo até o grupo de alunos que parara no corredor. E então, ela viu Madame Nor-r-ra e a pintura na parede.


Gina empalideceu. Não queria dizer nada, queria? Era só uma coincidência que suas mãos estivessem sujas e que aquilo estivesse na parede, e também que ela tivesse um lapso de memória agora. Era só uma coincidência.


Coincidência ou não, tinha acontecido, e como era de se esperar, tinha como ficar pior. Filch veio correndo do final do corredor, gritando "O que está acontecendo?" e "Esses alunos malditos, voltem para seus dormitórios!", quando, ao ver o que era o motivo da algazarra, parou de xingar, estacando no meio do corredor.


- Minha... Minha gata... Madame Nor-r-ra! – e então percebeu Harry parado bem ao lado da gata, com Rony, Ash e Mione atrás. – VOCÊ! VOCÊ ASSASSINOU MINHA GATA! SEU...


Mas o que Harry era ninguém chegou a saber, pois Dumbledore brotou ao fundo do corredor, e veio correndo em direção ao local. A varinha em punho.


- Argo, pare! – ele ordenou, seguido de vários professores. Se aproximou do archote, pegando Madame Nor-r-ra nos braços, e se virando para Filch. – Venha comigo. E vocês também. – ele completou, indicando os quatro. – O restante, não tem nada para ver aqui! Monitores, levem-nos aos dormitórios, depressa!


- Se me permite, diretor – Gilderoy se ofereceu. – minha sala fica mais próxima. Por aqui, sigam-me.


Harry não dizia nada, nem Ash, Rony ou Hermione. Dessa vez tinham muita certeza de que estavam fritos. Mesmo que não tivessem feito nada, haviam sido pegos em flagrante.


Dumbledore colocou a gata sobre a mesa e começou a analisa-la. Sem saber muito o que fazer, os quatro alunos se espremeram no sofá e observaram enquanto o diretor a cutucava com a varinha, olhando de um lado e de outro. Snape tinha um pequeno sorriso contido nos lábios, e não era difícil imaginar porque. Filch e a gata não eram exatamente populares em Hogwarts. Por mais que Harry sentisse uma leve pena do zelador, não era maior do que a pena que tinha de si mesmo caso Dumbledore resolvesse acreditar nele.


Gideroy começara a listar inúmeras situações nas quais impedira com o contra-feitiço correto que bruxos fossem mortos, como da vez em que, no momento exato, utilizara o contra-feitiço para a Tortura Transmogrifiana, ou quando usara diversos amuletos para prevenir um problema semelhante.


- ... e é uma pena que eu não estivesse presente na hora. Sei exatamente como poderia tê-la salvo.


- A gata não está morta, Filch. – Dumbledore concluiu, ignorando completamente os novos argumentos e possibilidades que Lockhart oferecia.


- Não? – Filch perguntou, assoando o nariz em um lenço sujo e secando os olhos. – Mas então... Mas então o que...


- Ela foi petrificada. – o diretor explicou. – Mas está viva. O que nos resta agora é descobrir como...


- PERGUNTE A ELE! – Filch esbravejou, apontando um dedo torto para Harry. – EU O VI NO LOCAL!


- Isso é Magia Negra muito avançada, Filch. Não acredito que o Sr. Potter...


- MENTIRA! ELE VIU A CARTA DO FEITICEXPRESSO! ELE SABE... – Filch engoliu em seco, a voz agora saindo mais baixa e contida. – Ele sabe que sou um aborto!


Ash, Rony e Hermione olharam para Harry como se o rapaz tivesse esquecido de contar para os três que era um goblin disfarçado.


- Eu nunca encostei um dedo em Madame Nor-r-ra, eu juro!


- Se me permite, diretor. – Snape disse, a boca contraída. Harry sentiu o estômago afundar. Não tinha como qualquer coisa que Snape dissesse ajuda-lo nesse momento. – Talvez ele só estivesse no lugar errado e na hora errada.


Os quatro alunos deixaram o queixo cair.


- No entanto... – Severo continuou. – Não deixa de ser curiosa a presença dos quatro naquele corredor naquele momento.


- Ah, imagino que da parte da Srta. Potter seja minha culpa. – Flitwick esganiçou. – Ela estava comigo no coral a noite toda, e no fim pediu para se retirar para encontrar os amigos nas masmorras.


Snape olhou para os alunos, a sobrancelha de pé. Vendo que não havia saída, Harry explicou tudo sobre a festa de Nick, e sobre como haviam centenas de fantasmas na festa que poderiam confirmar sua presença lá.


- E depois, - Snape continuou. – não voltaram ao jantar dos alunos porque?


O grupo se calou.


- Queríamos nos deitar. Não estávamos com fome. – Rony comentou, o estômago roncando logo em seguida.


Snape abriu um sorriso.


- Como podem ver, Potter está, claramente, nos escondendo algo. Sugiro que o privemos de alguns privilégios, como o Quadribol, para que ele se lembre do que, convenientemente, acabou de esquecer.


- Francamente, Severo! – McGonagall rebateu, com as mãos comicamente na cintura. – A gata não foi petrificada com um golpe de vassoura. Não há motivo para impedir o Potter de jogar Quadribol!


- Inocente até que se prove o contrário, Severo. – Dumbledore decidiu, arrancando um crispar de lábios de Snape. Filch parecia ainda mais furioso.


- Minha gata foi petrificada! Quero ver alguém ser castigado!


- A Professora Sprout tem uma excelente safra de mandrágoras em suas estufas. – Dumbledore comentou, recebendo um leve sorriso de confirmação da professora de herbologia. – Assim que atingirem a idade correta, as utilizaremos para fazer um tônico que trará sua gata de volta.


- Ah, excelente! – Lockhart comentou, brandindo a varinha. – Já fiz o Tônico Restaurador de Mandrágoras centenas de vezes, posso fazer até dormindo!


- Receio – Snape interrompeu. – que eu seja o professor de poções dessa escola, Gilderoy, de forma que a responsabilidade de fazer a poção pertence a mim.


Houve uma pausa incômoda, e então, Dumbledore dispensou os alunos da sala. Não precisou de uma segunda ordem. Assim que viram que, milagrosamente, tinham se livrado do que seria uma punição quase que certa, não iriam arriscar dar outra chance ao azar. Saíram correndo dali direto até a Sala Comunal.


- Pois bem. – Ash comentou, se largando no sofá. Era quase meia-noite e a Sala Comunal estava vazia. – O que raios acabou de acontecer?


- Não faço ideia. – Rony respondeu. – Mas eu gostaria de apertar a mão do gênio que deu um jeito naquela gata idiota.


- Eu devia ter dito que ouvi uma voz?


- Não, Harry. Nem pensar. Mesmo pra quem é bruxo, não é normal ficar ouvindo vozes que ninguém mais ouve. – o ruivo respondeu.


- Eu estou preocupada é com outra coisa. – Hermione comentou, caminhando de um lado para o outro. – Essa história de "A Câmara Secreta foi aberta.". Isso não me é estranho. Acho que já li sobre isso em algum lugar.


- Estranho seria se não tivesse lido. Mas eu acho que já ouvi sobre isso também. Gui disse alguma coisa, mas não consigo me lembrar...


- E afinal, - Harry interrompeu. Ficar murmurando sobre histórias esquecidas não estava ajudando. – o que é um aborto?


- Ah. É o contrário da Hermione, um filho de bruxos que nasce trouxa. É muito raro, mas explica porque ele é tão amargurado. Não deve ser fácil crescer trouxa em uma família de bruxos.


- Não. – Harry respondeu. – Imagino que não.


...


Um ataque como aquele não era algo que seria facilmente esquecido. Filch ficara rondando o corredor, como se esperasse que o responsável fosse voltar para lá. Ele passou dias tentando tirar o sangue da parede com o Removedor Mágico Multiuso Skower, sem sucesso, e infligindo punições em alunos por coisas como "respirar alto demais" e "parecer feliz". Gina estava estranhamente perturbada, e de acordo com Rony, era por gostar muito de gatos. Ele tentara acalmá-la dizendo que esse tipo de coisa não acontecia sempre, e até fazia piadas como "podiam ter levado Filch junto", mas logo viu que não estava ajudando, e parou.


E, por fim, tinha Hermione. Estava lendo bem mais que o comum se é que era possível, tentando descobrir o que pudesse sobre a tal Câmara Secreta. Em um fim de tarde, Rony e Hermione estava tentando terminar suas redações de um metro sobre o Congresso Medieval de Bruxos Europeus, Hermione estava lendo e Ash em uma cadeira, revisando algumas jogadas que Olívio pedira a ela para aprender.


- E onde exatamente a Hermione está? – Ash perguntou, analisando o que devia ser o quinto pergaminho seguido e fazendo anotações em um papel à parte.


- Ali adiante. – Rony respondeu, indicando um corredor distante na biblioteca. – Deve estar tentando ler a biblioteca toda antes do Natal. – ele mediu a redação. Ainda faltavam vinte centímetros. – Você me empresta a sua redação? – ele perguntou à Potter, que tinha terminado mais cedo para ter tempo de estudar as jogadas.


- Ela tem um metro e um centímetro, Rony. Não acho que tenha muita coisa sobrando pra você tirar dela. A da Mione tem um metro e vinte, porque não pede a dela?


- Harry? – Rony pediu, se virando para o amigo. Harry mediu a redação. Ainda faltavam cinco centímetros.


- Sinto muito Ron, não acabei ainda. – o garoto levantou o olhar para o amigo, a tempo de ver, no fundo do corredor, Justino Finch-Fletchley dar de cara com o rapaz e dar meia volta. – Ele está me evitando. – Harry comentou. – Já é a segunda vez só hoje.


- Não ligue pra ele, não é como se valesse de muita coisa. Está no grupo de amigos que suportam o Lockhart, sabia?


Harry ia responder, mas Hermione apareceu, e parecia pensativa.


- Todos os exemplares de Hogwarts, uma história foram retirados. – ela disse. – TODOS. E tem uma lista de espera de duas semanas.


- Pra que quer isso? – Rony perguntou. Mas foi Ash quem respondeu.


- Ele tem a lenda da Câmara Secreta! É isso, não é?


- Sim. – Hermione confirmou. Nisso, a sineta tocou e os alunos tiveram que parar de falar no assunto e se retirar para a aula de História da Magia.


As aulas de História da Magia tinham a incrível tendência de serem ainda mais tediosas que a do Snape, afinal, além da mesma voz asmática, não havia prática. Há muito Rony e Harry tinham desistido de tomar anotações, e recentemente nem mesmo Ash o fazia, usando as aulas para ler alguma coisa ou, na maioria das vezes, mexer com Quadribol. Dessa vez, porém, nem Hermione estava se ocupando de anotar nada, e logo entendeu-se porque.


Ela levantou a mão.


Binns não viu logo de cara que tinha uma aluna querendo lhe perguntar algo. Ele continuou falando até que, ao levantar o olhar do pergaminho para pensar em algo, deu de cara com a mão de Hermione no ar.


- Senhorita...?


- Granger, professor. Gostaria de saber se o senhor pode nos contar algo sobre a Câmara Secreta.


O efeito foi instantâneo. Dino, que dormia com a boca aberta, se ajeitou na cadeira imediatamente. O cotovelo de Neville escorregou da mesa. Lilá levantou como se tivesse tomado um choque.


- Não. – o professor respondeu, seco e surpreso. – Minha matéria lida com fatos, senhorita, não com lendas absurdas.


Ele estava prestes a voltar à monotonia, mas Hermione voltou a falar.


- Mas senhor, as lendas não se baseiam em fatos?


- Ah, bem... – ele olhou para a turma. Parecia surpreso em ver tantos alunos interessados na aula, e acabou vencido. – Pois bem, então. A Câmara Secreta.


"Há muitos anos, quatro poderosos bruxos fundaram a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Eles eram Godric Grifinória, Salazar Sonserina, Rowena Corvinal e Helga Lufa-Lufa. Ao começar a ensinar as crianças, cada um tinha suas preferências, e com o tempo, isso passou a gerar um conflito. Slytherin só queria ensinar aqueles que fossem realmente dignos de acordo com o julgamento dele, ou seja, os puro-sangues. Sendo o único com tal opinião, houve uma briga e ele acabou deixando a escola, mas não sem antes, de acordo com a lenda, construir uma Câmara Secreta em Hogwarts que só poderia ser aberta por um herdeiro seu. Dizem que a Câmara encerra um monstro terrível, que só pode ser controlado por esse herdeiro, e que o herdeiro lideraria esse monstro por Hogwarts para expurgar a escola de qualquer aluno que não fosse sangue-puro."


Houve uma pausa. Binns percebeu que os alunos ainda queriam informações, e acabou se irritando.


- É claro, é tudo uma grande baboseira. A escola já foi revistada centenas de vezes por bruxos extremamente capazes e nada foi encontrado. Agora, de volta aos fatos. No ano de 1289...


...


- Eu sempre soube que Sonserina era louco! – Rony resmungou, enquanto andavam pelo corredor cheio. - Mas daí a ele ter começado essa doidera de puro-sangue... Eu não deveria estar surpreso. Não iria para a casa dele nem se me pagassem!


- Não pode ser tão ruim, pode? O chapéu-seletor queria me colocar lá. – Ash comentou, comendo uma maçã. – Ele mudou de ideia. – ela se apressou a completar, ao ver as caras horrorizadas de Rony e Hermione. Harry estava surpreso. Ele também tinha sido considerado para ir para lá, mas nunca tinha dito nada.


- Por que raios ele ia querer te mandar pra lá? – Rony perguntou. Quem respondeu foi Harry.


- Tá perguntando isso mesmo? Ela é muito irritadiça. E vingativa.


- É, faz sentido. – Rony respondeu. – Mas ele não mandou, e com certeza porque você não é gente daquela laia. Ouça o que estou dizendo: Sonserina é mau. MAU.


- Oi Harry! – ouviram do meio dos alunos, o que cortou a fala de Rony. Era Colin, pulando com sua câmera fotográfica. – Harry, um aluno da minha turma está dizendo que...


E a voz dele sumiu no meio da horda de alunos.


- O que será que o aluno está dizendo? – Mione comentou, pensativa.


- Que eu sou o herdeiro de Sonserina, acho. Vocês viram o Justino me evitando.


- O Justino é um idiota. – Rony respondeu. – Francamente, o povo daqui acredita em cada coisa.


- Vou concordar com o Rony. – Ash comentou. – Até porque, sou sua irmã gêmea. Se disserem qualquer coisa esquisita de você, estão falando de mim, e convenhamos, eu engoliria os diabretes do Lockhart antes de ser considerada herdeira de Sonserina.


- Mas não foi você quem acabou de dizer que não podem ser tão ruins assim? – Rony perguntou.


- Isso não quer dizer que eu queira ter o sangue do sujeito. Eca. O sangue dele é que deve ser sujo, isso sim.


- Gente. – Hermione disse, parando na curva do corredor. Os outros três pararam ao lado dela. Estavam no corredor onde ocorrera o ataque. – O Filch não está.


- Vamos dar uma olhada. – Harry disse, avançando pelo corredor.


Logo ele estava de gatinhas no chão, e acabou descobrindo algumas marcas de fogo.


- Olhem isso! – Hermione chamou. Onde ela apontava haviam umas vinte aranhas brigando para fugir por uma fenda, o mais rápido possível. – Nunca vi aranhas agirem assim. Que coisa esquisita...


- Eu também não. – Harry respondeu. – Ash? – a menina negou com a cabeça. – E você, Rony? – silêncio. – Rony?


Eles se viraram para o amigo em tempo de vê-lo branco como papel, olhando para qualquer lugar que não fosse a janela.


- Eu não gosto de aranhas. – ele disse.


- Mas você já as usou em poções antes, e sem problemas. – Ash argumentou.


- Não me importo se estiverem mortas. Mas não gosto da forma como andam. Não me olhem assim, se seu ursinho de pelúcia tivesse se transformado em uma aranha na sua mão quando você tivesse três anos, não iria gostar delas também.


- Auch. Quem faria uma maldade dessas? – Ash perguntou.


- Fred.


Harry, tentando distrair o amigo do tópico "aranhas", decidiu mudar o foco da conversa.


- Aquela água toda que tinha aqui sumiu. De onde será que tinha vindo?


Os quatro começaram a olhar em volta, Rony feliz por ter um motivo para se afastar das aranhas, e o garoto pousou a mão sobre uma maçaneta. No segundo seguinte a soltou, como se tivesse se queimado.


- Rony? Que foi?


- Não posso entrar aí! – ele resmungou. – É o banheiro feminino.


- Ah, por favor! – Hermione resmungou, abrindo a porta e puxando o garoto para dentro, ignorando o aviso de INTERDITADO. – É o banheiro da Murta. Não vai ter ninguém aqui.


O grupo entrou, Rony ainda de cara fechada, e Hermione se dirigiu até o último boxe.


- Murta? – ela chamou. A fantasma apareceu flutuando no ar e olhando de cara fechada para Harry e Rony.


- Isso aqui é um banheiro de meninas. Eles não são meninas!


- Pergunte a ela se viu algo no dia do ataque. – Harry sussurrou para Hermione.


- O que está murmurando? – Murta guinchou, os olhos já enchendo de lágrimas. – Eu gostaria que as pessoas parassem de falar de mim pelas minhas costas! Não é só porque estou morta que não tenho mais sentimentos!


- Não! – Hermione se apressou a corrigir. – Não Murta, não é nada disso! Queríamos saber se viu algo no dia do ataque!


- Não, não vi... Pirraça estava me irritando então vim correndo para o banheiro para me matar, mas ai lembrei que já estava...


- Morta? – Rony sugeriu, tentando ajudar. Murta caiu em lágrimas de uma vez e se enfiou encanamento adentro.


- Sinceramente, vindo da Murta... Foi animador. – Hermione concluiu. – Venham, vamos sair daqui.


E, como sempre dá para piorar, assim que pisaram do lado de fora deram de cara com Percy, que rondava o corredor.


- PELAS BARBAS DE MERLIN, RONY! Isso é um banheiro feminino! E vocês não deveriam estar nesse andar! Sabem o que significa estarem sozinhos aqui quando todos estão jantando?


- Não fizemos nada!


- Não quero saber! – ele continuou. – Devia pensar na Gina, perturbada como está, sinceramente... Saiam daqui antes que eu lhes tire pontos. SAIAM!


- Você não está nem aí pra Gina! Só está preocupado com seu título de monitor-chefe e...


- MENOS CINCO PONTOS PARA A GRIFINÓRIA! Que sirva de lição! E agora SUMAM DAQUI, e nada de trabalho de detetive ou eu vou escrever para a mamãe!


...


Draco estava com o nariz tão de pé ao receber a carta do pai que quase batia no teto da Sala Comunal. Havia uma multidão de curiosos ao redor dele, esperando que o garoto os dissesse quem era o bendito que estava se livrando dos sangue-ruins. Draco enviara uma carta ao pai pedindo que lhe dissesse o que estava acontecendo e mal podia esperar para exibir suas informações para os colegas.


Exatamente por isso, ele ficou vermelho-fúria instantaneamente ao ler o que tinha escrito.


Draco,


Você não devia estar estudando? Não sei quem é o bendito que decidiu limpar a escola como já deveria ter acontecido há décadas, mas seja lá quem for, fico feliz que esteja fazendo algo.


Estou interessado em saber do que se trata. Me escreva se tiver informações.


Espero que esteja tirando notas decentes,


Lúcio


No entanto, mesmo irritado, Draco percebeu uma coisa. Seu pai parecia feliz, ou quem sabe orgulhoso do interesse do filho. Tinha feito algo certo, então. Se continuasse cutucando nos lugares certos, ia conseguir deixar Lúcio muito, muito orgulhoso. Era melhor procurar saber quem era o responsável, então. Se conseguisse se juntar a ele, certamente só tinha a ganhar.


...


Pela noite, os quatro amigos se juntaram no canto mais isolado da Sala Comunal.


- Eu gostaria de saber quem é. – Hermione comentou, olhando em volta para ter certeza de que Percy estava bem longe. – Vocês sabem. O herdeiro.


- Ah, Hermione, por favor. É óbvio! Quem conhecemos que é da Sonserina, completamente obcecado por sangue-puro e de uma linhagem nojenta e de nariz em pé? – Rony perguntou.


- Se está pensando no Draco...


- É claro que está! – Ashley comentou, abaixando o livro que lia. – E ele tem razão, se quer saber. Você ouviu o que ele disse. "Vocês serão os próximos, sangues-ruins".


- Bem... Considerando que seja mesmo ele... Não, não dá pra considerar assim. Temos que ter certeza.


- E como espera que façamos isso? – Harry perguntou. – Não podemos simplesmente perguntar a ele.


- Não, não podemos... Mas aposto como os amigos dele podem. – Hermione disse. – É isso. Tem um jeito. Mas vai ser perigoso, muito perigoso. E vamos violar umas cinquenta normas da escola.


- Vai nos dizer como ou não? – Rony perguntou.


- Poção Polissuco. – a menina disse.


- Poção o que? – Harry perguntou.


- Boa pergunta. – Ash comentou. Podia ser boa em poções, mas não dava muita atenção a instruções aleatórias ou comentários randômicos feitos por Snape. Achava a voz dele apática demais.


- Poção Polissuco. Vai nos permitir transformar em algum aluno da Sonserina. Crabbe e Goyle por exemplo. E então poderíamos perguntar. Ele deve estar se gabando disso lá na Sala Comunal agora mesmo.


- Não sei não... – Ash resmungou. – Não quero ficar com cara de Pansy Parkinson pra sempre.


- Sai depois de algum tempo. Só precisamos pegar o livro. Se chama Poções muy potentes e está na Seção Reservada da biblioteca.


- Há, ferrou. – Harry comentou. – Como vamos convencer algum professor a nos dar a assinatura pra esse livro?


- Bem, se dissermos que estamos interessados apenas na teoria... – Hermione supôs.


- Ninguém vai cair nessa, Mione. – Rony resmungou, desistente. – Teria que ser tapado demais.




Eu sempre me perguntei como raios a Gina pegou o Percy se garrando com a Penélope, e não resisti a adicionar isso aqui na fic. Super fofa ela, não? kkkkkkk Espero que tenham gostado!


Beijos e abraços


Gaby Amorinha


Nox!






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