SNAPE DESAPARECE



    Sheeba perguntou para Dumbledore onde Snape fora e ele respondeu-lhe que ele fora apagar o feitiço no segundo andar. Sheeba correu e viu que o incêndio fora apagado, mas Snape desaparecera. Harry, que a seguira, desatou a correr na direção da torre de Grifinória, rapidamente passou pelo retrato da mulher gorda, e subiu as escadas para seu quarto. Ofegante, abriu seu malão e tirou de lá o mapa do maroto, que rapidamente ativou. Procurou Severo Snape no mapa e o achou exatamente um segundo antes que ele desaparecesse. Snape tinha saído de Hogwarts pela passagem do salgueiro lutador.
    Harry desceu correndo com o mapa na mão e foi direto à Sheeba, a quem explicou atabalhoadamente o que acabara de ver. Alguém pôs a mão no seu ombro e ele viu que era Alvo Dumbledore. Ele disse:
    ‒ Harry, vamos à minha sala. Sheeba, tente achar Snape.
    Deja vù. Harry, ao sentar na mesa de Dumbledore sabia exatamente o que ele ia dizer. Vira parte desta cena dois dias antes na penseira de Sheeba.
    ‒ Você já sabe que não pode deixar Hogwarts de jeito nenhum, correto? Em hipótese nenhuma eu quero você tentando bancar o herói, Harry. Já estou arriscando Sirius e Lupin que estão atrás de Rabicho sob grande risco pessoal, e não quero você matutando formas de sair desta escola e tentar descobrir o que está acontecendo. Ano passado você escapou por muito pouco. Agora que Voldemort está de volta, só sob minha vigilância você está protegido. Você entende?
    ‒ Eu sei disso, Professor. Há dois dias atrás estive com Sheeba e ela me mostrou exatamente esta cena em seua penseira.
    ‒ Entendo, mas quero deixar bem claro, Harry, que você precisa ficar aqui e quieto, longe de encrenca. Está certo?
    ‒ Está.
    Nesse momento alguém bateu na porta da sala e Dumbledore mandou que entrasse. A cara feia e deformada de Olho Tonto Moody apareceu no vão da porta e cumprimentou os dois. Ele entrou e disse que uma aluna havia desaparecido. Dumbledore perguntou quem fora, e a resposta fez o coração de Harry disparar:
    ‒ Cho Chang.

    Sheeba corria pela passagem do salgueiro lutador apertando o botão de Sirius na mão direita, a varinha com uma chama na ponta na outra mão à frente, iluminando-lhe a passagem. Mentalmente, repetia: “Por favor, Sirius, impeça-o”.

    Sirius corria em forma canina na direção onde Lupin fora, passou por uma porta azul sem a mínima vontade de conferir o que havia lá dentro, depois avistou uma outra porta amarela e acelerou mais, as patas batendo pesadamente no chão. Avistou Lupin no fim do corredor diante da porta verde, com a mão na maçaneta e deu um latido alto, assustando Lupin. Saltou sobre ele, voltando à forma humana antes de derrubá-lo no chão.
    ‒ Pode me explicar porque você me atacou, Sirius?
    ‒ Não entre aí. É uma armadilha para você.
    ‒ Quem te disse isso?
    ‒ Sheeba, ontem. Ela disse que se você entrar aí, morre. Você pretende conferir?
    ‒ Realmente, não tenho motivo nenhum para duvidar dela, mas não acho prudente você entrar aí sozinho.
    ‒ E o que você espera que eu faça?
    ‒ Tente desaparatar e achar Sheeba ou Dumbledore.
    ‒ Acho que é impossível desparatar aqui de dentro. Isso é uma verdadeira fortaleza, não ia ser vulnerável a algo tão prosaico.
    ‒ Mesmo sendo algo bolado por Rabicho, tenho que admitir que ele sabe fazer como um bruxo perder tempo.
    ‒ Eu entro, você volta daqui. Encontre Sheeba.

    Em Hogwarts, rodeado por Rony e Hermione, Harry sentia um bolo na garganta. Se alguém queria fazê-lo sentir-se arrasado, realmente conseguira. Podiam levá-lo, mas porque fazer isso com Cho? Ela nem era apaixonada  por ele, ele sabia disso, ela gostava ainda de Cedric Diggory, mesmo passado quase um ano que ela e o capitão de quadribol da Lufa Lufa tinham sido namorados. Ele percebera isso na última vez que a vira. Harry pensou: se ela morrer ou se machucar por minha causa, realmente quem vai parar no St Mungos louco sou eu.
    ‒ Será que Snape levou Cho Chang? ‒ Rony olhava apreensivo para Harry.
    ‒ Ele saiu sozinho pela passagem, eu vi no mapa.
    ‒ Além disso ‒ completou Hermione ‒ Snape está do nosso lado.
    ‒ Hermione, lembra que Sheeba disse que Snape a decepcionou?
    ‒ Rony, isso foi quando ela pensou que ele tivesse feito um feitiço de confusão nele mesmo.
    ‒ E se ele fez, e se foi ele que levou embora o gelo de confusão de Harry?
    ‒ Rony, Hermione, temos que fazer alguma coisa. Acho que o único jeito seria seguir Snape. Ele pode ter visto quem levou Cho e ter ido atrás, como ele estava seguindo, provavelmente a pessoa que sequestrou Cho já estava fora do mapa quando eu o consultei.
    ‒ Harry ‒ Rony começou ‒ Lembra que Sheeba disse que vira algo sobre Snape?
    ‒ Sim! Ela disse que ele ia para Londres!‒ lembrou Hermione.
    ‒ Genial... não sabemos ainda como desaparatar e estamos a quilômetros de Londres, o que nos deixa na mesma ‒ disse Harry mal humorado. Hermione olhava o olho de tigre e viu que naquele instante Lupin aparatava diante de Sheeba.
    ‒ Existe um meio ‒ ela disse ‒ Eu tenho um plano.

    Sirius abriu a porta e olhou. Estava numa sala completamente escura. De repente a luz se acendeu e cegou-o (luz elétrica? ele pensou) No exato instante que ele abriu os olhos escutou um estrondo e viu um homem atirando nele com uma pistola. Sentiu algo macio bater em seu ombro e cair no chão, então se lembrou do que Sheeba dissera sobre a roupa que o emprestara. Aquilo era uma bala de trouxa. E o homem continuava atirando.  Sirius abaixou-se atrás de uma mesa e viu que aquela sala não era uma sala mágica. Na verdade tinha todas as características de uma sala de trouxas... até telefone, em cima de uma mesa. Olhou para uma das balas que o homem atirara nele e que caíra no chão, e  descobriu porque Lupin não podia entrar ali: as balas que o trouxa atirava eram de prata. Pensou um instante no que fazer e olhou o trouxa pelo vão da mesa. Ele estava obviamente sob um forte feitiço Imperius. Então, o bruxo que conjurava o feitiço não podia estar longe...  Não podia fazer nada que pusesse a vida do trouxa em perigo, não queria ter uma morte para ter que explicar ao ministério da magia, e provavelmente quem o atraíra até ali sabia disso. Ouviu uma voz dizer ao trouxa, vinda do nada:
    ‒ A cabeça, imbecil, atire na cabeça dele e não erre.
    Conhecia aquela voz, Rabicho! Não sabia se o que tentaria a seguir funcionaria, mas de quaquer forma, lembrou-se que Sheeba disse que sairia vivo dali.
     ‒ Expelliarmus! ‒ Sirius disse, a arma na mão do trouxa saiu voando e veio depositar-se bem na mão dele. Viu que o trouxa usava uma roupa de policial e escutou uma voz dizer ao lado dele:
    ‒ Imbecil! Você vai ver! Crucio! ‒ O policial começou a se contorcer de dor e Sirius pensou que Rabicho devia estar escondido sob uma capa de invisibilidade. De repente viu algo que podia ajudá-lo: o teto estava coberto de sprinklers. Sem perder tempo, Sirius transfigurou a arma em uma bombinha de fogo filibusteiro e atirou-a para o teto. Ela explodiu fazendo com que os sprinklers começassem a jorrar água, e ele viu num canto um vulto onde a água batia.
    ‒ Impedimenta! Sirius apontou para o vulto, mas este abriu uma porta atrás de si e saiu pelo que parecia um corredor. Antes de ir atrás dele, Sirius olhou o trouxa e se certificou de que ele ia ficar bem. Havia água por todo lado, e Sirius improvisou um feitiço para parar os sprinklers. Não fazia muito sentido, eles estarem ali... provavelmente a porta da sala do subterrâneo era um portal que levava a outra sala, em algum prédio de trouxas. Saiu pela mesma porta que Rabicho e viu que saía exatamente pela porta laranja dentro do labirinto. Sem dúvida estivera em prédio de trouxas e agora saía de volta por outro portal. Tudo para confundir, ele pensou. Menos duas portas. Uma delas deve levar adiante. Resolveu tentar a porta do diabrete. Abriu-a com cuidado e gritou, apontando para dentro:
‒ Impedimenta! ‒ Não havia mais nenhum diabrete na sala. O feitiço de Sirius bateu em um espelho e voltou, quase o atingindo. Era uma sala coberta de espelhos. ‒ Só pode ser aqui ‒ pensou.    

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