ENTÃO A MEIA NOITE...



Disclaimer: Nada daqui é meu, é tudo da JK, Wanner, e esse povo cheio da grana, só o Andrew e o Blaine, maninho do Draco que aparecerá daqui alguns capítulos e mais alguns personagens aí que vão aparecer também.

Portanto, NÃO ME PROCESSEM!

Agradecimentos: A minha inspiração que finalmente voltou...rsrsrs

N/A: Demorei...mas tentei fazer algo legal! Só que não deu tempo de betar...(a Lina sumiu)

Deixem para me apedrejar no final do cap, ok?

Quando eu comecei a escrever a fic, e montei todo o "script" dela, ainda não havia sido escrito o 6º livro, portanto vou ignorar os acontecimentos dele nessa fic, já que ela começou a ser escrita antes, ok?

Bom...sem mais blá blá blá, vamos a fic

Capítulo Cinco – Então À Meia Noite

Foi assim que Draco os encontrou no início da tarde, ambos sentados sobre um velho cobertor no gramado da frente. Observou Andrew com um olhar admirado, notando-lhe o jeans novo e o suéter, que ainda tinha os vincos de ter ficado dobrado na caixa. Também percebeu o quanto Gina parecia desconfortável no sisudo uniforme cinzento.

"Olá" – disse-lhes num tom um tanto formal e limpou a garganta. Os dois viraram-se ao mesmo tempo ao ouvi-lo. Gina foi a primeira a se recobrar e dirigiu-lhe um sorriso de boas-vindas. Se o sorriso era sincero, isso ele não sabia.

Ela lhe pedira que passasse mais tempo com o filho e alí estava Draco. Mesmo que ainda tivesse dúvidas a respeito daquele homem, que por muitas vezes a assustara, tinha que ao menos lhe dar crédito pela demonstração de boa vontade.

"- Olá" – Gina usou sua voz mais casual. - "-Andrew estava acabando de me contar umas coisas que aprendeu. Gostaria de se juntar a nós?"

Draco assentiu, parecendo um tanto deslocado. Quando os avistara sentados no gramado, sentira um impulso de se aproximar. E, então, o jeito de Andrew, e os cabelos no tom de uma veela sob o sol da tarde, logo o fizeram lembrar de Fleur. Ele se parecia tanto com a mãe...Sombriamente enfrentou outra vez o fato de que podia passar horas procurando por algo de si mesmo no garoto...e nunca encontrar a menor semelhança. Nem um único traço.

Os cabelos loiros dele, não eram no tom dos seus, mas sim no tom dos de Fleur, a mesma coisa os olhos e os traços do rosto.

Já se arrependendo de ter se aproximado, ele adiantou-se até um espaço vazio no cobertor e sentou-se devagar. Os olhos estreitando-se desconfortavelmente de encontro ao sol. Fazia muito tempo que não saía da casa para um dia límpido como este, detalhe que não passou despercebido a Gina.

"- Andrew, continue" – pediu-lhe ela, com gentileza.

Havia conseguido desviar-lhe um pouco a atenção das estatísticas e o persuadira a contar-lhe sobre algo que lera. Tinha certeza que o pai só poderia se orgulhar de seu pequeno gênio. – "- o que era mesmo que estava me contando?" – insistiu ao notar que o garoto parecia muito nervoso, seu comportamento destoando do confiante jovenzinho que fingia ser.

Rapidamente, e com seus olhos fixos no pai, Andrew citou alguns dados relacionados a poções.

"Hum...muito bom" – comentou Draco, enfim, e o menino assentiu com um gesto tímido de cabeça. "- Onde aprendeu tudo isso?"

Mas Andrew permaneceu em silêncio, fitando com um olhar repleto de incerteza o homem à sua frente.

"- Ele está lendo o Almanaque Universal de Poções" – Informou Gina, após alguns momentos. " - Segundo estava me contando durante o almoço, é a sua mais recente opção de leitura."

Seguiu-se um silêncio prolongado, e Gina tentou preencher o constrangedor vazio na conversa.

"- Andy, por que não pergunta a seu pai como foram as coisas em Genebra?

Mas o menino apenas dirigiu um olhar expectante a Draco, seus lábios delicados formando uma linha tensa.

"- Participei de um congresso mundial de pesquisadores e cientistas bruxos" – declarou ele, sucintamente. "- Comparamos anotações sobre alguns assuntos, trocamos informações. Não foi nada fora do comum.

"- Em que projeto está trabalhando agora?" – perguntou ela, percebendo que a conversa tornaria a morrer.

"- Capacitores mágicos"

"- Oh." – Parecia que ele não ia explicar. Enfim, Gina desistiu e perguntou: - "- E o que exatamente é um capacitor?"

"- Capacitores armazenam energia na forma de uma descarga, os trouxas utilizam modelos mais complexos deles" – explicou Andrew de repente. Os dois adultos o fitaram em surpresa.

"É isso mesmo" – confirmou Draco. – "- Capacitores armazenam energia. Por exemplo, no adorável mundo trouxa, que você conhece muito bem" – disse com sarcasmo – "- podem ser encontrados em objetos com baterias recarregáveis, mas nós bruxos usamos de uma maneira diferente, de modo que a energia utilizada é mágica, e não se esgota. Você nunca se perguntou porque as velas, ou archotes no mundo mágico nunca se esgotam?"

"- Na verdade não" - Absorta, Gina observou a dupla à sua frente. Réplicas, pensou subitamente. Ambos pareciam o extremo oposto um do outro na aparência física. Mas nos trajeitos, no olhar atento e perscrutador, Andrew era uma perfeita miniatura do pai.

"- Talvez Andy pudesse visitar você em seu laboratório" – sugeriu, rompendo o novo silêncio. De imediato, a criança virou-se para o pai em expectativa, e nesse instante ela temeu ter cometido um grave erro em mencionar tal possibilidade. Mas após o que pareceu uma longa consideração a respeito, Draco assentiu devagar.

"- Isso pode ser arranjado" – declarou, no tom de quem marcava uma reunião enquanto virava sua varinha entre os dedos. E, então como se o breve encontro no gramado já fosse o bastante por um dia, ele se levantou. – "- Tenho que voltar ao trabalho" – anunciou. –"- Vejo vocês mais tarde."

"- Quem sabe para o jantar?" – arriscou Gina.

"- Talvez."

Ela o observou se afastando e o acompanhou com um olhar especulativo. Draco movia-se com elegância e leveza para um homem de seu porte. Suas calças de linho preto, de corte impecável, e a camisa cinza, mesmo com a capa preta por cima, revelavam um físico bonito e proporcional. Tinha ombros largos, pernas musculosas, abdome rijo, muito diferente de como ele era nos tempos de Hogwarts. Na verdade, sua figura estava mais para a de um atleta do que para a imagem que se fazia de um bruxo pesquisador. Como era possível para alguém que vivia trancado em seu laboratório o dia todo ter um físico tão musculoso e perfeito? Ponderou, com uma ponta de curiosidade, e sua consciência logo lembrando-a de que ele era seu patrão, e que acima de tudo era Draco Malfoy.

E o que trouxera para perto deles naquela tarde o homem que ontem mesmo deixara claro não querer nada com seu filho?

Ela franziu o cenho, pensativa. No momento, tinha absoluta certeza de que havia muito mais em Draco Malfoy do que tentava aparentar em sua fachada de frieza.

Trataria de conhecê-lo melhor, refletiu determinada, a cabeça movendo-se num assentimento inconsciente. Não por interesse próprio, disse a si mesma. Mas pelo de Andrew.

A oportunidade chegou quando o relógio marcou meia-noite, e Gina achava-se aninhada em seu sofá favorito na biblioteca, próximo à lareira. Mais uma vez entretida por O Feitiço do Amor e soube instantaneamente que Draco acabara de entrar ali.

Nenhum dos dois se dirigiu ao outro de imediato. Ela permaneceu com o olhar fixo nas páginas do livro, embora não estivesse acompanhando a leitura. E ele deteve-se junto à porta, observando a forma como as chamas da lareira produziam reflexos alaranjados que as chamas produziam nos longos cabelos dela. Usava outra de suas saias amplas, com uma estampa verde escura. Por cima, vestia um suéter folgado de tricô, num tom creme, e uma capa. Notou que essas roupas caíam-lhe melhor que o sisudo conjunto cinzento. Por alguma razão, não gostaria de vê-la no uniforme. Parecia bem mais confortável e natural agora. Sem mencionar encantadora...O que está acontecendo com você Draco Malfoy, definitivamente você não está em seu estado perfeito sua consciência o acusou.

Draco franziu o cenho para si mesmo e adiantou-se pela biblioteca.

"- Gostaria de um drinque?" – perguntou-lhe enquanto atravessava a espaçosa sala até o bar. Não custava nada tentar ser educado, já que teria de suportar aquela Weasley ali, ela parecia estar conseguindo controlar bem o seu pequeno prodígio. Gina ainda não levantara os olhos do livro, mas ele pôde perceber que estava consciente de sua presença, mesmo em meio a distância que os separava. Isso lhe produziu uma peculiar satisfação.

"- Sim obrigada" – aceitou ela, surpreendendo a ambos.

"- Whisky de fogo?"

"- Pode ser."

Draco preencheu os copos, uma indesejável tensão apoderando-se de si. Descera de sua torre nessa noite sabendo que a encontraria ali. Porque...quisera vê-la.

Seu semblante ficou sombrio em auto-censura e procurou afastar tais pensamentos. Aquela era a babá de Andrew, uma Weasley amante de trouxas e sangue-ruins, amiguinha do Potter Herói Testa Rachada, nada mais. De qualquer forma, era difícil concentrar-se nesses termos enquanto se aproximava e lhe entregava um dos copos. Nesse instante suas mão se roçaram e uma onda de puro desejo percorreu-o.

Procurou ignorar suas reações com forte determinação e sentou-se numa poltrona oposta ao sofá.

Gina não disse nada, ocultando seus pensamentos, enquanto levava o copo aos lábios e sorvia um pouco da bebida, deixando o calor da bebida tomar conta de seu interior. Mas não foi o suficiente para acalmar seus nervos tensos.

A atmosfera da biblioteca transformara-se radicalmente com a entrada de Draco. De repente, o ar de aconchego pareceu ser substituído por um clima desconcertante. Logo sentia-se pouco à vontade, perguntando-se se seu cabelo não estaria em desalinho, se o suéter não era folgado demais. Quando levou o copo aos lábios para o segundo gole, suas mãos tremiam um pouco. Gina, esse é apenas o Draco Doninha Malfoy, seu patrão, repreendeu a si mesma. Sacudiu a cabeça, tentando negar tais sensações. Era apenas o nervosismo, disse a si mesma, o costumeiro constrangimento de estar na companhia de alguém que não se tem intimidade, ainda mais esse alguém sendo Draco Malfoy. Afinal, apesar de já morar naquela mansão a quase duas semanas, mal trocara meia dúzia de palavras com o homem sentado à sua frente.

Notou que Draco parecia ter tido um dia difícil. Apresentava um ar um tanto cansado, e a camisa sempre impecável estava com os dois primeiros botões abertos. Flagrou-se olhando para o tentador início de pêlos claros que lhe cobriam o peito forte. Era impossível não notar o quanto ele era atraente. Tinha um rosto de traços finos e marcantes. Seus cabelos loiros e seus olhos acizentados produziam um ar de sensualidade em sua face. Perguntou-se como Draco seria quando sorrisse assim...Imaginava o quanto seus olhos se iluminariam , os traços relaxando, ficando talvez ainda mais bonito. Ao se dar conta de que estivera encarando-o e do rumo proibido de seus pensamentos, ela desviou o olhar depressa, um leve rubor subindo-lhe as faces. O que estaria lhe acontecendo, afinal? Aquele era seu patrão! Era Draco Malfoy! Sem mencionar que não estava propensa a se sentir atraída por mais ninguém, depois de tudo que lhe acontecera; ao menos tão cedo.

"- Como foi seu dia?" – perguntou-lhe, enfim, para quebrar o silêncio que se tornara intolerável. Sim. Draco parecia quase cansado, mas a linha rígida de suas feições tornava impossível de acreditar que possuísse tais fraquezas humanas.

Ele não respondeu, seu olhar parecendo absorto pelo fogo crepitante na lareira. Apenas deu de ombros, mantendo seu habitual distanciamento.

"- Está fazendo progresso?"

"- Um pouco."

"- O bastante para começar a ter mais horas de sono em breve?"

"- Não costumo dormir muito" – declarou Draco em forma sucinta. Não, não gostava mesmo de dormir, pensou. Detestava fechar os olhos e ver todas as imagens dela e os frios olhos azuis e seus cabelos prateados, a risada de escárnio, e o rosto de porcelana contorcido em ódio.

Um músculo se contraiu em sua face, mas forçou-se a relaxar. Estava tudo acabado agora. Aquele diabrete perverso morrera.

Quase sorriu em humor negro, mas seus lábios pareciam não mais se lembrar do movimento, nem mesmo para rir com sarcasmo como sempre fazia quando mais novo.

"- Essas experiências com capacitores são assim tão importantes" – insistiu Gina.

Draco voltou a dar de ombros em resposta e sorveu mais um gole de sua bebida. Ela estudou-lhe o rosto mais uma vez. Parecia esculpido em granito. O que o tornara ainda mais frio e mais fechado, desde o tempo em que se formou em Hogwarts?

Será que fora ele que matara a esposa, perguntou a perturbadora voz em sua mente. Seria assim tão cruel?

Segundo o que disseram seus pais, parecia que todas as suspeitas apontavam para ele, mas nunca conseguiram provar.

Gina estremeceu, mas interrompeu a linha de pensamento. Mal conhecia a Draco, só sabia a história que seus pais haviam lhe contado quando conversou com eles através da lareira, que Fleur havia sido encontrada morta por Malfoy, no jardim da mansão. E não era do tipo que baseava seus julgamentos em meros rumores.

O mais sensato seria continuar enveredando por assuntos neutros.

"- Foi atencioso de sua parte deter-se lá no gramado nesta tarde. Andy não parou de falar de você desde aquele momento. Após nossa conversa de ontem à noite, não imaginei que o veria fazendo algo assim. O que o fez se aproximar?"

Draco não tinha uma resposta lógica. Avistara-os por acaso de uma janela no alto de sua torre. Ela e o menino, sentados descontraídamente sob o sol...A cena lhe parecia tão...perfeita. Como que por vontade própria, seus pés o haviam conduzido até lá e ele simplesmente bloqueara qualquer pensamento racional para resistir.

Como agora. Não deveria estar ali, pensou, contrariado. O que estava fazendo, bebendo com uma Weasley diante de uma lareira? Como se a cena acolhedora e doméstica fosse natural. Há quanto tempo não se sentava nessa biblioteca com outra pessoa? Qual fora a última vez que tentara manter uma conversa casual?

A quem estava tentando enganar?

O silêncio prolongou-se tanto que Gina desistiu de obter uma resposta.

"- Vai mesmo arranjar uma oportunidade para que Andy visite seu laboratório? Ele ficaria radiante."

"- Sim, foi o que prometi" – assentiu ele, em seu tom grave, os olhos ainda fixos na lareira. Andrew parecera tão entusiasmado com a idéia, refletiu. Teria sido uma crueldade desnecessária negar-lhe isso.

"- Me fale mais sobre seu trabalho"

"- Não vai lhe parecer assim tão interessante"

Gina franziu o cenho, Draco estava sendo tão evasivo, e aquela reserva já a irritava. Por que aquele homem precisava fazer tanto mistério em tudo? Seria assim tão difícil conversar com naturalidade?

"- Mas quero mesmo saber." – E era verdade, pensou. Nunca conhecera alguém que criava feitiços, poções antes, tirando Dumbledore lógico, mas não era normal encontrar Bruxos Cientistas por aí, estava curiosa. " - Falo sério."

O comentário o desconcertou, abalando momentaneamente seu controle. Não queria falar sobre seu trabalho. Não queria, nem por um instante ficar cogitando se ela estava mesmo interessada. Sabia o que era isso. Fleur costumava fingir interesse enquanto ele discorrera sobre seu trabalho e seu laboratório, até que se dera conta que ela não entendia nada e nem se importava. Bem, não era tolo a ponto de repetir seus erros.

Era uma pessoa diferente das outras; fato aprendido há muitos anos. Seu raciocínio era mais rápido, e suas pesquisas lhe eram muito importantes. As outras pessoas simplesmente não entendiam essas coisas, e também não o levavam a sério, viam nele apenas o filho do Comensal que seu pai havia sido. Ele nem queria se dar ao trabalho de tentar explicar algo só para ver Gina bocejando, como flagrara Fleur fazendo vez após outra ao longo do casamento. " Ora, cherri – costumara argumentar, num tom frívolo - , não é como se isso fosse realmente interessante".

"- Esqueça – declarou ele, o semblante carregado. "- Talvez quando levar Andrew ao laboratório, você possa ver o trabalho por si mesma."

Gina no entanto, era tão teimosa quanto ele, e estava genuinamente interessada.

"- Qual o tamanho de um capacitor normal."

Draco virou-se para fitá-la e foi sua perdição. Ela o observava com aqueles grandes olhos de rara beleza, que poderiam deixá-los misteriosos e indecifráveis. Mas em vez disso, possuíam uma transparência, uma aberta determinação; pareciam cativá-lo, tentá-lo com sua evidente sinceridade. "Só podiam ser o olhar de uma Grifinória mesmo."

"- Bem, um capacitor no mundo bruxo pode ser invisível, e seu tempo de vida é eterno, o que é diferente no mundo trouxa." – Ele ainda não acreditava que ela estava realmente interessada.

"- E qual o tamanho de um capacitor normal no mundo trouxa?"

"- Um capacitor trouxa...- falou ele, ignorando a voz em sua mente que lhe ordenava a não fitá-la. - ...teria o tamanho de...- Olhou ao redor para um ponto de referência imediato, e seus olhos repousaram num anela simples de prata que ela usava na mão direita. – "Disto.– Sem pensar, Draco aproximou-se do sofá e pegou-lhe a mão delicada. " – Desta pequena pedra aqui, a safira. Um capacitor trouxa é..". – Sentado no sofá, ele levantou os olhos de repente e deparou com o rosto de Gina a poucos centímetros do seu, enquanto baixava a cabeça para olhar.

"- Sim? – indagou ela, com suavidade. Ao desviar os olhos do anel encontrou os de Draco bem à sua frente. Eram intensos, penetrantes, pensou, um tanto desconcertada. Tão bonitos...de um acizentado fora do comum. Teve plena consciência da mão forte que segurava a sua sentiu-se trêmula.

Draco notou que, de repente, ela parecia como que com a respiração em suspenso, um ligeiro rubor espalhando-se por seu rosto. Os lábios rosados tinham um formato perfeito e estavam um tanto entreabertos. Se acaso se inclinasse apenas um pouquinho...

Num gesto involuntário, Gina umedeceu os lábios, e o homem de pura lógica e frieza esqueceu-se da racionalidade. Baixou a cabeça subitamente e apossou-se daqueles lábios tentadores.

Gina ficou tensa com o choque, os olhos bem abertos. Mas os lábios de Draco eram quentes e irresistíveis, estimulando os seus. Arrepios eletrizantes percorreram-lhe a espinha e, em questão de segundos, viu-se suspirando nos braços dele. Fechara os olhos e entreabrira os lábios, permitindo que a língua ávida explorasse sua boca.

Tal receptividade foi o encorajamento que Draco precisou. Inclinou-se mais para frente, pressionando-a de encontro ao sofá. Ela era tão doce, os braços delicados ao redor do seu pescoço numa paixão espontânea que o enchia de incrível satisfação. Não havia nada artificial ali. Gina retribuía com autêntico desejo, e ele a beijava com uma necessidade primitiva.

Continuou explorando-lhe a maciez da boca com languidez, suas línguas encontrando-se em carícias ousadas. Correu os dedos pelos sedosos cabelos vermelhos, deliciando-se com a textura acetinada de suas mechas. Afagou-lhe a nuca, puxando-a mais para si, intensificando o beijo. A cada suspiro abafado que ouvia, sentia seu autocontrole se esvaindo mais um pouco. Esqueceu-se de sua realidade; só havia lugar em sua mente para a doçura daqueles lábios, a fragrância suave do perfume dele, o som excitante de seus delicados suspiros de satisfação.

Enfim, deslizou seus lábios pela garganta de Gina, deteve-os no lóbulo de sua orelha; mordiscou-o com sensualidade. Ela endireitou-se no sofá com um ligeiro sobressalto, a corrente eletrizante de desejo pegando-a de surpresa. Sua respiração estava ofegante, uma incrível sensibilidade à flor da pela com o toque dele. Desejava aquele bruxo, pensou subitamente. Queria afundar suas mãos em seus cabelos platinados, guiar-lhe os lábios de volta aos seus, abrir-lhe a camisa e deliciar suas mãos com o contato de seus músculos bem definidos. Queria...Oh, Merlim, queria...(NA: capota)

O pensamento invadiu as brumas sensuais que a envolviam e abriu os olhos de súbito.

"- Oh, não..." – sussurrou, e a próxima coisa que se deu conta era que o estava afastando com as mãos desesperadas. Nem permaneceu no sofá, a adrenalina fazendo-a levantar-se em questão de segundos. Deteve-se em frente à lareira, apertando os braços ao redor de si. Em seu semblante delicado, Draco pôde ver uma espécie de horror, do tipo que alguém experimentava ao despertar de um pesadelo.

E então, compreendeu. Claro. Gina estava horrorizada por estar ali com ele; pelo fato de que um bruxo suspeito de ter assassinado sua esposa tivera a ousadia de beijá-la.

Continua...

N/A: Bom..não me matem, nem me apedrejem pelo final, muito menos por eu ter demorado, mas eu gosto de deixar vocês curiosos

Tive alguns problemas no email, e não pude responder aos rewiews desse capítulo, mas prometo responder aos próximos, e citar TODO MUNDO aki!

Espero que tenham gostado, mandem rewiews criticando, falando bem, apedrejando, mas mandem, ou me add no msn: [email protected]

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