Capítulo 05



Cap. 05 – Flashback: A Vida de Ginevra Potter! Part. V


 


 


Gina caminhava até o edifício que servia de sede para o Olimpo. Ignorando o porteiro, entrou no elevador e com um aceno de mão, liberou o botão de número 600. Dessa vez, nem prestou atenção ao designer do Olimpo, seguiu direto para a sala dos tronos. Sabia que, desde sua entrada, os deuses saberiam que ela estava ali. Dessa vez, apenas os doze deuses estavam presentes.


- Ginevra Potter! – disse Zeus sarcástico. – O que quer aqui?


- Avisar que Lúcifer e seus cavaleiros já voltaram a ativa. – disse Gina. – E não seja sarcástico comigo, não sou nenhuma semideusa ou deus, não tenho que te aturar.


- Mas respeito comigo garota ou lhe incinero. – disse Zeus bravo.


- Faça isso e arranje outro para cuidar de Lúcifer. Mas já lhe digo, está para nascer alguém capaz de me matar. – disse Gina desafiadora.


- Ginevra, cuidado! – informou Hades.


- Criança maldita. – disse Zeus apontando seu raio para a garota, que simplesmente segurou o choque com as mãos.


- Lhe disse que está para nascer alguém capaz de matar. Como sacerdotisa de Nix e uma híbrida, sou capaz de resistir a maioria dos feitiços, não será um simples raiozinho que me matará. – disse Gina vendo a cara surpresa de todos. – Fiquem sabendo que a partir de agora, jogarei segundo minhas regras, nem tentem interferirem.


Dito isso, ela sumiu. Apareceu num apartamento simples, suíte, cozinha, sala, banheiro e escritório. Com um suspiro se encaminhou para o escritório, uma cópia daquele que usara nas férias entre seu quinto e sexto ano.


- Merda! – praguejou Gina indo para seu quarto ao ver a hora. – Vou me atrasar para o curso de rastreadora.


Rapidamente se trocou, preparou um grande copo de suco de laranja e comeu uma maça, ir para o curso sem nada no estomago não era uma boa ideia.


Gina estava numa clareia junto com mais uns quinze estudantes. Estava loira e com olhos claros, além de ter mudado suas feições também. Hoje era dia do segundo teste, um dos quais poucos passava.


O teste consistia em ficar um final de semana inteiro dentro de uma floresta. Sem armas, varinhas nem nenhum tipo de magia. Gina logo que entrou, prometeu a si mesma que não usaria sua magia de maga, nem nenhuma outra. Seguiu até achar uma grande árvore, a qual rapidamente escalou. Lá de cima, pode procurar melhor por alguma fonte de água. Assim que achou, passou a correr até lá.


No caminho, achou algumas pedras e cipó, que utilizou para fazer uma adaga simples, era sempre bom ter algo do tipo por perto. Assim que chegou ao que parecia ser um rio, Gina subiu em outra árvore, ficaria ali até ter que voltar. Olhando para o céu, via vários flashes vermelhos, sinal que vários estudantes saíram da prova. Perto da hora do teste acabar só restava Gina e outros três caras.


Para ela, aquele teste era moleza. Já havia feito coisas muito piores. O terceiro teste, o que ninguém passava, seria no mês seguinte. Gina estava em seu apartamento quando seu celular tocou. Apenas seus amigos e familiares tinha seu número. Foi com surpresa que viu o nome Vitor Krum no identificador.


- Oi Vitor. – disse Gina com um suspiro.


- Desculpa te ligar assim Gina, mas preciso falar com você urgente. – disse Vitor meio desesperado. – É um assunto delicado.


- Não sei Vitor, não estou na Inglaterra e deixei todos para trás. – disse Gina.


- Eu sei, mas se não fosse importante não te ligaria. – disse Vitor.


- Certo, me encontre em meia hora no Regent’s Park, sabe onde é? – perguntou Gina.


- Sei sim, na Londres trouxa não? – disse Vitor.


- Exato, corremos menos risco em lugares não bruxos. – disse Gina.


A ruiva então saiu do apartamento e bateu no em frente ao seu. Uma Marie com uma barriga de nove meses atendeu. Gina entrou e elas se sentaram na pequena sala.


- Marie, vou dar uma saída, não devo demorar. – informou a ruiva. – Qualquer coisa me liga certo?


- Pode deixar. – disse Marie passando a mão na barriga. – Algum problema?


- É o que eu pretendo descobrir. – disse Gina.


- Boa sorte. – disse Marie ao que a ruiva acenou e partiu.


Rapidamente, Gina entrou no quarto e com um estalar de dedos, se trocou. Em frente ao espelho, mudou a cor de seus cabelos para loiro com as pontas coloridas, não queria ser reconhecida. Depois de mais umas mudanças pequenas, partiu para Londres.


Gina encontrou Vitor sentado em um dos bancos que se estendiam pelo parque. Sentou-se ao lado dele que nem se mexeu. É claro, ela estava irreconhecível.


- Vitor, sou eu. Gina. – disse Gina rodando os olhos.


- Gina? – perguntou surpreso. – Nossa, você está diferente.


- Essa é a ideia. – disse Gina. – Sobre o que quer falar?


- Um pessoal da Estrela Negra andou me procurando. – disse Krum olhando para o chão. – Por eu ter fama e popularidade, eles disseram que serei um bom espião.


- E o que você quer que eu faça? – perguntou Gina. – Negue.


- Fiz isso no início, mas quando eles ameaçaram minha esposa e meu filho que vai nascer... – disse Krum.


- Entendo, quer que eu te esconda? Posso fazer isso. – disse Gina calma.


- Sei que pode e isso era o que eu iria pedir, mas... – disse Vitor.


- Mas? – perguntou Gina.


- Eu pensei em servir de espião. – disse sem emoções.


- E o que sua esposa acha disso? – perguntou Gina.


- Ela não gosta muito, mas também não quer se esconder. – disse Vitor com um sorriso. – Auror sabe?


- Como sei. – disse Gina. – Mas tem certeza?


- Sim, eu tenho. – disse Vitor. – Por isso eu quis falar com você. Imaginei que pudesse me ajudar.


- Você ter razão, eu posso te ajudar. – disse Gina se levantando. – A começar pela segurança de você e sua família.


- Como? – perguntou Vitor.


- Se levante Vitor, vamos para sua casa. – disse Gina com um sorriso. – Vou garantir que sua casa esteja segura, depois eu cuido da proteção da sua família.


- Por aqui. – chamou Vitor e eles entraram no meio do parque, onde aparataram.


Era uma casa simples, num lugar no interior, sem muitos vizinhos. Antes de Vitor entrar, Gina o parou e fez seus feitiços. Após a barreira dourada sumir, eles entraram. Havia uma mulher loira na cozinha, com uma pequena barriga de gravida.


- Natasha? – chamou Vitor.


- Vitor! – disse a mulher o abraçando. – Quem é você?


- Gina Potter, uma amiga. – disse Gina a cumprimentando.


- Mas você não era ruiva? – disse a mulher.


- Disfarce. – disse Gina dando os ombros. – Vitor me contou da ideia dele, vim ajuda-los.


- Amor, ela é confiável? – sussurrou Natasha no ouvido do marido.


- Confio minha vida a Gina. – sussurrou de volta.


- Bem, o que tem em mente Gina? – perguntou Natasha.


- Já arrumei a proteção da casa, darei colares protetores para os três e vou ensinar para Vitor uns truques para enganar os membros da Estrela. – disse Gina convocando três colares. – Sorte que eu faço pelo menos três colares todo mês.


- Para que servem esses colares? – perguntou Vitor curioso.


- Protege da maioria dos feitiços, contra a Avada Kedavra, alivia a Crucio e a Imperius, entre outras. Mas o principal, sempre que estiver em perigo, eu saberei. – disse Gina. – Vitor, me dê sua mão.


- Para quê? – perguntou Vitor.


- Só me dê. – disse Gina e o búlgaro logo deu.


Gina fechou os olhos e se concentrou. Logo uma aura vinho circulou a mão do bruxo, que Gina aproveitou e a puxou para dentro de um dos colares. Assim que terminou, colocou no bruxo e o colar sumiu.


- Natasha. – pediu Gina e a bruxa deu sua mão.


Uma aura roxa saiu da mão da mulher e Gina transferiu para o outro colar. Após colocar o colar na bruxa e o mesmo sumir, Gina colocou as mão na barriga de Natasha e uma aura azul bebê saiu da mão de Gina, que foi transferida para o último colar, que logo sumiu.


- Pronto. – disse Gina com um sorriso. – Seu pequeno está seguro. Qual o nome?


- Andrei. – disse Natasha sorrindo e passando a mão na barriga. – Nosso pequeno Andrei.


- Vitor, eu volto em alguns dias para te ensinar os feitiços, qualquer coisa me ligue ok? – disse Gina.


- Obrigado. – disse Vitor.


- Muito obrigado. – disse Natasha.


- Esse é meu dever Natasha. – disse Gina sorrindo. – Um dever que faço com maior prazer.


- Então Vitor é um espião? – perguntou Ron surpreso.


- Sim. – disse Marie emburrada. – Não gosto dele.


- Por quê? – perguntou Mione curiosa.


- Ela rouba minha maninha. – disse com um biquinho fofo.


O terceiro teste, o que todos reprovam. O teste consistia em espionar uma reunião de um grupo trevoso, onde teria que ficar em silencio, sem agir, enquanto eles torturavam, matava e abusava de pessoas inocentes. Apesar de não gostar de ficar parada, Gina tinha um método que usou muito enquanto espionava comensais em sua outra vida. Em vez de agir, ela ficava ali parada, decorando cada movimento dos bruxos e analisando sua aura mágica. E, depois de fazer tudo isso, ela passava a deslocar ossos de seu corpo, aliviava a tensão.


- Não é a toa que depois ela te procurava Bê. – disse Marie com um suspiro.


- Gina é um pouco louca, mas depois de tudo que passou, quem a julga? – disse Bernardo.


Gina fora a única e completar o teste sem invadir a reunião, o que a garantiu como rastreadora. As próximas lições era desvendar e cancelar feitiços entre coisas dos tipos.


Próxima lembrança. Gina tinha um baile para ir, onde aproveitaria para espionar todos aqueles bruxos que estavam indo para o lado negro. Isso era parte do seu trabalho, principalmente fazê-los confessar seus crimes para uma linda e inocente jovem desacompanhada. [n/a: Linda sempre, inocente, nunca!]. Depois de pronta, Gina fez pequenas modificações em seu rosto e cabelo e foi para o baile.


Assim que entrou no grande salão, todos a olharam. Ela sorriu com isso, primeira parte do plano executada. Seguiu, sem ligar para os olhares que recebia, para o bar. Desde que se tornou auror/inominável havia começado a beber, pensava que assim esqueceria seus problemas. Foi só para descobrir que não ficava bêbada.


Logo ela já estava acompanhada por um senhor corcundo e calvo, que falava a vontade sobre todas as coisas que fazia, além de beber e pagar drinks para a ex-ruiva. Certo tempo depois, Gina o desacordou suavemente, fazendo parecer que o cara apenas desmaiou por causa da bebida.


Gina, com um sorrisinho, pegou outro drink e andou pelo salão, atraindo olhares de todos. Logo encontrou seu próximo alvo. Ruivo, alto e gorducho. Um cara importante no mundo bruxo. Como quem não quer nada, ela se aproximou dali, ignorando a existência dele. Não deu nem um minuto e o bruxo a parou. Após alguns drinks, o ruivo já tinha soltado tudo que Gina precisava. Depois de desacordá-lo, Gina seguiu discretamente para fora do baile, já tinha tudo que precisava.


- Ela é louca? – gritou Mione. – Se ela for pega, eles a matam!


- É exatamente por isso que rastreadores são raros. – disse Marie contrariada, não gostava de Gina ser uma.


- Você não gosta que ela seja uma rastreadora não? – perguntou Tiago.


- É não gosto. – disse Marie. – Não é legal ver sua melhor amiga, aquela que você tem como irmã, que sempre te ajudou e tudo mais, sempre em perigo.


- Gina!  - Uma Marie pálida gritou.


- Respira Marie, respira. – dizia a ruiva. – Os curandeiros já estão chegando.


Dito isso, duas curandeiras entraram no quarto e tentaram expulsar Gina, o que não deu certo. Logo uma linda menininha era colocada no colo de Marie sorridente.


- É uma linda garotinha Marie. – disse Gina sorrindo de orelha a orelha.


- Nossa linda garotinha Gi. – disse Marie. – Dê oi a sua madrinha Luiza.


- Madrinha? Eu? – disse Gina surpresa.


- Quem mais seria? – perguntou Marie.


- Bem vinda a esse mundo louco, minha pequena. – disse Gina com um sorriso.


- Ela é afilhada da Gina? – perguntou Marlene.


- Sim, ela e Nicole. – disse Bernardo.


- Nicolas é afilhado do Bê e da Marie. – disse Bruno.


- Tem certeza? – perguntou Gina pegando uma garotinha no colo.


- Sim, Nicole é sua afilhada Gina. – disse Marcela sorrindo.


- E não aceitamos não como resposta. – disse Bruno.


- Bem-vinda ao mundo, pequena Nick. – disse Gina sorrindo para a pequena em seus braços.


Próxima lembrança. Numa clareira, em frente de uma casa abandonada, estavam uma mulher de longos cabelos negros, assim como seus olhos, de terno. Uma única coisa a destacava, um broche em formato de anjo em azul safira em seu peito. Ao seu lado, estava uma garota loira, com as pontas coloridas, em um terno jovial e um boche de rosa feito em ônix. Angel e Dark Rose.  


- O que temos que fazer mesmo Rose? – perguntava a morena.


- Enquanto eu distraio todos, você entra discretamente e resgata a filha do Ministro Russo e sai com ela ilesa. – explicou a loira. – Quando estiveram em um lugar seguro, mande-me uma rosa negra.


- É claro que seria uma rosa negra. – disse a morena revirando os olhos. – Muito original Rose.


- Que seja. – disse Rose dando os ombros. – Me dê cinco minutos e entre.


- Como quiser flor. – disse Angel com um sorriso sombrio.


Com todo o seu charme, lembrando-se de retirar o broche, Rose bateu na porta da casa abandonada. Um homem mau encarado e com péssima aparência atendeu.


- Com licença, eu me perdi de uns amigos e gostaria de saber se me podem emprestador um telefone? – disse Rose docemente.


- Claro, bela senhorita. – disse o homem dando passagem para Rose e perdendo o revirar de olhos que ela deu.


Sem nem se preocupar em espera-lo fechar a porta, Rose lhe deu um chute “naquele lugar” e chutou sua cabeça com força. Com o barulho, outros grandes caras apareceram.


- Parece que tirei a sorte grande, hein? – disse Rose irônica, desviando dos feitiços que lhe lançavam.


Sem nenhuma dificuldade, Rose foi chutando e socando os homens, dando uma leve piscadela para Angel quando a mesma entrou. Não demorou muito e uma rosa negra apareceu no chão.


- A festa está ótima, mas tenho que ir queridos. – disse Rose sumindo e deixando outra rosa em seu lugar.


Ela apareceu em uma clareira bem longe daquela casa. Angel tentava acalmar uma linda garotinha morena. Tinha por volta de oito anos e seu nome era Ania.


- Hey pequena, calma. – disse Rosa se abaixando na frente dela. – Não vamos te machucar ok? Só vamos te levar para casa, sua casa.


- Promete? – perguntou a menininha chorando.


- Prometemos. – disseram juntos.


- Só segure minha mão e logo verá seus pais, tudo bem? – disse Angel oferecendo a mão à garota.


- Tudo bem. – disse a menina apertando a mão dela.


- Nós vemos logo Angel. – disse Rose antes de sumir e, novamente, deixar uma rosa negra em seu lugar.


Próxima. Gina estava em um lugar estranho. Parecia um calabouço. Ela estava escondida nas sombras, nem parecia existir ali. Mas, para a surpresa deles, ela não estava ruiva com olhos esmeraldas como Gina, ela não estava loira com olhos azuis como Dark Rose, também não era morena de olhos azuis como Ártemis. Ela estava com os cabelos mais escuros que a noite, mais escuros que as próprias Trevas, assim como seus olhos, esses, sem nenhum brilho.


Ela estava ali para ouvir uma reunião da Estrela Negra. Ali, eles falavam quais eram seus principais alvos e o que pretendiam fazer com eles. Nenhum bruxo ou amaldiçoado era visto ali, apenas cinco vultos negros e, no centro, sentado num trono, Lúcifer.


- Dor, você cuidará daqueles amiguinhos da Ginevra. – disse Lúcifer. – Não quero nenhum amigo ou familiar dela vivo, entendeu?


- Sim, senhor. – disse um dos vultos.


- Vingança, tente descobrir quem são Dark Rose, L e Angel, depois de Ginevra são meus principais alvos. – disse o semideus para outro vulto.


- Farei tudo que estiver ao meu alcance senhor. – disse outro vulto.


- Fecharei o circo dela. Ginevra morrerá quando todos os amigos e familiares dela não mais viverem. – disse Lúcifer sombrio. – Temos que aproveitar que ela está hesitando começar o treinamento dos amigos, quanto mais demorar para eles se tornarem Cavaleiros Elementais, melhor para mim.


Próxima lembrança. Gina estava sentada numa mesa com Bruno, Marcela, Gustave, Marie, Bernardo, Donna, Will, Lúpus, Marcus e Diane. Ela estava cabisbaixa.


- O que descobriu? – perguntou Donna docemente.


- Ele quer matar todos que me são importantes. – disse sem olhar para ninguém. – Ele também quer descobrir quem são L, Dark Rose e Angel, pois são os próximos alvos depois de mim.


- E qual o plano? – perguntou Will depois de um tempo.


- Inicialmente, colocar gente de olho na minha família e amigos em Londres. – disse Gin com um suspiro. – Depois...


- Não! – disse Marie batendo na mesa. – Eu não vou deixar você fazer isso.


- Mas é o melhor Marie. – disse Gina séria. – Podemos saber nos defender, mas e os gêmeos? E a Lu? Andrei? Eu não vou arriscar coloca-los em perigo sinto muito, mas só voltaram a me ver se for estritamente necessário, fora isso, Lua entregará a vocês o que precisarão saber.


Gina apareceu num quarto, onde duas crianças dormiam. Nicolas e Nicole. Gina sorriu para as duas crianças. Deu um beijo na testa de Nico e colocou um colar protetor nele, fazendo o mesmo com Nick.


- Nunca se esqueçam de que faço o melhor para vocês, meus pequenos. – disse Gina deixando uma lágrima escapar. – A tia Gi ama vocês.


Depois de se despedir dos gêmeos, ela aparatou no quarto da sua princesinha. Luiza dormia calmamente, Gina sorriu com isso. Fez o mesmo processo para o colar surgir no pescoço da afilhada e beijou sua testa.


- Estou fazendo isso por você anjinho. – disse Gina secando outra lágrima fujona. – Te amo minha princesinha.


Gina aparatou na casa de Vitor e explicou tudo para ele e Natasha que, apenar de não concordarem, entenderam a menina. Gina se despediu de Andrei e foi direto para sua ilha, no lugar mais afastado de todos, queria ficar sozinha, assim suas lágrimas poderiam cair sem medo.


- Gina... – sussurrou Marie também chorando. – Pare de se sacrificar por todos!


Próxima lembrança. Dark estava numa sala com vários Ministros. Estavam reunidos para tomar uma medida sobre todos os problemas que a Estrela causava. O celular de Gina tocou. Bernardo.


- Senhores, se me deem licença, preciso atender essa chamada. – disse Dark se retirando da sala. – O que aconteceu Bernardo? É melhor que seja importante.


- Carlinhos Weasley foi atacado, está entre a vida e a morte. – disse o bruxo pelo telefone. – Ele precisa de você.


- Onde? – perguntou Dark voltando para a sala e pegando sua bolsa.


- St. Mungus. – disse o Bernardo.


- Senhores, depois continuamos isso. – disse ela saindo da sala. – Te encontro em cinco minutos.


Sem nem esperar mais nada, Gina foi direto para o hospital, parando apenas para retirar os cabelos loiros e os olhos azuis. Estava ruiva novamente, com suas lindas esmeraldas. Nem se importou de estar de “uniforme”.


- Srs. Chamei uma amiga para cuidar dele. – ela pode ouvir Bernardo conversando com os Weasley. – Se há alguém no mundo que possa salvá-lo, é ela.


- Ele está tão ruim assim, doutor? – perguntou Harry, seu voz indicava choro.


- Sim. O veneno impede que os ferimentos sejam curados. – disse Bê. – De hora em hora eles abrem, ele perdeu muito sangue. Já tentamos de tudo.


- Sabemos que fez o que pode. – disse Draco, ele estava ali com Ana para acalmar Juliana.


- Onde ele está Bernardo? – perguntou Gina invadindo a sala de espera, sem nem olhar para ninguém ali.


- Gina?! – disseram todos surpresos.


- Por aqui Gina. – indicou Bernardo ignorando-os, após um olhar de Gina. – Agora ele vai ficar bem. – disse Bê para a família. – Você consegue Gina.


- Me deixe sozinha. – pediu Gina entrando no quarto.


Gina olhou para o ruivo deitado na cama. Então retirou o blazer e a bolsa e colocou numa cadeira ali. Olhou os ferimentos do domador de dragões, as coisas estavam muito feias por ali. O pior era o veneno, ele impedia que o corpo se recuperasse sozinho.


Após estralar os dedos, Gina colocou as mãos em direção ao coração de Carlinhos, fazendo-o flutuar alguns centímetros. Um brilho dourado circulou a mão da ruiva e passou pelo corpo dele, fechando os ferimentos. Com um suspiro, Gina colocou a mão na cabeça dele e um raio negro saiu dali, fazendo o coração do bruxo parar de bater.


- Por favor, Merlin, Mirian, Deus, deuses, qualquer um, faça dar certo. – pediu Gina olhando para cima. – Por favor.


Depois dessa pequena prece, Gina fez um corte na jugular de Carlinhos e retirou todo o sangue dali. O líquido rubro tinha muita quantidade de um líquido verde brilhoso. Veneno. Com todo o cuidado que tinha, Gina foi separando lentamente os líquidos, verde de um lado, rubro de outro. O veneno depositou num frasco que tirou de sua bolsa, o sangue, ela recolocou no corpo com muito, mas muito, cuidado. Com outro suspiro, Gina fez um corte em seu dedo e desenhou seu símbolo no peito de Carlinhos, aonde lançou um raio negro que absorveu seu sangue e fez o coração voltar ao normal.


- Obrigado. – sussurrou Gina antes de se recompor e abrir a porta.


Assim que pôs os pés na sala de espera, estavam todos os Weasley e seus amigos ali, além de Bruno, Marcela e Marie. Bernardo estava acalmando a família, que a maioria estava em pranto. Assim que a viram, olharam-na com expectativas.


- Gina... – alguns ameaçaram a levantar, mas voltaram com o olhar cansado e frio dela.


- Ele está dormindo, precisará de descanso. – disse seguindo para a porta. – Agora é com você Bernardo, fiz o que tinha que fazer.


- Como ela fez isso? – perguntou Gryff surpreso. – Não conheço esse tipo de feitiço.


Gina estava quase atravessando a rua quando uma mão segurou seu braço, impedindo-a de andar. Ao se virar, ela se viu frente a frente com Harry após três anos sem se verem.


- Gi... – disse ele hesitante. – Precisamos conversar.


- Sim, precisamos, mas não hoje, nem tão cedo. – disse Gina calma. – Você quer respostas e eu não posso dá-las, não por enquanto.


- Me contento em te ter por perto novamente. – disse Harry com um suspiro.


- Queria poder ficar com você, mas não posso. – disse Gina sorrindo meiga. – Por ora, temos que nos contentar com a lembrança.


- Mas... – disse Harry.


- Voltaremos a nos ver antes do que imagina. – disse Gina lhe dando um beijo na bochecha.


Após isso, a ruiva atravessou a rua e seguiu até um beco escuro, aparatando na Fazenda, onde caiu no sofá. Antes de apagar, Gina pode ver Spes vir e colocar uma coberta por cima dela e dizer “Boa noite, pequena mestra.”.


- O que aconteceu? – perguntou a ruiva assim que acordou no dia seguinte.


- A senhorita surgiu na sala e apagou no sofá, pequena mestra. – disse Spes trazendo uma bandeja de café para Gina.


- Obrigado Spes. – agradeceu Gina. – Não sabia que continuava aqui.


- Sou livre, mas minha vida é aqui, se a Srta. me permitir viver aqui. – disse a elfa.


- Jamais pediria que você fosse embora Spes. – disse Gina. – É até bom que continue aqui, não tenho muito tempo para cuidar da fazenda, mas, se for para vir mais vezes, vou fazer algumas mudanças, o que acha?


- Se a senhorita assim o quiser. – disse a elfa. – Seus avos iriam querer que a senhorita se sentisse confortável e bem aqui.


- Obrigado – disse Gina.


O resto do dia, Gina fez leves mudanças na casa. Como pintar as paredes de cores mais alegres, fazer uma parede só com alguns quadros da família, em especial Selene, Joshua e seus avos, transformou alguns desenhos de Harry em quadro, entre outras mudanças. Umas das primeiras coisas que fez foi transformar o escritório, ela passaria mais tempo ali. Também mudou seu quarto.


Suas paredes, antes vermelhas, mudaram para um lilás bem clarinho. A parede que nada tinha se tornou uma pintura. Ela pegou um dos desenhos que ganhara do garoto e traspassou para a parede. Um lindo por do sol se seguia, onde, ao fundo, um casal estava abraçado na grama, observando a paisagem. O teto foi enfeitiçado para sempre mostrar o céu de verdade. Seus móveis mudaram do tom de madeira para branco. Adicionou mais fotos pelo quarto. Ela com as crianças, com Marie, Bruno Macela, Bernardo, com outros amigos...


- Spes, eu já vou. – disse Gina após arrumar seu quarto. – Já refiz os feitiços de proteção e arrumei tudo.


- Sim, pequena mestra. – disse Spes sorrindo. – Spes cuidará da Fazenda.


- Obrigado, assim fico mais tranquila. – disse Gina. – Volto logo.


Próxima lembrança. Gina estava se encaminhando para Avalon, já em seus trajes. Precisava ficar um pouco longe dessa confusão, ainda mais agora que reencontrara sua família, que percebera que ficar sozinha era sua ruína.


- Gina? O que faz aqui em Avalon? – perguntou Diane ao ver a garota atravessar as brumas. – Aconteceu algo?


- Não, não aconteceu Diane. – disse Gina com um suspiro. – Só vim em busca de paz, um pouco pelo menos.


- Já entendi tudo criança. Venha comigo. – disse Diane sorrindo e a interrompeu quando ia retrucar. – Sim, para mim você sempre será uma criança, Gina.


Diane segurou no braço da ruiva e a arrastou até um quarto na grande casa. Assim que colocou os pés no quarto, ele mudou e se tornou uma replica do que ela construiu na Fazenda. Diane sorriu ao ver o sorriso de Gina nas fotos.


- Sabe, sei o que acontece com você. – disse Diane séria, enquanto olhava um foto de Gina com Harry. – Você se afastou de todos que um dia lhe fizeram bem. Sem nenhum deles para ajudar-lhe a seguir em frente, você se torna fraca. Você é a pessoa mais inteligente e corajosa que conheço Gina, mas também é a mais idiota e mais medrosa.


- Hm... – bufou Gina. – Falou pouco, mas falou tudo.


- Gina, olha para mim. – pediu Diane fazendo as duas se sentarem na cama de casal. – Para você, o mais seguro para todos é ficar longe, mas para todos, o melhor é você por perto. Sim, Lúcifer é um maníaco que quer lhe matar lentamente, matando cada uma das pessoas que você ama, mas a melhor segurança que possuímos é que temos alguém do nosso lado que não hesitaria um segundo antes de nos salvar. Nós possuímos você, criança.


“Sempre lhe foi cobrado mais do que poderia dar, por isso sempre se esforça e dá 220% de si em tudo. Não confia em ninguém, não completamente a ponto de contar todas as obscuridades de seu passado. Disse-lhe isso uma vez e repito, pare de colocar tudo em suas costas! Você é forte, mas não aguentará o cargo por muito mais tempo se continuar assim.”.


- E o que você quer que eu faça Diane? – perguntou Gina, seus olhos brilhavam por segurar lágrimas. – Quer que eu jogue o fardo para outro? Que eu volte, onde estarão me esperando de braços abertos? Você mesma disse, tenho obscuridades em meu passado, só que elas me perseguem, não sou tão egoísta para pedir que alguém compartilhe da minha dor.


- Exato. – disse Diane. – Mas você não está e nem nunca mais estará sozinha Gina. Seus pais, seus tios, amigos, o Harry... Todos eles estão por ai, aguardando o momento em que poderão te ter novamente. Eu entendo seu medo de se aproximar, se apegar as pessoas, confiar... Mas sinto lhe dizer que se seu objetivo era se tornar uma princesa de gelo, literalmente, você falhou querida. Seu coração bate por pessoas que você ama mais que sua própria vida. Então pare de se esconder, se encontrar com algum deles, responda, aja e volte a ser a verdadeira Gina.


- Mas eu sou quem eu sou. – sussurrou a ruiva.


- Não, não é. E você sabe disso. – disse Diane. – A verdadeira Gina é a mistura perfeita de L, Dark Rose, Ártemis e daquela menininha que sempre teve o sonho de ter uma vida normal, de ser amada e querida, que tem medo de tudo e de todos. No momento, você só está liberando Rose e L, já que são as faces mais necessárias no momento. Mas seu triunfo será juntar todas elas e ser apenas você.


- É complicado. – disse Gina, dando-se por derrotada e deitando na cama. – Por ser sensitiva e ter a benção dos deuses, todos os meus sonhos são premonitórios, há tempos que eu não sei o que é dormir sem ser desmaiar por cansaço mágico. Poucas coisas descem e para no meu estômago, motivo pelo qual raramente como. Praticamente vivo em estado vampiro, pois assim sobrevivo, mas não sei por mais quanto tempo. Eu mesma sinto as Trevas ganhando espaço em mim e isso não é bom.


- Exato, então chega de se afastar de todos, entendido mocinha? – disse Diane acariciando os cabelos ruivos. – Agora você vai tomar um banho relaxante, me encontrará para um leve jantar e depois cairá num sono tranquilo, isso eu posso te garantir. Aqui em Avalon, nenhum de seus pesadelos lhe perseguirá, portanto, retire esse maldito feitiço ilusório.


Com um suspiro resignado, Gina estralou os dedos. Grandes bolsas negras apareceram abaixo dos olhos. Se Gina já era magra, agora parecia aquelas modelos magérrimas. Algumas cicatrizes, hematomas e cortes eram escondidos pelo vestido. Alguns ferimentos eram sérios, outros nem tanto. Gina desistiu de lutar com Diane e seguiu para o banho.


Mas tarde, Gina se encontrava em uma mesa, acompanhada de Morgan, Thor e Diane, num delicioso jantar, onde se viu faminta. Surpreendentemente, ela conseguiu comer sem passar mal, agradeceu Diane com um sorriso.


Próxima lembrança. Gina estava no quarto, trabalhando em um projeto, quando Thor entrou. A ruiva já não estava tão magra e nem tinha mais as pesadas bolsas negras debaixo dos olhos.


- Atrapalho? – perguntou Thor na porta.


- De modo algum Thor. – disse Gina sorrindo. – Estava apenas criando alguns feitiços para sair do tédio.


- Hunf... Só você para criar feitiços quando não tem nada para fazer. – disse ele balançando a cabeça em negação.


- Acredito que não foi para saber o que faço em meu tempo livre que veio até aqui, Thor. – disse Gina fechando os livros.


- Não, não vim por isso. – disse Thor. – Vim lhe fazer uma proposta.


- Que seria? – perguntou Gina curiosa.


- Alguns ministros procuraram Bruno, os aurores não estão dando conta dos ataques, eles não sabem como lidar com certos guerreiros. – disse Thor. – Queriam que Bruno mandasse alguém para treinar os aurores ou algum caçador.


- Mas nenhum dos dois foi possível. Bruno tem poucos aurores formados e os Caçadores não são muitos, não tem como mandar ninguém. – disse Gina.


- Exato. Bruno então me procurou e pediu minha ajuda. – falou Thor, Gina começou a entender o plano. – Pediu para mandar algum de meus guerreiros, mas...


- Nenhum deles conhece o mundo lá fora e seria um risco que Avalon não pode correr. – disse Gina e soltou um suspiro. – É ai que eu entro não?


- Sim. – disse Thor. – Sei que quer um tempo de se dividir entre Dark, L e Gina. Assim, será você mesma e fará algo que gosta e é boa: ensinar.


- Certo. – concordou Gina. – Cedo ou tarde terei que sair daqui mesmo.


- Falarei com Bruno e pedirei para ele colocar os ministérios certos em contato com você. – disse Thor sorrindo. – Você se sairá bem.


- Você e Diane se merecem mesmo viu? Detesto quando descobrem minhas emoções. – disse Gina bufando. – Isso é feio viu?


- Querida Gina, somos seus tutores. Como sua Grande Sacerdotisa, é meu dever saber o que se passa contigo e como seu Mestre Guerreiro, é dever do Thor lhe proteger. – disse Diane parada na porta do quarto, com um sorriso. – Como podemos cumprir nossos papeis sem saber o que se passa por essa louca cabeça ruiva?


- Coitados de vocês então. – disse Gina sorrindo. – São obrigados a aguentar minhas loucuras.


- Quando vai? – perguntou Diane séria.


- Assim que o sol nascer será melhor. – disse Gina calma.


- Sabe que pode vir sempre que quiser e precisar, não? – perguntou Thor preocupado.


- Sei sim, fique tranquilo, sei me cuidar. – disse Gina.


- Bom mesmo. – disse Diane a abraçando. – Prometa-me que dará uma chance a sua felicidade? Uma chance a seus amigos e familiares?


- Prometo. – disse Gina.


- Vou me lembrar de agradecer os dois na próxima vez que entrar em contato com Avalon. – disse Bruno num suspiro.


- Agradeça por todos. – disse Tiago.


- Só assim para essa cabeça dura parar de se preocupar mais com ela do que com o mundo. – disse Gab negando com a cabeça.


- Como se já não soubéssemos disso néh? – disse Daniel. – A Gi sempre será assim.


- É verdade, esse é o jeitinho dela. – disse Marie toda fofa.


Gina caminhava apressada, falando ao telefone. A ruiva estava indo para o Ministério da Magia Britânico, iria começar a treinar os aurores dali. Assim que saiu de Avalon, Gina recebeu uma lista com os Ministérios em que trabalharia e, segundo as informações que tinha como L, organizou sua agenda do menos complicado ou mais trabalhoso. Londres foi o último. Além de treinar os aurores, junto ao Ministro ou pessoa de confiança, Gina procurava eliminar os espiões do Ministério. Ali era onde se concentrava o maior número de espiões da Estrela Negra, por isso, ficou por último.


Estava atrás da porta, onde Artur, o novo Ministro, conversava com todos os aurores e alguns amigos, como Remo, Alvo e Minerva. Todos estavam curiosos para saber quem era seu futuro treinador. Gina girou os olhos, sempre a mesma história. Ninguém acreditaria nela até ela mostrar seu valor. Bom, dessa vez, algumas pessoas acreditariam, pois já a viram lutar.


- Bom, como já foram informados, vou chamar o enviado de Avalon, já deve ter chego a essa altura. – disse Artur, ao que Gina entrou.


- Sim, Ministro. – disse Gina sorrindo ao ver a cara de surpresa de todos. – Eu cheguei.


- Gina?! – disseram todos que a conheciam.


- Bem, sim. – disse a ruiva tranquilamente. – Como sou a única Sacerdotisa Guerreira fora de Avalon, além de ser Caçadora, Thor achou, hum... Interessante eu ser a responsável por isso. Nesse caso, já informo a todos. O treinamento não será fácil, ministrarei aulas de defesa pessoal e defesa mágica, focando em impedir ataques de criaturas das Trevas. Ninguém é obrigado a participar das aulas e, durante esse mês, os aurores que se inscreverem não sairão em missões, aurores de outros países ajudarão caso seja necessário. As aulas começaram segunda feira, às 7 horas da manhã no campo de treinamento. Venham com roupa leve e confortável, nada de saltos, sapatilhas, sandálias, chilenos, jeans ou saias. Calças, shorts e tênis. Durante o treinamento eu exijo respeito, assim como irei respeitá-los. Estão dispensados.


Após as duras palavras de Gina, ela se afastou de todos. Aos poucos, vendo que nada mais tinham a fazer ali, os aurores foram saindo, restando apenas seis, mais o Ministro, seus acompanhantes e Gina.


- Gina! – disse Tiago a abraçando.


- Também senti sua falta pai. – disse a ruivinha correspondendo o abraço.


Depois de todos terem-na abraçado e matado um pouco da saudade, se dirigiram para uma sala de reuniões. Queriam fazer algumas perguntas e Gina tinha as respostas. Entraram na grande sala e se sentaram.


- Onde esteve por todo esse tempo? – perguntou Alvo direto.


- Um segundo. – disse a ruiva estralando os dedos, fazendo uma cúpula dourada surgir e misturar-se nas paredes. – Agora podemos falar com privacidade.


- Magia sem varinha? – perguntou Artur surpreso.


- Bom, respondendo a primeira pergunta, estive viajando pelo mundo, conhecendo novas culturas, novas magias. Adquirindo conhecimento e informações necessárias sobre Estrela Negra. – disse a ruiva. – Quanto a magia sem varinha, bem, nunca precisei de uma varinha, tanto que o cerne mágico da minha não existe mais desde minha primeira magia depois do Tribruxo.


- E porque não falou? – perguntou Sirius surpreso.


- Não vi necessidade, além do mais, na minha outra vida sempre fiz magia sem varinha mesmo. – disse Gina dando os ombros.


- Por que não entrou em contato? – perguntou Ron magoado.


- Não podia, seria perigoso demais para todos. – disse Gina com um suspiro. – Lúcifer me quer tanto quanto quer L, Dark Rose e Angel.


- Lúcifer? Quem é Lúcifer? – perguntou Dan.


- E por falar em outra vida, por que não contou antes que era a Ártemis? – perguntou Remo.


- Uma pergunta de cada vez. Lúcifer é o responsável pela Estrela, ele e seus cinco capangas. Nós topamos em uma de minhas viagens pelo tempo/espaço. – disse Gina dando os ombros, omitindo grande parte de história. – Não contei que era Ártemis por que não era a hora de saberem sobre isso. Eu tive que voltar no tempo, pois Voldemort colocou, hum... Como posso dizer?


- Obstáculos em nosso caminho? – sugeriu Harry com um sorriso de reconhecimento.


- Sabia que você tinha feito essa magia, mas nada pude fazer para evitar. Da próxima vez, te estuporo antes de voltarmos. – bufou Gina para o ex, que sorrio maroto.


- Você era Henry? – disse Tiago surpreso.


- Bem, sim. – disse Harry. – Estava junto dela quando ela teve que partir. Gina nunca conseguiu recusar um pedido quando realmente precisa de companhia.


- Repito, da próxima vez te estuporo e parto. – disse a ruiva. – Continuando. Voldy colocou obstáculos em nosso caminho, obstáculos esses que não podiam ser ultrapassados. A solução foi voltar para o tempo em que eles ainda não existiam pelo menos o mais perigoso. Por precaução, voltei para o último ano de vocês, assim, quem sabe poderia evitar algumas mortes.


- Certo, não contará mais nada pelo visto. – disse Minerva. – Agora, por que esse treinamento só agora?


- Pelo que Thor me falou, alguns meses atrás, alguns Ministros entraram em contato com Bruno. Pediram treinamento adequado para seus aurores dado ou pela Interpol ou pelos Caçadores, como ambos andam ocupados e possuem poucos recrutas, Bruno apelou para os Guerreiros de Avalon. – explicou Gina. – Por coincidência, foi na época em que descansava em Avalon. Thor não poderia colocar em risco a vida de alguém que nunca veio para esse mundo e me pediu esse favor. Estava querendo dar uma mudada na minha vida mesmo, então aceitei e aqui estou.


- Tem mais coisa envolvida do que apenas um treinamento, não é? – perguntou Gab encarando a ruiva.


- Sim, não foi só para o treinamento que vim. – respondeu Gina com um leve sorriso. – Tenho informações de todos os espiões da Estrela infiltrados nos Ministérios. O treinamento é necessário, mas também é um disfarce para conseguir expulsá-los dos Ministérios.


- Como conseguiu isso? – perguntou Alvo.


- Tenho meus contatos e meios, além do mais, tive uma ajudinha de L e Dark Rose. – disse Gina dando os ombros.


- Mas isso a colocará em perigo se Lúcifer a descobrir. – disse Sirius.


- Eis a questão, caro padrinho. – disse Gina com um sorriso maroto. – Ele já descobriu. Além do mais, já era o alvo número um dele mesmo.


- Como assim?! Está louca? – disseram os Marotos juntos. – Ele irá mata-la.


- Tudo faz parte do seu plano não? – disse Ron negando com a cabeça.


- Exato. – disse Gina sorrindo. – Está tão na cara assim?


- Não Gina, mas nós te conhecemos. – disse Gab. – Mas você continua louca.


- Não mudei tanto assim. – disse Gina. – Entendam, eu conheço Lúcifer, sei como ele joga. Ele ficará com tanta raiva de mim que irá esquecer todos.


- E com isso, ganhamos tempo. – concluiu Dan.


- Mas ele virá atrás de você. – disse Artur.


- A questão pai é que Gina só será pega se e quando ela quiser. Estou enganado ruiva? – disse Harry encarando Gina.


- Não. – disse Gina. – Já cansei de me deixar ser pega para conseguir informações.


- Espera! – disse Remo. – Então você se deixou ser pega e levada ao esconderijo dos comensais daquela vez?


- Sim. – disse Gina. – Não precisava de varinha, por isso consegui muitas informações apenas olhando a mente deles.


- Você me assusta às vezes. – disse Sirius assombrado.


- Sabe, ouço tanto essa frase que ela está começando a perder a graça. – disse Gina. – Bom, meu horário aqui já deu. Até segunda feira, sweeties.


[n/a: o sweeties é em homenagem a minha maninha amora gatinha sedutora].


Gina acordou cedo aquela segunda feira.


O céu estava escuro e nublado, dando aquela sensação de querer ficar na cama por mais algum tempo... Menos para ela.


Ela tinha um dia cheio e complicado pela frente. Iria começar o treino dos aurores logo cedo.


Rapidamente fez sua higiene matinal, se trocou e saiu comendo uma maça. Estava morando perto do Ministério, iria a pé mesmo.


As seis e quarenta, ela já tinha tudo preparado. A maioria dos aurores já havia chegado, e estavam esperando distraidamente na sala. Ela nem se preocupou com isso, logo eles estariam mais que acordados.


- Bom dia, aurores! - ela falou, acordando os que estavam num canto. Ela riu baixinho.


- Bom dia. - resmungaram


- Certo. - disse Gina após dar sete horas em ponto. - Vamos começar com algo fácil, uma leve corrida pelo campo de treinamento.


- Por favor, só isso? - disse um auror qualquer descrente


- Como disse, apenas para começar. - disse Gina com aquele sorriso que os garotos e os Marotos bem conheciam. Aquele sorriso "você está ferrado em minhas mãos".


As 08h15min, eles finalmente pararam de correr. Gina andou até o outro lado do campo de treinamento e pegou uma caixa. Lá havia vários pesos. Hora desses aurores aprenderem a controlar sua força.


Depois de mais meia hora, os aurores finalmente pararam, com os braços doendo.


- Oras, só isso e já estão reclamando? - Gina falara, com um sorriso angelical no rosto.


- Só isso? - resmungou um auror.


- Ela é louca. - sussurrou uma auror.


- E só agora perceberam? - disse Gina fingindo surpresa. - Cinco minutos de descanso.


Depois do descanso, Gina ainda os fez dar voltas numa pista com obstáculos, fazer abdominais e flexões. Na hora do almoço, quando o treino físico acabou, estavam todos exaustos e querendo a cabeça da jovem moça, que apenas os olhava. Cada auror seguiu para seu lugar costumeiro para almoçar, enquanto Gina seguiu para Londres trouxa, próximo dali havia um shopping.


Depois do almoço, iniciou-se o treinamento mágico. Ensinou para eles alguns feitiços simples, mas muito úteis. Alguns afastavam, por um tempo, algumas criaturas como lobisomens e vampiros. Outros serviam para aprisionar Mortalhas vivas e distrair gigantes e demônios. E, é claro, que ela não deixou ninguém sair de lá sem fazer um patrono corpóreo perfeitamente.


Uma nova lembrança ia começar, quando...


 


CONTINUA...


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


AGORA. . .  [N/A: Sou má, mas nem tanto :P]


 


 


Quando, de repente, eles se sentiram puxados por um grande poder e caíram sentados no sofá da sala de estar da Fazenda. Gina os encarava com uma frieza desconhecida, mas ninguém tinha coragem de se mexer, não naquele momento. Gina segurava fortemente seu precioso diário enquanto Gryff a olhava com um misto de pena, compaixão e ódio por tudo que ela passou, além de um pouco de magoa, por ela não lhe ter contado nada disso. Gina, então, quebrou o silêncio que se instalou.


– Não deveriam ter mexido nas minhas coisas! – disse Gina brava e fria. – Em especial esse caderno.


– Por favor, Gi diga-me que é mentira. – disse Harry ignorando a fala dela. – Diga-me que nada disso realmente aconteceu!


– Você não é o único que queria isso Harry. – disse Gina séria e fria. – O que eu mais queria era que fosse tudo imaginário, mas não... Isso aqui é vida real, muito real! – depois disso, ela sumiu num flash de luz juntamente com o livro.


 


 


Agradeço a minha linda maninha, Ju, que é minha amora gatinha sedutora baby (Só minha, quem chama-la assim conhecerá meu padrinho, Hades, e não será um encontro amigável). Amora valeu por me ajudar a escrever umas partes ai e ser meu selo de aprovação das minhas loucas ideias. I love you gata!


Boom, é isso. . . Até Terça que vem, quando eu voltar do inferno chamado escola eu posto. . . Desejem-me sorte ^-^ Poisé... Fim dos capítulos blaster grandes gente. . . FINALMENTE!


 Fim da seção Flashback, bora para a história de verdade!

lily jean OLIVER: Se é beeeeeem distante, duvido que chegue logo anjo... Não, magina... Vocês nunca brigam néh? Só uns anjinhos - só que não. Espero que goste desse anjo... E NÃO DEMORE TANTO PARA COMENTAR!

JuPJEWL: Não, não estou assistindo DN baby...  Sim... Ela fez os NIEM's em dez línguas e sim, a Rose é demais... Sem comentários sobre seu showziho... Gostou da sua homenagem baby Ju??

Bay the way... Até semana que vem amorecos...


V Black ;) 

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Comentários (2)

  • lily jean OLIVER

     Fim da seção Flashback, bora para a história de verdade!e corda.................edita huhuhulllllll valeu pessoal Se é beeeeeem distante, duvido que chegue logo anjo...Maaas*faz biquinho fofo* Não, magina... Vocês nunca brigam néh?isso mesmo somos dois anjinhos *abraça ju*  Só uns anjinhos - só que não. Espero que goste desse anjo...Mas é verdade *carinha de sirius que caiu da mudança* E NÃO DEMORE TANTO PARA COMENTAR!Aiiiiiiiiiii acho que ficarei surta~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~Aprendeu a trollar agora é mamy magoue sim reparei a homenagem para ju Gina os encarava com uma frieza desconhecida, mas ninguém tinha coragem de se mexer, não naquele momento. foi um prazer conhece-los Mione, entende: LOUCOS SÃO OS MELHORES!N/todos os personagens concordo o que é o mundo sem.........................................marotices,loucuras principalmente o MSN heinUh, qual a verdadeira identidade da Angel? Eu só sei a Rose e o L t.t Pode isso, Arnaldo?depois a lerda aqui sou eu  pode isso protução Ps.: Primeiro comentário de novo, Li :3*mostra a lingua para ela* Não Gosti Bitch RUN 

    2013-01-24
  • JuPJEWAL

    Mione, entende: LOUCOS SÃO OS MELHORES!Uh, qual a verdadeira identidade da Angel? Eu só sei a Rose e o L t.t Pode isso, Arnaldo?Como é qua a Gina assiste á uma reunião inteira e não é vista? PODE ISSO, ARNALDO? -levanta mesa- VICTÓRIA COUTO, SE VOCÊ MATAR O CARLINHOS -pega faca-Ele viveu, yay -dance-"Suas paredes, antes vermelhas, mudaram para um lilás bem clarinho" PQ ÇE FAZ ISSU? VERMELHO É VIDA t.t "A parede que nada tinha se tornou uma pintura" Me gusta pinturas. "Um lindo por do Sol..." SOL! *-* Vic, eu quero esse quarto, só que vermelho t.tFicar sozinha era sua ruína? Sério?No me gusta Thor u.úE no me gusta "ex"e "Harry" na mesma frase t.tBITCH, PLEASE, Ó EM HOMENAGEM A MIM ALI! PIREM UHAUSHAUHSUAUSAUHSUHA~~~"N/A: Sou má, mas nem tanto :P" É má assim sim.Pois deveria, DN é bom t.tSem comentários, ok.Gostei da homenagem sim! *-* BITCH, PLEASE, É EM HOMENAGEM EM MINHA PESSOA :3Ps.: Primeiro comentário de novo, Li :3

    2013-01-23
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