CAFÉ DA MANHÃ EM HOGWARTS
Quando atingiram a frente do castelo, amanheceu finalmente. O sol estendia-se preguiçosamente por uma colina, dando um belo espetáculo. Sirius começou a esmurrar a porta do castelo dizendo:
‒ Abram agora! Sobrevivemos e estamos famintos!
Alvo Dumbledore abriu a porta sorridente, detrás dele, Sheeba disparou ao encontro de Sirius, beijando-o na boca, nos olhos, no rosto, sufocando-o de beijos, mandando ao inferno as convenções de ser uma professora de Hogwarts.
Algum tempo depois, estavam sentados tomando café da manhã, eram observados por todos, principalmente Draco Malfoy, que não era figura habitual nestas aventuras. Ele estava ao lado de Sue, derretendo-se em gentilezas enquanto ela o ignorava solenemente. Alguns colegas da Sonserina riam-se secretamente dele.
Dumbledore então começou a dizer, em voz alta:
‒ Esta noite algumas pessoas libertaram Hogwarts dos vampiros... O Professor Black e o Senhor Potter estiveram entre eles, mas foram salvos por circunstâncias felizes, que nem cabe a nós comentar agora ‒ Harry sabia que ele não queria que ninguém soubesse que Voldemort estivera tão perto ‒ Os senhores John Van Helsing e Atlantis Fischer, que em nada são ligados a essa escola senão por laços de afeto, tiveram a coragem de enfrentar sozinhos um pequeno exército de vampiros... até onde sabemos eles não deixaram sobreviventes... Mas cinco jovens desobedeceram a minha ordem de ficar no castelo através de subterfúgios...
‒ Os senhores Weasley, Granger, Fischer, Malfoy ‒ Dumbledore deu uma significativa pausa ‒ e a jovem visitante Sue Van Helsing tiveram um comportamento temerário... com o meu conhecimento e posso até dizer, consentimento ‒ todos entreolharam-se incrédulos, Draco olhou para Sue atônito ‒ Na noite passada, depois que eu havia lacrado o castelo em TODAS as saídas possíveis, a Srª Black me pediu uma pequena audiência... ela me disse que se não deslacrasse a porta do corujal, os senhores John Van Helsing e Atlantis Fischer estariam perdidos... eu não sabia porque, mas conhecendo-a como conheço, tinha motivos para acreditar que ela estava certa... então, deslacrei o corujal por onde cinco jovens escaparam para salvar dois adultos... Isso vai render cinqüenta pontos à casa da Grifnória, pelos senhores Granger e Weasley, e cinqüenta pontos para a Sonserina, pelos senhores Fischer e Malfoy... mas gostaria de lembra-los que dificilmente teriam sobrevivido sem a ajuda desta jovem brilhante e valorosa... ela não tem sangue bruxo nem poderes mágicos, o que é uma pena, mas foi de uma coragem digna da família a qual pertence... muito obrigada, senhorita Sue Ann Van Helsing!
Sue corou envergonhada, Draco olhava para ela com a cara mais estúpida que já fizera na vida. Da mesa principal, John piscou um olho para ela e fez um grande sinal de O.K.. Ela sorriu, pela primeira vez na vida sabia que seu pai orgulhava-se dela.
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As aulas aquele dia haviam sido arruinadas... os professores avisaram que haveria compensações nos finais de semana posteriores, mas quem ligava? Hogwarts estava livre dos vampiros, parecera um sonho ruim que se dissipara com a manhã. No fim da tarde, John e Sue agradeceram a Dumbledore a hospitalidade, o que ele retribuiu, dizendo que o que eles haviam feito por Hogwarts era impossível de ser pago, e seria devidamente relatado à irmandade. Sue procurou Sheeba e disse a ela:
‒ Sheeba... sabe aquela história de feitiço de memória que você cochichou com meu pai achando que eu não estava ouvindo?
‒ Pode ficar tranqüila, Sue... depois do que você fez aqui eu jamais retiraria essa experiência de suas lembranças.. você merece lembrar de cada minuto que passou aqui, e tenho um palpite que talvez um dia você volte...
‒ Sheeba, eu fico sem graça de te pedir essas coisas... poderia ver meu futuro?
Sheeba sorriu e tirou as luvas, tocando o rosto da garota com as duas mãos, envolvendo-lhe a face. Ainda sorrindo disse:
‒ O que você deve saber é que há um bruxo em seu caminho... ‒ deu um piparote no nariz da menina e saiu cantarolando alegremente uma música bruxa que falava em feitiços de amor. ‒ Sue ficou parada um instante pensando no que fazer antes de juntar-se ao pai, Sirius e Sheeba, que os levariam a Hogsmeade para pegar o trem. Uma sombra saiu detrás da pilastra, assustando-a:
‒ Eu ouvi o que ela disse, Sue! Há um bruxo em seu caminho.. ‒ os olhos azuis acinzentados de Draco Malfoy a olhavam esperançosos, ele estivera observando-a o dia inteiro, e agora achara a oportunidade que queria para interpela-la.
‒ Quem disse que o bruxo é você Draco?
‒ Quem mais poderia ser?
‒ Rony Weasley.
‒ Weasley? Oras, como você pode falar em Weasley... quem te apoiou quando você precisou? Quem esteve do seu lado?
‒ Quem precisou ser salvo de uma vampira na floresta por uma trouxa muito trouxa??
‒ Ah, para com essa conversa fiada, garota, depois de tudo que eu fiz, acho que mereço pelo menos um beijo...
‒ Sabe qual é o seu mal, Draco? Tudo é sempre sobre você... Não, eu não vou te beijar, não estou com a mínima vontade... sabe o que eu vou fazer? Ir embora... você não faz nada por ninguém... foi comigo só para me impressionar, mas eu não me impressiono à toa, Draco... quem sabe um dia, quando você se tornar uma pessoa melhor? ‒ Sue deu uma volta sobre os calcanhares e o deixou para trás, com cara de idiota completo. Ele correu atrás dela:
‒ Quem sabe se eu te escrevesse?
‒ Você não tem e-mail...
‒ Mando uma coruja!
‒ Vai ser ótimo receber uma coruja na Itália, quem sabe eles não me expulsam bem rápido, tome ‒ ela deu um cartãozinho com um emblema de escola ‒ acho que vou terminar o meu colegial aí, se não for expulsa antes...
Draco ficou para trás, olhando a garota se afastando rapidamente. Sue ia rindo.. um bruxo em seu caminho... parecia divertido, provavelmente eles iriam se encontrar de novo e ela ia descobrir se ele beijava bem ou não.
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‒ No caminho para Hogsmeade, John descobriu através de Sirius que postar uma carta-coruja para Hogwarts a partir de Nova Iorque custava apenas um sicle e que um nuque não valia 20 cents, e sim 8.
‒ Pois é, devo ter a maior cara de trouxa da face da Terra
‒ Não é pessoal, John, alguns bruxos não resistem a fazer os trouxas de trouxas... ‒ Sirius segurava-se para não rir
‒ Eu ainda vou resolver isso... Sheeba, tem alguma bruxa assim bem apessoada, mais ou menos na casa dos trinta que você possa me apresentar? Uma que possa ter ainda muitos filhos, de preferência.
‒ Bem, tem a Alexandra Wolf ‒ Sirius fez uma cara de pânico e acenou negativamente para John, sem que ela visse ‒ Ela está sozinha... eu te apresentaria a Silvia Spring, mas ela é muito problemática e já está tendo um affair... Hannah Summer é casada, Beth Fall não quer saber de ninguém agora, Liza LionHeart é casada... acho que a mais indicada é Alexandra Wolf, se você não tiver problemas com mulheres que uivam para a lua...
‒ Er... você conhece Marsha Cage Fish?
‒ A advogada? Conheço... ela não estava te processando?
‒ Pois é, acho que vou convidá-la para um drinque... conheço um barzinho em Boston que ela iria adorar...
‒ Não custa nada tentar, não é mesmo?
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Horas depois que John e Sue deixaram Hogsmeade, Sirius e Sheeba estavam em casa, Sheeba estava deitada e Sirius estava deitado com o ouvido colado em sua barriga, tentando escutar o bebê:
‒ Sirius , não seja idiota... o bebê deve estar do tamanho de uma noz... você não vai senti-lo mexendo...
‒ Shhh! Fique quieta, Srª Black, quero ouvir o coração de meu filho... ‒ Sheeba deu uma gargalhada:
‒ Sirius ele ainda está muito pequeno... oito semanas!
‒ Sheeba, você já sabe se é um menino ou menina?
‒ Eu já te disse que não posso saber... mas tenho um palpite... quantas mulheres nasceram na família Black nos últimos 100 anos?
‒ Sei lá... nasceram muito mais homens... só porque a maldição só vale para nós...‒ ele olhou-a sério ‒ Nós nunca vamos escolher um para dar o anel, não é Sheeba?
‒ Até lá, meu amor, essa história besta de maldição terá passado...
‒ Ótimo, porque eu quero fazer muitos filhos...
‒ Sirius, você não é um Van Helsing ‒ nesse momento ouviram algo batendo na janela, levantaram a cabeça e viram um morcego batendo contra o vidro. O coração de Sheeba gelou. Então, o morcego largou sobre o parapeito da janela uma carta e voou para a noite. Sirius abriu a janela e pegou a carta:
“Sirius,
Nosso pai estava errado. Você é a parte boa, eu a ruim. Analisando os fatos, agora eu vejo que toda esta história de maldição é uma grande bobagem, vou te deixar em paz, viva sua vida como se eu estivesse enterrado naquele túmulo em Devonshire, você tem razão, eu estou morto. Não quero isso para você nem para seus filhos... se depender de mim, a maldição termina aqui.
Não me esqueça, Não voltarei a Nova Iorque, sempre estarei te observando, mas não me aproximarei, é melhor assim. Mesmo não tendo alma, eu te amo, meu irmão.
Caius Black”
Sirius olhou para Sheeba e a abraçou. Não havia o que dizer.
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Harry e Willy estavam naquele momento namorando na sala de transformação, depois de um beijo particularmente longo, Willy disse:
‒ Eu senti muito medo de não te ver mais, Harry. Sorte que tínhamos Sue.
‒ Você não está mais com raiva dela?
‒ Não. Ela foi legal... até o Draco foi legal ‒ Harry olhou-a como se ela tivesse duas cabeças.
‒ Você não vai me dizer que ele foi um herói, vai?
‒ Ciúmes, Harry Potter? Não, ele não foi um herói... fez tudo só para ver se conseguia alguma coisa com Sue... mas pelo menos ele foi útil... isso é alguma uma evolução
‒ Até coisas como ele podem evoluir... Mas sabe o que me preocupa? Aquela Cripta cheia de errantes no meio da floresta. Dumbledore me disse que ela estava aqui bem antes de Hogwarts... que não é qualquer um que pode achá-la. Mas Voldemort sabe que ela está lá.
‒ Harry, por favor esqueça.
‒ Você sabe qual a condição para isso...
Muito longe dali, dois vampiros observavam um túmulo negro, guardado por um anjo. A luz da lua banhava os dois. Eles dissolveram-se na névoa e tornaram-se morcegos, voando na direção do horizonte.
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Muito bem... que perguntas temos agora? Ah sim:
Você dormiria bem com um monte de errantes em seu quintal?
É menino ou menina?
E Caius Black, foi mesmo embora? Lembrem-se que vampiros não são confiáveis...
Nada disso! Eu estou curiosa para saber que bicho vai dar entre a Sue e o Draco...
Vocês tem perguntas, eu sei... mas antes de respondê-las, eu vou falar de fadas.
fim
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