Capítulo 04
Cap. 04 – Flashback: A Vida de Ginevra Potter! Part. IV
Anos passaram. Gina cresceu como uma garota normal, ou quase. Seus instintos conservaram a garota reservada, misteriosa e curiosa que sempre fora, apenas tinha o amor incondicional de seus pais, padrinhos, tio e avos. Além do grande carinho e companheirismo que nutria por seus primos, quase irmãos, Gabriel e Daniel.
A ruivinha vivia indo para o quartel dos Aurores, a central dos Inomináveis ou para a casa dos avos. Ás vezes, até mesmo, ficava com a madrinha no hospital, mas só ás vezes.
- Desde pequena já vivia no meio de aurores e inomináveis. – suspirou Bruno.
- Não é atoa que ela ama tanto assim seus trabalhos. – completou Marie com um bufar.
Logo os três marotos foram para Hogwarts, onde conheceram Harry, Ron, os gêmeos, Neville e Draco. A ruiva logo se tornou a queridinha da Grifinória, e não era para menos. A garota tinha carinho e atenção em todos que precisavam, além de ser esperta e uma excelente apanhadora, podendo trazer a Taça para a casa vermelha depois de sete anos.
No meio das tensões entre os jogos e os deveres do primeiro ano, um ano de muita novidade, Gina recebeu uma notícia não muito boa. Tiago, seu pai, havia saído em missão e acabou se ferindo muito gravemente. A ruiva deixou todos na sala comunal atônicos, ao correr em disparada para a sala precisa.
Enquanto corria, uma coisa dentro dela queria sair, explodir. Essa mesma coisa parecia se remexer dentro da garota, deixando-a sem perceber que estava sendo seguida. Gab, Dan, Ron e Harry saíram correndo logo atrás da garota e ela nem percebia. Ao entrar na sala, ela pode, então, deixar que aquela coisa saísse de dentro dela. Uma explosão de magia surgiu do corpo da garota e ferimentos começaram a aparecer.
Os quatro garotos pararam na porta aterrorizados. Era muita magia, muito poder, e a melhor amiga deles estava sendo submetida aquilo. Quando, enfim, tudo aquilo acabou, Gina caiu de joelhos no chão cheio do seu próprio sangue. Os garotos logo correram para junto da amiga. Seus olhos estavam opacos, sem vida, diferente de como estavam acostumados.
- Hey, moranguinho. – chamou o primo. – Vai ficar tudo bem com você.
Os quatro a colocaram numa cama providenciada pela sala e, enquanto pensavam no que fariam com os cortes, os mesmos eram fechados pela própria magia da garota. Assim que todos se fecharam, Gina se sentou e abraçou os joelhos. Logo ela estava abraçada a Harry, enquanto Dan lhe acariciava os cabelos.
- O que aconteceu Gin? – perguntou Ron preocupado.
- Meu pai está muito machucado. – disse Gina sem encarar os amigos. – Junto à pressão do primeiro ano com os jogos de Quadribol, minha magia se descontrolou.
- Isso já aconteceu antes? – perguntou Dan muito preocupado.
- Sim, sempre que o fardo emocional é muito grande, minha magia se descontrola e faz isso. – disse Gina abraçando ainda mais Harry.
- Vai ficar tudo bem, anjinho. – disse Harry a abraçando apertado. – Vamos cuidar de você, sempre.
- Por que não contaram para a gente? – brigou Marlene.
- Porque depois desse dia, sempre ela começava a se sobrecarregar com as emoções, ela nos procurava e ficávamos conversando. – explicou Dan com um sorriso de lado.
- E caso não adiantasse, sempre pelo menos um de nos ia com ela para a sala precisa para ela se “aliviar”. – completou Gab.
- Mas sempre juntos. – continuou Ron.
- Afinal, prometemos nunca deixar de cuidar da nossa Gi. – finalizou Harry.
O ano se passou, Gina continuou sendo a melhor aluna da sala e, graças a ela, os leões ganharam a Copa de Quadribol depois de sete anos. Foi difícil para os garotos se despedirem. Harry e Ron iriam para a Toca, sua casa. Dan e Gab, como todo ano, iriam visitar, cada um, sua família materna. Gina, então, seguiu com sua coruja para a fazenda dos avos. Ela amava demais aquele lugar.
O que Gina mais gostou das férias foi que sempre ao acordar e ao ir se deitar, os amigos a surpreendiam com cartas. De manhã era dos primos, as quais ela rapidamente respondia. De noite, ao voltar da entrega, Lua sempre lhe trazia uma carta de Harry e Ron. A garota sempre acordava e dormia com um sorriso no rosto.
A próxima lembrança foi a volta para Hogwarts, enquanto eles conversavam na cabine, encontraram com as gêmeas, Mione e Luna, a procura de uma vazia para elas ficarem. Luna era uma garota de família bruxa e Mione e as gêmeas, nascida-trouxas. Logo ficaram amigas de todos ali.
No Quadribol, Draco entrou como apanhador da Sonserina e sempre que podia, irritava os jogadores grifinórios, mas longe de Gina. A garota tinha uma boa azaração para sonserinos.
Próxima lembrança. O acidente no penhasco. Ron e Gina andavam conversando sobre Quadribol mais a frente, enquanto os outros conversavam sobre outras coisas atrás. Quando uma bola de neve atacou os três o os jogou para um precipício. Por pouco, eles não caíram, mais enquanto os ruivos tentavam chegar até eles, a beirada onde estavam despencou. Gina e Ron correram desesperados para a borda e, depois de uma pequena discussão, Gina saltou atrás deles. A ruivinha foi pulando de galho em galho, até aterrissar com segurança no chão, onde se pôs a procurar os três.
Quando os achou, foi arrastando um por um para uma pequena caverna que ficava próxima de onde estavam. Colocou os três deitados ali, deu poções para eles e os deixou o mais confortável possível. Depois, vou atrás de alguma madeira para fazer fogo, o que felizmente conseguiu. Durante o tempo que ficou ali, ela se dividia entre checar a temperatura deles, dar poção revigorante e cuidar do fogo. Quando parou de nevar e os três já estavam melhores, a ruivinha se permitiu dormir um pouco.
Próxima lembrança, um anúncio. Ginevra Potter é a quarta campeã. Assim que saiu da sala em que os campeões e professores estavam, ela seguiu para a sala da madrinha, onde pediu para avisar Lily que alguém a escreveu no torneio. Depois de receber um forte abraço da madrinha, Gina foi para o observatório e se cobriu com a capa, observando o céu.
A garota se surpreende quando dois braços a abraçaram por trás, mas não se virou, sabia que era Harry. Os dois ficaram ali, encarando o céu por alguns minutos, em silêncio. Depois de um tempo, a ruiva retirou o capuz que lhe cobria a cabeça, a deixando visível novamente.
– Você está bem? – perguntou Harry delicadamente.
– Vou ter que participar do torneio – disse Gina sem rodeios. – A primeira prova é dia 24.
– Vai dar tudo certo, il mio angelo! – disse Harry.
– Como pode ter tanta certeza? – perguntou Gina olhando para o céu.
– Por que você não vai estar sozinha. E além do mais, você é Gina Potter, a garota que consegue tudo. – disse fazendo-a olhar para ele.
– Obrigada! – disse Gina voltando a abraça-lo.
– Sempre vou estar com você ruiva. Sempre. – disse Harry e um pouco depois voltaram para a torre, que estava vazia.
A primeira tarefa chegou. Gina estava já vestida, junto dos outros campeões, aguardando as instruções. Na hora de escolher os dragões, nenhum dos quatro demonstro surpresa, mesmo sem saber qual era a prova. Logo os jurados se retiram.
– Vocês já sabiam não? – perguntou Gina calma, ao que eles assentiram.
A ruiva voltou-se para o pequeno sofá e ficou ali, esperando sua vez. Como era a última, teve tempo para observar a miniatura em suas mãos, assim como falar com ela.
– Bom, agora a quarta campeã e a mais nova também. Gina Potter! – chamou Ludo.
Gina respirou fundo antes de entrar na arena, também retirou o casaco que usava e bebeu um grande gole de água. O plano estava pronto, sua mente bloqueada e ela preparada.
Foi recebida por muitas palmas. Os Marotos e seus amigos eram facilmente identificados na arquibancada vermelha, Gina logo os reconheceu. Logo BlackMoon avistou a ruivinha e lançou fogo nela, o que foi prontamente desviado. Cada ataque e movimento da dragonesa eram avaliados pela ruiva.
– Você quer brincar garota, então vamos brincar. – sussurrou Gina, e continuou do mesmo jeito. – Accio Firebolt!
Quando a dragonesa mandou outra rajada de chamas, Gina já vislumbrava e ouvia sua vassoura chegando, então pulou para cima da mesma. Nem ouviu o barulho que Hogwarts fazia, quando voava o mundo ao seu redor sumia. Assim que avistou o ovo, atrás do dragão, ela se posicionou no ângulo exato e soltou as madeixas ruivas, teria que se misturar com as chamas, fazer todos acreditarem que fora pega. Uma nova rajada de fogo veio em sua direção e Gina circulou-a. Apesar do calor, ela não se afastou. Quando chegou ao ponto certo, passou pela dragonesa e apanhou o ovo dourado.
Quando pousou e olhou para a dragonesa, um rápido flash de reconhecimento surgiu na mente da ruiva. Ela viu a si mesma conversando e acariciando o dragão. Ao que parece, Black sentiu o mesmo, pois ficou agitada. Sem pensar no que estava fazendo, a garota se aproximou da dragonesa e a acariciou, acalmando-a. Assustada, voltou-se para os jurados, recebeu suas notas e voou para seu quarto na torre.
A noite inteira ela ficou falando consigo mesma, em busca de respostas que não encontrou. Quando, enfim dormiu, sonhou com sua outra primeira prova, na sua outra participação no Tribruxo.
Próxima lembrança. Baile. Depois de ajudar todos os amigos a se arrumarem, Gina se preparou para o seu príncipe, seu Harry. Vestido, maquiagem, joias e salto, tudo isso para um único garoto.
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- Ela estava linda! – disse Tiago olhando o sorriso gigantesco da garota.
- Ela sempre está linda. – corrigiu Harry com um sorriso de bobo apaixonado.
- Sim Romeu, mas no baile ela estava deslumbrante. – disse Ron para o irmão.
- Ela já esteve mais deslumbrante em outros bailes, mas não era a Gi. – disse Marie. – Era a L.
Os dois dançaram, riram e se divertiram. Mas quando foram para os jardins, apenas Harry pode continuar a assistir a lembrança. Os outros só voltaram a vê-la quando a ruivinha já estava em seu quarto, escrevendo aos pais.
Já de pijamas, a ruivinha se deitou sorrindo com a noite que tivera. Infelizmente, mais lembranças lhe invadiram o pensamento. Flashes de outro baile, outro pedido de namoro, outro beijo. Aquilo já a estava irritando.
Dia da segunda prova. Gina acordou tensa. Silenciosamente, foi até o quarto dos meninos, nada de Harry. Passou o resto do dia apreensiva, seu namorado estava no fundo do lago negro e ela tinha uma hora para resgatá-lo. Quando a ruiva se juntou aos outros campeões, não perdeu a oportunidade de avisá-los.
Todos novamente vestidos, alinhados e se preparando para entrar naquele lago congelante do inverno de Fevereiro. Quando deram o sinal para irem, Gina engoliu o guelricho e mergulhou. Sabia onde Harry estava, não sabia como, apenas sabia. Não deveria fazer nem alguns minutos que a prova se iniciou quando encontrou a cidade dos sereianos. Ainda estava longe, mas ela via quatro vultos se movimentando. Quanto mais perto ela chegava, mais eles se moviam. Os reféns estavam acordando do transe em que foram postos. Gina saiu em disparada quando percebeu isso, tinha que chegar a tempo.
Assim que estava bem perto, a ruiva lançou um único feitiço para os quatro, o feitiço Cabeça-de-Bolha. Aos poucos os garotos foram relaxando e voltando a respirar, menos a pequena irmã de Fleur. Praguejando, a ruiva pediu para Harry soltar-se e levar a pequena para a superfície, aproveitando para explicar o ocorrido para os jurados. Depois de muita conversa, o garoto aceitou e nadou com a loirinha para onde os jurados estavam enquanto a garota permanecia com o feitiço.
Quando, enfim, todos os reféns estavam a salvo, a ruiva emergiu. Estava cansada e com frio. Junto com os amigos, ela seguiu para a torre da Grifinória, onde tomou um banho quente e caiu na cama pensando no que acontecera na prova. Por que os reféns acordaram poucos minutos após o início do segundo teste?
Terceira e última prova. Os quatro campeões esperavam nervosamente o sinal para entrarem no labirinto que se tornou o campo de Quadribol. Gina foi a primeira.
Logo que entrou no labirinto, fez o feitiço dos quatro pontos, seguindo sempre para noroeste, o centro do campo. Depois que os quatro competidores já haviam entrado na corrida, Gina encontrou um bicho-papão. O transformista nem forma tinha e já havia sido paralisado pela ruiva.
Passou por alguns animais do Hagrid, feitiços e outros bichos-papões, até que ouviu um grito. Sem nem pensar, correu em direção ao grito, encontrando Krum sendo submetido à Cruciatus. Antes que pudesse fazer algo, o vulto que lançava a maldição sumiu. Gina ajudou Vitor a voltar ao normal e, depois do búlgaro falar que não competiria mais, ela lançou fagulhas vermelhas no céu. Remo apareceu para levar o garoto dali, o que fez após a ruiva se certificar que era realmente o tio ali.
Assim que saiu dali, foi novamente impedida de seguir seu caminho, dessa vez por uma explosão. Ao chegar ao lugar em que a mesma ocorreu, viu Fleur presa na sebe e Cedrico desmaiado no chão. Quando todos estavam mais calmos, a ruiva lançou novas fagulhas vermelhas para, dessa vez, o pai e o padrinho da garota virem buscar os competidores.
Sozinha, a ruiva voltou para seu caminho, agora sem ninguém para distraí-la de seu objetivo. Ganhar aquele Torneio e descobrir quem colocou o nome dela no cálice. Depois de algum tempo, chegou à esfinge.
– O que procuras está perto. Para acha-lo, por mim terá que passar. – disse a Esfinge.
– E terei que resolver um de seus enigmas antes não? – disse Gina.
– Sim. Se ficar quieta, pode voltar, se acertar pode passar e se errar te ataco. – disse a Esfinge.
- Pode mandar seu enigma então. – disse Gina
– “Primeiro pense no lugar reservado aos sacrifícios,
Seja em qual templo for.
Depois, me diga que é que se desfolha no inverno e torna a brotar na primavera?
E, finalmente, me diga qual é o objeto que tem som, luz e ar e flutua na superfície do mar?
Agora junte tudo e me responda o seguinte,
Que tipo de criatura você não gostaria de beijar?”.
– Uma ararambóia. – disse Gina segundos depois.
– Muito esperta. Pode passar. – disse a Esfinge abrindo passagem para a ruiva.
Entre a garota e a Taça, havia uma gigantesca acromântula. Gina conseguiu hábil e facilmente cuidar da aranha. Porém, antes de pegar a Taça, ela hesitou. Algo lhe dizia para não fazer isso, uma sensação de que algo ruim aconteceria caso encostasse-se à taça. Ela respirou fundo e agarrou aquilo que, em vez de lhe levar a vitória do torneio, lhe levou para um cemitério.
- Finalmente vamos saber o que aconteceu ai. - disse Carlinhos curioso.
- Só não sei se isso é bom ou ruim. – disse Juliana concordando com o ruivo.
Assim que caiu no cemitério, ela pegar a Taça, mas teve que desviar de um feitiço que foi lançado. Um novo feitiço veio e dessa vez lhe pegou de raspão, já que estava com os reflexos demorados por causa do veneno da acromântula e do cansaço, era um feitiço paralisante.
– Ora, ora. O que temos aqui. A filinha de Tiago Potter. – disse uma voz masculina que Gina conhecia bem demais.
– Até que ela é uma gracinha, não acha? – disse uma voz feminina.
– Ora, ora, o que temos aqui? Lúcios “Loira Frufru” Malfoy e Bellatrix “Bela” Lestrange. Que desprazer. – disse Gina firme, já que o feitiço não a impedia de falar.
– Ora sua... – disse Bellatrix apontando a varinha.
– Então nos reconheceu menina. – disse Lúcios – Mas será que você reconhece isso? Crucio!
Gina nunca havia sentido tanta dor na vida. Os ossos pareciam que estavam pegando fofo, a cabeça parecia que estava rachando no meio e seu sangue parecia que não estava correndo direito. Mas, de algum modo, Gina sabia que existia sim, dores piores e que ela aguentava a dor da Crucio.
– Então a garotinha quer brincar. Será que vai gostar dessa brincadeira? – perguntou Bela, chamando seus novos seguidores, os vampiros, após Lúcios cancelar a maldição.
– Ela parece suculenta. – disse um vampiro.
– Mas o mestre a quer inteira e viva. – disse Lúcios.
– Tentaremos nos controlar – disse outro vampiro.
– É bom mesmo. – disse Lúcios
Apesar de apavorada, Gina sabia que devia reagir de alguma maneira, ela sabia como reagir. Primeira coisa, conseguir pegar sua varinha. Discretamente, enquanto eles discutiam o que fazer com ela, conseguiu apanhar sua varinha e se levantar, com algum esforço.
– Lumos Solem! – gritou apontando para os vampiros, que assim que viram a luz, saíram dali rapidamente.
– Idiotas! – gritou Bela e apontou a varinha para Gina. – Crucio!
Novamente aquela dor, e agora conjunta, pois Lúcios se juntou a cunhada para torturar Gina.
– Severo fez um bom trabalho mandando-a para nós, não Bela? – disse Lúcios gargalhando.
– Fez, e dessa vez o Potter não nos escapa. – disse Bela.
– Primeiro a filha, depois seu sobrinho, o filho dos Black e o filho daquele Lupin também. – disse Lúcios.
– Depois pegamos aquela sangue-ruim e a esposa do meu odiado primo. – disse Bela.
Não! Faça algo! Reaja! Uma voz gritava na mente da ruiva. Uma voz não, sua própria voz. Reunindo uma força sobrenatural, Gina conseguiu apanhar a varinha e usar o feitiço que sonhou. Logo uma imagem surgiu na frente dos dois comensais, que os deixou paralisados e cancelando a maldição. Gina ainda conseguiu pegar a cara da imagem antes de convocar a Taça para si. Essa era a vantagem de usar uma chave de portal. Ela serve para voltar ao lugar de onde veio. E dessa vez, teriam que acreditar nela quando dissesse que Severo Snape era e sempre fora um comensal, assim como Lúcios e Bellatrix.
Após receber todos os cuidados necessários em Hogwarts, Marlene ainda deu uma poção ara dormir para a afilhada e saiu com todos em direção a “reunião” com Narcisa, Draco e Dumbledore. Assim que ficou sozinha, a ruiva se levantou e balançou negativamente a cabeça.
- Depois de ter crises de insônia quando pequena, elas ainda acham que essa poção faz efeito em mim. – resmungou Gina.
A ruiva aparatou diretamente na entrada da Câmara Secreta, era onde estava sendo “chamada”. Logo que desceu o túnel, um brilho dourado lhe chamou atenção. Esse mesmo brilho, ao reconhecê-la, lhe entregou uma pequena caixa, onde havia um caderno-diário e vários colares. Quando estava prestes a se virar e ir embora, uma imagem a parou.
- Olá Gina. – disse Ártemis para a garota.
- Gina Le Fay. – cumprimentou a ruiva. – O que faz aqui? E por que vim atrás dessa caixa?
- As respostas para suas perguntas você encontrará nesse diário. Mas o que você precisa saber agora é que eu sou você. – disse a morena. – Voldemort teria conquistado mais poder e matado mais pessoas se não voltássemos no tempo, inclusive nossos pais morreriam. Descobri um meio de pará-lo antes que fosse tarde demais, o livro explicará melhor.
- Certo, acho que entendi. – disse a ruivinha. – E esses colares?
- São colares protetores. – disse Ártemis. – Escute Gina, vamos precisar fingir um pouco. Está tendo, agora mesmo, uma reunião entre todos os NM, Draco, Narcisa e os Marotos. Ninguém deve saber por ora quem somos. Eu vou lá nessa reunião e um pouco depois você aparece ok? Só siga a minha deixa, você é esperta, saberá como agir.
- Posso fazer isso. – disse Gina com um sorriso maroto. – Os colares deverão ser entregues hoje?
- Sim. – disse Ártemis copiando o sorriso. – Invente histórias de como nos conhecemos, eles tem que achar que somos pessoas diferentes, até mesmo Harry e os meninos, é para o bem de todos. Quando recuperar totalmente sua memória entenderá.
- Então esses sonhos que tenho são flashes da outra vida?- perguntou Gina.
- Sim, mas agora vamos lá. – disse Ártemis.
- Espera! – pediu a ruiva. – O que você é?
- Uma lembrança. – disse Ártemis, ao que Gina tocou-a.
- Mas eu posso te tocar, te sentir. – disse Gina.
- Ficaria surpresa com o que podemos fazer ruiva maluca. – disse Ártemis sorrindo. – Eu existia apenas para observá-la atentamente, sei cada passo que você deu. Logo mais eu volto para o diário, sou como uma página extraída.
- Ruiva maluca? Sério? – disse Gina descrente. – Bom, sou maluca mesmo e você é histérica.
- Feito. – disse Ártemis rindo. – Agora, vou indo, até mais.
Após fazer toda aquela encenação para os amigos, pais e tios, a ruivinha deu uma volta pelo colégio com Manu, mas só uma parte dela se empenhava nisso, a outra estava focada no livro que carregava no livro em seu bolso. Depois de conseguir um urso para a pequena e a mesma dormir, seguiu para seu quarto, onde abriu o livro.
Automaticamente, Gina se viu na mesma situação que eles, visualizando seu passado. Após ver tudo, ela se direcionou para sua ilha, onde reencontrou com Gryff. Quando o mesmo já se encontrava a par de tudo, a garota foi para sua cama, merecia dormir. Porém, mesmo tendo visto tudo, ainda tinha que se lembrar de tudo. Cada sonho, uma lembrança.
Logo, as férias chegaram e com isso, a pequena ruiva iria para sua amada fazenda. Mesmo estando longo dos amigos e do namorado, a ruivinha teria tempo para pensar e analisar cada uma das lembranças recebidas. Depois de se despedir de todos, ela foi até uma área reserva e soltou Lua, sua fiel coruja branca, indo via chave de portal logo em seguida.
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Naquela noite, Gina relembrou de dois acontecimentos. O dia em que Tom invadiu o castelo, no seu quinto ano e no dia em que fora pega pelos vampiros e lobisomens, na Lua Cheia Vermelha. Sem conseguir voltar a dormir, ela ficou ali, parada, no ninho dos Grifos os observando. Quando amanheceu, ela resolveu cavalgar um pouco, isso sempre lhe acalmava.
Quando foi se encontrar com todos no ninho dos Grifos, Gina teve uma surpresa desagradável. Seus amigos e família estavam reféns de alguns bruxos e estavam ameaçando SEUS Grifos. Sim, eles eram dela desde que ela era a única a entrar no ninho sem ser morta.
Aos poucos, a lembrança do confronto contra Voldemort no seu quinto ao lhe veio na cabeça, principalmente quando um dos bruxos aproximou-se das suas amigas. Ela não pensou, ela agiu e quanto menos esperava, já estava num duelo acirrado com os bruxos. De repente, uma agitação passou por todo o corpo da ruiva e se expressou em forma de um clarão, isso facilitou a fuga dos bruxos.
Como se tivesse acordado, a ruiva viu que todos lhe encaravam e os Grifos estavam muito agitados. Sem nem pensar, ela correu e entrou no ninho dos animais, fazendo, no caminho, um feitiço de libertação. Depois de acalmar os seus amados Grifos, ela voltou para casa com todos, levando uma espécie de sermão.
No meio da noite, sem conseguir dormir, Gina encontrou seus avos e seus pais na cozinha, conversando sobre o fato de seus poderes estarem despertando sem ela fazer dezessete anos. Na sala secreta dos Potter, a ruivinha conversou com os Fundadores e descobriu toda a história que ligava os mesmo com a sua família.
Quanto ela foi indicada como a garota de uma antiga profecia, o único jeito de ter a certeza, seria descobrir se ela era a Herdeira Mágica deles. Mas ao fazer e descobrir isso, o feitiço que bloqueava as memórias dela, fazendo vir tudo com grande carga de sentimentos. A ruiva se despediu de todos ali e correu o mais rápido possível para longe de todos.
Numa clareira, sentada em posição de Lótus, Gina liberou sua aura mágica. Sua aura era na maioria dourada, com detalhes em azul, vermelho, amarelo, verde, preto e branco. Uma aura com detalhes elementais. A ruiva, então, começou um ritual aprendido em Avalon.
– “Elemento Aria, vieni in mio soccorso. Ho bisogno della vostra saggezza e la calma!” – sussurrou Gina em perfeito italiano.
Sua aura, antes dourada, se tornou amarela. Gina foi circulada por uma onda de ar que a levitou alguns centímetros do chão.
– “Elemento Terra, vieni in mio soccorso. Ho bisogno della tua forza e la resistenza!”. – sussurrou Gina depois que a corrente de Ar sumiu.
Assim como da outra vez, Gina foi circulada por uma onda da terra e sua aura mudou para verde. A terra em sua voltou uniu-se a onda, fazendo-a ficar sobre um morrinho.
– “Elemento Acqua, vieni in mio soccorso. Ho bisogno della tua energia e la magia!”. – assim que Terra se foi, foi a vez da água.
Dessa vez, sua aura ficou azul e uma onda de água a circulou, vinda diretamente da nascente da cachoeira ali perto.
– “Elemento Fuoco, vieni in mio soccorso. Ho bisogno del vostro animo e l'amore!”. – dessa vez, sua aura ficou vermelha.
Sua aura ficou de um extremo vermelho e foi circulada por uma onda de fogo, vinda diretamente dela.
– “Luce, l'aggiunta di tutti gli elementi, ho bisogno di te! Aiutami acapire i miei sentimenti ei miei ricordi! Dammi una luce!”. – dessa vez, Gina não teve nenhuma ajuda externa.
Uma aura branca brilhante a circulou, maior que todas as quatro anteriores, pois essa vinha de si mesma. Uma calma, força, energia e amor passaram por ela, fazendo suas lembranças e sentimentos ficarem em sincronia com seu corpo. Depois disso ficou muito melhor e mais relaxada.
– “Grazie Aria, Terra, Acqua, Fuoco e la Luce! Eri un grande aiuto!” – agradeceu Gina.
Próxima lembrança. Primeiro dia em Hogwarts, após a maioria estar em suas camas, a ruiva saiu discretamente do salão comunal e seguiu até a aldeia dos centauros.
- Boa noite Ancião. – disse Gina assim que viu o centauro a sua espera. – Já imaginava que lhe encontraria aqui.
- É um prazer revê-la bem criança. – disse o bondoso centauro. – Acredito que suas memórias de seus anos anteriores retornaram, já que se lembrou de um velho amigo.
- Pode apostar Ancião. Hora de Ginevra Lilian Slytherin Hufflepuff Grifo Raveclaw Gryffindor Evans Potter voltar a ser o que era, com pequenas mudanças, é claro. – disse Gina com um sádico sorriso.
- Cuidado Ginevra. – disse Ancião. – As coisas vão ser piores e mais difíceis. Além do mais, como sabe, Hogwarts é pequeno demais para seu total potencial.
- Fico lisonjeada com isso, mas, no momento, é o único lugar que tenho para me reestabelecer. – disse Gina sombria. – Logo seguirei meu destino, mesmo que para isso, me torne, literalmente, uma “princesa de gelo”.
- Boa sorte criança. – disse o Ancião. – Irá precisar.
- Obrigado, mas nem toda a sorte do mundo pode me ajudar no momento. – disse Gina. – As escolhas que farei serão, no mínimo, cuidadosa e delicadamente pensadas e planejadas.
- Sei que sim. – disse Ancião. – Tenha uma boa noite Gina.
Com um aceno de cabeça, a ruiva voltou para o colégio, onde passou boa parte da noite revendo seus poderes, sem esquecer-se de mostrar sua tão conhecida cicatriz, agora preenchida com o azul safira que a classificava como Sacerdotisa seguidora de Nix, além de suas seis contas representando seus elementos.
Próxima lembrança. Ataque a Hogsmeade. Gina e Harry estavam andando pelo vilarejo quando o céu escureceu e um misto de aparatação com explosão foi ouvido por toda Hogsmeade. Gina e Harry trocaram um olhar, apenas um, o que bastou para cada um seguir em uma direção.
Depois de a ruivinha mandar seu patrono para os Marotos e Hogwarts, ela seguiu pelo vilarejo desacordando quem passasse na sua frente com aura negra. Ela encontrou os outros NM, exceto Gab e Dan, ao lado de um Ron desacordado rodeados de dementadores. A ruiva retirou sua capa e convocou seu patrono. Um grifo prateado rompeu da varinha e acabou com os dementadores presentes. A garota fez os amigos irem para Hogwarts enquanto ela procurava os outros amigos.
O patrono cuidava das Mortalhas Vivas e dos dementadores, o feitiço inventado pela ruiva, dos vampiros e os bruxos eram facilmente desacordados. Quando ela avistou os gêmeos, rapidamente aparatou ali com seu grifo. Logo em seguida, apareceu Carlinhos e Juliana. Depois de saberem que todos estavam bem, Carlinhos foi atrás dos alunos, os garotos foram para Hogwarts a Gina voltou a sua busca.
Quando ela os achou, estavam rodeados por alguns vampiros, bruxos e dementadores, além de um demônio. Rapidamente ela se livrou dos três primeiros grupos e se preocupou com o demônio, ela precisaria se concentrar. Gina começou a recitar um antigo canto em uma língua desconhecida, uma fina aura branca puríssima a cercou e se dirigiu a suas mãos, formando uma esfera. Quando a sombra começou a mudar de forma e se tornar uma pequena esfera negra, Gina abriu os olhos e os fixou na bolinha preta. Continuou a recitar o canto, fazendo a bolinha preta ser sugada pela sua esfera branca. No fim, a esfera nas mãos da Gina estava branca com uma bolinha preta dentro.
Depois de Sirius e Tiago aparecerem, Gina pediu para eles aguardarem alguns minutos em silêncio e afastados, tinha que cuidar dos outros demônios. Pegou a esfera e a repousou no chão, em seguida fez um forte corte em seu pulso com sua própria unha e desenhou seu símbolo: um círculo com uma estrela de seis pontas circunscrita. A mesma aura branca a cercou, mas, dessa vez, se expandiu, puxando todos os demônios para a esfera.
Já em Hogwarts, depois de conseguir a autorização com Remo para entrar na ala restrita da biblioteca, a ruiva deve que ser rápida. Arregaçou a manga da blusa que usava e arranhou com força seu antebraço, fazendo sua fênix negra surgir. Pingou uma gota do próprio sangue na ave, que ganhou vida.
- Seja rápida e discreta. – avisou Gina para a fênix. – Quero Donna, Willian, Gustave, Lúpus, Marcus, Thor e Diane na sala de reuniões á meia-noite, certo?
O pássaro negro deu um aceno com a cabeça, como se dissesse que entendeu e levantou voo. Com um suspiro, Gina fez o livro que queria aparecer em suas mãos na página correta. Assim que descobriu o feitiço, voltou para a ala hospitalar pensando na conversa que logo mais teria.
Logo depois de desfazer o feitiço em Ron e dos meninos acordarem, Gina saiu rápida e discretamente dali. Fez um complicado feitiço para o tempo correr mesmo ela estando em sua ilha, assim como ela poderia ver o que acontecia em um único lugar: A sala de Dumbledore, onde os Marotos, o diretor e algumas outras pessoas participavam.
Enquanto a ruiva estudava, quietamente, os demônios com auxilio do pesado livro dos Caçadores, ela acompanhava a conversa que decorria no escritório do diretor, comentando algumas coisas com Gryff.
- Você vai interferir? – perguntou o grifo a ruiva.
- Em alguns minutos, assim que tocarem nos demônios. – disse Gina analisando a esfera, no que a mãe e a madrinha deram a deixa para ela entrar na conversa.
– O que seria Lily? – Gina ouviu a madrinha perguntar quando bateu na porta.
– Pode entrar. – disse Alvo e Gina entrou na sala. – Srta. Potter, sobre o que deseja falar?
– Que tal sobre isso? – perguntou Gina mostrando a esfera branca e encostando-se ao patente da porta, já fechada. – Acredito que o senhor e minha mãe saibam o que é não?
– Demônios! – disse Lilian e logo colocou a mão na boca, como se fosse algo proibido.
– E o que são demônios? – perguntou Sirius a Lilian e Alvo.
– Demônios são vultos sem forma que se apossam do corpo das pessoas, carregando-as de más sensações e algumas vezes, obrigando-as a fazer coisas que jamais fariam. – quem respondeu foi Gina. – Quando um demônio sai de um corpo ou possui alguém puro, essa pessoa morre.
– Não há como destruí-los? – perguntou Tiago a Gina.
– Há sim. – disse Alvo. – Os caçadores de Ártemis são os únicos que sabem os meios e tem autoridade para fazê-los.
– E quem são esses caçadores? – perguntou Cisa, a curiosidade estampada em sua face.
– Não sei muito sobre eles, mais sei que não trabalham com bruxos. – disse Alvo desolado.
– Caçadores são trouxas com alguns dons, vampiros e lobisomens que se dedicam em julgar e punir as criaturas das Trevas que habitam em nosso mundo, seja no mágico ou no trouxa. – disse Gina se aproximando. - Geralmente, os vampiros e lobisomens que fazem parte do grupo, foram forçados a serem assim e fazem de tudo para impedir que outros tenham o mesmo destino.
– Como você sabe tudo isso? – perguntou Cisa surpresa.
– Possuo as lembranças de um mundo com Voldemort nos dias de hoje, mais forte e mais perverso. – disse Gina erguendo a manga esquerda da blusa. – E algumas coisas que fiz naquela época não foram mudadas devido à interferência de Ártemis.
– Mais mesmo assim, você seria muito nova e não teria tempo de se tornar... – disse Minerva, ela estava entendendo exatamente onde a garota estava querendo chegar.
– Tia Mimi, esqueceu-se que existia um vira tempo nas mãos de Ártemis e que podia muito bem me emprestar? – disse Gina com um sorriso maroto.
– Isso quer dizer que você é uma... – disse Tiago surpreso.
– Caçadora? – disse Gina sugeriu. – Exatamente.
Gina arranhou com força seu antebraço esquerdo, fazendo surgir uma bela fênix negra e uma cruz bem detalhada, com uma rosa no centro, símbolo dos caçadores.
– Não é à toa então que você sabia lidar com os Demônios? – perguntou Alvo.
– Pode se disser que sim, mais só vim avisar sobre eles – disse Gina desdobrando a manga e escondendo a marca. – Ainda tenho que destruí-los.
– Mais qual sua classificação? – perguntou Alvo interessado.
– Classificação? – perguntou Minerva estranhando a pergunta.
– Sim, cada caçador possui uma classificação. – disse Gina resumiu. – Dependendo de quanto mais coisas você se especializar. Nível um, lobisomens. Dois, vampiros, Três, dementadores e mortalhas vivas... E ai por diante.
– E qual é o seu? – perguntou Sirius curioso.
– Nível Dez, o mais alto. – disse Gina na defensiva e escondendo que, na verdade, ela era uma Caçadora Suprema. – Fui treinada para lidar com qualquer criatura.
– Por quê? – perguntou Lily, sabia que tinha mais.
– Tinha que me preparar para o que o titio Voldie mandasse para mim. – disse Gina dando os ombros. – Não dava para saber a extensão total de seus poderes.
– E você ficou treinando? – perguntou Tiago abismado.
– Durante um ano e dois meses treinei e não tive contato com ninguém, a não ser meus professores do passado, visto que viajei pelo espaço tempo por muito tempo. – disse Gina informando o tempo nessa dimensão, não nas outras em que viajou, além dos anos no passado. – Pelo menos dentro das regras temporais.
Eles conversaram um pouco sobre viagens temporais antes de Gina voltar a acompanhar a conversa em sua ilha. Assim que voltou a sentar-se em sua mesa de trabalho, Gryff já passou a falar-lhe.
- Se era para falar, porque não falou tudo de uma vez? Para quê ficar omitindo? – perguntou o grifo.
- Eles apenas precisariam saber que sou Caçadora, nada mais. – disse Gina. – Tenho certeza que não será o primeiro ataque que envolve criaturas amaldiçoadas que ocorrerá, portanto logo eles descobririam. Além do mais, ninguém deve saber que sou Ártemis, nem que sou uma Suprema.
- Por que não? – inqueriu o Grifo.
- Porque não. Isso colocaria todos em risco, além do mais, isso significaria perguntas que não estou pronta para responder. – disse Gina seca. – Pois apenas híbridos se tornam Supremos e híbridos são perigosos e inconstantes.
- O que ela quer dizer com perigosos e inconstantes? - perguntou Artur. – É perigoso para as pessoas ou para ela mesma?
- Acho que para ambos. – afirmou Remo pálido.
A ruivinha e o grifo teriam conversado mais se não fosse o tema da conversa se tornar perigoso. Quando comentaram que Caçadores matam sem dó nem piedade, ela não aguentou. Não permitiria que ninguém falasse deles assim, não depois de tudo que eles fizeram por ela.
– Sabiam que vocês têm uma visão errada sobre os caçadores? – perguntou Gina surgindo na porta, assustando a todos.
– Pelo amor de Merlin Gina! Quer me matar do coração? – perguntou Remo assustado.
– Claro que não Aluado! – disse Gina fingindo não ter sido afetada pelos comentários anteriores. – Ainda quero ir ao seu casamento!
– Já destruiu os demônios? – perguntou Lily vendo o amigo todo corado, enquanto os marotos riam dele.
– Yeep! – mentiu Gina – Mas porque vocês vivem achando que os Caçadores de Ártemis matamos as criaturas das trevas?
– Por que é o que vocês fazem. – falou Alvo, como se fosse o óbvio.
– Professor, não vou negar que algumas vezes temos que matar uma criatura negra, - disse Gina ao que a olharam assustados. – mas, isso só acontece se não conseguimos treiná-los ou, meio que, controlá-los.
– Então vocês não matam? – perguntou Cisa.
– Não, só em último recurso ou para preservar vidas inocentes. – disse Gina lembrando que ela deveria estar morta. – Mais agora eu vou para o salão comunal, o pessoal está me esperando. Qualquer coisa dê uma olhada nesse livro aqui. – convocando o livro antigo dos Caçadores, o que ela não fazia parte.
– Mais a fênix negra não é o símbolo dos caçadores também? – perguntou Tiago observando apenas a cruz na capa.
- Se vocês lerem saberá a resposta. – disse Gina sumindo de vista.
Depois de todos os amigos já estarem dormindo e de estar perto da meia-noite, Gina deu um longo suspiro e, junto a espera de aprisionamento, seguiu para a fortaleza.
Quando adentrou os muros, mudou automaticamente. Seus sentidos ficaram mais aguçados, passou a usar seu moletom vermelho com uma fênix negra nas costas, suas armas sempre ao seu alcance.
Quando entrou no que parecia ser a sala de reunião, ela via ali todos os seus antigos companheiros, mais velhos, numa longa discussão pelo motivo da reunião.
- Depois a criança sou eu. – resmungou Gina, então deu um forte e alto assovio, chamando a atenção para si. – Saudades?
- Fênix! – disseram os Caçadores seguindo para um longo abraço.
- Está mais nova criança. –disse Thor ao cumprimenta-la.
- Deve ser porque estou quase três anos mais nova do que quando nos conhecemos? – perguntou Gina retoricamente. – Diane.
- Como vai Mestra Elemental? – perguntou a Sacerdotisa, sabendo que isso irritaria a ruiva.
- Não te responderei apenas pelo Maga Elemental. – disse Gina rodando os olhos.
- Certo, depois matamos a saudade. – disse Lúpus sério.
- Por que nos reuniu Fênix? – perguntou Marcus curioso, enquanto todos se acomodavam.
- Por isso. – disse Gina jogando para o vampiro a esfera.
- Mas, espera! – disse Willian. – Isso são demônios!
- Exato Will. – disse Gina séria. – Hoje no vilarejo próximo a minha escola teve um ataque. Bruxos, vampiros, mortalhas-vivas, dementadores e demônios.
- Não pode ser! – disse Donna abismada. – Hades jurou que todos eles estavam presos no submundo.
- Mas, ao que parece, esses não estão. – disse Gustave endireitando sua postura.
- Isso não importa no momento. – disse Gina trazendo a atenção para si novamente. – O importante é que há alguém reunindo um novo exercito das Trevas, não podemos permitir que ele ganhe muito poder.
- O que sugere? – perguntou Diane olhando atentamente para a garota.
- Lúpus, Marcus, se certifiquem-se de manter o maior número possível de lobisomens e vampiros presos ou do nosso lado. Donna e Will, tentem trazer para a Caçada ou proteger o maior número possível de humanos especiais. – disse Gina para os quatro que concordaram. – Os amaldiçoados da Inglaterra eu cuido.
- Certeza? – perguntou Gustave.
- Absoluta. - disse Gina. – Gustave, encontre e proteja todos os sensitivos, eles provavelmente vão atrás de alguém. Diane e Thor preparem-se, logo irão procurar Avalon também. Certifiquem-se que as proteções da ilha estejam fortes e sempre estejam preparados para um ataque. Logo eu mesma verifico as proteções do lugar.
- Fênix Negra está de volta? – perguntou Lúpus com um misto de sorriso e tristeza.
- Depois de dezessete anos, sim. Estou de volta. – disse Gina se pondo de pé. – Vou terminar de avaliar os demônios e destruí-los. Sejam cuidadosos e qualquer coisa me avise. Prefiro nesse horário, assim posso sair de Hogwarts sem ninguém suspeitar.
- Certo, procuraremos informações também. – disse Marcus. – Se cuide vampirinha, se eles descobrirem o que você é...
- Terão que tomar o dobro do cuidado comigo. E se pensarem em encostar nas pessoas que amo ou nos lugares que aprecio, estarão programando uma viagem só de ida para conhecer Hades. – disse Gina, seus olhos esmeraldas ficaram negros.
- Certo, mas traga nossas esmeraldas de volta e controle sua sede de sangue. – disse Marcus sério. – Controle, principalmente na Lua Cheia.
- Desculpe. – disse Gina com as esmeraldas de volta. – Ainda estou tentando me acostumar com tudo isso novamente.
- Vai ficar tudo bem. – afirmou Donna a abraçando.
- Eu realmente espero, porque se for o quem penso, bem, teremos ocupação pelos próximos anos. – disse Gina antes de se despedir de todos e voltar para a ilha.
Lá, assim que classificou todos os seres negros, foi para o lugar mais afastado da ilha. Fez, praticamente, um talho em seu pulso, desenhando seu símbolo mágico bem grande, onde depositou a esfera. Com toda a concentração que tinha, rodeou seu círculo com fogo maldito ou fogo grego e destruiu a esfera.
Um por um, os demônios foram saindo da bolha branca, mas não conseguia passar do fogo, então, tentavam entrar em Gina. A cada demônio que a transpassava, a ruiva o queimava com o mesmo fogo verde, fazendo-o sair de seu próprio corpo. Esse era o ritual de exorcismo único para acabar com eles, mas exigia muita concentração e controla, um erro e ela virava churrasco de fogo maldito.
No mundo todo, ela era a única que tinha conhecimento desse ritual, sendo a única que sabe fazê-lo. O que não era surpresa, pois apenas uma Suprema se colocaria em risco e seria poderosa o bastante para tentar fazer esse rito.
Quando o último demônio explodiu em cinzas, Gina foi para seu quarto, jogando-se na cama, merecia um descanso depois desse dia exaustivo. Felizmente, ela se lembrara de retirar o feitiço do portal, portanto, era apenas um pouco depois da meia-noite.
Próxima lembrança. Logo depois de treinar os amigos e os Marotos, das aulas e do treino de Quadribol, em vez de dormir, Gina foi para a sala precisa, ela treinaria agora.
- Eles acham que apenas uma corridinha e acabou? – disse com um sorrisinho. – Isso é um treinamento.
Gina fez surgir uma pista de corrida gigante, além de barras e obstáculos. Depois de correr umas quinze voltas com os obstáculos, passou a fazer flexões e giros nas barras. Por fim, passou a fazer alguns golpes de luta em um boneco.
Próxima lembrança. Depois da brincadeira com os Marotos. Gina se encontrava em seu esconderijo na mansão Potter, só ela e os meninos sabiam chegar até ali. Lua e a neve lhes faziam companhia. Pouco depois Harry e Gab vieram lhe falar.
– Gi, você está bem? – perguntou Gab se sentando do outro lado da prima.
– Estou sim Gab. – disse Gina olhando para as estrelas. – Todos já foram dormir?
– Sim, só tem nos três, o Dan e o Ron acordados agora. – disse Gab confuso.
– Preciso fazer umas coisas, vocês dois podem me dar cobertura caso seja necessário? – perguntou Gina, um plano se formava em sua cabeça.
– Aonde você vai e o que vai fazer Gina? – perguntou Harry preocupado.
– Não é nada perigoso, só preciso tomar algumas medidas de segurança. – disse Gina sem dizer nada.
– Que seriam? – perguntou Gab entre curioso e preocupado.
– Não posso dizer no momento Gab, mas assim que puder, vocês serão os primeiros a quem contarei. – prometeu Gina ao primo-irmão.
– Só não faça nada perigoso e volte o mais rápido possível. – disse Gab a abraçando.
– Pode deixar. – disse Gina sorrindo e correspondendo ao abraço.
– Cuidado Gi, por favor. – pediu Harry abraçando a namorada e dando um beijo antes dela sumir noite a fora.
Gina aparatou num prédio antigo no centro de Los Angeles. O porteiro, ao vê-la, quase desmaiou. Imediatamente liberou a entrada da garota que sorriu em agradecimento. Gustave estava quieto, em frente a um computador, mexendo em alguns papeis.
- Atrapalho? – perguntou Gina com um sorriso.
- Nunca querida. – disse Gustave carinhoso. – No que posso ajudar?
- Feitiços protetores, alguns eu não conheço, mas você sim. – disse Gina direta.
- Quando? – perguntou Gustave voltando para seus documentos.
- O mais rápido possível, agora se você puder. – disse Gina.
- Não vai dar. – disse Gustave. – Tenho que terminar essa tradução.
- Deixa-me ver. – pediu Gina ao que ele lhe deu o documento. – Te traduzo isso aqui em alguns minutos. – disse Gina após avaliar o documento. – Runas Antigas é fácil.
- Fácil? Que língua é difícil para você? – perguntou Gustave abismado.
- Já tentou ler uma mistura de grego antigo com latim e runas? – disse Gina o olhando desafiadoramente.
- Se você diz. – disse Gustave se rendendo. – Onde?
- Um leve tour pelas casas dos meus amigos e familiares, terminando em Hogwarts e Hogsmeade. – disse Gina. – Avalon eu vou por esses dias.
- Certo, me guie. – disse Gustave segurando no ombro da garota.
Passaram pela casa de todos, as mais usadas propriedades Potter, Largo Grimmauld Place, Hogsmeade e, por fim, Hogwarts. Em cada lugar, Gina fazia uma esfera de energia dourada e jogava pela propriedade, Gustave fazia apenas os que ele conhecia. Por fim, voltaram para a sede da Interpol, onde Gina rapidamente traduziu o texto para o bruxo.
- Como você consegue entender isso? – perguntou o bruxo.
- É fácil Gus. – disse Gina dando os ombros. – Entendo todas as línguas, algumas são mais fáceis que outras.
- Surpreendente. – disse Gustave.
- Bem Gus, valeu pela ajuda. – disse Gina se despedindo. – Se precisar de algo que eu possa ajudar... Sabe como me achar.
- Pode deixar princesinha. – disse Gustave sorrindo.
- Vocês adoram me colocar apelidos fofos não? – disse ela resignada. – Quantas vezes já disse que é apenas Gina? Não sou fofa para ter apelidos fofos.
- Apesar de já ter dito várias vezes, amamos ter dar apelidos fofos, pois você é fofa. – disse ele rindo.
- Boa noite Gustave. – disse Gina revirando os olhos e indo embora.
- Ela fez mesmo isso? – perguntou Kat surpresa.
- Em apenas uma noite? – completou Mandy.
- Ela é mesmo incrível! – confirmou Mione.
- E só agora vocês descobriram? – perguntou Gry. – Ela é muito especial.
Naquele Natal, ela estava linda, simplesmente linda. Mesmo tendo feito toda a ceia, ajeitado todas as coisas para um Natal perfeito, ela era encantadora.
Após a maravilhosa ceia de Natal e de todos arriscarem alguns passos de dança na pista, Gina foi inquerida para tocar uma música no piano. Lo que Soy. Essa música lhe definia perfeitamente, ela sempre estava, de alguma forma, atuando. Logo mais ela se mostraria para todos.
Dia dos Namorados. Harry e Gina estavam num lugar escondido namorando quando ouviram gritos. Rapidamente se afastaram e correram para perto do vilarejo. Caos. Alunos sendo torturados, pessoas sendo feridas, poucos bruxos do vilarejo e professores tentavam ajudar, mas não tinha condições. Era hora dela agir.
– Fawkes! – disse Gina assim que ela e Harry saíram da caverna. A fênix logo apareceu em seu ombro. – Harry, preciso de um favor.
– Fala Gi. – disse o menino preocupado.
– Preciso que vá com Fawkes atrás dos meninos e depois tentem tirar o maior número de alunos que puderem das lojas. – disse Gina prendendo os cachos ruivos num rabo de cavalo.
– O que você vai fazer? – perguntou Harry enquanto pegava Fawkes.
– Dar uma cobertura para os aurores chegarem. – disse Gina mandando seu patrono para a central de aurores.
– Você consegue? – perguntou dando um selinho na amada.
– Claro que sim. – disse Gina. – Fawkes, vai atrás dos meninos e depois vai para as lojas e tire o máximo de pessoas que puder daqui.
Como se a entendendo, a fênix sumiu num redemoinho de chamas com o garoto e Gina mandou seu patrono para o pai. Assim que se viu só, liberou sua magia Caçadora. Seu cabelo ficou mais ruivo, seus sentidos mais aguçados, estava de moletom vermelho novamente, cabelo preso e armada.
Ela aparatou para uma árvore muito alta, onde podia ver os vampiros e lobisomens se preparando para o ataque. Pegou cinco flechas de uma vez e as colocou no arco, mirou e lançou. As flechas acertaram os alvos, que logo se contorciam no chão. Fez isso outra e outra vez, até quase nenhuma criatura ficar de pé. As que sobraram, logo vieram atrás dela.
Já no chão, Gina se preparou para cuidar dos amaldiçoados. Todos eles atacaram de uma vez só. Com habilidade, maestria e rapidez, a ruiva ia ferindo-os levemente, apenas o suficiente para a poção entrar em contato com o sangue deles. Quando, por fim, parecia ter acabado, alguns lobisomens se aproximaram sorrateiramente atrás dos aurores que assistiam o duelo de Gina e eles se surpreenderam quando ela os atingiu com adagas.
– Como você fez isso? – perguntou Tonks surpresa.
– Você é um Caçador de Ártemis. – rugiu Alastor, não gostava deles.
– Aprecio mais o termo Caçadora, Olho-Tonto. – disse Gina retirando o capuz. – Mas ainda sou uma bruxa, e se não quiser que eu faça algo pior com você, não venha falar de preconceitos contra os Caçadores.
– Filha. – disse Tiago a abraçando apertado. – Você é louca?
– Não, mas algo tinha que ser feito. – disse Gina caminhando para o vilarejo, que há essa hora já estava vazio.
– Mas como? – perguntou Kingsley curioso.
– Possuo o vira-tempo mestre, é por causa dele e de uma amiga que nos livramos do branquelo com cara de cobra. – disse Gina sem alongar o assunto e começou a procurar e recolher suas flechas.
– Mas como eles voltaram a ser humanos? – perguntou Sirius. – Não há cura para a licantropia e o vampirismo, sua mãe tentou.
– Coisas de Caçadores. – mentiu Gina. – E não, não tem como utilizar isso no tio Aluado.
Gina então, com um movimento de varinha trouxe todos ex-vampiros e ex-lobisomens para perto de si e com um manejo de escreveu um bilhete – De noite conversamos, Fênix – e os mandou para a fortaleza.
– Para onde você os mandou? – perguntou Alastor bravo.
– Primeiro, cuidar de criaturas é dever dos Caçadores de Ártemis, do qual eu faço parte. Segundo, só nos somos autorizados e retirar informações deles. – disse Gina com um sorriso maroto. – Terceiro, não estou de bom humor no momento. E quarto, os Caçadores investigadores me mandaram o que descobrirem e eu entrego aos meus pais.
– Mas Caçadores não se relacionam com bruxos. – disse Kingsley, só comentando.
– Eu sou uma bruxa e sou uma Caçadora. – disse Gina como se fosse obvio e voltou ao normal, após alguns segundos de concentração. – Então, eles têm que falar comigo.
Dito isso, ela voltou para o castelo, onde se encontrou com os amigos e o namorado. Após sussurrar um “Deu tudo certo” no ouvido de Harry, foi abraçada pelos amigos. Ao saber que a mãe, madrinha e tia estavam na enfermaria, sem saber o que tinham, ela correu para lá sem nem pensar direito.
Institivamente, ela segurou na mão da mãe e usou sua magia carnal para curá-la, seja lá do que for. Felizmente, era apenas um feitiço para desacordar. Sua aura dourada passou pelas três e as colocou para descansar, passou pelos Marotos, fechando suas feridas e, por fim, voltou para si.
Pouco depois, saiu com o namorado para seu quarto. A ruiva acabou adormecendo no colo do moreno, acordando tarde da noite. O garoto estava dormindo, encostado no batente da cama. Após ajeitá-lo na cama, ela se transformou em uma fênix negra e voou para a sede dos Caçadores.
- Estava te esperando Fênix. – disse Will abrindo a janela para Gina entrar.
- Desculpe a demora, acabei dormindo. – disse Gina.
- Sem problemas. – disse Donna. – O que aconteceu?
- Outro ataque. Estávamos comemorando o dia dos Namorados quando bruxos, vampiros e lobisomens apareceram por lá. – disse Gina. – Seja lá quem está no comando disso tudo, é muito poderoso.
- Verdade, manter uma grande quantidade de lobisomens transformados fora da Lua Cheia requer muita magia negra. – concordou Gustave.
- Ok, quando conseguirmos as informações com eles, te mandamos. – disse Donna.
- Estarei esperando. – disse Gina. – Acho que ainda voltaremos a nos ver.
- Espero que por motivos melhores. – concordou Will.
- Eu também. Boa noite. – disse Gina voltando para seu quarto voltando a dormir abraçada no moreno.
Próxima lembrança. Expresso de Hogwarts, voltando para casa. Em uma cabine ampliada por magia se encontravam os quatro Weasley restantes em Hogwarts, as gêmeas Winchester, Hermione Granger, Luna Lovegood, Neville Longbottom, Draco Malfoy, as irmãs Ribeiro, Gabriel M. Black, Daniel Lupin e a ruiva Gina Potter.
– Então povo lindo, o que vão fazer nessas férias? – perguntou Gina sentada no colo do namorado.
– Loja de Logros, baixinha. – disseram Fred e Jorge juntos. - E pode tirar as mãos dela porco espinho.
– Ei! – disse Harry indignado. – O irmão de vocês aqui sou eu!
– Mas a baixinha é a baixinha. – disse Fred fazendo todos rirem.
– E nada de agarramentos ano que vem. – disse Jorge.
– Fred e Jorge, me fazem um favor? – disse Gina docemente, ao que eles assentiram. – Vão ver se eu to no inferno oks?
– Que maldade! – disseram os dois enquanto todos riam.
– E vocês meninas? Quais os planos? – perguntou Gina para as garotas que só riam de tudo.
– Essas loucas, - disse Kat apontando para as meninas e July – vão tudo lá para casa.
– E por falar nisso, - completou Mandy. – A senhorita não quer ir lá não?
– Sinto muito meninas, mas o acordo para eu passar as férias na Londres trouxa foi: Passar no exame para a permissão de mágica antes dos 17 e permanecer no apartamento a duas quadras do Ministério. – disse Gina rodando os olhos.
– Que dia é o teste mesmo? – perguntou Gab parando de mexer no cabelo da namorada.
– Isso sim é responsabilidade e maturidade Gabezito. – disse Dan levando feijõezinhos de todos os sabores na cabeça. – Ai! Na segunda semana de férias, satisfeito?
– Só quando tiver minha autorização. – disse Gab fazendo posse de metido.
– E o que te leva a crer que vai ganhar essa autorização? – perguntou Ron rindo.
– Oras, eu sou perfeito, lindo, gostoso... – começou a dizer mais foi silenciado por Gina.
– Valeu Gina. – disse Draco rindo. – Quando ele começa... Fica difícil parar.
– Estou aqui para isso. – disse Gina com uma piscada marota.
– Ok, ok... E o que vocês dois vão fazer, Draco e Nev? – perguntou Harry enquanto Gina apoiava a cabeça no peito dele.
– Nada de mais. – disse Draco abraçando Ana. – Minha mãe alugou um apartamento para gente morar, na Londres trouxa mesmo.
– Bom, ficarei de bobeira também. – disse Nev dando os ombros.
– E o que vocês vão aprontar na Toca hein? – perguntou July para os garotos.
– Você acha que a gente apronta July? – disse Ron com uma cara de fingindo santo.
– Somos anjinhos, nem damos trabalho nem nada. – disse Dan com falsa magoa.
– O dia que vocês forem anjinhos, a Gina vai perder o pomo de ouro. – disse Mione com descaso.
– Nisso a Mione tem razão sabe. – disse Harry sem segurar o riso.
Em meio a risadas e brincadeiras, eles chegaram à estação, onde cada um tomou um rumo. Depois de se despedirem de todos, as garotas passaram pela barreira mágica. Gina ficou mais um pouco e após se despedir de Harry e dos amigos, foi para o mundo trouxa.
Enquanto andava pela Londres trouxa, atraia muitos olhares, mas nem ligava. Ficou vendo vitrines de algumas lojas, novidades do mundo trouxa e etc.. A única coisa que comprou foi para alimentar seu vicio em doces, principalmente chocolate, por isso comprou um Milk-shake a caminho do apartamento.
Dia do teste no Ministério. Dez horas em ponto, Gina saiu do prédio e caminhou até o Ministério. A maioria já lhe conhecia por, praticamente, viver no Quartel do Aurores ou na seção dos Inomináveis, por isso nem estranhou quando lhe cumprimentaram a caminho da andar que seria feito o exame. Não era nem onze horas quando ela saiu de lá com um certificado para ambas as coisas, agora ela já era maior de idade perante essa nova lei.
Sexta-feira antes de seu aniversário de 16 anos, Gina estava na sala vendo televisão quando se viu dentro da mente de Ana. Ela estava num beco escuro e um homem estava a seguindo. Sem nem pensar, ela se trocou, pegou o carro e voou para onde Ana estava. Gina nocauteou o cara e ajudou Ana a entrar no carro, acalmando-a.
Já no apartamento, Gina deu uma mistura de Poção Calmante com para Dormir sem Sonhar e deu para a amiga. Quando a garota dormir, Gina ajeitou tudo no quarto, pegou os celulares e saiu dali. Hora de falar com os amigos.
– Gina? Está tudo bem? – perguntou Juliana preocupada e com voz de choro. – Você sabe onde a Ana está? Ela disse que ia até a farmácia comprar algo para a dor de cabeça da Mione e já voltava.
– Está tudo bem July. Houve uns probleminhas, mas ela já está aqui comigo. – assegurou Gina sem entrar em maiores detalhes.
– Graças a Merlin! – disseram as meninas juntas.
– O que aconteceu? – perguntou Draco preocupado. – Me passa o endereço daí.
– Calma Draco. – disse Gina docemente. – Nem eu sei o que aconteceu direito e não adianta vir aqui, ela já está dormindo. Amanhã a gente vai se encontrar de qualquer jeito, eu a levo comigo ok?
– Tem certeza que ela está bem? – perguntou Mione muito preocupada com amiga.
– Tenho sim Mi e não se culpe ok? Isso poderia acontecer com qualquer um. – disse Gina adivinhando os pensamentos da amiga. – Vou desligar agora, podem ficar tranquilos.
– Se você diz. – disseram as gêmeas.
– Boa noite Gina. – disse Luna.
– Obrigada mesmo, por ter achado ela Gina. – disseram Draco e July.
– Estou aqui para isso galera. – disse Gina. – Até amanhã.
Depois de verificar a amiga mais uma vez, a ruiva voltou para a sala. Estava vendo um filme qualquer, pensando numas coisas aleatórias, quando a campainha soou pelo apartamento. Armada com a varinha foi ver quem era.
- Gustave, seu louco! – disse Gina ao abrir a porta. – O que aconteceu?
- Preciso da sua ajuda. – disse o bruxo.
- Entra, vamos para o escritório, fiz umas pequenas modificações pelo tempo em que vou ficar aqui. – disse Gina seguindo para a sala. – Mas faça silêncio.
- Seus pais sabem sobre essas pequenas mudanças? – perguntou Gustave.
- Claro que não. – disse Gina. – Gus, sou a única filha, a única garotinha dos Marotos, acha mesmo que eles me deixariam respirar se soubessem o que realmente sou?
- Tem razão. – disse Gustave.
Eles entraram no escritório, um lugar normal. Uma escrivaninha, uma estante de livros e só. Após mexer no interruptor, o lugar se transformou. Numa parede, um mapa mundial se estendia, onde alguns pontos coloridos piscavam. Em outra parede, quadros de avisos com vários papeis presos organizados. Uma estante de parede inteira apenas para os livros e arquivos. Na que sobrou se estendia um armário pequeno, uma escrivaninha e uma área para poções.
- Sabe, às vezes eu tenho medo de você. – disse Gustave olhando admirado.
- É bom ter sempre Gus. – disse Gina sorrindo sombria. – Do que precisa?
- Tradução de uma pedra. – disse Gustave retirando uma caixinha com cuidado do bolso. – Um historiador achou e nos mandou, ninguém conseguiu traduzir, achei que você poderia.
- Deixe me ver. – pediu Gina.
Ela pegou a caixa que Gustave lhe oferecia, abriu e sentou-se na mesa. Delicadamente, ela retirou uma pequena inscrição numa espécie de rocha da caixa e colocou na mesa.
- Fascinante! – exclamou Gina. – É uma inscrita extinta há éons! Está muito bem conservada, mas um pouco apagada.
- Consegue ler? – perguntou Gustave surpreso.
- Acredito que sim, um momento. – Gina pegou em uma gaveta um pinceis e uma lupa, além de um caderno e caneta. – Vai demorar um pouco Gus.
- Sem problemas. – disse o bruxo se acomodando na sala.
Durante quase duas horas, a garota usava aqueles pinceis para afastar delicadamente restos de pó e de pedras da inscrição e a avaliava com a lupa, anotando tudo que entendia. Quando, por fim, terminou, Gustave acordou com um sobressalto.
- Acabou? – perguntou o bruxo.
- Sim, basicamente, conta a história dos deuses antigos, acredito que saiba algo sobre eles? – perguntou Gina obtendo concordância de Gustave. – Aqui explica que os deuses realmente existem, possuem casos com humanos e têm filhos metade mortais, metade deuses.
- Mas isso não é possível. – disse Gustave.
- Gus, você me conhece, sabe que só credito vendo. – disse Gina enquanto iam para a porta. – Eu te garanto os deuses ainda existem, assim como semideuses e monstros da mitologia.
- Isso não é possível. – disse Gustave. – Você os conheceu?
- Infelizmente sim. – disse Gina com um suspiro. – Eu guardo isso para você.
- Obrigado, manterei isso em segredo, melhor. – disse Gustave se despedindo. – Boa noite Gina.
- Boa noite Gus. – disse Gina antes de lacrar o apartamento.
Por fim, ela depositou a caixa com a inscrição na sua estante em sua ilha, ali ninguém mexeria. Arrumou as coisas no seu escritório e verificou a hora. Sem chances aproveitando que Ana ainda dormia, foi até a padaria comprar pães doces e guloseimas para elas.
Próxima lembrança. Um dia aleatório nas férias, Gina se encontrava olhando pela janela enquanto todos dormiam. Uma rosa surgiu ao seu lado, com o singelo bilhete: “Preciso lhe falar, W.”. Com um suspiro, fez uma ilusão para caso alguém acordasse no meio da noite e voou para a Fortaleza.
- Boa Noite Fênix, espero não ter lhe acordado. – disse Willian quando a ruiva apareceu.
- Não me acordou Will. – disse Gina. – O que aconteceu?
- Nada, só precisava falar sobre os ex-lobisomens e ex-vampiros que você nos trouxe. – falou o caçador.
- O que descobriram? – perguntou Gina curiosa.
- Eles trabalham para alguém poderoso, têm medo dele. – começou Will. – Algo muito grande e muito ruim está por vir.
- Certo, tem os relatórios? – perguntou Gina.
- Sim, aqui estão. – disse entregando uns papeis para ela. – Desculpe a demora, não temos bons interrogadores mais.
- Sem problemas, mas da próxima vez, me avisa que eu dou um jeito de ajudar. – disse Gina com um sorriso leve, voltando para o apartamento.
Lembrança seguinte. Depois de um treino cansativo para o Campeonato Juvenil e da ruiva ter dito que ia dormir para todos, ela pode, enfim, ir até a aldeia dos Centauros. Ali, conversou com o Ancião, com Diane e Donna, onde ficou claro os motivos da insônia da garota. Ela era uma sensitiva.
Bruxos sensitivos conseguem prever a maioria das coisas que vão acontecer às pessoas que eles conhecem. Assim como sabem quando alguém está mentindo, quando coisas ruins vão acontecer, possuem facilidade para ler e escrever com rapidez e para “ler” e sentir as emoções e pensamentos das pessoas.
Gina ainda não estava acostumada com esse tipo de sensações e visões, por isso seu corpo a impedia de dormir. Até a garota aprender a se controlar e controlar seus poderes, isso aconteceria.
- E ela passou por tudo em silêncio. – disse Dan cabisbaixo.
- E a gente nem percebeu. – completou Gab deprimido.
- Que droga de “irmãos” somos? – questionou Ron com raiva.
- Pior Ron, que péssimo namorado eu fui! – disse Harry sem nenhum brilho no olhar. – A pessoa que mais amo no mundo passou por todas essas coisas e nem sabia.
Os garotos estavam numa sala, rindo e conversando, como sempre faziam. Gina sentia um forte aperto no peito e, pelos seus poderes de sensitiva, isso não era nada bom. Quando Olívio entrou afobado na casa e com uma expressão desolada, foi que ela soube que o pior tinha acontecido.
– Gina... – disse Ollie olhando para a menina. – Você vai para a Inglaterra passar esse final de semana com seus pais.
– O quê?! Por quê?! – perguntaram todos juntos, menos Gina que fechou os olhos com força.
– Quem...? – disse Gina num sussurro, ao abrir os olhos.
– Seus avos, eu sinto muito. – disse Ollie e a sala caiu num silêncio enquanto todos digeriam aquelas palavras. – Seus pais só disseram que foi obra de bruxos das trevas e que a esperam lá ainda hoje.
Tudo aconteceu muito rápido a partir da fala de Olívio. Gina previu os dois irmãos indo presos pelos bruxos das trevas e deduziu o que eles fariam. Do nada, Gab e Dan levantaram do sofá com raiva vista em seus rostos e quando iam se encaminhar para a porta, foram parados por Gina que segurou um braço de cada um. Os dois meninos se olharam e abraçaram Gina, mas ela não queria isso. A ruiva correu para o quarto e se trancou lá.
Gina se jogou na sua cama, abraçando os joelhos e começou a chorar. Justo eles foram morrer? Ela afundou a cabeça entre os braços e um soluço se ouviu no quarto, que logo foi invadido pelos amigos. Os quatro sussurraram um fraco “Gi”, antes da garota se sentir acolhida nos braços do namorado.
– Eles não podiam ter morrido Harry, não podiam... – sussurrou Gina abraçando o namorado fortemente enquanto lágrimas caiam de seus olhos.
– Não fica assim moranguinho. – disse Dan acariciando os cabelos da irmã, ninguém nunca a havia visto chorar.
– Vai dar tudo certo anjo, a gente vai ficar o tempo todo com você. – disse Harry fazendo ela se sentar em seu colo.
– Não vamos sair de perto. – disse Gab segurando uma de suas mãos.
– Agora você vai ficar aqui, se acalmando, enquanto a gente arruma as suas e as nossas coisas e pegamos algo para você comer. – disse Ron dando um beijo em sua testa.
– Obrigada. – sussurrou Gina ainda chorando e se acomodando no abraço de Harry.
– Vai ficar tudo bem pequena. – disse Harry e os meninos saíram dali deixando os dois sozinhos.
Harry a abraçava e tentava consolá-la enquanto os meninos arrumavam tudo. Gina sabia que eles também não estavam bem, mas estavam fazendo isso por ela. Logo os três meninos adentraram o quarto com suas malas e uma bandeja de comida.
– Vem baixinha. – disse Ron a chamando para perto dele. – Trouxe umas coisas para você comer.
– Não estou com fome. – disse Gina enterrando o rosto no pescoço de Harry.
– Você tem que comer um pouco anjo. – disse Harry preocupado.
Depois que eles conseguiram fazê-la comer, Gina tomou um banho, se arrumou e, quando saiu do banheiro, já nem parecia que tinha chorado pela morte dos avos. Pegou sua mochila com as coisas essenciais e guardou as coisas dos meninos dentro. Após se despedir de todos, os cinco aparataram na mansão Potter.
No dia seguinte, o dia do enterro, quando enfim ficou sozinha com os avos, pelo menos seus corpos, Gina passou a pensar. Com a morte dos avos ficava mais do que claro que ela era alvo. Agora, mais do que nunca, ela iria entrar com tudo naquela guerra.
– Eles eram boas pessoas, não iriam gostar de vê-la triste. – disse uma senhora se aproximando.
Ela deveria ter a mesma idade que Dorea tinha, era morena e tinha longos cabelos negros acinzentados. Seus olhos verdes demonstravam grande bondade e muitos sentimentos.
– Eles realmente eram, mas ainda não acredito que morreram. – disse Gina se voltando para os avos.
– Sou Maria, estudei com sua avó antes dela vir para a Inglaterra. – disse a senhora se sentado ao lado de Gina.
– A senhora, então, é a amiga brasileira que ela tanto comentava? A sensitiva? – perguntou Gina voltando a olhar para Maria.
– Sou eu sim, e se não percebeu, estamos falando em português. – disse Maria com um bondoso sorriso.
– Nunca reparo quando fala outra língua. – disse Gina dando os ombros.
– Sabe, seus avos sentiam muito orgulho de você Gina. – começou Maria, atraindo a atenção da garota. – E eu sempre soube que você seria uma grande maga, estava predestinado.
– Tenho certeza que sim. – disse Gina olhando para o nada. – Sei disso desde sempre.
– Não sei se Dorea lhe falou Gina, mas eu tive uma visão sua. – disse Maria medindo as palavras. – Na minha visão, você estava aprendendo a controlar seus poderes de sensitiva.
– Faz sentido. – disse Gina depois de um tempo em silêncio. – Soube recentemente que sou uma sensitiva.
– Compreendo. – disse Maria. – Sabe, posso te conhecer a pouco tempo, mas saiba que sinto que precisar desabafar um pouco.
– Desculpe-me Maria, mas não sou de falar dos meus problemas para ninguém. – disse Gina conjurando um buquê de rosas negras e depositando no túmulo dos avos. – Hábito adquirido durante minha infância.
– Entendo. – disse Maria também se levantando. – Importa-se de eu ficar um pouco para me despedir?
– Fique a vontade Maria. – disse Gina se preparando para sair.
– Obrigado. – disse Maria. – Aliás, Gina, sinta-se a vontade para me procurar o Brasil, caso queria aprender mais sobre seus poderes.
– Acredito que nos veremos mais cedo do que imagina Maria – disse Gina com um olhar distante. – Até outro dia.
– É não vou conseguir dormir hoje pelo visto, de novo. – disse Gina levantando da cama, já em Hogwarts. – Merda, preciso treinar.
Rapidamente trocou a camisola vermelho sangue por uma calça de moletom e uma regata, prendeu os longos e ruivos cabelos num coque folgado e desceu as escadas em direção ao retrato.
– Onde a senhorita pensa que vai numa hora dessas? – perguntou Gab das escadas.
– Céus Gabriel McKinnon Black! Quer me matar do coração criatura? – disse Gina assustada.
– O que está acontecendo Gina? – disse Dan descendo atrás do irmão.
– Nada, não tem nada acontecendo Dan. – disse Gina sem encarar os irmãos.
– Acha que nos engana Gina? – disse Ron se jogando num sofá.
– Gi, você está distante nas aulas, não anda dormindo, fica pensativa toda hora e, ás vezes, some. – disse Harry muito preocupado. – O que está acontecendo?
– Fale a verdade. – disse Gab sério.
– Sabe que pode confiar na gente. – continuou Dan igualmente preocupado.
– Sempre estaremos com você baixinha. – disse Ron também preocupado.
– Vocês lembram-se das coisas que contei sobre minha outra vida? – perguntou Gina anormalmente séria.
– Sim, lembro que você primeiro falou com o Harry e depois contou algumas coisas para a gente. – disse Dan enquanto a irmã se sentava ao lado de Harry.
– Pois então, daquela vez eu tive que ir embora e arranjar um jeito de acabar com a guerra, que estava estourando em ambos os mundos. – disse Gina sem encará-los. – Está chegando a hora de eu fazer isso novamente.
– Você não pode ir Gina! – disse Gab muito, mais muito, preocupado e nervoso. – Eu não posso te perder também.
– Você não vai me perder cachos. – disse Gina abraçando-o fortemente. – Não importa o que aconteça, você nunca vai se livrar de mim ouviu?
– Mas o que vai acontecer? – perguntou Ron, igualmente preocupado.
– O que vai acontecer é que, quando chagada a hora, eu vou partir e vai demorar um tempo até vocês terem noticias minhas. – disse Gina soltando Gab.
– Quando você vai? – perguntou Harry e Gina desviou seu olhar para a janela. – Quando Gina?
– No final de junho, assim que as aulas se encerrarem. – disse Gina e saiu de lá o mais rápido possível, sem deixar vestígios.
“Merda, merda, merda... É nessas horas que eu detesto ter meu destino traçado”, pensava Gina enquanto procurava entrar no cofre da família Potter, o cofre da porta do dragão.
– Achei que já havia me esquecido. – disse uma voz etérea assim que a garota entrou no cofre.
– Não esqueci não Selene, mas não estou de bom humor. – disse Gina se jogando no cofre.
O cofre, em si, não tinha nada de mais. Apenas algumas profecias e alguns documentos guardados, o principal dali era ela. Selene Potter. Ela havia sido a única mulher, além de Gina, a nascer na família Potter. Também havia sido ela que trouxe a descendência de Godric e Rowena para a família, se casando com Godofredo Raveclaw Gryffindor. Hoje, habitava o cofre servindo de protetora a família, além de uma espécie de espiã para Gina.
– Okay, desembucha menina. – disse a fantasma guardiã da família, Selene.
– Acabei de falar para o Gab, o Dan, o Ron e o Harry que no final de junho eu vou sumir de novo, mas na verdade voltaremos a nos ver porque aceitei servir de tradutora no próximo Campeonato Juvenil de Quadribol que acontecerá em Hogwarts. – desabafou Gina com um suspiro cansado. – Assim que o ano acabar vou para o Brasil e lá, tentarei aprender o máximo possível sobre os sensitivos, já que aparentemente sou uma, meus avos morreram recentemente e já avisei para os conselheiros e para o Gustave que já estou nessa guerra. Ah, também já tenho tudo preparado para ser a próxima auror/inominável/ rastreadora do mundo. Acho que não me esqueci de nada...
– Okay, respira fundo agora porque você é f*d@, mas não é imortal e precisa de ar nesse seu corpinho lindo de parar o transito. – disse Selene tentando arrancar um sorriso de Gina, em vão.
– É sério Sel, já te falei para parar de visualizar a vida dos adolescentes trouxas, eles são uma péssima influência para você. – disse Gina rodando os olhos. – Céus! Eu estou precisando, encarecidamente, descontar toda essa minha raiva e todas as minhas emoções contidas em algo ou alguém.
– Calma ai fire, nada de matar ninguém. – disse Selena séria. – A gente arruma um lugar para você descontar toda sua raiva contida, mais nada de descontar tudo isso em alguém, a não ser o Lúcifer, é claro.
– Então eu estava certa, é ele. – disse Gina sem demonstrar nenhuma emoção.
– Sim fire. – disse Selene muito preocupa. – Teremos que tomar muito cuidado a partir de agora e nem venha com o papo que eu não vou com você, por que eu vou sim. Posso ser um fantasma, mas não se esqueça de que só sou vista por quem quero e eu não vou te deixar sozinha enquanto você se mete numa corrida louca de vida ou morte, ficou claro senhorita Ginevra Lilian Slytherin Hufflepuff Grifo Raveclaw Gryffindor Evans Potter?
– Eu não ia vir com o papo de que você não ia junto Sel. – disse Gina cabisbaixa.
– Não? – perguntou Selene surpresa ao que Gina negou com a cabeça. – Por quê?
– Porque eu estou cansada Selene, cansada. – disse Gina com um suspiro. – Eu não aguento mais isso, tudo que eu queria era ir para Hogwarts e ir dormir abraçada com o Harry, sabendo que no dia seguinte terei aulas chatas com meus melhores amigos. Mas não, agora vou ter que evitar ficar sozinha com os meninos, tenho que começar a me preparar para a viagem e para a guerra. Sabe, eu só tenho 16 anos.
– Vai ficar tudo bem fire, você sabe disso. – disse Selene.
– Saber eu sei, mas quanto tempo isso vai durar? E quais serão os preços Selene? Nada é de graça. – disse Gina. – E se o preço da paz for a vida de alguém que eu amo? Não vou conseguir suportar outra perda.
– Calma, vamos dar um passo de cada vez Okay? – perguntou Selene olhando para a menina carinhosamente. – Eu não vou te deixar enquanto as coisas não se resolverem.
– Obrigado Selene, por tudo. – disse Gina sorrindo sincera. – Melhor eu já ir, me acompanha?
– Sempre fire, sempre. – disse Selene e as duas voltaram para Hogwarts.
- Ela estava cansada naquela época, imagina agora? – disse Jorge.
- Por que tem que ser nossa baixinha? – questionou Fred.
- Então o cara que estamos enfrentando é aquele cara das Trevas. – concluiu Luna pensativa.
– Até quando vai fugir da gente Gina? – perguntou Harry certa noite quando se encontraram na sala comunal vazia.
– Não estou fugindo. – disse Gina na defensiva.
– Está sim, eu sei, eles sabem e o principal, você sabe disso. – disse Selene com um sorriso zombeteiro no rosto, mas apenas Gina podia vê-la e ouvi-la.
– Você finge que fala a verdade e a gente finge que acredita Okay? – disse Ron virando os olhos.
– Não disse fire? – disse Selene divertida. – Está cercada de gente que te conhece muito bem.
– Eu preciso ir meninos, outra hora a gente conversa ok? – disse Gina tentando fugir.
– Outra hora quando? – disse Dan olhando a irmã. – Quando você já tiver partindo Gina?
– Sabe, gostei desses meninos, são espertos e preocupados com você. – disse Selene analisando-os.
– Fala com a gente agora, pimentinha. – disse Gab indo até a irmã. – A gente precisa conversar seriamente.
– Concordo com eles e vou ajuda-los Gina, desculpe. – disse Selene se concentrando e aparecendo para os quatro, assustando-os. – Nossa, sou tão feia assim para tamanho susto?
– Quem é você? – perguntou Harry ainda olhando para a fantasma.
– Selene Potter Gryffindor, guardiã e protetora da família Potter. – disse Selene com uma leve reverência.
– O que você está fazendo aqui e como apareceu assim, de repente? – perguntou Gab assustado.
– Bem, eu geralmente fico no cofre em Gringotes, mas como a coisa ruiva ali vai sumir do mundo, resolvi ficar com ela. – disse Selene na cara de pau. – E eu posso aparecer para quem quiser, quando quiser, visto que ainda guardo meus poderes.
– Informação demais, Sel. – disse Gina olhando para toda a sala comunal, menos para algum dos cinco.
– Que seja. – disse Selene dando os ombros. – Eles querem algumas respostas Gina e eles as merecem.
– Eu sei. – disse Gina baixinho. – O que querem saber?
– Por que você vai embora? – perguntou Dan primeiro.
– Porque este é meu destino, além do mais, é meu dever como caçadora. – disse Gina se sentando.
– Por que não podemos ir com você? – pergunto Ron.
– Simples, as coisas não vão ficar fáceis daqui para frente. – começou Gina. – Vocês tem certo treinamento, mas não o suficiente para encarar as coisas lá fora. E não, não há como eu ou alguém os treinar, não há tempo.
– Por que tem que ser você? – perguntou Harry meio desesperado, jogado no sofá.
– Longa história, inapropriada para o momento. – disse Gina o abraçando ao mesmo tempo em que sentia Gab apertar uma de suas mãos.
– Você vai cuidar dela para a gente Selene? – perguntou Dan olhando para a fantasma.
– Vou sim, não precisa se preocupar Daniel. – disse Selene tocada com aquela cena. – Bom fire, você já está bem acompanhada, depois eu volto.
– Fire? – perguntou Ron assim que Selene sumiu. – Ela te chama de fogo?
– Pois é, ela diz que é porque eu sou tão intensa quanto o fogo. – disse Gina dando os ombros. – Mas vai saber, ela é meio louca.
– É mal de família. – disse Gab brincando, recebendo uma almofada na cara.
Por fim, eles descobriram o que tanto continha naquelas cartas que fizeram Gina sumir sem mais nem menos no jantar. A coruja negra lhe trouxe um recorte de jornal onde mostrava uma família morta, há alguns anos atrás, onde apenas a pequena filha do casal sobreviveu. Vinha, por fim, uma ameaça: “Ela será a próxima!”.
Lua lhe trouxe um recado pequeno de Gustave. “A garota está comigo, eu a criei depois de tudo. Ela precisa de você. G.”. Sem nem pensar, a garota fez o recado eu deixou na mesa e sumiu. Ela apareceu na casa de Gustave, onde Bruno, Marcela grávida e um moreno que ela não conheci estava acompanhados de Gustave e uma garota loira de olhos violetas.
- Gustave. – chamou a ruiva. – Eu vi as cartas, vim assim que as recebi.
- Muito obrigado Gina. – disse o bruxo confuso. – Marine anda um pouco estranha esses dias, antes mesmo da ameaça chegar.
- Quem é o moreno? – perguntou Gina.
- Namorado/noivo dela. – disse Gustave. – Garotos, essa é Gina Potter, uma antiga amiga.
- Prazer. – disse Gina com um sorriso doce. – Você é a Marine?
- Sou. – disse a loira.
- Certo. – disse Gina pensativa. – Gus, me deixe a sós com ela?
- Claro. – disse Gustave tirando todos dali.
- Por que quis ficar sozinha comigo? – perguntou a loira sem olhá-la.
- Porque achei que você ficaria mais a vontade assim. – disse a ruiva. – Além do mais, acho que sei qual é o seu problema.
- Problema? Eu não tenho nenhum problema. – disse Marie na defensiva.
- Desculpe, me expressei mal. – disse Gina – Acho que sei o motivo do se descontrole emocional e magico.
- E por que seria? – perguntou Marie encarando a garota.
- Conhece a história de Mirian e Merlin? – perguntou Gina obtendo concordância da loira. – O que poucos sabem é que Mirian tinha uma irmã gêmea, conhecida como Mirella. As duas não se falavam nunca, por isso Mirian nunca descobriu que tinha um sobrinho, este que mudou de nome e seguiu sua vida sem nem ligar para a fama de sua tia, assim como sua linhagem pouco ligou, tanto que só contavam para seus filhos quando era necessário. Acredito que conheça essa história não?
- Mas como você sabe? – perguntou a loira surpresa. – Essa história nunca saiu da família.
- Vou te contar um segredo, mas não conte para ninguém ok? – perguntou Gina obtendo concordância da garota. – Sou descendente de Mirian e Merlin.
-O quê? Você está de brincadeira não? – disse a loira surpresa.
- Não, não estou. – disse Gina sorrindo. – Esse descontrole seu é porque você tem grandes poderes dentro de você, mas sem um treinamento adequado, eles causam isso.
-Você poderia me ajudar? – perguntou baixinho.
- Claro, é para isso que estou aqui querida. – disse Gina. – Agora, quando pretende contar a eles sobre sua gravidez?
- Acho melhor eu me acostumar com o fato de você saber tudo. – sussurrou a loira. – Não sei, tenho medo sabe? Logo mais me formo auror, o Bê se forma curandeiro e, uma criança nesses dias de hoje, é perigoso.
- Bom a escolha é sua, mais sei que Gus ficara feliz, ele a tem como uma filha e está radiante com a gravidez da Marcela. – explicou Gina. – E quanto a segurança da criança, eu cuido. O trabalho não influencia em nada, você ficara apenas um tempo afastada.
- Você tem razão Gina. – disse Marie sorrindo. – Obrigado.
- Estou a disposição. – disse Gina. – Olha Marie, eu tenho que fazer uma coisa rápida no Brasil antes das aulas começarem, quando eu resolver isso eu volto e te ajudo, pode ser?
- Pode sim. – disse Marie.
- Boa noite então, diga ao Gustave que eu volto logo. – disse Gina sumindo.
- Foi assim que se conheceram? – perguntou Neville.
- Foi sim, a partir dai nunca mais nos largamos. – disse Marie sorrindo. – Gi é minha maninha louquinha, minha melhor amiga.
Ela apareceu em frente a uma grande construção. Um prédio com vários andares, algumas pessoas por ali circulavam, um campo de Quadribol se estendia mais ao fundo, próximo a uma grande estufa. O lugar tinha sua beleza natural, sem contar na variedade de plantas que ali tinha.
Gina seguiu a magia de Maria, ela havia conseguido decifrá-la naquele dia do enterro. A bruxa estava num jardim, conversando com dois adolescentes. Quando se aproximou, Maria virou para olha-la, dando-lhe um leve sorriso.
- Bem que você disse que nos veríamos antes do que eu esperava. – disse Maria cumprimentando-a. – Esse é meu neto Robert e sua namorada, Julia.
- Prazer, Gina Potter. – disse Gina para os garotos. - Podemos conversar Maria?
- Claro, crianças, volto em uns minutinhos. – disse Maria e elas foram andar. – O que gostaria de falar comigo?
- Gostaria de me transferir para cá. – disse Gina sem rodeios. – Além de pedir que, se pudesse, me treinasse como sensitiva.
- O que a fez decidir isso? – perguntou Maria docemente.
- Problemas Maria, problemas. – disse Gina. – Problemas esses que estou proibida de falar.
- Entendo. – disse a bruxa. – Só necessitarei de suas notas e da autorização de seus pais, caso seja menor de idade.
- Aqui. – disse Gina entregando alguns papeis para a bruxa. – Faço aniversário em breve, mas sou maior de idade pelo meu Ministério, inclusive já faço magia fora da escola.
- Não vejo problema então. – disse Maria. – Só lhe aviso que as aulas aqui começam em Fevereiro e vão até Novembro, com um mês de férias em Julho, portanto entrará no segundo semestre de aula.
- Não vejo problema nisso. – disse Gina. – E quanto aos materiais?
- Aqui, uma lista para o sétimo ano. – disse Maria convocando um papel e entregando para a menina. – Lhe vejo dia primeiro de agosto então?
- Sim, até lá. – disse Gina. – Obrigado.
- Simples assim? – perguntou Ana abismada. – Tivemos que fazer um monte de provas, a July teve que conversar com Maria e Dumbledore e mais um monte de burocracias.
- Mas a Gina é a Gina, além do mais, era só ver os NOM’s dela que ninguém se atreveria a pedir outra prova. – disse Bruno dando os ombros.
- Quais foram os NOM’s dela? – perguntou Sirius curioso.
- Não viram? – perguntou Marcela surpresa. – Foram tudo nível Merlin.
- Jura? – perguntou Molly surpresa.
- Sim! – disse o casal.
- E os NIEM’s?- perguntou Lily.
- Não recebi, ficou com meu pai. – disse Bruno.
Gina entrava novamente na Fortaleza dos Caçadores. Tinha algo a pedir para Willian, o problema era fazê-lo aceitar o que lhe pediria. O encontrou conversando com Lúpus e Marcus.
- Interrompo? – perguntou Gina séria.
- Nunca Fênix. – disse Marcus.
- Algum problema? – perguntou Lúpus.
- Não, só preciso de um pequeno favor do Will. – disse Gina.
- O que posso fazer por você Fênix? – perguntou o humano.
- Quero que você me indique para ser Rastreadora. – disse ela sem rodeios.
- O quê? – disseram os três.
- Você está louca! – disse o vampiro.
- Marcus, meu caro, eu não estou louca, eu sou louca! – disse Gina com um sorriso sombrio. – Passe por tudo que eu passei e saberá o porquê.
- Certo, mas mesmo assim, é muito arriscado. – disse Lúpus.
- Poucos passam nos teste ou continuam depois da segunda prova. – disse Will.
- Então eu serei uma desses poucos. – disse Gina confiante. – Se você não quiser tudo bem Will. Só me avise que falarei com Thor.
- Você tem mesmo certeza disso? – disse Wil com um suspiro.
- É uma das poucas coisas que eu tenho certeza. – disse Gina.
- Tem noção do perigo e dos riscos que vai correr? – perguntou Marcus.
- Tenho. – disse séria.
- Sabe que terá que desistir de uma vida normal, de uma vida particular? – disse Lúpus.
- Sim, eu sei. – disse Gina. – Mas é preciso.
- Se você tem a total certeza disso, te indico. – disse Willian. – Precisarei, no momento, de seus NOM’s, depois dos seus NIEM’s. E decida um codinome, de preferência algo que seja difícil te identificar como Ginevra Potter.
- Meus NOM’s. – entregou para o bruxo um papel e pensou. – L. Meu nome será L.
- L? Porque L? – perguntou Marcus confuso.
- Por eu meu segundo nome é Lilian. – disse Gina com um sorriso. – Assim como a flor preferida de minha mãe e de minha avó é um Lírio.
- Mas assim fica fácil te descobrir. – disse Lúpus.
- Não, apenas meus pais e amigos, além de poucos professores meus, sabem meu segundo nome. – disse Gina. – Além do mais todos sabem que não gosto do meu nome. Só de Gina.
- Certo, assim que seus NIEM’s saírem me mande ok? – disse Willian.
- Pode deixar. – disse Gina.
- Posso perguntar uma coisa? – perguntou Marcus.
- Sim. – disse Gina.
- Você sabe que terá que ter outro emprego não? Para disfarçar. – falou o vampiro.
- Sim. – disse Gina sorrindo marota. – Já falei com Gustave, tenho minha vaga garantida na Interpol e na Intersec. Serei auror, inominável e rastreadora/espiã.
- Você é louca? – perguntou Lúpus assombrado. – Nunca que conseguirá conciliar tudo isso.
- Não me conhece direito Lúpus. – disse Gina sombria. – Isso é pouco perto do que farei.
- Ela é totalmente louca! – disse Cisa. – Além de ser Dark Rose, ela ainda é L?
- Quer saber mais? – disse Marie, ao que assentiram. – Ela fez os três cursos ao mesmo tempo.
- Como? – disse Remo surpreso. – Não dá tempo para fazer isso.
- Dá sim. – disse Bernardo. – Ela fez o curso de Inominável de manhã, Auror à tarde e Rastreadora de noite.
- Mas ela não teria tempo para dormir, descansar e nem de viver. – disse Draco assustado.
- Sem falar que sempre que precisava ela fazia uma cópia dela e ia investigar alguma coisa, principalmente de final de semana. – disse Bruno.
- E ninguém a impediu? – perguntou Lily.
- Vocês a conhecem tanto quanto nós. – disse Marcela. – Quando ela coloca algo na cabeça, ninguém mais tira. O que tem de inteligência, ela tem de teimosia.
- Srta. Potter. – disse Guilherme, o organizador do Campeonato. – Temos um pequeno problema quanto ao fato da Srta. se a tradutora.
- Que seria? – perguntou Gina calma.
- A Srta. terá que fazer seus exames finais em todas as línguas participantes. – informou o bruxo.
- Não vejo nenhum problema nisso. – disse Gina ainda calma.
- A Srta. terá uma semana para fazer seus exames em pelo menos dez línguas. – exasperou o bruxo.
- Guilherme, não vejo problemas nisso, eu já imagina algo do tipo. – disse Gina. – O que mais me preocupa é como os alunos ficaram nessa semana, pois farei meus exames no Brasil.
- Mas não você não é de Hogwarts? – perguntou o bruxo surpreso.
- Sou, mas fui transferida para lá, assim chegarei junto com a escola Brasileira. – disse Gina. – Bom, se era só isso...
- Sim, conversaremos mais durante o torneio. – disse o bruxo.
- Até lá, então. – disse Gina.
- Espera ai! – disse Gui. – Ela fez os exames em dez línguas diferentes?
- Eu mal consegui fazer em uma! – exclamou Fleur surpresa.
- Só ela mesmo! – disse Carlinhos abismado.
- Além de fazer tudo duas vezes, ela ainda faz isso. – disse Juliana.
- Por que você mudou de escola Gina? – perguntou Marie certo dia. A loira estava com uma barriguinha já.
- Longa história Marie, muito longa. – disse a ruiva com um suspiro.
- Tem haver com a Estrela Negra? – perguntou a loira.
- Em parte. – disse Gina.
- Ok, você não quer falar sobre isso. – disse Marie conformada. – Então quer dizer que trabalharemos juntas?
- Sim, em Janeiro entro na corporação como Dark Rose. – disse Gina com um sorriso.
- “Dark Rose”, rosa negra. – disse Marie. – O que significa?
- Morte, separação, adeus, mistério... – disse Gina. – Coisas desse tipo. É, no momento, a rosa que mais combina comigo.
- Pelo visto você gosta muito de rosas. – disse Marie com um sorriso de lado.
- Sim, tenho uma história com elas. – disse Gina mexendo no colar que há muito era uma delicada flor, que a salvou. – Rosa é uma flor delicada, mas que todos esquecem que é perigosa, por causa dos espinhos.
- Hum... – disse Marie. – Então é senhorita é uma flor?
- Boa comparação, Angel. – disse Gina rindo.
- Hey! Como sabe que é esse meu codinome? – disse Marie surpresa.
- Eu sei de tudo. – disse Gina sorrindo. – Nunca se esqueça.
- Não esquecerei. – disse Marie sorrindo.
- Bom Marie, preciso voltar. – disse Gina. – Já fiz meus exames, hora de voltar para Hogwarts.
- E quais os resultados? – perguntou a loira curiosa.
- Nível Merlin em tudo, óbvio. – disse Gina ignorando a surpresa da prima. – Boa noite priminha.
- Boa noite Gi. – disse Marie. – Se cuida.
- Sempre. – disse Gina e colocou a mão na barriga dela. – Boa noite princesinha.
- Ela mesma se compara com a rosa negra. – disse Gab.
- Mas o que me preocupa é que ela fala que a rosa negra significa morte e depois diz que a flor a representa. – disse Harry.
Gina estava preste a aparatar para seu quarto na sala dos fundadores quando viu. Caçadores, os marotos, os NM, Maria, Julia, Robert e os professores, em Hogwarts, sendo atacados. Sem nem pensar, aparatou na torre mais alta de Hogwarts, logo lançando uma barreira protetora entre as criaturas e todos.
Um segundo depois, Gina pulou e derrubou um dos gigantes com um chute bem dado na cabeça. Não tardou muito para os outros dois também serem derrubados. Gina, então, caiu de joelhos em frente a todos.
– Saiam daqui agora. Nenhum de vocês está pronto para o que vai acontecer. – disse Gina e nesse momento os dementadores apareceram. – Expecto Patronum Múltiplos!
Diversos animais patronos dourados saíram da varinha da garota ruiva e atacaram os dementadores, não dando chances deles nem se aproximarem de todos ali presos na barreira. Até mesmo as criaturas das trevas estavam assustadas. Há tempos não se viu um Patrono Múltiplo, quanto mais um desse tipo, quase sólido.
– Fala sério! – resmungou Gina ao ver todos parados ainda. – “Tecnica Convocazione elementare! Guardiani Elemental!”.
Uma estrela de seis pontas apareceu abaixo de Gina em dourado, um círculo unia cada uma de suas pontas. Dos dois extremos inferiores saíram uma Serpente de Terra e um Texugo de Ar. Das extremidades superiores, um Leão de Fogo e uma Águia de Água. E das duas pontas, um Grifo de Luz e um Dragão das Trevas.
Ainda chocados com a magia da garota, os alunos e professores nem perceberam serem empurrados até dentro do castelo, fazendo os animais patronos e elementais sumirem junto com o selamento das portas. Sem dar tempo para os adversários se recuperarem do assombro mágico que fez, Gina começou a disparar flecha atrás de flecha nos vampiros e lobisomens presentes, fazendo-os cair no chão de dor, despertando, assim, todas as criaturas.
Gina brandiu suas espadas e utilizou de suas flechas e adagas, desacordando todo o exercito e “ignorando” a presença dos demônios e da criatura que assistia todo o massacre de longe.
Após um bom tempo todas as criaturas estavam no chão. Muito sangue, tanto dos seres quanto de Gina, estava sobre os jardins. A ruiva tinha vários cortes pelo corpo, sua roupa rasgada em alguns lugares e estava toda descabelada.
Agora faltava apenas destruir os demônios e ver o que aquele ser encapuzado queria. Gina sabia muito bem o que era aquilo, e isso a preocupava muito.
Sem esperar mais, guardou suas armas e começou o canto milenar para destruir demônios. Uma esfera branca surgiu em suas mãos e começou a sugar todos os demônios presentes num raio de mil quilômetros, transformando-os numa esfera negra menor. Com um pouco de concentração, queimou a esfera com fogo maldito.
Quando a ruiva se preparou para confrontar o ser encapuzado, ambos trocaram um olhar de reconhecimento e o ser desapareceu, como se nunca estive ali.
Antes que alguém a interrompesse, raios verdes, amarelos, azuis, vermelhos, brancos e dourados saíram de Gina e formaram uma proteção em Hogwarts. Aquela era mesma barreira posta pelos fundadores, a Barreira Milenar Elemental, acrescentada com o poder da Luz e de Gina, garantindo maior proteção e segurança pelos próximos mil anos. Logo após terminar de conjurar a barreira, Fawkes apareceu e levou Gina dali com o voo de fogo da fênix, logo em seguida Lua ganhou os céus, atrás de sua dona e companheira. Um pequeno lembrete havia ficado para todos ali:
“Esse pode ter sido o final de uma batalha, mas a guerra logo começará. Ninguém mais será confiável, ninguém mais estará seguro. Mas quando precisarem de mim eu estarei lá. Pode não ser como eu mesma, mas sempre estarei protegendo aqueles que me são importantes. SEMPRE.”.
“If anyone ask I'll tell them we both just moved on
When people all stare I pretend that I don't hear them talk
Whenever I see you,
I'll swallow my pride and bite my tongue
Pretend i'm okay with it all
Act like there's nothing wrong
Is it over yet?
Can I open my eyes?
Is this as hard as it gets?
Is this what it feels like to really cry?
If anyone ask I'll tell them we just grew apart
And what would I care if they believe me or not
Whenever I feel your memory is breaking my heart
I'll pretend i'm okay with it all
Act like there's nothing wrong
Is it over yet?
Can I open my eyes?
Is this as hard as it gets?
Is this what it feels like to really cry?
I'm talking in circles
I'm lying, they know it
why won't this just all go away?
Is it over yet?
Can I open my eyes?
Is this hard as it gets?
Is this what it feels like to really cry?”
“Cry – Kelly Clarkson”
“Se alguém perguntar vou dizer que nós seguimos em frente,
Quando as pessoas comentarem vou fingir que não os ouço a falar,
Toda vez que eu te vir, Vou engolir meu orgulho
e morder a minha língua
Fingir que estou bem com tudo isso
Agindo como se nada estivesse errado
Isto já acabou?
Posso abrir os meus olhos?
Isso é tão difícil quanto parece?
É isso o que a gente sente quando chora de verdade?
Se alguém perguntar vou dizer que superamos
E o que me interessa se eles acreditam ou não?
Toda vez que eu sentir que as lembranças de você estão quebrando meu coração
Vou fingir que estou bem com tudo isto
Agindo como se nada estivesse errado
Isto já acabou?
Posso abrir os meus olhos?
Isso é tão difícil quanto parece?
É isso o que a gente sente quando chora de verdade?
Estou me enrolando nas palavras
Estou mentindo, e eles sabem disso
Por que tudo isto simplesmente não passa?
Isto já acabou?
Posso abrir os meus olhos?
Isso é tão difícil quanto parece?
É isso o que a gente sente quando chora de verdade?”
“Chorar – Kelly Clarkson”
Hey everybody!!! Desculpem a demora, mas como minha "filha mais velha" foi viajar, e ela é uma das que mais comentam e mais me enchem o saco por causa da fic, quis esperá-la voltar de viagem. . .
So, só um avisinho rápido. . . Postarei a cada semana por enquanto que estou de férias e no começo das aulas. . . Se eu ver que por casa da escola não estou conseguindo escrever, passará a ser de quinze em quinze dias, beleza?? Sorry about that babies, but estou no terceiro colegial. . .
JuPJEWL: Sim a diva da Avril no capítulo. . . BBriga com seu pai Ju, além de dar em cima da Gi ela não te deixa namorar certo filho de Atena e nem te dá o Billie.... Um dia, um momento beeeeeem distante okay??? Não. Faz. Isso. Com. Sua. Irmã!
lily jean OLIVER: Um dia beeeeeeeeeeem distante eu assisto okay??? Crianças, parem de brigar para saber qual das duas comentaram primeiro, ok? As duas moram no meu S2. . . Selene, sem comentáios. . . Tem que ser na Lua Cheia para dar mais emoção...
Acho que é só isso gente. . . Até semana que vem
Beijos, V Black ;)
Comentários (2)
Um dia beeeeeeeeeeem distante eu assisto okay???espero que este dia chegue logo Crianças, parem de brigar para saber qual das duas comentaram primeiro, ok?não tem ninguem brigando aqui mamy As duas moram no meu S2. . .vc tambem mamy S2S2S2S2 Selene, sem comentáios. . . Tem que ser na Lua Cheia para dar mais emoção...Sel deve ser por isso que a liv me enche o saco com a musica a lendaé poisé né hehehehe okay, não farei nada com a Li ç.çassim espero maninha LÁ LÁ LÁ, ESSE COMENT TAMBÉM FOI PRIMEIRO*corre atras dela com balões d'agua *sua xata*mostra lingua*
2013-01-21Como assim era L? Tá assistindo o DN é, Vic? o-o Sabe, também estou me irritando com esses flashbacks. Me irritando muito. Lúcios “Loira Frufru” Malfoy e Bellatrix “Bela” Lestrange, as duas bitches em um lugar só! Pode isso Arnaldo? Psé, a pessoa tem que fazer 54548454184151 e a Gina... avá, daora a vida t.t Sério que ela vez um exame com pelo menos 10 línguas? Sééério isso? Ela devia 'tá morrendo de medo ¬¬ DARK ROSE É DEMAIS *-* ~~~ Avril é divastica, sem menos Vou brigar com meu pai mesmo, nunca vi uma bagaça dessa! "Ele tem 40 anos, é muito velho, blá blá blá", mas você, pai, tem 3,000 e isso não te impediu de ficar com miha mãe né, sem vergonha?*snif* você tem que assistir logo ç.ç okay, não farei nada com a Li ç.ç LÁ LÁ LÁ, ESSE COMENT TAMBÉM FOI PRIMEIRO
2013-01-15