Capitulo Dezesseis
É, gente... estamos chegando na reta final! É, publicamos essa fic no começo de 2013... e, em um pouco mais de 1 ano, já estamos finalizando-a! Acho que nunca postei uma fic tão rapido assim... sério mesmo.
Em breve, estaremos publicando uma nova fic... novamente em parceria! =D Eu e a Thys! E espero que vocês gostem... mas provavelmente não iremos posta-la aqui, pois o site está muito parado. Então, é bem provavel que seja no Nyah! e no fanfiction.net.
Espero que vocês gostem do capitulo, pois foi um dos que eu mais gostei de escrever! hehehehe.
Beijos.
Angel_S
---***---
Dizendo a si mesma para relaxar, Hermione estava na cozinha preparando uma xícara de chá, não sentia mais que leves pontadas e tudo parecia caminhar bem. Não quisera acordar Draco por achar ser muito cedo ainda, e pela demora entre uma contração e outra pensou que tinha bastante tempo pela frente. Com um suspiro encheu a caneca com água quente e depositou um saquinho de chá, quando ouviu os passos apressados de Annelise pela casa. Harry estava voltando de Las Vegas e pelas notícias na internet e nos tabloides, o que Annelise temia acabara acontecendo. Flash Back O dia havia acabado de começar quando Annelise entrara na enorme biblioteca que os Malfoy mantinham naquela residência. Aproximou-se de uma das enormes estantes, e passou o dedo indicador sobre a capa dos livros, procurando por algo que pudesse lhe entreter. A noite havia sido um martírio, entre sonhos e pesadelos, Annelise, por fim, decidiu se levantar. Uma das empregadas entrou na biblioteca rapidamente, com o intuito de deixar os jornais em cima da mesa principal, que estava sendo ocupada por Draco, nos últimos dias. - Me desculpe, senhorita. Eu não havia visto-a. - Não há problema. – disse Annelise sorrindo. – Acabaram de chegar? - Desculpa. - Esses jornais... acabaram de chegar? - Sim. – a mulher pareceu hesitar, antes de leva-los até Annelise. - Não se preocupe, depois de ler, eu os coloco na mesa de Draco. A mulher saiu rapidamente, enquanto Annelise se jogava em uma das inúmeras poltronas da biblioteca para ler o jornal. No momento em que pousara os olhos sobre o primeiro jornal, sentiu seu coração falhar. “Príncipe Harry festeja sua estada em Las Vegas.”. A foto de um Harry completamente nu, apenas tampando sua intimidade com as mãos estava estampada na capa do jornal de maior circulação de todo o Reino Unido. Em outra reportagem dizia-se “Príncipe Harry diverte-se na noite americana, enquanto sua atual namorada encontra-se em Londres”. As lágrimas caíam conforme as palavras dos jornais eram absorvidas por Annelise. Fim do Flash Back - Argh – resmungou a loira ao derrubar uma bolsa, tamanha irritação que sentia. Entrou na cozinha ainda xingando e só depois de servir um copo de água para si é que percebeu a presença de Hermione naquele cômodo. Suas bochechas coraram ante a vergonha de comportar-se de maneira tão indecorosa e soltou um sorrisinho sem graça. – Bom dia. - Bom dia. – Hermione disse com um sorriso fraco ao ver Annelise sentar-se na banqueta que havia ao seu lado e soltar um suspiro. – Você ao menos conversou com ele? – perguntou ao se aproximar. - Não! – e isso era o que mais a irritava. – E eu não quero conversar... eu não tenho nada para falar. – Annelise respirou profundamente, não iria chorar novamente. Não havia sido criada para chorar como uma menina indefesa. - E o pior é que a raiva que estou sentindo nem é dele! – parou um instante para pensar – É dele, claro! De quem mais deveria ser? – com as costas da mão, limpou as lágrimas que escaparam. – Por que a vó dele fez isso? Ela sabia que as chances disso acontecer eram enormes... ele me traiu! - Anne... - Eu queria ter ido nessa viagem, porém não sou nada dele oficialmente. Além do mais, eu queria mostrar a ele que eu confiava nele... – isso pareceu irritá-la ainda mais. – Eu quis ir junto, conversei com ele várias vezes sobre isso... mas ele disse que tudo iria ficar bem, que ele estava bem e eu não precisava me preocupar. Maldita hora que eu acreditei. - Anne, você precisa se acalmar antes de ir encontrá-lo, desse jeito ele só vai se sentir pior – aconselhou Hermione passando uma mão por seu cabelo loiro. - Eu sei – murmurou – por isso ainda estou aqui... talvez eu nem vá encontrá-lo. Não há nada a ser dito. Uma ondulação em seu ventre fez Hermione estancar e fez uma careta, não era dolorosa ainda, mas extremamente desconfortável. - Mione? – perguntou Annelise ao ver a expressão séria no rosto de sua cunhada. A mão apoiada sobre o ventre rígido fez Annelise arregalar os olhos. – É hoje? - Pelo visto – gemeu Hermione quando o incômodo passou. Nunca pensou que estaria tão calma, ainda mais com o bebê vindo poucos dias antes do previsto. Por outro lado, nunca imaginou que se sentiria tão pesada, tinha a sensação de que se tentasse subir as escadas, os degraus rangeriam ante seu peso. Havia engordado só o necessário, por sorte, mas o inchaço em seus pés e o rosto arredondado a faziam sentir muito maior. - E o meu irmão, cadê? – perguntou olhando para o lado. - Ele ainda não sabe. – respondeu. – Ele está mais ansioso que eu – riram juntas. – e as contrações começaram agora pouco – deu de ombros. - Oh – Anne disse com os olhos arregalados. – Mais um motivo para eu não encarar o Harry hoje ou qualquer outro dia dessa semana. O que você quer que eu faça? - Preciso que você não entre em pânico. – disse com um sorriso. – Vamos conversar, não quero ficar pensando nisso. Hermione acariciou a barriga, não estava nos seus planos dar a luz, mas na noite anterior Draco havia conversado com ela para que tentassem, de alguma forma, impedir que Annelise voltasse para Londres. Harry havia conversado com Draco horas antes, depois de ter acordado com cheio de álcool e em um quarto de hotel estranho, e desesperado tentara convencer Draco de que não tinha culpa, ele havia tentado se conter o máximo possível, inclusive voltara para o seu quarto, mas não sabia explicar o que acontecera para acabar naquela situação. Mas mais do que explicar, Harry pediu que Draco lhe desse uma chance de conversar com Annelise longe do palácio e das influências da família Real. Era importante para ele. Uma nova contração a tirou de seus devaneios e Annelise arregalou os olhos. - Outra? Já? – ela parecia mais desesperada que Hermione, que era quem daria a luz. Com um gemido Hermione concordou e ao olhar no relógio percebeu que falara muito mais do que imaginava, quase meia hora havia se passado. - É melhor você falar com o meu irmão logo. – aconselhou – Ele disse que queria a equipe médica aqui desde o início e você sabe como ele fica quando não está no controle da situação. Em pânico. Hermione bem sabia. Mas a essa altura sabia que não poderia esperar nada de diferente de seu marido. - Vou falar com ele. Avise minha mãe, por favor. – ela disse com uma mão apoiada sobre a barriga e foi em direção ao seu quarto. Por sorte o quarto em que daria a luz já estava pronto desde que chegara. Entrou silenciosamente em seu quarto e sorriu ao ver Draco dormir placidamente com o lençol cobrindo-lhe das nádegas para baixo, as costas nuas e tão belas. Ele era um homem muito bonito e vê-lo assim a fez sentir falta dos seus momentos de intimidade, adorava contemplá-lo e mesmo nas últimas semanas de gestação seu apetite sexual não diminuíra, estar entre os braços dele era o que a fazia sentir segura quanto a seu corpo neste momento. Deitou-se ao lado dele e enlaçou seus dados, ouviu-o resmungar e isso a fez soltar um sorrisinho. Ao olhar no relógio constatou que não era nem nove horas da manhã ainda, mas o sol lá fora já brilhava a pino. Fechou os olhos deitada ali e quando deu por si, estava sonhando. Mas o cochilo não durou muito, uma nova contração a acordou, e ao abrir os olhos deparou-se com um Draco Malfoy de olhos arregalados com a mão espalmada sobre sua barriga. Só ela sabia o quanto as falsas contrações o assustavam e se pegou rindo ao imaginar Draco ouvindo a novidade. - Draco – ela chamou estendendo uma mão para tocar seu rosto. O sorriso plácido e a mão protetoramente sobre a barriga entregaram a Draco o que ele precisava saber, e de repente uma fina camada de suor escorria por suas costas. - Há quanto tempo? – ele perguntou depois de respirar fundo. Era Draco Malfoy, um homem contido e concentrado, e esse não era o momento de perder o foco e se deixar levar pela ansiedade. - Uma hora. – ela disse baixinho e ele gemeu. - Você ligou para médica? - Ainda não. – ela disse com um leve dar de ombros. – Não está doendo ainda... - Herms... – ele riu e tocou seu rosto – Tenho certeza de que esperar a dor ficar forte para ligar para a médica não é a melhor ideia. - Você pode ligar para ela enquanto eu fico aqui relaxando – ela disse com fraca ironia e ele moveu a cabeça em negação. - O quarto está pronto? – ele quis confirmar. - Prontinho. – ela disse. – Huuum, Anne resolveu ficar aqui. – riu. - Que melhor forma, não? – ele perguntou com um sorriso e beijou-a nos lábios antes de se levantar para ir ligar para a médica. Assim que Draco se retirou, a porta voltou a se abrir com a entrada da mãe de Hermione, que com os olhos aguados parecia mais emocionada que os próprios pais do bebê que logo chegaria. - Oh minha querida – ela se aproximou da filha, acariciando seu cabelo. – Como você está? - Bem – Hermione disse com um sorriso plácido nos lábios. – Ansiosa demais! - Vim te ajudar a trocar de roupa – ela respondeu com um sorriso. – Enquanto seu marido anda de um lado para o outro no telefone. - Ele foi ligar para a médica – Hermione disse e logo riu, mas seu riso logo se fechou quando uma contração a atingiu. - Vem – ela se pôs de pé e ajudou a filha a levantar, caminhando as duas até o grande closet de Hermione. – Uau – comentou sua mãe com um sorriso. Antes de Hermione se dirigir as prateleiras, sua mãe a parou no meio do cômodo e tocou seu rosto com tanto carinho que Hermione sentiu seu coração se apertar. Tê-la ao seu lado naquele momento, ela sabia, faria toda a diferença. - Estou tão orgulhosa de você, minha filha – ela disse tocando seu cabelo em um suave carinho. – E tenha certeza que o seu pai sente o mesmo. Você se transformou nessa mulher tão maravilhosa – uma lágrima deslizou sua bochecha e logo as duas estavam unidas em um abraço forte. Com um sorriso, Hermione foi a primeira a se afastar. – Agora vamos preparar você! Quer tomar um banho? Hermione concordou com a cabeça e se dirigiu ao banheiro onde tomou uma ducha rápida. Sua mãe a ajudou a prender o cabelo em um coque alto e vestiu um top com um leve vestido por cima. O clima londrino era frio, mas a calefação da casa e as dores que sentia, eram suficiente para aquecê-la. - Argh – gemeu Hermione quando outra contração a atingiu, fazendo-a envergar para frente. - Herms – Draco, que acabava de voltar ao quarto, se aproximou rapidamente, mas não havia que pudesse fazer. – A médica já está a caminho. Surpreendentemente calma, Hermione apenas assentiu com a cabeça e deixou que Draco e sua mãe a guiassem até o quarto onde teria o bebê. Horas depois Hermione não sabia onde toda sua calma havia ido parar. A médica tentava animá-la de todas as formas, mas na última meia hora não havia mais nada que fizesse efeito, até que uma dor lancinante a atingiu, parecia querer rasgá-la de dentro para fora e fez Hermione mordeu os lábios para não gritar, quando acabou um líquido morno escorreu por suas pernas e pôde ouvir como a médica sorria. - Você está indo muito bem querida. – ela disse ao se aproximar. Hermione apenas assentiu enquanto, ao seu lado, sua mãe passava uma toalhinha úmida sobre sua testa. – Agora tudo deve ir mais rápido. Uma enfermeira a ajudou a se sentar e Draco se encarregou de levá-la ao banheiro, onde uma banheira cheia de água morna ajudaria com as dores além de relaxá-la um pouco. - Você pode ficar a vontade, se sentir que a pressão está aumentando, me avise – disse a médica antes de deixá-los a sós. Draco a ajudou a se sentar tirar o vestido que usava, que agora já estava completamente úmido de suor, deixando-a apenas com um confortável top próprio para amamentação. Acariciou sua barriga quando Hermione se recostou na borda e logo tocou seu rosto. - Dá pra acreditar? – ela perguntou um minuto depois com os olhos fechados. – Nós vamos ter um bebê. – disse e logo riu, Draco a acompanhou. - Você se arrepende? – ele perguntou com a expressão séria de repente. Hermione ergueu o rosto para encará-lo e lhe dedicou um doce sorriso, com os dedos úmidos tocou-lhe o rosto. - Quantas eu preciso dizer que amo você para que você acredite? – ela perguntou e ele riu. - Quantas eu preciso dizer que amo você para que você acredite? – retrucou com a mesma pergunta. - Muitas! – ela riu – Foi muito tempo sem ouvir nada disso de você, agora tem de compensar! – ele gargalhou e se inclinou para beijá-la. Uma hora depois quem se via desesperado era Draco, aflito por ouvi-la gemer de dor e não poder fazer para aplacar. Sentado ao lado dela na cama, tentava de toda forma lhe passar força, mas sabia que não podia fazer nada além disso e isso o fazia se sentir impotente. - A boa notícia é que só faltam dois centímetros – a médica disse com um sorriso. – Foram quatro horas, você está tendo muita sorte querida – isso fez Hermione gemer. - Eu mesma levei quase doze horas para dar a luz – disse a mãe de Hermione e isso fez Draco engasgar. - Hermione teve o que nós chamamos de parto leve, o bebê se encaixou e as contrações começaram provavelmente durante a madrugada, mas como eram leves você pode ter pensado serem só movimentos do bebê – disse. Quando Hermione arquejou por uma nova contração, a médica soltou um sorrisinho. – E pelo visto esse bebê tem pressa... Acha que uma massagem pode ajudá-la? – a médica perguntou se aproximando de Hermione. - Com certeza. – ela disse com um suspiro. - Venha cá, senhor Malfoy. Com destreza a médica explicou a Draco como massagear as costas de Hermione, desde a parte lombar subindo em movimentos circulares que ajudariam a relaxar aquela região. - Muito bom. – disse Hermione com um sorriso de satisfação. Mas pouco mais de uma hora depois, não havia massagem que ajudasse a relaxá-la. - A pressão está muito forte – ela gemeu inclinando-se sobre a cama. - Porque está na hora – a médica respondeu calmamente. – Vamos ajeitar você em uma posição melhor, venha. Com a ajuda de Draco, arrumaram os travesseiros as costas dela para que Hermione ficasse em uma posição quase sentada. A médica dobrou seus joelhos e afastou as pernas dela. - Vamos querida, o parto humanizado é justamente para ter a menor intervenção médica possível – ela disse calmamente. – Quando você sentir necessidade, faça força para baixo. Segurando firmemente a mão de Draco, Hermione fez força assim que a pressão se tornou tão forte que beirava o insuportável. Gemeu e arfou ao relaxar sobre os travesseiros, mas não havia terminado ainda. Pareceu uma eternidade, pensou Hermione ao forçar mais uma vez. Sentia seu corpo se distender para dar passagem ao bebê, o que só aumentava sua força de vontade de continuar forçando. Quando acabou, parecia que a haviam rasgado por dentro, mas ouvir o chorinho de Alexander fez tudo valer a pena. Ele gritava a plenos pulmões ao ser erguido pela médica, que o pôs sobre seu peito. Com os olhos lacrimosos Hermione contemplava seu bebezinho e teve a certeza de que nunca havia visto nada tão lindo no mundo. Mesmo ainda sujo de sangue, Hermone pôde notar quão claro era o cabelo do filho, tão claro quanto o de Draco, e quando Alexander em fim abriu os olhos, a castanha pôde ver seu marido ali. - Ele é a sua cara – disse ela com um sorriso enquanto segurava o bebê. - Ele é perfeito! – exclamou Draco sentindo seu peito arder de emoção. Jamais pensara que um sentimento tão forte pudesse existir, mas ao ver seu filho nos braços da mulher que amava, Draco teve certeza de que nada, nunca mais, importaria mais para ele que aquelas duas pessoas. E comprovou por si mesmo que quando um homem lhe dizia que ser pai era o melhor sentimento do mundo, não havia o menor exagero nisso. Amava aquele pequeno bebê, e amava Hermione ainda mais por toda sua garra para dar-lhe a vida. - Você quer cortar o cordão, senhor Malfoy? A médica sorriu entregando o bisturi nas mãos de Draco. - Corte logo acima do prendedor. Com as mãos trêmulas, Draco cortou o cordão umbilical que ligava Alexander a Hermione. Com lágrimas nos olhos, Hermione beijou o topo da cabeça do pequeno bebê. - Agora somos dois, Alexander – murmurou a castanha para o filho que a olhava com curiosidade. Com a mão livre Hermione mexeu nas pequenas mãozinhas. Os minúsculos dedinhos de Alexander fecharam-se sobre o dedo de Hermione. - Precisamos cuidar de você, Hermione. – disse a obstetra. – Enquanto isso, o Sr. Malfoy pode dar banho no Alexander... - Gostaria de amamentá-lo primeiro, se for possível. - Não há nenhum problema. – garantiu a médica. Com uma mão livre, Hermione liberou o sutiã e posicionou o bebê, que não demorou a sugar com ganas. - No começo irá incomodar a amamentação, mas logo você irá se acostumar. – disse a obstetra posicionando melhor o bebe. – É importante que você mantenha o bico do seu seio sempre hidratado, para que ele não rache, depois irei passar algumas pomadas... mas no momento, isso pode ficar para segundo plano. Durante vários minutos, o bebê mamou sem parar. Assim como Draco, Jane observou a cena calada. Hermione conversava com o bebê, que a olhava com certa curiosidade. Não havia como negar que Alexander, com seus enormes olhos cinza, não fosse filho de Draco. - Agora precisamos levá-lo para tomar banho – disse a médica. - Senhor Malfoy, que tal acompanhar a enfermeira para dar o primeiro banho em seu filho? Enquanto isso nós terminamos aqui – a médica disse com uma voz doce, mas Draco só concordou depois de ver Hermione assentir e lhe sorrir, dando-lhe a certeza de que ela estava e ficaria bem. - Eu vou ficar com ela – assegurou a mãe de Hermione que, até o momento ficara mais afastada. Aquele momento era de sua filha e de Draco, e ver a adoração mutua mesmo naquelas circunstâncias a fez ter certeza de que Hermione não poderia ter escolhido um marido melhor. Mas agora que Draco se retirava com seu netinho nos braços, era hora de ela voltar a cena. Com muito cuidado Draco ergueu nos braços seu filho e sorriu de forma trêmula para a enfermeira e para sua sogra que se encontravam ao seu lado. - Você vai tirar isso de letra – a enfermeira disse com um sorriso encorajador. Em sua defesa, Draco nunca havia deixado sua boneca escorregar. Mas aquela situação era completamente diferente e mal pôde se dar conta de como estava trêmulo, a apreensão de fazer algo errado fazia seu coração disparar. E quando Alexander choramingou baixinho Draco se viu apavorado. - Ele é mais forte do que aparenta – disse a enfermeira compreensiva. – Pode colocá-lo na água sem medo. Com o auxilio da enfermeira Draco aprendeu a apoiar o bebê sobre sua palma e seu pulso, enquanto com a outra mão jogava água suavemente pelo corpinho mole. Com olhos grandes e muito vivos, Alexander o olhava com grande curiosidade e Draco lhe sorriu, sentia vontade de desde já colocá-lo sobre seu peito e protegê-lo do mundo. O banho foi longo, mas correu tudo certo. Assim, minutos depois Draco voltava ao quarto com um bebê trocado e bem cheiroso. Hermione estava recostada sobre os travesseiros, o lençol havia sido trocado e ela parecia mais corada e sorridente. - Olá – ele sussurrou se aproximando e o sorriso que ela lhe dedicou encheu seu peito de amor. - Ele é a coisa mais linda desse mundo – disse Hermione erguendo os braços para pegá-lo. Com certa inveja Draco testemunhou que Hermione havia mesmo nascido para ser mãe. Ela pegou o filho nos braços sem pestanejar e o acolheu contra seu peito cheia de confiança. - Você foi ótima – a médica se aproximou poucos minutos depois, quando tudo já estava pronto para sua partida. – A enfermeira vai ficar por aqui pelas primeiras vinte e quatro horas, mas posso lhe assegurar que é só procedimento padrão, você está realmente bem. Só precisa fazer repouso pelos pontos que tivemos de dar, e em não mais que dois dias você estará novinha em folha. Com um sorriso agradecido Hermione assentiu. Só fez uma careta ao lembrar da sensação de ter sua parte íntima sendo costurada, mas, como a médica lhe dissera, havia dado a luz a um menininho de cinquenta e cinco centímetros e quase quatro quilos, era mais que normal que precisasse de pontos. - Recomendo que você tente descansar sempre que ele estiver dormindo, é a melhor forma de não ficar exausta – a enfermeira disse parada a porta. – Se precisarem de mim, estarei no quarto ao lado. Quando se viram a sós, assim que a mãe de Hermione acompanhou a enfermeira e Annelise nem sequer aparecera ainda, Draco lhe sorriu amorosamente. - Nunca pensei que pudesse sentir algo tão forte – confidenciou Hermione. - Eu sei. – ele respondeu com um sorriso bobo. – Nós caprichamos. – ele disse fazendo-a rir. - Viu? Tudo ocorreu muito bem, mesmo longe do hospital – ela disse com um sorriso provocador que o fez rir. - Segurança nunca é demais – retrucou ele dando de ombros. – Você deveria descansar um pouco, Herms. - Se ele chorar... – Hermione beijou a cabeça do bebê que dormia tranquilamente. - Eu estarei aqui. – Com certa relutância, Hermione entregou o bebê ao pai. Viu Alexander ser deitado no berço sem emitir nenhum ruído. – Agora descanse... em, no máximo 3 horas, precisarei acordar você. Hermione ajeitou-se da melhor maneira que pode em meio às almofadas, teria que tomar cuidado com os pontos para que não inflamasse. Antes mesmo que pudesse pensar em ajeitar-se melhor, o sono a tomou. Draco sorriu ao ver a esposa dormindo tranquilamente, apesar de rápido, o trabalho de parto a havia deixado exausta. Ouviu leves batidas na porta. - Posso entrar? – sussurrou Annelise colocando a cabeça para dentro. - Claro. Entre. – respondeu Draco sorrindo para a irmã, que o abraçou carinhosamente. - Ele é lindo, Draco. – Annelise apoiou-se no berço para admirar o sobrinho. – É tão perfeito... – com o dedo indicador, Annelise acariciou a minúscula mão do bebê. – Desculpe não ter ficado aqui durante o parto... mas você sabe, isso é algo seu e da Herms. Não me achei no direito de me intrometer. - Que bobagem, Anne. Eu preciso fazer uma ligação... - Vá, eu fico aqui. Qualquer coisa eu chamo. Draco enfiou-se no primeiro cômodo vazio que encontrou no andar. Sentou-se na cama e descobriu-se exausto, porém exultante. Hermione e Alexander estavam bem e seguros. Agora podia dedicar-se, por alguns minutos, a dar as boas novas para as pessoas mais próximas. - William? - Aconteceu alguma coisa, Draco? – a voz de William tinha um tom preocupado. - Aconteceu. Seu afilhado nasceu a menos de 1 hora. – um sorriso bobo brincava nos lábios de Draco. - Sério? - Sim, sério. - E como a Hermione está? O Alexander? - Os dois estão bem e dormindo, no momento. - E você, papai? Como se sente? - No momento estou exausto. – admitiu Draco. – A tensão, até a hora do nascimento foi grande. - E porque não vai descansar? - Não acho que eu vá conseguir. E quando você virá ver seu afilhado? - Minha volta está programada para semana que vem. A primeira coisa que eu farei será visita-los. - E como estão as coisas? - Boas, dentro do possível. Acredito que, com o tempo, possamos nos entender. Seria mentira dizer que está tudo certo. - Tanto eu, quanto Hermione, torcemos por sua felicidade. Agora não demore muito para vim ver seu afilhado. Draco deixou-se cair sobre a cama, sentia seu corpo dolorido e sua cabeça pesada. Deixou que sua mente andasse por lugares desconhecidos. O dia havia sido exaustivo, mas graças a Deus tudo havia dado certo, e tanto Hermione quanto Alexander estavam bem. Com certo esforço, sentou-se. Olhou para o celular que estava caído ao seu lado, sobre a bela colcha que cobria a cama. Sem muita confiança, Draco digitou os números. Enquanto o celular tocava, ele pedia que, de alguma maneira ninguém atendesse. - Alô. - Mãe? - O que você quer, Draco? A voz de sua mãe estava tão inflexível como sempre. Havia sido um tolo ingênuo em achar que ela poderia melhorar com a morte de Lucius. Não havia melhora, Narcisa sempre seria daquele jeito. - Seu neto nasceu. – respondeu Draco mecânico. Silencio. Draco só conseguia escutar a respiração ritmada de Narcisa do outro lado da linha. Por longos minutos ficou com o telefone parado na orelha, sem escutar nada. Conseguia imaginar como a sua mãe estava naquele momento, ele, mais do qualquer pessoa, sabia quanto Narcisa detestava ser pega de surpresa. - Qual o nome dele? – a voz de Narcisa saiu macia, pegando Draco de surpresa. - Alexander. – respondeu automático. - Quando ele nasceu? - Hoje. – Draco respirou fundo. Sempre fora péssimo para manter uma conversa civilizada com sua mãe. - Faz um pouco mais de 1 hora. - E onde você está? Em que hospital ele nasceu? - Hermione quis que ele nascesse no Palacete Malfoy, então, aqui estamos. - E você permitiu? – a voz de Narcisa endureceu. - Essa foi a vontade de Hermione, e eu respeitei. – Draco respirou profundamente, não era momento para brigas. – Ambos estão bem. E é isso que importa. - Posso estar visitando o meu neto? - Eu não sei, mãe. Eu vou conversar com Hermione sobre isso. – disse com certa cautela. – Até agora, você não havia demonstrado nenhum tipo de interesse pelo bebe, sequer me ligou, durante todos esses meses para saber o nome dele ou como estava indo a gestação. Voltarei a ligar dentro de alguns dias, após ter conversado com a Hermione. - Faça o que você achar melhor, Draco. Draco não se surpreendeu ao notar a falta de sentimento na voz da mãe, era mais do que esperada uma atitude como aquela. Despediu-se de forma mecânica e desligou o celular. Havia feito sua parte em lhe avisar, mas não a queria muito perto de sua família. Hermione e Alexander eram o mais importante em sua vida, e conhecendo sua mãe, como conhecia, sabia que, uma hora ou outra ela arranjaria uma maneira de estragar seu casamento. Ao voltar para o quarto encontrou Hermione acordada, com Alexander no colo e Annelise sentada, observando o sobrinho com adoração. - Vou deixar vocês sozinhos. – disse Annelise sorrindo. – Não se preocupe, Draco... eu não irei para Londres até semana que vem. Annelise abraçou o irmão com carinho, e saiu do quarto deixando Hermione e Draco sozinhos com Alexander. - Como se sente? – perguntou Draco ao sentar-se na cama, o mais próximo possível de Hermione e de Alexander. - Bem. – ela sorriu enquanto admirava o filho, que mantinha os olhos bem abertos. – Não tem como negar que é seu filho, Draco. - Achei que bebes costumassem a chorar, com essa idade. - Ele já comeu, está limpinho e não está com sono. – Hermione brincou com a mãozinha do filho que fechou-se sobre seu dedo. – Não tem porque chorar. - Posso entrar? – a doutora Montgomery colocando a cabeça para dentro do quarto. - Claro, doutora. – afirmou Hermione. - Achei mesmo que fosse encontrar você acordada. Diga-me como você está. Sentindo alguma dor? - Não sinto absolutamente nada. Apenas um desconforto no lugar dos pontos. - Isso é absolutamente normal. Vou aproveitar que o senhor está aqui, Sr. Malfoy, para esclarecer alguns pontos no pós parto. Draco endireitou-se ao lado de Hermione, e observou os movimentos da médica, que puxara uma cadeira para sentar-se próximo a Hermione e a Alexander, que continuava olhando tudo ao seu redor, com seus enormes olhos cinza. - Os próximos dias são sempre os mais complicados para as mães. Primeiro, seus hormônios estarão em ebulição, agora que o bebê nasceu. Irá demorar algum tempo para que seu corpo volte ao normal, afinal, uma gravidez é uma mudança muito grande no organismo de qualquer mulher. Com a amamentação, seu ciclo menstrual vai sofrer grandes alterações, são várias as mulheres que não menstruam enquanto estão amamentando, então, caso isso venha acontecer não se preocupe, mas não esqueça que, apesar de não menstruar você continua ovulando. - E a questão do repouso? – Draco parecia obstinado a absorver todas as informações que pudesse achar relevante para os próximos dias. - Bem, são os mesmos conselhos de sempre: Não pegue peso, não se esforce demais para que não haja nenhum problema com os pontos. E, apesar de ser algo que muitos médicos não levam mais em conta, faça o resguardo. É importante para você e para o bebê. - Durante o resguardo... – começou Hermione ficando levemente rosada. - Durante os 40 dias de resguardo, eu aconselho que vocês não tenham nenhuma relação sexual. Além do mais, existem os pontos que você tomou. Evite sair com o bebê durante esse tempo, esses 40 dias são uma fase importante de adaptação para vocês três, além do que, sair implica lidar com os paparazzi. - Sem problemas, doutora. Ficaremos por aqui nos próximos 40 dias. - Mas e as consultas? – perguntou Hermione cautelosa. – Você disse que dentro de 15 dias eu precisaria estar indo ao consultório para retirar os pontos? - Não se preocupe quanto a isso, Herms. – tranquilizou Draco. – Está tudo sob controle. - Agora eu preciso voltar a capital. Existem algumas outras coisas as quais eu preciso estar resolvendo. – sorriu a médica. – Quaisquer problemas não hesitem em me ligar, estarei aqui o mais rápido possível. - Quanto a enfermeira? – questionou Draco. - Ficará aqui até amanhã à tarde, pois essas 24 horas são sempre um pouco mais complicadas. A doutora levantou-se com um sorriso ameno no rosto. Parabenizou Hermione pelo excelente trabalho e saiu do quarto acompanhada por Draco. Hermione sorriu ao filho, que continuava acordado, com seus enormes olhos cinza encarando-a. Havia lido, em vários livros, que bebes não enxergam nada além de vultos e que reconhece sua mãe pelo cheio e o pai pela voz. Hermione continuou ninando Alexander até vê-lo fechar os olhos, vencido pelo sono. Deitou o bebê carinhosamente ao seu lado, e ajeitou-se. Em poucos instantes, assim como Alexander, Hermione foi vencida pelo sono.
Comentários (15)
Alexander nasceu! Capítulo emocionante. Espero que a Narcisa mude sua postura e aproveite a linda família que tem. Reconciliação é uma palavra que me vem a cabeça. Reconciliar com a vida com as pessoas. Conceitos mudam e demonstrar amor alivia qualquer amargura do coração.
2013-08-26Alexander nasceu! Capítulo emocionante. Espero que a Narcisa mude sua postura e aproveite a linda família que tem. Reconciliação é uma palavra que me vem a cabeça. Reconciliar com a vida com as pessoas. Conceitos mudam e demonstrar amor alivia qualquer amargura do coração.
2013-08-26Alexander nasceu! Capítulo emocionante. Espero que a Narcisa mude sua postura e aproveite a linda família que tem. Reconciliação é uma palavra que me vem a cabeça. Reconciliar com a vida com as pessoas. Conceitos mudam e demonstrar amor alivia qualquer amargura do coração.
2013-08-26Alexander nasceu! Capítulo emocionante. Espero que a Narcisa mude sua postura e aproveite a linda família que tem. Reconciliação é uma palavra que me vem a cabeça. Reconciliar com a vida com as pessoas. Conceitos mudam e demonstrar amor alivia qualquer amargura do coração.
2013-08-26Alexander nasceu! Capítulo emocionante. Espero que a Narcisa mude sua postura e aproveite a linda família que tem. Reconciliação é uma palavra que me vem a cabeça. Reconciliar com a vida com as pessoas. Conceitos mudam e demonstrar amor alivia qualquer amargura do coração.
2013-08-26