A Foto






Daquele dia em diante o trio e Malfoy passavam a se reunir pelo menos uma vez na semana para discutirem o que poderiam fazer para evitar que novas mortes acontecessem, principalmente dentro da escola, pela primeira vez Malfoy era compreensível e falava com Harry sem nenhum problema e nem espinhando Harry com ofensas e xingamentos.

Numa destas reuniões, quer sempre acontecia no banheiro da murta, Hermione estava muito intrigada e por ser a dali que mais se preocupava em achar uma solução concreta, teve uma idéia:

- Gente nós temos que conseguir falar da transição para todos aqui do castelo! – Exclamou Hermione mostrando no rosto uma expressão de certeza.

- É Hermione, essa nossa intenção, é por isso que nos reunimos aqui exatamente para tentar conseguir de alguma forma ajudar novas pessoas a não virarem fantasmas ou espíritos vagando pela nossa esfera. – Disse Malfoy.

- Eu sei Draco, mas eu pensei em algo. – Disse mais firme ainda – Como nós conseguimos ver, quem sabe as lentes especiais das câmeras fotográficas de Collin não consigam fotografar algum efeito da transição, nós escreveríamos uma carta no anonimato explicando todo processo de transição, eu iria à biblioteca procurar livros que falem com mais clareza sobre isso, assim eu mesma posso escrever a carta, com estas provas todos ficariam conscientes e tomariam as medidas que colocássemos na carta.

- Não parece uma má idéia, não mesmo! – Disse Harry.

- Mas... – Disse Hermione com um olhar de porém – Vocês teriam que conseguir fazer com que eles aparecessem e ainda teriam que agüentar um tempo até bater as fotos, depois é só pensar no nada, no branco ou no preto, limpar as mentes como Harry disse.

- Certo Hermione faremos isso, nos temos que arriscar se não além de nós que corremos grande perigo, outros também podem acabar sofrendo. – Falou Harry.

No dia seguinte, numa aula de Herbologia, Madame Ponfrei ensinava como usar as Aspíles, tipo de orquídea colorida que exala um cheiro horrível para espantar predadores, para se defender de qualquer tipo de mosquito, cada aluno recebeu um vidro com porção de Aspíles. Harry aproveitou que Collin estava fotografando as Aspíles e falou?

- Collin queria te pedir uma ajuda. – Falou Harry com cautela.

- Oh sim Harry, diga o que precisa! – Exclamou Collin animado e sempre com aquele sorriso no rosto.

- Você me emprestaria sua câmera por essa noite? Eu preciso muito, não posso falar para que, mas você vai saber assim que eu te devolver para revelação das fotos.

- Certo Harry, não tem problemas algum, nem gosto de fotografar nada de noite, depois da minha aula de defesa contra as artes das trevas eu te dou! – Disse Collin muito animado.

- Obrigado Collin. – Agradeceu Harry.

Harry correu e aviso para Hermione e Rony que já conseguira a câmera de Collin.

- Certo Harry, como combinado, de noite eu irei a biblioteca pesquisar mais sobre esses assuntos de espíritos e transição, enquanto você, Rony e Draco irão andar pelo colégio de noite para ver se acham algo e conseguem fotografar. – Falou Hermione.

- Está bem Hermione, espero que dê certo. – Completou Harry.

- É tomara mesmo, porque nem acredito que vou procurar espírito, isso vai totalmente contra minha vontade, mas se é a Hermione que ta pedindo. – Disse Rony avermelhado.

- Ah Ron, vai dar tudo certo. – Falou Hermione.

O trio encontrou Malfoy na hora do almoço e falaram todo o plano para ele que concordou e estava disposto a ajudar.

- Malfoy está realmente muito diferente, nem acredito que ele está nos ajudando. – Falou Rony.

- Acho que é o medo Ron, que faz ele nós ajudar e também porque ele viu do que se trata. – Falou Hermione.

No cair da noite Hermione se despediu dos garotos e foi para a biblioteca com o mapa do maroto que Harry tinha dado a ela para que ninguém a pegasse na biblioteca, enquanto isso Harry, Rony e Draco se encontraram no banheiro da murta.

- E agora? – Perguntou Draco.

- Iremos andar pela escola cautelosamente, principalmente as escadas, foi nelas que eu tive as duas visões. – Disse Harry.

Os garotos andaram mais de três horas, não agüentavam mais subir ou descer escadas, estava muito escuro e a vela já estava quase toda derretida, já quase desistindo subiram uma escadaria enorme que levava a Ala da Lufa-Lufa, quando pisaram no primeiro degrau um frio imensurável invadiu a espinha dos garotos, os três tremiam muito e sentiam as pernas bambas, no fim da escadaria um ponto de luz minúsculo apareceu e eles conseguiam ouvir vozes que gelavam todo o corpo.

- Nos tirem daqui. Libertem-nos. – Gritavam as vozes dentro da luz.

- Não limpem suas mente, ainda não fotografamos! – gritou Harry.

De repente chamas saíram da minúscula luz e passaram por dentro dos garotos, sentiam a luz passar por dentro de suas almas, suas pupilas dilataram e luz começara a crescer, era tão forte que logo toda a escadaria se encontrava numa nuvem de luz e gritos sombrios, agora era possível ver sombras se movendo dentro da luz gritando e se movendo rapidamente.

- Rápido Potter, não agüento mais, dói muito, é como estar indo com eles para dentro dessa luz, meu corpo está tão gelado, faça algo Potter! – Gritou Malfoy desesperado.

Harry pegou a câmera e fotografou, tirou fotos de toda a escada tentando tirar o maior número de fotos de tudo aquilo que estava acontecendo.

- Pronto! Pronto! – Gritou Harry – Limpem as mentes, não mostrem seus medos se não eles vão nos atingir.

Depois de alguns minutos tentando limpar as mentes, os gritos foram diminuindo e toda luz voltando aquele minúsculo ponto de origem. Finalmente tudo havia passado, os três sentaram na escada e tentavam desesperadamente respirar, as pupilas dilatadas foram diminuindo aos poucos e o frio que invadira os corpos dos garotos passava lentamente, depois de sentir melhor Harry e Rony deram boa noite a Malfoy que nem retribuiu e logo correu para seu dormitório.

- Rony está muito tarde. – Disse Harry – Mas eu queria saber se Hermione conseguiu e se já está no seu quarto.

- Harry se entrarmos no dormitório feminino não vão pensar boa coisa, é melhor dormimos e amanhã falamos para Hermione tudo que vimos. – Disse Rony ainda muito assustado.

Harry mal pregara o olho, ao acordar chamou Rony e os dois foram ao quarto de Hermione, as outras garotas incluindo Gina falaram que ela saiu muito cedo do quarto, pois nenhuma ainda tinha visto Hermione naquela manhã. De cautela Rony olhou para a cama de Hermione, ela se encontrava bagunçada.

- Harry ontem de noite Hermione saiu de seu quarto para ir á biblioteca, por isso sua cama ficou bagunçada, mas ela não é do tipo que acorda e sai bem cedo do quarto sem arrumar a cama dela. – Falou Rony.

- Você conseguiu ver a cama de Hermione Rony? – Perguntou Harry um pouco assustado.

- Sim Harry e estava bagunçada.

Os garotos correram á biblioteca e não encontram nenhum sinal de Hermione, nenhum papel, nenhum livro, nem o espelho que costuma usar nessas horas e nem o mapa do maroto.

Nessa hora em que se encontravam na biblioteca revirando tudo, todas as cadeiras, todas as coisas procurando alguma pista.

- Bom dia Harry! – Disse a voz calma e roca.

- Professor Dumbledore! – Exclamou Harry.

- Olá, não se assustem sei o que estão procurando, mas não irão achar. – Falou Dumbledore.

- Como assim? Onde está Hermione? – Perguntou Rony já chorando.

- Isso foi tudo que foi encontrado aqui na biblioteca bem cedo. – Dumbledore pega um rolo de pergaminho com muitas anotações, o mapa do maroto e o cachecol que Hermione usara aquela noite. – Não sei como ela desapareceu, mas creio que vocês podem me contar.

- Não acredito Harry! Não acredito! Minha Mione sumiu. – Falou Rony chorando.

Harry andou bem devagar até Dumbledore e pegou tudo que tinha sido achado de manhã na biblioteca.

- Dumbledore não sei o que aconteceu, mas irei descobrir. – Disse Harry com muita seriedade. – Vamos Rony, temos muitas aulas hoje.

Os dois saíram chorando da sala, estavam desesperados e queriam muito descobrir o que acontecera.

- Rony, primeiro vou revelar as fotos da câmera de Collin e aí iremos ler todo esse rolo de pergaminho que Hermione escreveu, quem sabe ela tenha deixado alguma pista como da vez em que foi petrificada pelo Basilisco. – Disse Harry tentando se acalmar.

- Certo Harry, mas acho que deveríamos contar a Malfoy também, ele está envolvido nessa investigação.

- Depois Rony.

Harry não prestou atenção em nenhuma aula e passou todas lendo o rolo de pergaminho que sua amiga,agora desaparecida, tinha escrito. Depois de ler, ler e ler e não achar nada além do que já sabia sobre a transição Harry achou um tópico bastante interessante:



A invocação



Para conseguir chamar os fantasmas e espíritos, primeiro: tem que ser um ano de transição, segundo: saber por na mente a presença deles para que sintam a força vital e abram uma passagem no mundo mortal para tentar roubar isso, terceiro: saber limpar sua mente no momento ideal para que não seja levado por um portal que leva a esfera que irá se fundir por exatamente 60 segundos com o a esfera dos mortais, ou seja, a nossa.



Após ler aquilo, Harry pensou então que em cinco meses a outra esfera está somente encostando-se à nossa, todo esse tempo para passaram 60 segundos fundidas e tudo acabar, pensou Harry agora com mais raiva ainda. Depois continuou lendo o pergaminho para tentar achar mais coisas que Hermione tinha achado nos livros da ala proibida. Até que achou outro tópico que chamou sua atenção.



Mortais na outra esfera




Quando deparados com algum efeito da transição, algumas pessoas não conseguem sozinhas deixar suas mentes totalmente limpas e assim os espíritos transformam seu maior medo em realidade, às vezes levando o mortal para a outra esfera. Os seres dessa esfera não tem força vital, então espíritos malignos usam pessoas que tem essa força para atrair mais espíritos, ou seja, um mortal no mundo dos espíritos serve de imã para essa atração, pois eles são atraídos pela sua força vital, a única vantagem é que nessa esfera os espíritos não conseguem roubar a força vital, só serem atraídos, causando muito sofrimento aquele que sem querer foi levado a outra esfera.



Sabine Christina



Harry mostrou os dois trechos a Rony que ficou pasmo.

- Harry, então Hermione pode está agora na outra esfera? – Perguntou Rony.

- Sim Rony, e por isso sinto uma angustia muito grande, Hermione está sofrendo muito e precisamos salva-la, antes de irmos a biblioteca procurar alguma coisa sobre como trazer alguém que foi para essa esfera, iremos revelar as fotos no laboratório de fotografia, pedi que Collin fosse para nós ajudar.

Depois da última de aula de Harry e Rony, eles foram se encontrar com Collin que já os esperava no laboratório.

- Bom Harry, me passa a máquina irei revelar rapidinho. – Disse Collin.

Depois de alguns minutos esperando Harry e Rony ouvem Collin rindo depois da revelação de algumas fotos, Harry se aproxima lentamente e diz:

- Do que está rindo Collin?

- Oh de nada Harry, é que não entendi muito bem as fotos. – Explicou Collin.

Assim que Rony e Harry olharam as fotos.

- Olhe Harry, como pode? Parece que tiramos fotos da escada! – Gritou Rony.

- E não foi? Só tem fotos da escada. – Completou Collin.

No momento em que Rony foi gritar mais uma vez, Harry tapou sua boca com a mão e o puxou, os dois saíram correndo do laboratório deixando Collin para trás.

- Rony tente manter a calma, sei que é muito difícil para você, para mim também é, mas amanhã temos que ir junto a biblioteca, eu irei fazer uma boa pesquisa nos livros dessa autora que mais uma vez nos esclareceu alguma coisa.

- Quem Harry? A tal escritora que morreu? – Perguntou Rony ainda chorando de desespero.

- Isso. Christina Sabine! – Disse com muita entonação e disposição a descobrir o que tinha levado sua melhor amiga para a outra esfera.

De noite enquanto todos já estavam dormindo, Harry não parava de pensar em Hermione, imaginava seu sofrimento por estar num mundo que não lhe pertence, deve ser difícil para qualquer um. Depois de muito pensar acabou agarrando em um sono pesado, foi aí que Lílian voltara à mente de Harry.









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