O sal encontra a ferida



O sal encontra a ferida
“Antes de embarcar numa jornada de vingança, cave duas covas.” – Pretty Little Liars


Draco precisou de longos minutos para controlar a sua raiva.


Sabia que levaria uma advertência por não agir de maneira profissional e socar Greyback. Potter, seu mais novo superior, teria que fazer um longo discurso sobre como aquela atitude foi errada e blá blá blá quando ele sabia que agiria da mesma forma se estivesse no lugar de Draco. Quem não agiria ao ter uma verdade tão dolorosa jogada na sua cara daquele jeito? Ninguém nunca tinha olhado nos olhos dele e lhe dito aquilo. Ele sabia que era verdade, e as poucas pessoas a quem Draco tinha confiado o maior segredo da sua vida também. Mas ninguém nunca tinha chegado pra ele e dito: “Sua filha está morta e a culpa é sua por não ter sido capaz de defendê-la do pai psicopata que você tem. Ela era um bebê, quão difícil poderia ser mantê-la em segurança?”


Saber que Greyback, e provavelmente toda a corja restante de comensais da morte sabia disso, fazia o sangue dele esquentar. Aquilo era absurdo. Seu maior segredo e Azkaban estava cheia de homens que dariam a vida para acabar com sua vida e contar tudo a Hermione.


E, como de costume, só de pensar na mínima possibilidade de Hermione descobrir a verdade, Draco sentiu seu coração acelerar. Ela nunca o perdoaria. Não tinha jeito de isso acontecer. E o pior: ele tinha completa noção de que a cada dia que passava, as chances de ela perdoá-lo caso descobrisse a verdade, eram cada vez menores. Ele sinceramente duvidava que ela o perdoaria se ele lhe tivesse contado no segundo que aconteceu. Foi por isso que ele não o tinha feito, pra começo de conversa. Mas agora, depois de cinco anos? Depois de mentiras e mais mentiras e pessoas que ele obrigou a mentir para encobrir a verdade? Nem em sonho. Hermione era ótima e tudo mais, mas nem ela seria tão indulgente.


E não havia prova maior disso do que a dor nos olhos dela toda vez que qualquer assunto relacionado ao que aconteceu era mencionado. Ele nunca conseguiu esquecer do dia em que Mike e Sarah nasceram...


Draco tinha corrido para o St. Mungus o mais rápido que pôde quando recebeu a notícia de que os gêmeos dos seus melhores amigos haviam nascido. Quando ele achou o quarto, todo mundo estava lá. Além dos mais novos pais, Luna, Potter, Weasley, Gina e Hermione. Assim como eles oito tinham estado alguns meses antes, no nascimento de Summer. E todos estavam muito felizes. Dois bebês, que trabalho vai dar, que mãozinhas pequenas, que droga ele tem os olhos de Lucas. Draco estava feliz também, ele ia ser padrinho e apesar de nunca ter tido muito contato com crianças, não tinha nada contra elas. O problema era que felicidade era somente uma das coisas que ele estava sentindo. E assim que ele tinha entrado no quarto e olhado para Hermione, ele sabia que para ela também.


Eles ficaram lá por mais uma hora e durante todo o tempo, os olhos dele viajavam para os dela e ele via o quanto ela estava triste. E ele podia jurar que ninguém mais via isso porque Hermione tinha aprendido muito bem como esconder seus sentimentos. Ela não enganava a Draco porque ele conhecia aquele truque bem demais. Ninguém percebia quando os olhos dela se enchiam de lágrimas e ela dizia que só estava feliz por Lucas e Pansy. Porque já fazia quase um ano. Nenhum deles nunca tinha passado por isso. Ninguém nunca iria imaginar que custava muito mais tempo para se curar de algo assim. Que não era uma coisa que você simplesmente acordava um dia e decidia deixar no passado. Então Hermione se aproveitava do fato de eles não saberem e sorria e “está tudo bem” e lia, e estudava, e trabalhava e levava a vida normalmente como se nada tivesse acontecido. Como se ela não tivesse passado nove meses se preparando para um bebê que ela não pôde levar para casa.


Quando Draco finalmente sugeriu que eles fossem embora e deixassem Lucas, Pansy e os bebês sozinhos, ele viu o quão agradecida ela estava. A viagem para casa tinha sido em completo silêncio e ao chegarem, Draco tinha cometido o erro de tentar conversar com Hermione e acabou pressionando-a demais. Ela explodiu como Draco nunca tinha visto Hermione explodir antes. Ela gritou e chorou e aquele foi o dia em que ela finalmente desmontou o quarto do bebê e jogou tudo fora.


Draco achava que tinha sido uma das piores situações da sua vida. Porque ele não podia fazer nada enquanto Hermione passava de um lado para o outro carregando sacolas de roupas de bebê e ursos de pelúcias e bonecas e jogava tudo no quintal enquanto chorava copiosamente. Ele simplesmente ficou encostado no corrimão da escada, lutando contra as próprias lágrimas, enquanto ela subia e descia freneticamente. Então ela começou a quebrar os móveis na força bruta e ele teve que intervir antes que ela se machucasse. Então ele a levou para o quarto deles enquanto ela gritava e pedia para deixá-la em paz e ele a segurou na cama e ficou com ela até ela se acalmar e cair no sono.


E então ele se levantou e limpou tudo e terminou de jogar as coisas fora e no dia seguinte, se inscreveu no treinamento de aurores porque seu pai precisava pagar pela felicidade que tinha arrancado tão brutalmente deles e substituído por uma dor tão insuportável quanto aquela. E porque ele tinha pavor de algum dia ter que ver aquela raiva e dor toda de Hermione direcionada a ele e acabar tendo que lidar com toda a sua própria raiva e dor sozinho.


Era por isso que ele estava disposto a levar aquele segredo para o túmulo. Ele tinha perdido sua filha por causa do seu pai. Lúcio não lhe custaria seu casamento também.


Quando Draco finalmente voltou para a sala de interrogatório, não havia mais sinal algum do soco que Greyback havia recebido. Uma pena.


Potter ainda estava lá também.


- Malfoy. – ele falou assim que o viu na porta da sela – Precisamos conversar. É melhor você deixar isso – ele se referiu a Greyback – para quando os nervos esfriarem.


Greyback sorriu debochadamente.


- Alguém está em apuros... – ele cantarolou.


Potter revirou os olhos e passou por Draco, querendo que ele o seguisse. Antes de sair, Draco falou:


- Pode rir agora. Mas assim que eu souber tudo o que eu quero, vou te entregar para receber o beijo do dementador. Você pode contar com isso.


**********


Como de costume, Pansy e Hermione se encontraram bem cedinho naquela manhã e seguiram para fazer a sua caminhada frequente pelo bairro.


Depois de quinze minutos andando em silêncio, Pansy falou:


- O papo está animado hoje...


- Me desculpa, eu estou longe...


- Aonde, exatamente?


- Draco e eu brigamos... – ela falou.


- Vocês pareciam bem ontem...


- E estávamos. É uma longa história. – Hermione suspirou - Estou cansada de pensar nisso.


Pansy balançou a cabeça demonstrando que entendia e pela primeira vez no dia, Hermione reparou bem na amiga. Ela parecia um fantasma. Seus ombros estavam caídos, seu rosto pálido fazia um contraste enorme com seus cabelos pretos e ela tinha enorme olheiras embaixo dos olhos.


- Pansy, você está péssima...


Ela a encarou.


- Obrigada, você é muito gentil.


- Me desculpe, mas... – Hermione se aproximou – O que aconteceu?


- Depois que você foi embora da festa ontem... Lucas e eu demos de cara com... Ela... A vagabunda.


- Ah. – Hermione soltou.


- Nós não topamos com ela exatamente... – ela se corrigiu, decidindo contar a verdade – Eu dei de cara com ela e Lucas... conversando...


Hermione arregalou os olhos.


- Eles pareciam...?


- Não sei. – Pansy suspirou, entendendo a pergunta da amiga - Eu interrompi os dois e me fiz de idiota, então nós voltamos para casa com as crianças e tivemos uma briga enorme porque ele não queria me dizer o que estava falando com ela.


Hermione ficou em silêncio.


- Então ele me disse – Pansy continuou – que estava tomando... providências... Que ela tinha aparecido lá e pedido um teste de paternidade. – na última palavra a voz dela falhou – E Lucas não queria fazer porque ele não queria prejudicar sua imagem na mídia porque um escândalo desses nunca é bom pra carreira de jogador então ele ofereceu dinheiro para ela ir embora. Calada. Muito dinheiro, Hermione. Uma fortuna.


- Pansy...


- O que eu deveria pensar sobre isso? – ela perguntou com a voz abafada.


- Eu não sei...


- Você sabe sim, Hermione! – ela falou, meia irritada – Você está tentando defender Lucas e fazer ele parecer menos culpado nessa história toda mas você sabe o que você pensaria!


Hermione sabia. A mulher queria fazer um teste de paternidade e Lucas se recusava, oferecendo dinheiro para ela ir embora. Muito dinheiro, segundo Pansy. Aquele com certeza não era comportamento de alguém inocente. Era o comportamento de alguém que queria se safar. De alguém que não queria que ninguém soubesse o resultado.


Resumindo, a situação estava feia.


Diante do silêncio de Hermione, Pansy surtou.


- Meu Merlin, eu estou certa, não estou? Eu achava que podia ser só coisa da minha cabeça mas não é... – ela levou as mãos a cabeça, parecia só estar percebendo isso naquele exato momento – Tem uma boa chance do Lucas ter engravidado essa mulher!


Hermione percebeu que tinha que falar algo.


- Você quer se acalmar?


- Como? Lucas me traiu!


- Pansy. – Hermione se aproximou mais e segurou a amiga pelos ombros – Preste atenção no que eu vou dizer. Sim, eu entendo sua linha de raciocínio. E não, eu não te culpo por pensar desse jeito. Mas você tem que se lembrar também que Lucas é sonserino. Você também é. Tente se colocar no lugar dele. É possível que ele esteja só procurando o modo mais fácil de lidar com essa situação. Pode ser que ele esteja sendo sincero e agindo desse jeito para evitar o escândalo. Se essa mulher está mentindo, por que você acha que ela está fazendo isso?


- Pelo dinheiro. – ela respondeu.


- Exatamente. E ele pode estar só dando a ela o que ela quer de uma vez e querendo evitar que você e as crianças passam por todo o drama.


- Mas... Se for isso mesmo, vai valer a pena quando o resultado sair e tivermos certeza que isso é tudo mentira.


Hermione a encarou.


- Acho que você quer ter certeza que é tudo mentira.


Pansy não respondeu.


- Se ela aceitar o dinheiro e for embora, você vai ter que acreditar que ele estava dizendo a verdade, Pansy... E colocar essa história toda pra trás. - Hermione disse – Pode fazer isso?


Ela não respondeu imediatamente.


Hermione tentava imaginar as desconfianças que se passavam na cabeça de Pansy e como ela deveria estar se sentindo mal, sem saber se estava sendo injusta com Lucas ou querendo enganar a si mesma. Hermione realmente acreditava que Lucas era inocente. Mas ela não estava no lugar de Pansy. E a verdade era que eles realmente já não estavam bem há meses... E numa viagem para jogar depois de uma briga, Lucas iria ficar com raiva e se embebedar em uma das diversas boates em qualquer país que estivesse. Era típico dele. Hermione quase podia ouvir a voz na cabeça da amiga. E se as bebidas tiverem feito ele ir mais longe?


- Eu não sei. – ela finalmente respondeu, num sussurro.


**********


- Ele não vai falar, Draco. – Harry disse, num tom cansado.


- Ele tem que falar, Potter... – Draco replicou.


- Talvez ele nem saiba de nada. Você vai ter que achar outra maneira de encontrar o Malfoy.


- Não. – Draco o encarou firme – Ele sabe de algo. Tenho certeza.


Ele se afastou e entrou na sala de interrogatório novamente.


Eles já estavam interrogando Greyback há horas, tentando vencê-lo pelo cansaço, mas ele não parecia nem um pouco abalado, muito pelo contrário, parecia nunca ter se divertido tanto.


- Greyback. – Harry ouviu Draco dizer, e se virou para o vidro da sala de observação, que o permitia ver e ouvir tudo que acontecia no interrogatório –Pela última vez, aonde está Lúcio?


Greyback sorriu e balançou a cabeça.


- Como você pode ser tão estúpido, Malfoy?


Draco o encarou.


- Estúpido?


- Estamos aqui agora... E você continua fazendo todas as perguntas erradas.


- Não estou fazendo todas as perguntas erradas, estou fazendo as perguntas das quais eu quero a resposta.


- É essa a questão. Você é estúpido. – Greyback o encarou, pensativo – Mas a sua amada esposa não é, não é verdade? Me pergunto como ela ainda não descobriu essa...


Draco bufou.


- Já chega. – ele tirou um pequeno vidro de dentro do bolso e o mostrou para Greyback – Ou você me diz a verdade, ou a veritasserum vai fazer você dizer.


Harry revirou os olhos. Mais uma vez, Draco deixaria a sua obsessão com seu pai o obrigar a infringir a lei. De acordo com a nova legislação do ministério, nenhum auror poderia usar veritasserum em criminosos sem a permissão por escrita do próprio ministro da magia. Quem usasse, seria obrigado a pagar uma multa bem salgada – se alguém perguntasse a opinião de Harry – por desobedecer as ordens. Mas é óbvio que Malfoy não se importava com isso. Ele nunca se importava. Aquilo fazia Harry se perguntar o que mais Malfoy não se importaria em fazer se pudesse colocar as mãos no seu pai.


- O soro da verdade não vai te ajudar em nada se não souber fazer as perguntas certas.


Draco forçou a poção em Greyback e esperou alguns segundos até que ela fizesse efeito.


- Agora. – ele escorou as mãos na mesa que o separava de Greyback – Aonde está Lúcio Malfoy?


Greyback sorriu como se dissesse “eu te disse”.


- Eu não sei. – ele respondeu pausadamente.


- E Bellatriz Lestrange?


- Não sei. – ele repetiu.


Draco bufou.


- Qual foi a última vez que você soube deles?


- Há oito meses.


- E aonde eles estavam naquela época?


- No caldeirão furado.


Draco o encarou com os olhos brilhando de raiva.


- Embaixo do seu nariz, huh? – Greyback continuava com aquele sorriso.


- O que eles estavam fazendo no caldeirão furado?


- Me encontrando para conversar.


Draco fez uma pausa.


- Conversar sobre o quê?


O sorriso de Greyback finalmente desapareceu.


- Sobre... Planos.


- Que tipo de planos?


Greyback hesitou.


- Do tipo em que nos permite dominar o mundo bruxo.


Draco riu.


- Sério? Vocês ainda estão com esse planinho? Sabe, eu esperava mais de vocês...


- Você deveria. – Greyback respondeu, sério.


- Qual é o plano exatamente?


- Preparar uma arma que vai fazer todos morrerem ou se renderem.


- Que tipo de arma?


Draco podia ver Greyback lutando contra a própria língua.


- Você quer que eu enfie mais veritasserum na sua goela? – ele praticamente gritou – Que tipo de arma?


- Do tipo que anda e fala. – Greyback respondeu.


Draco pestanejou. Uma pessoa.


- Quem é essa arma? – ele perguntou mais baixo, se sentindo apreensivo de repente.


- Summer Malfoy.


Draco não se moveu. Sentiu suas pernas enfraquecerem e uma súbita necessidade de se sentar, mas não ia demonstrar fraqueza na frente do Greyback. Forçou a sua voz a sair e a sair firme.


- Como é?


- Foi o que ouviu.


- Lúcio matou Summer. – ele obrigou as palavras a deixarem sua boca.


Greyback balançou a cabeça negativamente.


- Você acha que seu pai seria idiota o bastante em desperdiçar uma coisinha tão poderosa quanto aquela?


Draco não conseguia respirar. Ele queria gritar.


Greyback, observando a reação de Malfoy, continuou:


- Você sabe com quantos anos ela manifestou o primeiro sinal de magia? – ele perguntou – Três, Malfoy. Três anos. O que acha disso?


- Você está mentindo. – Draco sussurrou.


- Eu estou sob o veritasserum, seu idiota. – Greyback respondeu – Como eu poderia?


Draco queria sair dali o mais rápido possível mas precisava fazer uma última pergunta.


- Aonde... – ele respirou fundo – Aonde eu posso encontrá-la?


- Eu não sei. – Greyback respondeu, sorrindo novamente.


- Quem sabe?


- Apenas Lúcio Malfoy. – ele respondeu – Só ele.


**********


Draco entrou na sala de observação batendo a porta com força atrás de si.


- Você ouviu isso? – perguntou, parecendo fora de si.


Harry se levantou da sua cadeira. Nunca o tinha visto tão pálido.


- Ouvi.


- Não é verdade. – o loiro cuspiu as palavras – Não pode ser.


- Draco...


- Você acha que eu não saberia se... – Draco balançou a cabeça, parecendo confuso – Se o quê? Eu vi ele matando ela diante dos meus olhos. A lembrança é tão clara que ás vezes eu não consigo nem... – ele passou as mãos nos cabelos – Não é verdade. – ele repetiu – Greyback só está querendo mexer com a minha cabeça.


- É uma possibilidade. – Harry falou calmamente. – Tem certeza que aquele veritasserum estava perfeitamente bom?


- Era da Hermione. – Draco respondeu, a voz engasgada.


- Ah. – Harry suspirou. Então estava mais que perfeitamente bom.


- Como pode ficar tão calmo? – Draco acusou – Você não entende a gravidade disso tudo?


- Eu entendo, Malfoy. Mas estou tentando pensar racionalmente. Sobre o que fazer agora.


- Eu... – então Malfoy colocou a mão sob a boca e correu da sala. Cinco segundos depois, Harry o ouviu vomitando no banheiro do outro lado do corredor.


Harry levou uma mão ao rosto. Aquilo tudo era absurdo.


Quando ele voltou, alguns minutos depois, sua pele pálida fazia um contraste horrível com os seus olhos vermelhos. Ele tinha estado chorando.


Harry desviou o olhar.


Draco se sentou. Sua cabeça parecia que ia explodir. Ele estava lutando contra si mesmo para não perder a razão e quebrar tudo que via pela frente. Potter tinha razão, eles precisavam pensar e ser racionais.


- O que fazer? – ele perguntou, baixo. – Eu não sei como isso tudo pode ser verdade, eu lembro daquele dia muito bem. De como... de como ele a matou. É tudo muito claro na minha mente, eu não tenho... tinha dúvidas...


Harry não respondeu imediatamente. Eles ficaram algum tempo em silêncio, suas mentes já fazendo barulho demais.


- Você disse que sua lembrança daquele dia é muito clara, o que é estranho. – Harry falou, pausadamente - Pensa bem: você estava com muita coisa na sua cabeça. Eu não estava lá, então posso só imaginar como aquele momento deve ter sido... emocionalmente devastador e... – ele deve ter visto que Draco não estava gostando daquilo porque seguiu em frente – Enfim, como a sua lembrança pode ser tão clara? Momentos assim são confusos, distorcidos e vagos na nossa mente. Isso é... suspeito.


- Você está sugerindo que possa ser uma lembrança falsa? Modificada?


- Sim.


- Eu não saberia algo assim? Eu não sou estúpido, Potter.


- Não estou dizendo que você é estúpido, Malfoy. Mas por que você desconfiaria? Que motivo teria para acreditar que aquilo foi uma mentira? – e então ele acrescentou mais delicadamente – É o tipo de coisa que poderíamos esperar do seu pai...


Draco assentiu.


- É difícil de acreditar mesmo agora.


- Você deveria se submeter a exames no St. Mungus e averiguar isso. Com médicos confiáveis.


- Que médicos confiáveis?


Harry deu de ombros.


- Você pode pagá-los e torná-los confiáveis.


Draco ficou em silêncio por alguns instantes e Harry respeitou isso. Ele só podia imaginar o que estava passando pela mente de Malfoy naquele momento.


- Você está certo. Eu tenho que fazer isso.


**********


- Algodão doce, tia! – Sarah exclamou, saindo correndo. Mike foi com ela.


- Vão devagar! – Hermione advertiu, alto o bastante para eles ouvirem.


Tinha prometido a Pansy que cuidaria deles na parte da manhã e Luna tinha aparecido, os convidando para se juntar a elas e Liam no zoológico de Londres. As crianças insistiram, então ela concordou.


O lugar era agradável, e não estava tão lotado quanto ela achou que estaria, o que era bom.


- Fico feliz que você veio. – Luna falou, enquanto empurrava o carrinho de Luna – Gina me chamou de louca por aparecer de manhã no hotel lhe chamando para o zoológico.


Hermione riu.


- Você foi procurar Gina primeiro? Que ótimo saber que sou sua segunda opção!


Luna sorriu docemente.


- Você sabe que isso não é verdade. – ela deu de ombros – Enfim, acho que ela estava ocupada demais com o novo namorado para dar atenção aos amigos.


- Isso está durando, não? – Hermione perguntou.


- Para os padrões de Gina, sim.


- Você não gosta dele também, então?


Luna balançou a cabeça.


- Ele não é uma boa pessoa... Gina não vai demorar para perceber isso...


- Eu não sei... Ela parece meio sem rumo de uns tempos pra cá...


- Ela não sabe o que fazer com a própria vida. – a loira falou - Ela precisa assumir alguma responsabilidade, sair da zona de conforto. Precisa de um objetivo.


Hermione assentiu, concordando.


- E você, Luna? Qual seu objetivo?


- Meu objetivo é fazer com que todos vocês sejam felizes. – respondeu.


- E a sua felicidade?


- Vou estar feliz quando todos vocês estiverem.


Hermione a olhou.


- Você é um amor, Luna... Mas eu me preocupo com você.  


E era verdade. A impressão que Hermione tinha é que Luna era mais uma expectadora da vida dos amigos do que uma participante. Parecia que ela tomava decisões calculadas que sabia que afetaria todos eles tentando alcançar algum objetivo. Ou tentando levá-los para longe de algo que ela achava que iria acontecer. Ela vinha agindo assim há anos e Hermione sempre se preocupara com isso.


- E eu te amo por isso, Hermione. Mas você não precisa se preocupar, eu estou bem.


- Você tem certeza? Você sabe que pode me contar qualquer coisa, Luna.


- Sei disso.


- Até se... – Hermione hesitou – Sabe, se um certo noivado tem incomodado você...


Luna pestanejou.


- O noivado de Rony? Por que o noivado dele me incomodaria?


- Você me diz. – Luna não respondeu e Hermione completou – Não sei. Foi só uma ideia que se passou pela minha cabeça... Vocês se aproximaram quando você voltou...


- Sim, ele tem sido um amigo maravilhoso pra mim nos últimos meses... E só. Nós não somos como Harry e Gina, Hermione.


- Eu sei. Me desculpe.


Luna sorriu amigavelmente.


- Tudo bem, obrigada por perguntar mesmo assim. É muito gentil da sua parte.


Hermione balançou a cabeça.


- Preciso ver o que as crianças estão aprontando. Já volto.


**********


Quando Hermione chegou em casa, depois de deixar Mike e Sarah com Lucas, ela sabia que Draco estava em casa porque o seu sobretudo estava jogado no sofá.


Eles não tinham sequer se visto desde a briga na noite passada e ela sinceramente, não sabia o que fazer agora. Não havia mais sobre o que conversar. Eles vinham fazendo isso por um bom tempo e nada mudou. Ela não queria mais o ouvir fazendo promessas que não iria cumprir.


Subiu as escadas para o segundo andar da casa e assim que entrou no quarto, viu Draco colocando algumas peças de roupas dentro de uma mala.


- O que você está fazendo? – ela perguntou com o cenho franzido.


Draco se virou para encará-la.


- Só preciso ir para o St. Mungus. Não vai ser hoje que você vai se livrar de mim, Granger.


Hermione revirou os olhos e se sentou na cama, ao lado da mala dele.


- É Malfoy há uns anos já...


Draco sorriu de lado.


- O que você vai fazer no St. Mungus? – ela perguntou.


- Nada demais. Só alguns exames de rotina. Nós temos que sair nessa missão daqui há mais ou menos um mês e é aconselhável que todos estejam 100% fisicamente. Eu teria te avisado antes mas só soube agora pouco.


- Quanto tempo?


- Sinceramente não sei dizer... Pode levar duas horas... Ou dois dias.


- Tanto tempo? – ela ficou instantaneamente desconfiada – Que exames são esses?


- Coisas de auror, Hermione. Não se preocupe. Provavelmente não serão dois dias.


Decidiu não discutir. Tecnicamente, eles já estavam brigados.


- Ok.


Ele fechou a mala e olhou para ela.


- Eu vou estar com meu celular, ok? Você pode me ligar. Se quiser.


Draco tinha aderido a algumas tecnologias trouxas com o passar do tempo. Depois de ganhar um celular de presente de Hermione, finalmente admitiu que o aparelho era um jeito rápido e útil de se comunicar. Ele também gostava um pouco de assistir TV, os seriados policiais eram seus favoritos. Além disso, tinha desenvolvido uma paixão por carros depois de tirar sua carteira três anos atrás. Hermione teve que pegar sua varinha no dia do teste prático para que ele não enfeitiçasse o supervisor, então ele realmente tinha aprendido a dirigir e hoje era um bom motorista.


Hermione sorriu.


- Claro.


Draco se curvou para beijar sua testa.


Hermione levantou os olhos e viu uma sombra de tristeza nos olhos dele. Foi tão rápido que ela acharia que estava vendo coisas se não o conhecesse tão bem.


- Tem certeza que está tudo bem? – perguntou delicadamente.


- Sim. – ele respondeu, rápido demais – Só... Sinto muito, ok? Por ontem.


- Eu também. – disse, ainda o observando.


- Ainda temos que falar sobre isso.


Ela apenas balançou a cabeça e ele saiu.


**********


Na manhã seguinte, Hermione decidiu aparecer no St. Mungus para fazer uma visita a Draco. Ela não era exatamente fã do lugar mas ele tinha acenado uma pequena bandeira branca antes de sair e ela imaginava que poderia retribuir o gesto.


Além disso, Draco não gostava do hospital muito mais do que ela e se o conhecia bem, devia ter passado uma noite horrível.


Suas suspeitas foram confirmadas quando, ao entrar no seu quarto de hospital e encontrá-lo tomando café, ele sorriu como pouco fazia ao vê-la.


- Ei! – ela se aproximou dele e lhe deu um selinho, se sentando na beirada da cama em seguida. Ele tinha olheiras mas mesmo assim ela perguntou: - Como passou a noite?


- Péssimo.


- Eles não puderam te dar uma poção do sono?


- Não, eles precisam saber dos meus sonhos também...


Hermione franziu o cenho.


- Pra quê?


Draco arregalou os olhos e Hermione soube que ele achava que tinha falado mais do que deveria por causa do cansaço. Ele balançou a cabeça.


- Nada. Coisa dos aurores.


- Sr. Malfoy. – uma enfermeira de meia idade bateu na porta que Hermione tinha deixado aberta antes de entrar – Como está essa manhã?


- Como você acha? – ele replicou de forma mal-humorada.


- É comum que alguns pacientes tenham dificuldade de dormir no hospital.


Ela abriu uma pasta que carregava e substituiu o papel na prancheta que ficava no pé da cama de Draco. Hermione pestanejou e forçou-se a tirar os olhos da folha.


- Suponho que tenha que voltar para a sala de preparação para os exames? – Draco perguntou.


- Exatamente. – a mulher retrucou – Pode me acompanhar?


Draco afastou a bandeja de café da manhã do seu colo e os lençóis.


- O que posso fazer?


A mulher esperou na porta e Hermione ficou de pé na frente de Draco.


- Já sabe quando isso vai acabar? – ela perguntou.


- Acho que hoje mesmo. – ele respondeu – Obrigada por vir aqui, Hermione.


Ela sorriu e passou os braços em volta da cintura dele, sentindo enquanto ele a abraçava com força e afundava seu rosto nos seus cabelos.


- Claro que eu viria. – ela murmurou no abraço.


Ele se afastou um pouco e a beijou com delicadeza.


- Eu te amo. – ele falou, se afastando com relutância.


- Também. Até mais tarde.


Ele saiu do quarto e a enfermeira o seguiu.


Hermione contou até 30 mentalmente e então voltou a se aproximar da cama, pegando a prancheta que a enfermeira tinha acabado de mexer.


Ali havia o diagnóstico de Draco nos exames que ele havia feito. Hermione esperava que houvesse uma longa lista de exames, alguns referentes a sua capacidade física e outras “coisas de auror” como Draco mesmo havia dito mas não. Havia apenas um exame listado na prancheta.


Verificação de memória: Estado irregular.


Isso explicava porque eles não podiam dar-lhe uma poção de sono mas não explicava porque ele tinha sido submetido a um exame, e a um que mexesse com as suas lembranças.


Hermione colocou a prancheta de volta no lugar.


Achou que olhar aquilo iria acabar de vez com as suas crescentes suspeitas sobre essa internação repentina de Draco mas de tudo, aquilo só tinha piorado a situação. E por que o exame tinha dado irregular? Deveria ficar preocupada?


Hermione precisava de respostas. Ela poderia perguntar para Draco, mas sabia muito bem o quanto aquilo vinha ajudando. Algo lhe dizia que Harry estava por dentro daquela história, mas ele lhe contaria menos que Draco, se é que aquilo era possível.


Então ela tomou uma decisão. Era meio errado e tudo mais, e ela sabia que deveria se sentir culpada, mas ela precisava saber o que era aquele mistério todo.


Saiu do St. Mungus e tomou seu rumo para o ministério. Se Draco estava escondendo alguma coisa, ele com certeza o mantinha no seu escritório no departamento de aurores.


**********


Assim que Hermione chegou no ministério, ela teve a infelicidade de encontrar Eleanor e as duas tiveram que pegar o elevador juntas. Hermione não sabia como Rony a suportava. Durante todo o tempo, desde o térreo até o andar dos aurores, Hermione teve que balançar a cabeça e sorrir enquanto ela falava, falava e falava sobre os planos do casamento. Tinha convidado Hermione para ser madrinha porque, segundo ela, seria uma honra ter Hermione Malfoy como sua madrinha. Como se a honra não fosse ter Hermione lá mas o que ela e a família Malfoy significavam.


Assim que o elevador chegou ao Departamento de Aurores, Hermione se despediu dela e saiu o mais rápido que pôde.


Não foi nem um pouco difícil convencer a jovem secretária a lhe dar a chave. Como Eleanor tinha feito questão de lembrar, ela era Hermione Malfoy. Então um minuto depois, se viu dentro do escritório bem organizado de Draco.


Não gostava daquela situação e de fuçar as coisas do seu marido. Mas ela precisava saber o que ele estava escondendo. E a sensação de que ele escondia algo a tinha incomodado por muito tempo e por tantas vezes ela tentou fazê-lo falar, só pra ouvir mais e mais histórias e desculpas. Ela estava cansada de desculpas. Ela queria a verdade. Ela queria entender. Entender tudo. Os motivos pelo comportamento estranho e pela necessidade absurda de mantê-la no escuro por tanto tempo. E se fosse seguir sua intuição, sabia que o fato de ele querer verificar suas lembranças tem alguma coisa a ver com tudo.


Além disso, se submeter a uma checagem de lembrança era perturbador. Draco era uma pessoa reservada. Ele não deixaria alguém fuçar a sua mente e ver todas as suas lembranças se não houvesse um motivo muito bom pra isso. E pra ele ter escondido isso dela... Não tinha nada a ver com o trabalho, tinha a ver com eles.


Ela fechou a porta atrás de si e começou a procurar por todos as gavetas, armários, papéis, qualquer coisa que se relacionasse a isso. Não encontrou nada.


Óbvio que não encontraria. Draco era muito esperto. Se ele queria esconder algo, ele esconderia bem. Ela precisava pensar. Parou no meio da sala olhando para cada detalhe. Era tão difícil procurar algo que nem você sabia o que era.


Quando seus olhos caíram na estante de livros do seu lado direito, ela se lembrou que alguns bruxos costumavam guardar papéis confidenciais em livros falsos. Se ela conhecia Draco, e ela conhecia, ele devia ter no mínimo uma dúzia desses. Abrir um por um seria irritantemente demorado, e ela não tinha tempo para isso. E nem Draco teria, então ele deve ter criado uma ordem. Se ela encontrasse o primeiro...


Começou a retirar um por um, começando do alto do lado esquerdo da estante e quando chegou ao oitavo livro, encontrou um falso. Infelizmente, não havia nada de interessante então ela o colocou no lugar e contou mais sete livros, abrindo o oitavo. Falso também. Nada de interessante, só alguns papéis assinados por Kingsley. Mais sete e quando abriu o oitavo, um pequeno frasco de lembranças caiu no tapete da sala.


O coração de Hermione acelerou antes mesmo de pegá-lo porque sabia que o que quer que fosse, era aquilo. Quando ela pegou e leu o rótulo, ela piscou em confusão e teve que ler a data escrita ali na letra de Draco umas cinco vezes só para se certificar de que tinha lido certo.


31/03/1999


Instantaneamente, Hermione sentiu que ia surtar e teve que lutar consigo mesmo para permanecer no controle.


Aquela era a data do nascimento de sua filha.


Também era a data da sua morte.


Se o fato de Draco ter checado suas lembranças no St. Mungus estar relacionado com ele guardar a lembrança daquele dia tão escondida. Então... Hermione não sabia nem o que pensar.


Por que ele tinha feito tanta questão de guardar aquilo, e pior, esconder de todos? Esconder dela. Todos já não estavam cansados de saber o que tinha acontecido? Ela já não sabia o que tinha acontecido?


Sem perder tempo, se aproximou da penseira que ele tinha no escritório, e jogou as lembranças ali dentro. Tirando a varinha do bolso, ela tocou-a com a superfície da penseira. O conteúdo começou a girar e Hermione se sentiu caindo para frente...


Um instante depois e ela estava num lugar vagamente familiar.


Viu Draco vir correndo em sua direção e num reflexo, saiu da frente, vendo-o passar rápido por ela e subir as escadas de ferro que estavam ali furiosamente, seus passos ecoando pelas paredes do lugar fechado aonde estavam.


Hermione começou a subir atrás dele enquanto ouvia-o gritar ao longe coisas sem sentido e tentava acompanhá-lo no ritmo frenético em que subia as escadas.


Quando chegaram ao topo, ele saiu por uma porta de ferro e Hermione se viu no topo de um prédio. Olhando para Londres a sua frente, ela pôde saber aonde estava. No St. Mungus. O Big Bang batia ao longe e apertando os olhos, ela pôde ver que horas eram. 20h05. Duas horas antes de receber a pior notícia da sua vida.


Ela ouviu uma risada esganiçada e todo o seu corpo se arrepiou porque ela não ouvia aquele som há cinco anos e porque tudo estava começando a fazer tanto sentido que doía.


Lúcio Malfoy estava ao lado dela. E ele sorria psicoticamente.


E ele tinha Summer no colo.


A verdade que tanto queria atingiu Hermione como uma bala. Depois disso, ela não assimilou mais nada. Draco gritava com seu pai e ele fazia ameaças, brincando com o pavor do filho, Bellatriz ria e Summer chorava, apesar de não emitir nenhum som.


E então Hermione se sentiu sendo puxada pra trás e quando olhou para cima, já de volta ao ministério da magia, encontrou os olhos azuis acinzentados de Draco. E ela não precisou de mais nenhuma confirmação. Porque os olhos dele estavam apavorados. E ela sabia porquê.


Ela tinha descoberto o que ele tinha tão cuidadosamente escondido durante os últimos anos.


- Hermione...


- Eu não... – ela se afastou e levou as mãos ao rosto, percebendo que estava chorando – Isso é verdade?


Ele não respondeu imediatamente e ela já sabia a resposta antes de ele abrir a boca.


- Sim. – ele murmurou, parecendo resignado.


- Como...?                                                                                                                        


E então ela percebeu que não queria saber de mais nada. Não por ele. Não agora.


Aproveitou o fato de ele parecer estar numa batalha interna e se virou para sair.


Ele a segurou.


- Hermione... – ele ia dizer algo mas pareceu mudar de ideia - Eu preciso explicar.


- Não, Draco. – ela se desvencilhou dele – Me deixa em paz.

************

N/A: 
Volteeeei!!! Espero que ainda tenha alguém por aquii!


Eu sei, eu sei... sou péssima por ficar tanto tempo longe. Mas em minha defesa, a vida tá uma loucura! Maaas eu senti tantaaaa falta de escrever e eu SEI que eu não posso NÃO terminar essa história, então mesmo que tudo esteja uma correria, fica sempre uma vozinha no fundo da minha mente me falando que eu tenho que continuar escrevendo, até porque é um dos meus hobbies preferidos.
Comentem pleaseeee, me digam o que estão achando disso tudo que está acontecendo na fic.
Eu espero que vocês tenham gostado do capítulo e que ele tenha valido pelo menos um pouquinhooo da espera (se ainda tem alguém esperando). E que vocês tenham se surpreendido com o que Draco descobriu. Espero que as coisas não estejam acontecendo rápido demais mas esse vai ser o ritmo dessa fic mesmo. =)


 


Dêem uma passada na outra fic tbm, Avalanche, pra quem ainda não leu. Eu estou determinada a focar em O Preço e terminá-la logo para poder continuar escrevendo Avalanche, porque eu tenho ótimas ideias pra aquela fic! Aqui vai o link:
http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=44586
Beijos e até logo (espero)!


 

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Comentários (5)

  • Jade Moreira

    Adorei o capitulo muito bom mesmo, já estou ansiosa para ler o proximo ^_^

    2014-01-03
  • Flor do Inferno

    acho que até eu ficaria decepcionada com Draco sabe, mas apesar de ele ter escondido tudo, foi pelo proprio bem da Hermione, e tambem ele queria achar um modo de vingar a morte da filha deles, mas ainda não compreendo muito bem porque ele escondeu que Lucius é suposto "assassino" de Summer, que na verdade está viva e a mercê de Lucius, estou imaginando o encontro de summer com Draco e Hermione, vai ser emocionante demais, poxa estou adorando essa fic, eu li a primeira parte e agora estou lendo e acompanhando esta, estou anciosa por favor continue ela!

    2014-01-01
  • Anna Malfoy

    Sabe o que é passa a noite sem durmir só pra ler a suas fics? Então, fazem 24 horas que não durmo só pra poder relembra-las.A história deles é tão linda, tão linda. É como não pudesse existir Draco sem Hermione, mesmo com tudo dando errado eles encontram um jeito de superar e isso é tão lindo.Muito triste o que aconteceu com eles e com s Summer, é como se um pedaço do céu dels tivesse desmorronado e levado embora uma parte tão grande do que eles são.Espero que Hermione consiga se acalmar pra ouvir o Draco, e que eles possam finalmente discutir sobre seus medos e receios, e a culpa que cada um carrega desde a suposta morte da Summer.Esse namorado da Gina, me cheira a armação de Lucio Malfoy, mas espero o dessenrolar.E Luna atormentada por todo esse tempo, tentando lidar com algo grande demais pra ela.Espero que não seja muito tarde para que Summer tenha aderido ao método educatico Lucio Malfoy, mas se a nossa Hermione conseguiu derrubar as barreiras de Draco o que é uma pequena menina que que é seu sangue e que já tem amor pelos pais antes mesmo de nascer?Espero, enfim, que Pansy e Lucas acertem os ponteiros, e que a nossa vadia, Pansy, coloque essa suposta amante no lugar dela, e o Lucas também porque ta na hora de ele levar um choque de realidade de que Lucas Mason não é Lucas Mason sem Pansy.Enfim, espero que vc não demore a atualizar, e não me mate aos poucos, principalmente depois de todo o tempo que a fic ficou sem atualizar 

    2013-10-26
  • meroku

    Summer não morreu!!!!!!!!!!!!!???????????????Ahhh a Hermi tem que deixa o Draco se explicar !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!se bem que eu acho que ele já devia ter contado em vez de deixar ela pensando que era culpa dela!!!!!!!!!!Falta de comunicação faz isso!!!!!!!!Eles tinham que ter coversado logo quando acontece!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!   

    2013-10-23
  • M R C

    ah que bom que nao desistiu !!!essa fic é uma preciosidade...desde a primeira temporada até agora, não teve um capítulo sequer em que eu não tenha ficado completamente entretida na leitura....eu to abismadaaa com a noticia de a filha deles estar viva!!!!!!!!!!!!meu deeeeuss que crueldade com ela..espero que os dois nao briguem agora que descobriram a verdade, pq ao meu ver eles precisam se unir pra procurar Lucius e a Summer.....adorei ver que atualizou       !!beijos

    2013-10-20
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