Sangrando lágrimas



Mesmo você não me vendo...

Estarei te olhando!

Mesmo não te tocando...

Estarei te sentindo!

Por onde você estiver passando...

Estarei te seguindo!

Em seus olhos eu me vejo...

Encanto-me com teu sorriso!

No teu corpo está o meu desejo...

Em tua alma,

Os meus sentidos!



***



Era difícil entender. Era difícil tentar explicar, ou ao menos supor...era difícil constatar o porquê daqueles olhares atravessados que um lançava ao outro,obliquamente,mas acima de tudo de um modo que tentava ser discreto. Ele tentava ler a poesia nela, naquela expressão impassível e naqueles cabelos de cor perigosa.Ela tentava compreende-lo, tentava enxergar o lado límpido do rapaz por detrás daquela poeira de sagacidade e orgulho, por detrás daquele atraente físico jovial. Eram portanto dois observadores,cada um com seu respectivo objetivo dentro da mesma missão:decifrar os mistérios um do outro.

Encontraram distraidamente um ponto comum, onde os olhares se cruzaram, se chocaram, e elasticamente se afastaram um do outro. Ele sorria após o contato...ela corava de desprazer. Ele tentou resgatar aquele acidente, enquanto que ela, ainda em faze de recuperação, manteve os olhos fixos no pergaminho diante de si, talvez focando as letras, mas ainda assim fixando mentalmente aquele momento elétrico. Seu coração pululava, assim como o dele.

-Muito bem classe, dispensados.- rasgou em tom autoritário a

voz da professora Minerva,que terminava de apagar a lousa com um menear de sua varinha. Todos bateram em retirada apressadamente, aspirando liberdade...exceto ele, que caminhou lançando olhares para trás e ela, que se arrastou pelos cantinhos o evitando.

Pelos corredores de pedra os alunos já podiam visualizar, através das incontáveis janelas góticas, a confusa indecisão climática: num intermédio entre o fim do Verão e o início do Outono, o céu acabou entrando numa espécie de crise existencial e, num protesto, optou por resmungar a manhã inteira.Por isso, foi debaixo de muitos roncos, ventania e chacoalhação de árvores que as turmas de Lufa-Lufa e Grifinória se dirigiram para os jardins, a fim de participarem de mais uma aula de Trato das Criaturas Mágicas.

-Nossa, tudo bem que a aula da Minnie foi um pé no saco, mas precisa ficar com essa cara de imbecil,Pontas?-gargalhou Sirius enquanto desfazia o nó de sua gravata, explicando-se- Odeio usar essa coisa!Daqui a pouco os alunos aqui em Hogwarts vão começar a morrer de enforcamento!

Remo deu uma simpática risadinha em resposta ao comentário, lutando contra o vento que tentava arrastar algumas páginas soltas de seu livro sobre Feras Mágicas:

-É você que não está acostumado a se vestir como gente!

-Bah...-agora Sirius atirava a gravata sobre o ombro, levando os dedos afilados até os botões de sua camiseta.

-Strip-Tease, Almofadinhas?-perguntou Rabicho, dando uma guinada naquela conversa, que foi-se evoluindo até a chegada e parada total no cercado do professor Ketleburn.

Tiago passeou como um pavão diante das garotas sentadas no gramado, procurando um lugar vazio. Muitos lhe foram oferecidos, o que causou uma disputa acirrada entre as meninas (algumas chegavam á empurrar sua vizinha para arranjar um pedacinho de grama onde Tiago pudesse lhe fazer companhia, enquanto que outras esticavam-se destemidamente,monopolizando o terreno em meio á berros.).Lílian enfiou-se entre duas de suas amigas, tentando mostrar para o maroto que não havia a menor possibilidade de aproximação. Ele por fim deu de ombros e ajeitou-se ao lado de Remo e Sirius.

Mais uma aula á distancia. Ela procurou prestar a máxima atenção na maior parte do tempo, enquanto que ele esforçou-se por aturar o monólogo do mestre, vez por outra soltando uma piadinha com a ajuda de Sirius. As nuvens sobre as cabeças do grupo foram se encontrando raivosamente enquanto o professor, distraído, discursava á cerca de um Pégaso recém capturado num arquipélago bruxo em Atenas...um raio riscou o céu; a intensidade da ventania aumentou; uma gota pingou sobre o nariz comprido de Pettigrew:

-A aula será encerrada graças á chuva!-avisou Ketleburn relutantemente, erguendo seu rosto para analisar o céu-Quero todos na biblioteca pesquisando sobre o Pégaso, portanto...

CABRUMMMMM-ele foi bruscamente interrompido pelos movimentos coléricos das nuvens.

Algumas Lufa-lufas soltaram gritinhos apavorados e numa fração de segundos todos estavam de pé. As nuvens cinzentas descarregaram-se sem aviso, o que não pôde ser evitado por nenhum deles. Agora, debaixo de uma crescente chuva, grifinórios e lufa-lufas corriam de volta ao castelo, uns usando cadernos como proteção, outros utilizando o capuz pontudo de suas capas bruxas.

Lílian se viu num impasse: pingos grossos de água já surravam seus cabelos e rosto ao mesmo tempo em que mais da metade de seu bloco de pergaminhos ia sendo levado pelo vento forte. Em desespero, ela girou nos calcanhares para voltar, desta vez indo contra o vento. Foi catando agoniada tudo o que podia recuperar, o que mostrou ser uma tarefa mais difícil do que ela esperava:

-Merda!Merda!- a garota salvava uma folha em troca de mais cinco que dispersavam-se de seus braços,arrastadas pelo sopro insensível da chuva. Seu material escolar ia tornando-se inútil: folhas pousavam em lamaçais, pergaminhos encharcados iam se desintegrando enquanto que livros tornavam-se moles debaixo de seus braços. Com cabelos ruivos colados á testa, praguejando ferozmente, a garota se deu por vencida.

CABRUMMMM

O que iniciara como um inocente chuvisco evoluía impiedosamente, tornando-se, em questão de minutos, uma tempestade.Lílian começava a perceber que a circunstância lhe pregara uma armadilha traiçoeira: quando corria ela tinha de lutar contra o vento, engolindo gotas, destruindo sua imagem, degradando suas roupas, perdendo a qualidade de seu material. Quando voltava-se para resgatar alguma coisa que era levada no meio do caminho, acabava por atrasar seu retorno ao castelo e, neste ciclo sem fim,acabou entrando em total desamparo.

-Por que fez isso comigo, Merlim desgraçado?!-praguejou ela depois de ter derrapado numa recém formada poça e de ter caído sobre o próprio material, se estatelado do chão lamacento, dando um ponto final á sua jornada.

Mandando pro diabo todos os seus pertences, a ruiva se pôs sentada e começou a remoer a sua desgraça. Seus joelhos agora latejavam, seus cabelos escorriam sobre suas costas, ombros e olhos enquanto que todo o seu uniforme (assim como tudo o mais que fazia parte de seu material escolar) tornava-se um trapo encharcado e lastimável de lama.

-Evans!

Lily ergueu seus derrotados olhos verdes para fitar, por entre as gotas de chuva, um Tiago Potter extremamente impressionado:

-Vou te tirar daqui, venha comigo.- ele continuou, estendendo a mão e oferecendo apoio. A garota assumiu instantaneamente uma expressão desconfiada.Tiago, sem mais delongas, agachou-se e a puxou para si, forçando-a a ficar de pé.

-O que pensa que está fazendo?-grasnou ela, desvencilhiando-se- Dando uma de super-herói?

-Só estou te tirando da chuva.-retrucou ele agora agarrando a mão direita da garota, mesmo estando melada.-Me siga!

Sem dar tempo para algum protesto vindo dela, Tiago disparou desabalado em direção ás estufas, já que não ousava acolher-se debaixo de uma árvore (não no meio de uma tempestade tão raivosa como aquela). Ambos iam sendo castigados durante todo o trajeto: a água ia os martelando, o terreno tornando-se escorregadio, o vento entrando em atrito e os impedindo de continuar enquanto que a direção das gotas de chuva ia pinicando seus olhos.Por estas e muitas outras razões, Tiago e Lílian chegaram capengando e tropeçando na primeira estufa que encontraram, onde enfurnaram-se agilmente,trancando todo o escarcéu molhado do lado de fora.

Ofegante, Lily finalmente teve tempo de mirar seu inoportuno salvador...inoportuno,mas lindo! Seus cabelos ensopados terminaram arrepiados graças ao vendaval, o que sempre lhe dava um ar deliciosamente mais rebelde. Pelo seu rosto moreno escorriam gotas de chuva, que também faziam seu uniforme grudar-se no corpo. Ele retirou os óculos para uma secagem rápida, o que facilitou a análise que Lily mais adorava: a de seus olhos castanho-esverdeados, onde cintilavam uma maliciosa esperteza.

Tiago sentia que estava sendo observado apesar de fingir compenetração em seus óculos. Lily corou novamente e desviou o olhar quando o rapaz sorriu para ela:

-Seu material já era, né?

-O que você acha, Potter?!-chiou ela rispidamente, torcendo os cabelos como á uma trouxa de roupa. Muitos de seus fios ruivos não cabiam entre os dedos, por isso permaneceram desleixados sobre seus olhos cor de esmeralda. As gotas que deslizavam pelas suas bochechas macias iam se alojar, ao final do trajeto, em seus lábios úmidos. Seus seios salientes destacavam-se por detrás da blusinha branca, provocando frêmitos no corpo de Tiago, que lutava contra si mesmo para prender seu poço de atenção em algum outro lugar.

Não que a estufa não tivesse atrativos (muito pelo contrário; cada canto esverdeado exibia uma espécie diferente de planta mágica, uma mais intrigante que a outra), mas durante aqueles longos minutos de silêncio tanto o rapaz quanto a moça não conseguiram visualizar mais nada além de si mesmos.Uma vez menos molhados, sem pesados robes negros, sem coletes ou itens padrões, ambos decidiram se fazer notar. Vestiam agora apenas peças de roupa essenciais (meias, sapatos, blusas, roupas de baixo, calça e saia) já que quanto menos úmidos e carregados estivessem, melhor.

-E agora?-indagou Lily, tentando fazer suas palavras soarem muito mais como uma intimação para que ele se manifestasse do que como uma doce pergunta.

-Acho que vamos ter de esperar a chuva passar.- concluiu Tiago, deleitando-se com o que tinha acabado de dizer.Lily bufou e foi recostar a testa num dos vidros da estufa, a fim de observar atentamente cada movimento daquela bendita tempestade (e quem sabe pressiona-la a terminar).

“Deuses, ele está olhando pra mim. Ele está olhando fixamente para mim, olhando descaradamente!”-mastigavam os pensamentos de Lily, já que ela sentia as próprias costas sendo perfuradas por algum rastro invisível de atração. Seus joelhos vacilaram quando ela constatou, através de um difuso reflexo na janela, que Tiago caminhava até ela:

-Você está se aproximando, Potter.-alertou, virando-se para encara-lo sem conseguir esconder o seu desespero.

-Eu sei.

-Não...-ela engasgou-se, ensaiando um movimento com as mãos que iriam conte-lo...mas algo de fraco em seu interior acabou contendo ela mesma.

-“Não” o que?_perguntou ele de modo zombeteiro, agora próximo o suficiente para toca-la.- Eu só vim aqui exigir seus agradecimentos...

-Pelo que?-ronronou ela,frívola.-Por ter me arrastado até aqui e ter largado todo o meu material lá fora se desintegrando na água? Não, não, Potter...eu poderia ter caminhado para o castelo sozinha e em melhor situação,obrigada.

-Ao menos você disse “obrigada”.

-Mas de modo cínico idiota, não estou satisfeita como você queria que eu estivesse!-Lily foi percebendo que o maroto tentava imprensa-la ali na janela com os próprios braços, como um predador sedento que deixa um coelho acuado. O que Tiago não sabia era que Lily estava muito longe de ser um simples coelho...

-Você fica uma gracinha quando fala desse jeito!-sorriu ele, ajeitando uma mecha ruiva gotejante que encobria um dos olhos fangirlístico da monitora. Ela rebentou-se em protestos:

-Como ousa?!-suas mãos uniram-se para empurra-lo ao pelo menos uns trinta centímetros para trás. Com o caminho livre, marchou para a saída, passando rapidamente pela área onde a clarabóia permitia iluminação adequada.

-Lils, está chovendo feio lá fora...-lembrou Tiago demonstrando inquietação.

-E eu não sei?-rugiu ela esquecendo-se até mesmo de recolher todas as peças de roupa que largara sobre um dos balcões de madeira, onde as aulas normalmente aconteciam.- O problema é que eu prefiro enfrentar tudo aquilo lá fora ao em vez de ficar aqui dentro com você Potter, infelizmente!!-exclamou ela com paixão, sentindo o ar faltar ao mesmo tempo em que a ebulição de sentimentos dentro dela crescia, á ponto de explodir seu peito.- A culpa é sua, por favor, me deixe ir...eu não posso, não quero, se você...- estava embaraçada. Tentou se conter, ordenar o cérebro á pegar no tranco e as palavras á se frearem, o que resultou numa nova etapa: choro.

Tiago assistia aquele show de irregularidade na maior estupefação, enquanto que Lily xingava-se por dentro, amaldiçoava cada lágrima que decidia abandonar seus olhos e, esfumaçando, lançou-se para fora da estufa.Tomou um banho logo no primeiro passo ébrio que deu, o que foi pesado para os quatro itens que Lily culpava freneticamente: sua alma estilhaçada, que freou demais. Sua mente entorpecida; divagou insanamente...suas lágrimas geladas; eram correntes fatais!Seu corpo fremido; por propostas indecentes!

Um aperto em seu braço conteve a correria. Lily virou-se penosamente.



Este seu olhar...

Quando encontra o meu,

Fala de umas coisas

Que eu não posso acreditar.





-Me deixe...em paz.-murmurou, agora comendo alguns fios que estiravam-se ensopados sobre seus lábios. Tiago, que a mantinha apertada entre seus dedos, aparentava tanto vandalismo quando ela:

-Só quando você me deixar.

-Está louco, Potter?Eu já deixei, aliás, estou tentando!

Tiago balançou a cabeça numa negação de deleite...ela não compreendia.



Doce é sonhar...

É pensar que você

Gosta de mim,

Como eu de você!



-Você não entendeu.-o moreno retirou da frente dos olhos alguns fios de seu cabelo negro que escorriam junto com os incessantes pingos de chuva. Sentia que aquele era o momento para tentar convence-la, ou ao menos tentar explicar o porquê de tanta insistência, de tanta teimosia. Seria uma tortura deixa-la partir sem que ele conseguisse libertar de seu peito ao menos um, dos milhares de pensamentos que lhe causavam uma estranha tontura.- Eu estou preso em você, Lils...estou,estou...estou enlouquecendo!Você precisa entender, mas como posso provar á você que não consigo fechar os olhos sem...

-Pare, por favor!-sussurrou Lílian assumindo uma expressão que, para o rapaz, estava mais do que indecifrável: estava inexpressiva.

-Ah minha ruivinha rebelde, me deixe ao menos...

-Tiago!-implorou ela, novamente costurando aquele contato visual tão profundo, que ele retribuiu amargamente:

-Não faça isso...

-Eu preciso.-ela assumiu, derrotada.-Não posso ouvir nem mais um segundo essas suas mentirinhas mascaradas, senão vou acabar...



Mas a ilusão

Quando se desfaz,

Dói no coração

De quem sonhou,

Sonhou demais.



Tiago é quem precisava salvar-se daquele desespero, daquele martírio emocional. Toda aquela carga absurdamente pesada de sentimentos era demais para um rapaz que, durante toda a vida, seguira desligado das profundas explicações ou dos importantes significados para certos ataques internos. Era como se tudo aquilo que ele evitara, que ele esnobara, que ele repudiara durante longos anos, tudo aquilo estivesse acumulado naquele momento, naquela garota...naquela outra metade dele,logo ele, que se julgara completo a vida inteira e que,por isso, estava cego.



Ah! Se eu pudesse entender

O que dizem

Os olhos seus...



Num ímpeto furioso Lily calou-se, encarando o rapaz que lhe puxava pelo braço para mais perto. Colaram-se. Desligaram suas tomadas “sanidade”, derrubaram todas as barreiras lógicas que lhes impediam e, simultaneamente, decidiram tirar aquilo em pratos limpos...decidiram experimentar suas milhares de teorias, que no fundo não estavam baseadas em absolutamente nada...apenas em insegurança.

Gelo e fogo se misturaram quando os lábios ávidos de um tocaram os lamuriosos de outro. Os de Tiago, macios e rápidos, produziram um estouro de adrenalina, que derramou-se no sangue de Lily fazendo seu coração martelar velozmente contra suas costelas. O mundo todo á volta de ambos desapareceu; as nuvens cinzentas, a água cortante, os raios, o som ecoante dos trovões, as árvores que se descabelavam, a relva que farfalhava...para Tiago só existia Lília, e para Lílian só existia Tiago. Tiago beijando-a.Tiago amando-a.

Para ele era um sonho...um sonho do qual não queria acordar, e por isso se mexia, atuava, fazia-se o mais presente possível.Lily começou a agarrar em resposta apenas depois da faze de êxtase, quando permaneceu em estanque, parada, imóvel, apenas sentindo as mãos do garoto agarrando suas costas, a pele quente do seu rosto contra a sua, o seu peso atirado contra seu colo, aquela boca enlouquecedora tocando a sua com volúpia, a língua esperta achando um caminho por entre seus dentes para explorar as profundezas de sua própria boca...ela lançou os braços em seu pescoço, numa explosão retórica.

Tiago sentia sua própria roupa grudar-se na pele molhada, sugando-a. Os seios de Lily digladiavam com seu peito, que arfava para cima e para baixo seguindo os movimentos de sua caixa torácica, esta acelerada.Devia sentir-se enregelado pela água que aventurava-se pelo seu corpo, pelas gotas que escorriam intrometidas entre sua boca e a de Lily, pelo vento outonal que acentuava o processo de resfriamento...mas não. Tiago pegava fogo, vulcanizava-se, sentia todos os seus hormônios se trombarem abobados na ânsia natural de trabalhar...ele e Lily,afinal de contas, estavam não apenas carnalmente ligados, mas bombasticamente grudados um ao outro. Comunicavam-se via coração, pois um batucava em resposta ao outro, quase interpondo o som enfurecido da tempestade, que tentava resgatar os holofotes do momento.

Como garras, as unhas de Lily prendiam-se na nuca de Tiago,que foi afastando a cabeça languidamente. Suor e água escorriam pelo seu rosto, que agora fitava o de Lily. Um trovão resmungou alto, dando a impressão de que até mesmo os Deuses estavam implorando para que eles falassem alguma coisa.

Mas era impossível; era desnecessário. Aquela vulcânica costura entre ele e ela havia simplesmente estourado todos os limites de seus corpos, que mal podiam aproximar-se sem que pairasse algo de elétrico no ar, afinal de contas, Tiago e Lílian eram dois pólos opostos, eram o negativo e o positivo...eram simplesmente assim; igualmente diferentes.





FIM



























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