Draco



— Sou um fantasma — segredou à menina translúcida no banheiro, já quase destituído de todos os orgulhos. Olhou o espelho irreconhecível.


O braço esquerdo parecia queimar constantemente, a máscara que ainda nem usara pesava-lhe como chumbo, assim como o fardo sardônico que o espreitava dia e noite. Ele parecia inaugurar uma espécie de herança indesejada.


Quando foi que ser um Malfoy se tornara tão difícil?


Desde quando o terror de ser o único que podia valer a si mesmo?


O desespero vinha, e o fraco jovem iniciado deixava-se chorar na frente de uma garota. Morta. Já que devia acostumar-se a isso.

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