Silêncio em Éden
– IIIIIIIIIIIRRRRÁÁÁÁÁÁ! – a voz de Sirius Black ecoou pelo vale vazio e ele apontou sua moto para o céu, subindo verticalmente a quilômetros por hora. Furou uma nuvem e desceu em parafuso, com o barulho do motor da motocicleta enchendo milhas de espaço no entorno desabitado. Bill riu muito do companheiro. Sirius era o primeiro amigo de verdade que fazia desde que deixara Hogwarts.
O círculo os fizera companheiros, e conversando com Sirius, que era pouco mais que nove anos mais velho que ele, compreendeu muito da luta de anos e anos contra Voldemort. Agora, como qualquer membro do círculo, ele falava o nome do bruxo, pois havia no seu coração o temor da figura do bruxo, mas nenhum medo.
Ele também tinha, agora, uma moto voadora. Sirius o convencera a comprar uma. Descobrira que era realmente muito melhor que uma vassoura no trajeto entre Paris e a fronteira da Eslováquia, onde eles se separariam. Estava anoitecendo, e apesar de ser verão, estava esfriando. Sirius propôs:
– Vamos baixar e catar um canto para comer, beber e dormir, antes de cada um seguir seu rumo?
– Err... onde será que estamos?
– Em algum lugar do Leste Europeu. Acho que estamos perto da fronteira da Eslováquia.
– Acho melhor você se disfarçar, Sirius, antes de descermos. É cheio de comensais por esses lados, e acho que não seria boa idéia dar de cara com um auror. Você ainda é um sujeito procurado.
– Besteira. Não preciso me disfarçar de novo de cachorro. – ele tirou uma coisa estranha do bolso – Dumbledore me deu isso. Um rosto falso. Não é 100% seguro, mas é mais convincente agora que meu segredo vazou, e comensais e aurores sabem que eu me transformo em cão. – ele enfiou a máscara de qualquer jeito, e num instante, parecia outra pessoa, um sujeito mal encarado de ar repugnante.
– Você está lindo, Sirius – riu Bill.
– Não enche. Acho que vamos ter que contactar Remo. Precisamos saber que raio de lugar é esse. – os dois baixaram as motos e quando tocaram o chão, desfizeram o feitiço que fazia com que parecessem, a olhos trouxas, apenas dois pássaros estranhos e muito barulhentos. Estavam numa estrada deserta, e a paisagem era seca e triste. Sirius tocou seu medalhão e disse:
– Você está por aí, Aluado?
Depois de alguns segundos de espera, uma voz rouca respondeu do outro lado:
– Há um cachorro que só late me chamando nas horas mais impróprias...
– Hum... isso significa que meu amigo encalhado finalmente achou uma mulher que queira encarar sua cara feia e fedorenta de lobisomem?
– Não. Significa que seu amigo encalhado está na na sala dos professores de uma escola onde ele finalmente conseguiu um emprego.
– Sério? Eu não acredito nisso...
– Nem eu. Muito menos tratando-se da Durmstrang. Parece que a nova direção tem uma mente mais aberta. Eu vou para os meus aposentos e falo contigo em cinco minutos.
Sirius sorriu satisfeito e por um momento não disse nada. Até que falou, com uma vibração estranha na voz:
– Pelo menos um de nós está conseguindo refazer a própria vida.
Bill ficou calado até que a voz de Lupin os chamou novamente. Ele parecia mais bem humorado e disposto que todas as vezes em que haviam conversado. Estava até bem falante e disse que Dumbledore convencera a nova diretora da escola que ele seria um excelente professor de defesa contra as artes das trevas. Desde que Karkaroff deixara a direção da escola, houvera uma debandada crônica de professores, e um como Lupin se tornara subitamente muito bem vindo. As aulas começariam em algumas semanas, e Lupin estava lá preparando o seu espaço de trabalho, o que tornava a sua participação no círculo um pouco mais distante. Quando ele finalmente parou de falar Sirius disse:
– Uau. Não ouvia você falar tanto desde que tínhamos vinte anos. Fico feliz por você, mas antes de assumir por aí, podia fazer um favor para um velho amigo, ok?
– Deixa eu ver se eu adivinho. Você está perdido de novo e quer que eu o localize naquele meu mapa mágico, dizendo para que lado o desorientado vira o focinho dessa moto estúpida para sair do buraco onde se meteu.
– Já te disseram que você devia jogar na loteria?
– Já, mas numa crítica ao meu estilo, ou melhor, à minha falta de estilo para roupas. Já abri o mapa. Bem, vocês estão a dois quilômetros da fronteira entre a Eslováquia e a Romênia. Não há nenhum lugar bruxo confiável por aí, mas... vocês estão de moto?
– O que você acha? – Perguntou Sirius – Eu não me meteria na Eslováquia de vassoura.
– Ok. Se rodarem para o leste na estrada onde estão vão encontrar um café trouxa em meia hora, só que isso vai obriga-los a atravessar a fronteira trouxa pela estrada. Vocês têm documentos?
– Documentos? Lupin, você acha realmente que iríamos mostrar DOCUMENTOS para os trouxas da fronteira?
O outro riu do outro lado e Bill percebeu que ele estava brincando. Logo Sirius disse:
– Ok, ok , já sabemos o que fazer. Qualquer coisa a gente chama.
Atravessaram a fronteira com a Romênia sem o menor problema. Quando os guardas pediram os documentos, Sirius e Bill fizeram um pequeno movimento hipnótico que os fez acreditar que estavam diante da escolta de alguma autoridade. Alguns minutos depois eles estavam sentados em um café na beira da estrada, rindo e tentando descobrir o que havia para comer, enrolados tanto com o cardápio quanto com a moeda trouxa local. Depois de um pequeno debate, conseguiram pedir um café para a garçonete gorda e desconfiada.
– Daqui – disse Sirius – eu sigo sozinho para a Armênia e você voa para Éden. Creio que você vai conseguir se virar sozinho por lá. É só ficar de olho e chamar reforço imediato se acontecer outro episódio como o que nos foi comunicado mês passado.
– E se Dumbledore estiver certo e eles tiverem gente dentro da reserva?
– Por isso você está indo para lá. Para ver se há alguma coisa suspeita.
– Vai ser meio complicado ficar um mês fazendo de conta que estou inspecionando o acampamento para recalcular o seguro.
– Você tem desculpa melhor?
– Não. Vou ter que me virar com isso mesmo – suspirou Bill – engraçado. Combater as forças das trevas não é nem de longe parecido com o que eu imaginava.
– O que você esperava?
– Não sei. Realmente não sei. Mas não era algo assim.
– Você imaginava que... mataria alguém? Um inimigo, talvez?
Bill encarou Sirius. Era verdade. Ele chegara a se preparar para matar Lúcio Malfoy. Mas não imaginava que acabaria por conversar sobre isso com alguém.
– Não vou mentir. Cheguei sim a pensar nisso. Cheguei a pensar em vingança.
– A vingança não traz paz.
– Você não parece alguém que esteja em paz, Sirius.
– Mas eu não me vinguei. Nem tive justiça.
– Então somos ambos maus exemplos. Eu gostaria de matar um comensal. Pelo meu pai, talvez.
– Você não é o primeiro a perder alguém nas mãos dos seguidores de Voldemort – disse Sirius sombriamente – se tivermos sorte, pode ser que tenha sido um dos últimos.
– E você...
– Quem eu perdi? Amigos; muitos, quase todos que realmente importavam para mim. Perdi a dignidade, a honra... Voldemort tirou de mim tudo que fazia minha vida ter algum sentido. O que sobrou foi o sujeito que fugiu de Azkaban, um atormentado, alguém desesperado primeiro por vingança, hoje por justiça.
– Eu fico pensando na minha família, às vezes. Não quero perder mais ninguém com quem eu me importe. – Sirius o encarou e riu.
– Você e seu irmão se dão bem?
– Charlie e eu? Ah, sempre nos demos bem, mas éramos muito diferentes, sabe? Na época da escola ele era bem mais popular que eu. Mas não conheço muitos monitores chefes que sejam populares. Percy bateu meu record, claro, mas eu estava bem longe de ser tão amado como Charlie era, afinal, com ele à frente do time a Grifinória levou apenas cinco campeonatos. – Sirius riu – E o desgraçado era bom! Ele conseguia cada captura... do cacete.
– As mulheres deviam cair em cima, não?
– O quê? Ele tinha uma legião de admiradoras, isso quando estava no quinto ano! Depois não sei, me formei antes dele. Mas o velho Bichado era tímido.
– Bichado?
– É – riu Bill — chamava ele assim quando éramos garotos e brigávamos por algum motivo. O Charles teve sempre muito mais sardas que eu, aliás mais que qualquer um de nós todos. Ele me chamava de Orelhão. Até terminar Hogwarts eu tinha orelhas de abano. Aí fiz um feitiço corretor e comecei a me achar bonitão – ele riu – engraçado, eu imaginava que Charlie teria uma vida social mais incrementada que a minha, mas ele acabou enfiado lá, no meio do nada.
– E você, em Paris – riu Sirius – ótimo lugar para quem se acha bonitão.
– Então você devia adorar aquilo lá. Estou para conhecer sujeito mais convencido – Sirius deu uma risada alta.
– Você devia ter conhecido Tiago. Ele sim era um tremendo convencido. Se bem que nós dois juntos podíamos disputar quem tinha o ego mais monstruoso. Mas ainda acho que ele ganharia.
– Apanhadores... – disse Bill – são uma raça terrível, lembre-se que convivi com um...
– Mas Tiago tinha outras grandes qualidades. Incrível, quase ficamos sem nos falar no sétimo ano...
– Deixa eu ver se adivinho... uma garota? – Sirius assentiu.
– É. E eu perdi a parada. – ele subitamente ficou sério – Mas, na verdade, eu não cheguei a gostar realmente de Lílian. Eu sabia que Tiago era doido por ela... desde sempre, creio. Engraçado, foi preciso que eu me interessasse por ela para juntar os dois. Ele não gostou muito quando nos viu juntos no três vassouras. Eu fui meio canalha, a chamei para ir lá sem dizer nada a ele. Mas ela pareceu se importar mais com a ceninha que ele fez que comigo. Aí vi que seria uma besteira tentar gostar dela só porque era uma garota bonita. Ela não estava na minha. Para que insistir? Depois Tiago me agradeceu. Ele até então não tinha muita coragem de falar com ela.
– Isso não abalou a amizade de vocês?
– Por alguns dias, no máximo. Não, Tiago era como um irmão para mim. Depois ele e Lílian passaram a ser como minha família e... – a voz de Sirius sumiu. Bill entendeu por que e mudou de assunto.
– Entre eu e Charlie nunca houve grandes disputas... quer dizer... em termos. Digamos assim: quando nós estávamos em Hogwarts, havia uma espécie de disputa, mas não entre nós. Era como se eu fosse o queridinho da minha mãe e Charlie o favorito do meu pai. Tinha um motivo para isso, claro. Minha mãe sempre quis que os filhos fossem bons moços, entende?
– Você? Um bom moço?
– Ah, Sirius, você entente... eu era monitor... e era bom aluno.
– Isso é bem diferente de ser certinho.
– Ah, mas eu era certinho. Pelo menos era sonso o suficiente perto da minha mãe. Já Charlie era o xodó do meu pai por causa do quadribol. Eu nunca fui um grande esportista. Mal e mal subo numa vassoura e vôo. Mas ele era realmente excepcional.
– Como Tiago, imagino, e como Harry.
– Por aí. Meu pai fez tudo para que ele continuasse no esporte – Bill deu um suspiro – mas a nossa situação... a quem queríamos enganar? Um Weasley bom seria, de preferência, um Weasley empregado. Não dava para esperar que ele se tornasse um grande astro de quadribol. Mas acho que se ele tivesse tentado...
– O se não existe – disse Sirius – o que existe sempre é o que aconteceu. Seu irmão escolheu o caminho dele.
– Meu pai, no fundo, nunca se conformou. Ele se culpava. Eu me ressenti disso por um tempo. Achava que ele gostava mais de Charlie. Demorou um tempo para eu perceber que na verdade não tinha nada a ver com amor de pai, mas com expectativas. E eu nunca cheguei a falar para o meu pai que eu acreditava que ele gostava tanto de Charlie quanto de mim.
Bill ficou melancólico subitamente. Sirius novamente desviou de assunto.
– Esse é um dos grandes problemas de se lutar contra esses malditos bruxos das trevas. O que eles fazem estraga os melhores momentos da vida dos bruxos decentes. Por isso temos que dar um fim neles. Aliás, Bill, você é um cara de sorte: eu nunca suportei nem meu irmão de sangue nem meus pais. Vamos procurar logo um lugar para dormir. Estou morto, quebrado. Temos que nos separar amanhã antes do amanhecer, se quisermos chegar na hora certa nos nossos destinos.
**
O dia seguinte amanheceu glorioso, o céu recortado contra as montanhas estava limpo e claro, iria ser um belo dia de verão nos Cárpatos. Ele se despedira de Sirius diante da pequena hospedaria onde haviam arrumado quartinhos imundos porém baratos para passar a noite antes mesmo do dia raiar. Sirius iria para a Armênia, como sempre na pista do seu ex-amigo Pettigrew. Rodando pela estrada, que escolhera tomar pelo menos até chegar mais perto dos Cárpatos, onde era mais desabitado e ele poderia camuflar a si e a moto para levantar vôo, Bill ia lembrando de como ele achara aquele lugar um fim de mundo desde a primeira vez que visitava o irmão.
O velho Bichado. De todos os irmãos, o que ele realmente se dava melhor, por ser o mais proximo em idade. Mas só agora percebia como eram realmente diferentes. Tentou imaginar o irmão no seu lugar e não conseguiu. Charlie era o tipo de sujeito que cria raízes profundas no lugar. A última coisa que ele faria, provavelmente, era rodar a Europa tentando desbaratar uma quadrilha de bruxos como os comensais da morte.
Não que o irmão parecesse a ele covarde, pelo contrário, ele achava que Charlie tinha uma coragem quase selvagem por enfrentar dragões. Ele não se via enfrentando um monstro daqueles jamais, e a idéia de ir para lá, tão perto dos monstrengos, não era realmente muito agradável. Mas tinha que ser feito, e ele era o homem para isso. Vendo que a paisagem se tornava mais árida a montanhosa, saiu então da estrada e enfeitiçou a moto a fim de camufla-la antes de disparar para o céu como uma flecha, repetindo o grito de Sirius:
– IRRÁÁÁÁÁ! – ele disse, sentindo uma alegria selvagem com o ar gelado batendo eu seu rosto, com a luz do sol quase o cegando à medida que subia na direção do céu azul enquanto rumava para o nordeste, na direção dos Alpes da Transilvânia.
Por volta do meio-dia, viu que sobrevoava uma área de floresta de pinheiros. Léguas e léguas sem nenhum sinal de ocupação trouxa. Sabia que estava perto de Éden, conhecia o lugar. Sabia que não ia demorar para uma patrulha da reserva cerca-lo e, exatamente por isso, desfez a camuflagem para ficar visível. Chegar sem nenhum aviso anterior era parte do plano, para que um eventual espião não estivesse de sobreaviso para sua chegada. Ele estava há menos de cinco minutos sobre Éden quando duas vassouras emparelharam com sua moto. Ele reconheceu um dos patrulheiros, era Olívio. O outro era um sujeito grandão que ele não lembrava o nome. Sabendo que seria reconhecido por Olívio, fez um sinal e levantou a viseira do capacete.
– Sou eu, William, irmão do Charles , chefe do acampamento!
– Ah! – sorriu Olívio – veio visitar Éden? Não é das melhores épocas! Seu irmão está fora da patrulha hoje! Está às voltas com uma ninhada recém nascida que temos no acampamento!
– Na verdade é uma inspeção de seguro, o Gringotes está preocupado com a morte de dragões como aconteceu agora há pouco tempo. Se vocês puderem me escoltar até o acampamento, preciso explicar tudo para o meu irmão.
– Sem problema! Vamos, Celso! – disse Olívio para o grandalhão que ficara calado o tempo todo durante a conversa.
Logo estavam pousando sobre o acampamento. Charlie disse a Olívio, antes que ele fosse na direção do Chalé onde Charlie estava:
– Não diga que sou eu... quero fazer uma surpresa para ele.
– Ok.
Ele virou-se e cumprimentou os colegas do irmão que conhecia, mas o acampamento não estava muito cheio. Estavam em plena hora de atividade, e o grandão que o escoltara já estava no céu em patrulha. Janine, velha conhecida dele, afinal, era quase tão antiga no acampamento como o irmão, veio até ele e deu-lhe um beijo no rosto. Ele achava Janine ótima, sempre pensava nela como uma mulher ideal para Charlie.
– Seu irmão está junto com uma nova pesquisadora acompanhando uma ninhada... ele já vem, tenho certeza.
– Eu falei para o Olívio não dizer que sou eu. Nova pesquisadora? Com o Charlie dentro do Chalé – brincou Bill.
– Seu irmão está namorando – sussurrou Janine – e garanto que tem uma outra menina com ciúmes por aqui.
Bill olhou Janine entre surpreso e divertido.
– Duas? Será que sobra alguma para mim? Você, quem sabe? Aliás... que decepção, sempre achei que você acabaria sendo minha cunhada...
– Você é um bobo, Bill, eu sempre disse que seu irmão é apenas meu...ah, olhe, ele vem vindo.
Bill virou-se sorrindo para olhar para o irmão, que saía do chalé conversando com Olívio.
– Como assim, inspeção de seguro? Tivemos uma ano passado e ela foi agendada... – ele parou quando viu o irmão, mas a sua expressão não pareceu em nada com a que Bill imaginou que ele faria quando o visse. O rosto ficou pálido e ele parecia estar vendo um fantasma.
– Bill? Você... aqui?
– O que esparava? Uma patrulha auror? – perguntou Bill, rindo – e que cara é essa? Se eu não te conhecesse acharia que você não gostou da surpresa de me ver... pediram uma inspeção e eu me ofereci para vir, e não é fácil me tirarem do serviço em Paris.
– Você... você sabia?
– Eu sabia do quê? – perguntou Bill, com um estranho alarme acendendo-se na mente diante da surpresa do irmão, o fato de sua visita parecer indesejada despertando nele um súbito mal estar.
– Você sabia de... – começou o irmão, sem concluir a frase porque nesse momento a porta do chalé de pedra se abriu e foi a vez de Bill tornar-se lívido.
Ele a reconheceu imediatamente, mesmo que ela não o tivesse visto, quando saiu pela porta do pequeno chalé. Ela tinha a mesma pele branca de sempre, os mesmos cabelos fulgurantes, ainda que presos num rabo-de-cavalo. Fez um movimento gracioso para bater a porta e desceu rapidamente as escadas, distraída, vindo diretamente na direção onde estavam. Estava linda como sempre fora, embora ele não conseguisse atinar o que ela estava fazendo ali. Ela levantou o rosto para chamar Charlie e então o viu.
Os três se encararam em silêncio, um silêncio mais aterrador que o rugido do maior e mais feroz dos dragões.
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