Capitulo Quinze



Meninas, estou noiva!!! 
Agora que tudo passou, bora começar a arrumar as coisas para o casamento... mas esse ainda está beeeem longe! =/ Mas pobre é assim mesmo, tudo tem que ser arrumado com um bom tempo de antecedencia para não ficar com dividas. hehehehe. 
Espero que gostem do capitulo... estamos terminando. Sim sim, a reta final chegou! 

Espero que gostem, e obviamente, quero reviews, hein?!

Beijos
Angel_S

---***---

Depois de quase vinte dias de competições, um total de 65 medalhas para Grã-Bretanha e um aumento considerável nos cofres públicos graças aos turistas, Londres em peso estava presente no evento de encerramento da Olímpiadas 2012.


Quando finalmente acabou, cada qual seguiu para sua própria casa, e William não podia deixar de sentir que a cada metro que ficava mais próximo do Palácio de Kensington, maior ficava sua apreensão. Era a data final para conversar com Catherine, e por mais que quase tenha tido vários momentos de recaída durante todos aqueles dias em que voltaram a conviver, sentia que não poderia se entregar a ela novamente sem antes conversarem.


 


- Com licença, vou me retirar – ela informou assim que o carro parou na entrada do Palácio. William respirou fundo e trocou um rápido olhar com Harry, que limitou-se a mover a cabeça em aceitação, independentemente do que fosse acontecer dali em diante.


 


Sem dizer nada, William seguiu atrás dela e não se surpreendeu ao vê-la com malas espalhadas por todo o quarto. Quarto esse que não entrava há dias, havia se mudado para o quarto de vestir, e quando sentia que o ambiente era desconfortável demais, contentava-se com o sofá de sua sala íntima. Até dormir em seu escritório era aceitável.


 


- Precisamos conversar – anunciou ele.


- Agora você quer conversar? – ela o encarou com uma expressão fechada. – Pois eu estive tentando isso durante dias, e você me ignorou.


- Tudo que você fez desde que eu voltei foi me tratar com indiferença – acusou ele.


- Porque eu ainda tenho um pouco de amor próprio – retrucou erguendo a voz. – Te pedi perdão por dias e fui ignorada, foi o suficiente para mim William! Só lamento que sua avó tenha tido que terminar com isso, porque você não teve coragem.


 


Com os olhos arregalados William a encarou. O que sua avó havia feito desta vez?


 


- O recado foi bem claro. As Olímpiadas terminaram, por tanto devo partir. – a dor em sua voz era quase palpável.


- Eu nunca disse que queria me separar – respondeu William num murmuro.


- Mas também não disse que me quer como sua esposa. Eu entendi a mensagem... – Catherine voltou-se para as malas, olhando-as sem realmente as ver.


- Eu queria que você sofresse. – confessou ele com o coração disparado. – Porque não é justo que você tenha omitido isso de mim por tantos anos...


- Missão cumprida. – ela respondeu com um dar de ombros e continuou a colocar roupas dentro de uma mala. – Só não imaginava que nós terminaríamos assim...


- Nem eu. – ele respondeu com um suspiro.


- Tem mesmo de terminar? – ela questionou com olhos brilhosos, e pela primeira vez em semanas William teve um vislumbre da mulher que conhecera anos atrás e por quem se apaixonara. – Se você acha que foi o único a sofrer, se engana muito. – Catherine largou a roupa que dobrava. – Eu me arrependo do que eu fiz... você tem ideia do que é ver um bebê morto? O seu filho morto, por uma decisão sua? – Catherine pressionou os lábios, até que eles tornaram-se uma linha fina. – Quando nos casamos pensei que pudesse passar uma borracha em tudo isso, e ter o nosso filho...  mas todos os testes davam negativo.  


- E por que você não me contou isso antes? – questionou ele.


- Porque eu sabia que seria exatamente essa a sua reação, e por mais que não pareça, eu amo você William, e faria de tudo para não ver esse olhar de desaprovação em seus olhos.


- Durante todos esses dias eu estive tentando entender como uma pessoa é capaz de abrir mão do próprio filho, tudo isso por quê? Por vergonha?


- Por amor. – ela respondeu sem pestanejar. – Por amor a você. No momento em que eu percebi o quanto eu te amava, Draco tornou-se uma página virada para mim.


- Você não entende? O que mais me magoa é que, em tanto tempo de relacionamento, parece que você não me conhece. Você realmente acha que eu a abandonaria por não ser meu filho?- questionou William ao se aproximar dela. – Nós daríamos um jeito, Kate.


- Você realmente acha que Draco permitiria isso?


- Ele já havia superado você!


- Não! – ela esbravejou. – Ele pensou que houvesse superado... se ele tivesse realmente superado, ele não teria ficado tão abalado.


- Era filho dele! – William esbravejou segurando-as pelos ombros. Sua vontade era de sacudi-la, empurrá-la, machucá-la de alguma forma.


- Eu me arrependo, a cada dia que passa, a decisão que eu tomei... mas eu queria ser livre para ser sua. – sussurrou, as lagrimas brotando . – Mas no fim o tiro saiu pela culatra. Eu fiquei livre para ser sua, Draco definitivamente tornou-se uma página virada... mas nada pode fazer com que eu esqueça o bebê. Você precisa acreditar em mim. Eu fiz o que fiz, pois queria ser sua.


- Bem que eu gostaria que você se tornasse uma página virada para mim. – William respondeu com os olhos fixos nos dela. –Eu adoraria dizer que você pode sair por essa porta com todas as suas coisas e nunca mais pensar em mim... – suspirou. – Mas não dá.


-Will... – de repente os olhos de Catherine se encheram de esperança.


- Não sou mais esse Will. – ele disse rispidamente. – Assim como você não é mais a minha Kate, a Kate que eu conheci na faculdade... Mas independentemente do que você tenha feito, por mais repugnante que eu ache, não consigo me desligar de você... – ele suspirou pesadamente, largando os ombros de Kate. Viu-a, de relance perder o equilíbrio. - Eu estive pensando seriamente em nos separarmos.


- Oh – de repente a esperança converteu-se em lágrimas.


- Mas você me enfeitiçou de uma forma que, não sei... – William caminhou pelo quarto, o olhar passando em cada objeto. Em cada porta-retrato. - Pensar no que você fez é horrível, mas pensar em não estar mais com você é ainda pior... Não estou dizendo que a partir desse momento tudo volta a ser como era, pelo contrário, eu não tenho essa esperança. Mas quero que tenhamos mais uma chance, quero voltar a conhecer você. Mas sem mentiras dessa vez!


- Sem mentiras! – ela concordou com um sorriso abrindo-se em seus lábios.


- Pensei que poderíamos finalmente ter uma lua de mel descente. – ele disse com uma expressão mais leve, não estava sorrindo, mas pelo menos as profundas linhas de preocupação e raiva que estavam sempre presentes em seu rosto desde que tudo acontecera haviam se abrandado. – Harry está de volta e pode assumir a situação por aqui por alguns dias... França, que tal?


- Com toda certeza – Catherine lhe disse animada, e antes que William pudesse se afastar, lançou os braços ao redor de seu pescoço e o beijou com ganas.


 


 


                Hermione adentrou na Mansão Malfoy e não pode esconder o sorriso, não parecia que aquele lugar não era habitado há anos. A equipe que Draco contratara havia feito um excelente trabalho de limpeza durante todo o mês de julho até o dia anterior, e agora parecia que ao entrar, estava adentrando em um palacete de contos de fadas. Mesmo que no dia de seu casamento a mansão tenha estado impecável, agora estava muito além. Os tapetes haviam sido trocados, a prataria polida e os quartos ganharam novas roupas de cama.


 


- Eu poderia morar aqui. – disse Annelise entrando na mansão logo atrás de Hermione. – Faz tanto tempo que parece que estou entrando na casa de um desconhecido.


- Você vai se acostumar logo – Draco disse ao fechar a porta, conhecia bem a irmã que tinha.


- Com certeza. – ela sorriu animada. – Mas agora é hora de nos concentrarmos no meu sobrinho – disse com um sorriso, que arrancou o riso de Hermione.


 


                Por mais que estivesse se sentindo inchada e desajeitada com tamanha barriga, só de pensar que em poucos dias teria seu menino nos braços fazia seu coração disparar.


                Antes de irem em direção a mansão, Hermione tivera uma última consulta médica, só para comprovar que o bebê estava bem e pronto para vir ao mundo, encaixado na posição certa e o cordão não havia se enrolado em nenhuma região, como era comum de acontecer. Havia controlado o peso e não tinha problema de pressão alta, tudo isso fora repetido mais de uma vez pela médica e Hermione tinha a impressão de que só agora Draco começava a relaxar ante a ideia de ter o bebê em casa.


                Era uma tradição familiar e ela não abriria mão disso.


 


- E enquanto eu me instalo aqui, Harry está a caminho de Las Vegas – sussurrou Annelise enquanto levava sua mala de mão para o quarto que ocuparia.


- Por que você não vai andar a cavalo? – perguntou Draco tentando desviar a atenção de Annelise.


- Quem sabe mais tarde eu de uma passada nos estábulos.


 


                Todos ficariam no primeiro andar, tendo de subir apenas um lance de escadas, o que Hermione agradecia. Em sua própria casa tinha dias que parecia levar horas para subir todos os degraus, isso quando não tinha falta de ar que fazia tudo parecer mais difícil.


 


- Vou subir para descansar um pouco antes do jantar. – disse Hermione a Draco e lhe deu um selinho. Ele assentiu compreensivo e acariciou sua barriga. – Não faça essa cara. Está tudo bem.


- Estou tentando me acostumar com essa sua ideia de “Parto Humanizado”.


- Esqueça isso por enquanto. – ela sorriu, acariciando o rosto do marido.


- Bem, as malas já devem estar lá. – Draco analisou a esposa meticulosamente. – Seus pés estão inchados. – comentou ele. – Quer que eu prepare um banho de banheira?


- Seria ótimo. – ela disse com um sorriso, mas logo fez uma careta ao sentir um chute acertar sua costela. O bebê parecia estar se espreguiçando em sua barriga, atingindo todas as regiões ao mesmo tempo de forma extremamente desconfortável. – Mas antes vou tentar cochilar um pouco, você me chama lá pelas 16h?


- Claro – ele disse antes de beijar-lhe os lábios com doçura. – Vou estar no escritório trabalhando um pouco, com a viagem de Harry, a lua de mel de William e a minha licença paternidade o parlamento está um caos – comentou com uma careta. – Quer que eu a ajude a subir?


- Ainda posso fazer isso. – ela respondeu com uma careta e logo se afastou.


 


                E podia mesmo. Achava encantador da parte de Draco sempre querer ajudá-la, mesmo nas coisas mais simples, mas havia horas que isso a fazia se sentir uma completa inválida, como naquele momento. Eram apenas quinze degraus, não uma montanha a ser escalada.


                Subiu vagarosamente, sentindo ainda a movimentação do bebê e sorriu ao passar pelo quarto de Annelise e ouvi-la deixar uma mensagem na secretária eletrônica para Harry. Era, no mínimo, a quinta vez que sua cunhada ligava para o namorado desde que saíram de Londres, e ambas sabiam que Harry não chegaria em Las Vegas até a madrugada, afinal era um longo voo.


 


- Quero saber como foi sua viagem, já estou com saudades – ouviu-a dizer.


- Tudo certo? – perguntou parada a porta do quarto de Annelise quando a viu jogar o telefone celular na cama. – Você sabe que vai demorar para ele chegar.


- Não tenho um bom pressentimento sobre essa viagem – resmungou ela enquanto andava de um lado para o outro no quarto, impaciente. – Você sabe, é Las Vegas! E ele acabou de voltar da reabilitação, só a louca da avó dele mesmo para ter essa ideia estúpida!


- Ele só vai ficar lá por dois dias – Hermione lembrou-a.


- Tempo suficiente para tudo dar errado – resmungou irritadiça.


- Bom – suspirou sem ter como argumentar quanto a isso, sabia bem que poucas horas já eram o suficiente para que alguém voltasse a cair no vício, afinal vira seu pai durante toda a sua vida dizer que nunca mais voltaria a jogar, mas bastava passar em frente a uma máquina de jogos ou mesmo ter um baralho ao alcance da mão, que toda a força de vontade de nunca mais jogar se esvaia. – Você sabe, se quiser conversar... Estarei no meu quarto. – disse com a mão apoiada sobre a barriga.


- Como está o meu sobrinho? – perguntou Annelise com um sorriso doce, tentando superar a irritação. Aproximou-se e pôs a mão sobre a barriga de Hermione, sentindo a movimentação dele.


- Agitado – respondeu Hermione com um sorrisinho.


- Quando é o prazo final? – perguntou Annelise com o cenho franzido. Não havia acompanhado os dois na consulta, preferindo ficar do lado de fora, achava que aquele era um momento íntimo do casal e não queria se intrometer.


- Dia 16 – Hermione suspirou. – Mas a médica já avisou que ele pode atrasar um ou dois dias...


- Ou pode se adiantar. – Annelise disse com um risinho.


- Acho que ele não me daria esse susto. – disse rindo. – Por mais cansada que eu esteja, afinal a médica já nos disse que é um bebê grande, dentro das medidas normais, mas para o meu tamanho. – riram as duas. – Mas pensar que qualquer momento pode ser a hora é assustador.


- É melhor você descansar enquanto pode – Annelise disse com um sorriso e Hermione assentiu em concordância. – Depois que ele nascer você não terá muito sossego.


- Qualquer coisa é só me chamar. – disse antes de ir de vez para o seu quarto.


 


                Não era o mesmo em que passaram a primeira noite como marido e mulher, pois as acomodações do primeiro andar haviam sido todas arrumadas para os convidados, e por mais romântico que pensasse ser voltar a deitar no mesmo quarto da noite em que se casara, pensar em subir mais dois lances de escadas a fazia desistir imediatamente.


                Além do mais estavam em um quarto tão bonito quanto. Tinha vista para o enorme jardim que havia nos fundos da casa, a cama com dossel era espaçosa e confortável e, como em todos os outros quartos, havia uma ornamentada lareira e belas poltronas. Um quarto bem acolhedor, ela diria.


                Mas a melhor parte era a que ficava ao lado de sua cama: um berço que combinava com todos os demais móveis, nunca usado antes.


                Draco havia mesmo preparado a casa para a chegada de seu herdeiro. Ao se dirigir ao banheiro antes de deitar, pois nessa etapa não conseguia segurar sua bexiga por muito tempo, pôde ver a bela banheira para bebês já montada ao lado da banheira deles, e o armário já estava devidamente equipado com fraldas e toalhinhas, bem como no closet em uma prateleira descansava a malinha que Hermione mais tarde iria desfazer, para ocupar aquele espaço com aquelas pequenas roupinhas.


                Por mais que o entusiasmo de Draco fosse tamanho a ponto de querer fazer tudo na casa para a chegada do bebê, o que incluía, inclusive, protetores e demais medidas de segurança que não seriam necessárias até que, pelo menos, Alexander começasse a engatinhar, Hermione o havia convencido a mudar de ideia. Passariam não mais que um mês ali, não era preciso tanta coisa.


                Além do mais, vinha tentando convencer o marido a voltarem a usar a casa, como de veraneio, por exemplo. A enorme área de piscina era convidativa e o frescor daquela área de campo era uma delícia para se livrar do tempo cinza tão característico de Londres. E se o convencesse disso, toda a casa teria de passar por mudanças, então ela achara melhor providenciar tudo de uma só vez.


                O calor estava demais, o que fez Hermione rapidamente se desfazer de suas roupas para colocar um leve vestido de verão. Ligou o ar condicionado e se deitou sob as cobertas, relaxando logo em seguida.


 


                No andar debaixo, Draco estava concentrado em resolver todas as últimas pendências. Sua licença começaria oficialmente no dia seguinte e depois disso iria se dedicar a Hermione e ao bebê. Agendou os últimos pagamentos, enviou as pautas das próximas discussões do parlamento e o que opinava sobre cada uma.


                Esteve tão entretido que quando se deu conta já era quatro da tarde e deveria preparar um banho relaxante para sua esposa.


                Desligou tudo e logo subiu as escadas, não pôde evitar sorrir ao vê-la dormir tão placidamente, coisa que o bebê não vinha permitindo muito ultimamente, era inquieto e ambos tinham noção de que ele puxaria o porte dos Malfoy, e Hermione não tinha mais espaço em sua barriga para comportá-lo. Mais cedo, na consulta, quando a médica lhes disse que a barriga baixa de Hermione significava que a qualquer momento o bebê poderia nascer, fez Draco se sentir mais apreensivo do que nunca. Pensar que alguém tão pequenino trazia tanta responsabilidade e precisava de tantos cuidados o fazia suar.


                Ficou por alguns minutos observando-a dormir, mas logo a agitação em sua barriga – ondulações visíveis por baixo do tecido do vestido, já que a coberta Hermione jogara para o lado há algum tempo – a fez se mover e não demorou a acordar. Esse meio tempo foi suficiente para que a banheira enchesse e Draco despejasse um sal de banho relaxante.


 


- Seu banho a espera – ele disse com um sorriso e ela lhe sorriu de volta.


 


                Sabia que Draco era um cavalheiro, mas nunca imaginou que ele seria um marido tão bom, pensou Hermione ao se recostar na banheira. Ele ficou as suas costas, massageando seus ombros, e quando uma das famosas falsas contrações a atingiu, Draco entrou na espaçosa banheira e massageou suas costas.


 


 


                Pouco antes do jantar ser servido, aguardavam na sala íntima quando a campainha tocou, fazendo Hermione franzir o cenho e olhar para Draco.


 


- Você está esperando alguém? – perguntou ela.


- Não. – ele respondeu com um leve dar de ombros, mas o sorrisinho em seus lábios o entregou, aguçando a curiosidade de Hermione.


- Draco! – esbravejou ela ao ficar de pé.


- Era uma surpresa. – ele disse abraçando-a com carinho.


 


                Juntos foram até a porta, e Hermione sorriu ao ver a mulher parada ali com uma mala ao seu lado.


 


- Não acredito! – foram suas palavras ao abraçar sua mãe.


 


                Naquela fase de sua vida, mais do que nunca sentia que precisava de sua mãe ao seu lado. Independente de qualquer desavença passada, precisava daquela mulher ali para lhe dar forças quando a hora chegasse.


 


- Você havia comentado que gostaria da ajuda da sua mãe com o bebê. – ele disse casualmente ao se aproximar para cumprimentar a sogra. – Só fiz sua vontade.


- E eu queria estar com você no momento do nascimento do meu netinho. – Jane Granger disse com um sorriso doce.


 


                Longe do marido que fizera tão mal a família – mas de quem ela jamais se separaria – aquela mulher parecia ser outra pessoa, muito mais doce e sorridente. Sabia que a desavença de Hermione com o pai causava um clima tenso, o que não ocorria ali.


 


- Mas e o meu pai? – perguntou Hermione com o cenho franzido.


- Ele sabe que eu vim ficar com você. – ela respondeu perdendo o sorriso. – Apesar de tudo ele quer que tudo corra bem, não só no parto, mas na sua vida, filha. – disse voltando a abraçá-la. – Ele está contente por você estar contente. E também está todo orgulhoso por ter um neto varão! – disse e riu, o que fez Hermione rir também.


 


                Quando seus pais se conheceram, a família Granger possuía dinheiro e títulos, então nada mais certo que ter um filho homem. Mas esse herdeiro nunca chegou, engravidar de Hermione já havia sido uma árdua batalha, e a gestação parecera ser eterna. Mas assim que teve sua menina, um sangramento muito forte fez os médicos terem de retirar parte de seu útero, o que a fez estéril para o resto da vida.


                Nunca se arrependera de todo esforço nem ficara decepcionada por ter uma menina, mas sabia que seu marido sim e, por mais que com o passar do tempo ele ficasse cada vez mais apaixonado por sua menininha, sempre ficou claro que ele gostaria de ter um filho homem.


                Agora que esse menininho herdeiro chegava, seu avô já destruíra todos os bens da família.


 


                Não demorou para que o jantar fosse servido e todos se entrosaram, Annelise sempre simpática como era, tratou muito bem a convidada e logo se pôs a lhe mostrar as dependências da casa, feliz por ter algo para fazer.


                Havia ido para ali ficar com seu irmão e Hermione, pois sabia que em Londres ficaria mais do que impaciente. Mas acabava que ali não havia muito mais a ser feito.


               


- É um quarto lindo – a senhora Granger disse para si mesma maravilhada ao se acomodar.


 


                Fechou os olhos relembrando como era morar em um lugar tão bem arrumado, com tecidos de primeira linha, colchão macio e uma lareira no quarto. Era grata por hoje ainda ter um teto sobre sua cabeça, mas jamais negaria a falta que sentia de uma vida que já não lhe pertencia.


 


- Vejo que já se acomodou. – Draco disse parado a porta.


- É uma bela casa. – ela comentou ao se virar para o genro.


- Sim, é. – ele respondeu com as mãos no bolso.


- E eu gostaria de agradecê-lo por isso. – disse com simpatia. – Cada reportagem que eu via de vocês, via minha menina grávida e prestes a dar a luz, fazia meu coração apertar por não estar com ela nesse momento tão especial.


- Com Hermione não foi diferente, acredite. – ele disse com um pequeno sorriso. – Ela tenta se manter sempre forte, e as caridades que tem feito e todo o planejamento para a chegada do bebê tem ocupado seus dias, mas sei que nada supria essa saudade dela.


- Toda mulher deveria ter a mãe ao seu lado nesse momento. – disse emocionada. – Eu sei porque não tive a minha ao meu lado, e ter uma filha foi aterrorizante nos primeiros dias, só parei de chorar uma semana depois quando minha sogra veio nos ajudar – comentou com um riso, e Draco riu também.


- Bom, com a presença da minha mãe é que não se pode contar – deu de ombros, isso não o abalava mais. – Por isso insisti para que a senhora viesse, é importante para Hermione, e... – fraquejou por um momento. – para mim também. Por mais que ela tenha me arrastado para essas aulas de pais de primeira viagem, e de como cuidar de um bebê, e todo o tipo de curso possível quanto a isso, ainda me parece aterrorizante ter um pequeno bebê precisando de nós dois... A boneca de Hermione sempre se saiu bem – riram – mas sei que quando chegar a hora, vai ser para valer...


- Vocês vão tirar de letra. – ela disse com um sorriso. – Minha Hermione nasceu para ser mãe, ela sabe disso, e vejo que você vai ser tão dedicado quanto ela.


 - Quero tentar. – ele sorriu. – O trabalho me ocupa boa parte do tempo, mas concordei com Hermione quanto a cuidarmos do bebê, nada de enfermeiras e babás por enquanto, então sei que vou ter que me esforçar um bocado nas primeiras semanas para conciliar tudo. Bom... Sinta-se em casa – disse e deu um passo para se retirar.


- Obrigada por isso, Draco. Minha filha não poderia ter escolhido um marido melhor – ela disse com sinceridade e Draco moveu a cabeça em agradecimento.


- Eu é que não poderia ter escolhido melhor esposa – respondeu antes de se retirar.


 


 


                Há quilômetros dali, Harry pousava em Las Vegas e assim que chegou ao lobby do hotel sentiu o suor escorrer por sua testa. A música corria alta, as apostas eram feitas e modelos desfilavam por todos os lados.


                Seria uma longa estadia ali. Pegou o celular e olhou, haviam 5 mensagens na caixa postal, todas de Annelise. Com os dedos ágeis, discou de volta para o celular da amada.


 


- Anne?


- Harry! Eu estava preocupada!


- Eu acabei de chegar no hotel. – Harry passava por entre as pessoas, cercado por seguranças. Sentia o suor escorrer por sua teste.


- Que musica é essa? – a voz de Annelise soou desconfiada, fazendo Harry suspirar.


- Saguão do hotel. Não se preocupe, vai dar tudo certo.


- Eu preciso acreditar nisso. Por favor, não faça nada que você possa vir a se arrepender depois.


- Eu não irei decepciona-la, Anne. – Harry entrou no elevador, cercado por 3 seguranças particulares. – Eu preciso desligar, amor... estou entrando no quarto do hotel. Vou me trocar e seguirei para o congresso. Eu te amo.


- Eu também te amo.


 


                Harry desligou o celular antes de entrar na enorme suíte presidencial que havia sido preparada para ele. Suspirou profundamente, tentando lembrar que, Annelise era o que mais importava, no meio de toda aquela confusão.


 


 


                Dois dias depois Hermione acordou de madrugada sentindo uma pressão incomoda na região da pélvis. O bebê estava menos agitado desde a tarde anterior e ao ir ao banheiro seu coração disparou, um pouco de muco saiu no papel higiênico dando a ela a certeza de que o trabalho de parto começara.


                Havia chegado a hora e ela sentiu-se mais ansiosa que nunca.

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Comentários (12)

  • Giselle Viana

    Ela vai parir :o SOCOOOOOOORRO, GENTE! Super já quero ver o próximo capítulo *_*E esse daqui foi uma perfeição só! Mas admito que não curti a viagem do Harry. Logo pra Las Vegas, depois de tudo? >< Sei não, viu? 

    2013-08-22
  • SweetAngel33

    Amei, amei, amei! Ansiosa pelo próximo cap!Beijos...! 

    2013-08-19
  • Suhhh

    Querida, parabéns pelo noivado!!!!! E posta logo os próximos capítulos, estou muito ansiosa...Bjux!!!!!! 

    2013-08-18
  • Lisa Granger

    que maldade parar o capitulo assim!! espero que o harry não tenha uma recaída!!e parabéns pelo noivado :D!! bjuu

    2013-08-18
  • Jamie Darrow

    To anciosa pra ver o vai aconter e meus parabéns pelo noivado bjus e até logo.

    2013-08-17
  • sonimai

    certo em primeiro lugar,QUE MULHER FALSA ESSA KATE,fala sério,como assim o Draco página virada,ela correu atrás dele e até tentou estragar o namoro com a Hermione,affffffffffffff...........quanto ao Harry acho que vai ter uma recaída.......agora vamos a Hermione,que bom que o Graco marido perfeito trouxe a mãe dela,aguardando ansiosamente o prox cap

    2013-08-17
  • Barbara Rosier Malfoy

    Ooiii Meeeee .... quase morri de ansiedade !!!! Aiai ... o Draco vai ficar muito desesperado ?? Bjo 

    2013-08-17
  • Nikki W. Malfoy

    Como vc me ousa para esse capitulo AQUI!Agora eu vou ter um treco por antecipação aqui!!!Ah, meu padin ciço!  

    2013-08-16
  • RiemiSam

    Parabéns pelo noivado. Com calma e paciência tudo vai sair do gosto de ambos. Que casal lindo! O Harry vai vencer e não recair mais e vai ser feliz com a Anne. Um gde abraço.

    2013-08-16
  • Landa MS

     nossa me senti como a Mione, nove meses esperando esse momento chegar, Finalmente o bebê vai nascer. Quero ver a cara do Draco. Mulher de sorte essa Hermione, viu?

    2013-08-15
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