A Grande Descoberta
Quando Harry chegou à mesa do café da manhã, Rony e Hermione já esperavam por ele.
- Bom dia Harry! – Disse Hermione.
- Oi Hermione, oi Rony, dormiram bem? – Falou Harry com um sorriso estampado no rosto.
- Que felicidade é essa Harry?! – Perguntou Rony assustado.
- Vocês não vão acreditar no que aconteceu, mas eu falei com a minha mãe ontem de noite, ela veio em minha mente novamente...
- Novamente? – Perguntou Hermione.
- Sim Hermione, era ela no expresso para Hogwarts, ela está me dando avisos sobre a transição e me falou uma coisa muito importante.
- Tenho até medo quando fala assim Harry, tomara que não seja nada pior que aranhas. – Disse Rony.
- Não sei Rony, mas eu prefiro as aranhas. Ela falou Hermione que as pessoas da outra esfera não só atacam quem consegue ter as visões com clareza, e sim aquelas cuja força é muito grande e cujo poder é muito forte.
- Mas como assim Harry? – Perguntou Hermione.
- Essas pessoas da outra esfera roubam a nossa força vital, essa força pode fazer com que eles voltem ao nosso mundo, é mais ou menos o que Tom tentou fazer com Gina na câmara secreta, ele ia voltar a viver usando a força vital de sua irmã Rony, fazendo assim com que ela fosse para a outra esfera.
- Entendi Harry, então... – Falou Rony meio cabisbaixo.
- Isso Rony, Voldemort pode voltar para tentar roubar minha força vital e se isso acontecer às trevas tomaram conta do nosso mundo, pois Voldemort é muito perverso. – Explicou Harry.
- E como evitar que isso aconteça Harry, eu nunca li nada sobre isso, e desconheço um feitiço que possa lhe ajudar num momento como este. – Disse Hermione bastante assustada e chateada, pois pela primeira vez não sabia que feitiço poderia ajudar seu amigo.
- Calma Hermione, minha mãe me falou como evitar, por incrível que pareça não é uma coisa que vai envolver magia e sim meu pensamento, minha mãe falou que se eu sentir um frio muito grande na espinha, eu tenho que limpar a minha mente para que ele não me engane. – Disse Harry.
- É ta bom gente, já estou bastante assustado e além do mais Snape vai nós matar se demorarmos mais um pouco para ir á aula de poções! – Exclamou Rony.
Não só Harry, mas Hermione e Rony estavam bastante intrigados com o que estava acontecendo, subindo a escada para chegar à sala de Snape, o trio teve o desprazer de se encontrar com o mais arrogante e orgulhoso garoto da escola:
- Olá Potter! – Exclamou cinicamente Malfoy – Pelo visto suas companhias realmente não vão mudar, se eu fosse você faria uma seleção melhor para escolher seus amigos.
- Eu tenho uma idéia muito diferente de seleção Malfoy, dinheiro não compra minha amizade. – Disse Harry um pouco bravo.
- E quem disse que eu compro amizade de alguém Potter?
- Você não, mas os outros só andam com você pelo que você tem, não pelo que você é.
Nesse momento o silêncio invadiu a mente de Harry, ele só conseguia ver os lábios de Malfoy mexendo e Rony indo para cima dele, havia gritos, mas Harry não escutava nada, só via seus amigos se movimentar. Rony segurou Harry balançando-o, mas Harry nem sentia, foi então que olhou para o fim da escada, aquela mesma porta abriu novamente e de dentro saíram pessoas em forma de fluido, mas muito brancas eram como fantasmas, mas tinham caras horríveis, eles vinham descendo a escada rapidamente sem se quer tocar nos degraus, flutuavam como o fantasma do Sr. Nicholas, foi aí que Harry gritou:
- Se abaixemmmmmm, rápido! – Exclamou Harry.
Todos olharam para os olhos assustados de Harry e o obedeceram, inclusive Draco e seus dois amigos Crab e Goyle, todos conseguiram sentir ventos passando entre eles, Rony abraçou Hermione muito forte, mas aquele vento não parava de passar.
- O que é isso Potter? – Perguntou Malfoy?
- Eu não sei Draco! – Gritou Potter.
No meio da ventania se podia ouvir gritos de dor e sofrimento, mas aquilo não acabava, não parava, Rony chorava desesperadamente e Hermione tentava pensar em algo como sempre fizera, mas dessa vez não conseguia fazer nada.
- Rápido, rápido, limpem suas mentes, pensem no branco ou no preto, rápido, imaginem tudo branco em suas mentes, se não, não vai acabar, façam logo! – Gritou Harry
De repente depois de alguns segundos parou e quando aqueles vutos brancos pararam de passar, já havia pessoas ao redor deles, passando na escada e rindo por eles estarem abaixados e agarrados uns aos outros.
- Do que estão rindo? – Disse Malfoy.
- Eles não conseguiram ver? Como pode isso acontecer, só nós sentimos isso?! – Perguntou Hermione muito assustada.
Harry olhou para Hermione e falou:
- Calma Hermione, eu também não sei por que só nós conseguimos sentir, mas creio que temos algum ciclo de força vital que consiga atrair essas coisas, é como se juntos tivéssemos uma força de vida tão grande que eles conseguiram abrir uma passagem em nosso mundo para pegar isso, mas no momento em que mandei você não pensarem em nada eles saíram. – Explicou Harry.
- Mas porque pensar em nada Potter? – Perguntou Draco.
- Porque se pensássemos em nossos piores medos, eles iriam continuar nos atormentando até cairmos no jogo deles, e assim perderíamos a nossa vitalidade.
Draco e seus dois amigos saíram correndo em direção a sala do Snape, o trio seguiu logo atrás, todos estavam muito assustados, não conseguiam pensar em nada a não ser aquelas terríveis visões.
De noite, depois daquele dia super cansativo, Harry e Rony deixaram Hermione no quarto como de costume e foram para seu dormitório.
- Harry estou muito assustado, achei que eu não seria capaz de ver ou sentir nada! – Exclamou Rony.
- Eu também Rony, mas acho que só vimos porque estávamos juntos e concentramos muita energia juntos.
- Tomara que realmente seja só isso, Malfoy passou o dia nós olhando com olhares muito estranho, como se ainda quisesse falar conosco entende?
- Eu também percebi isso Rony, amanhã tentarei conversar com Malfoy, mas agora só peço que minha mãe venha me dar algum recado. Estou realmente precisando que ela me esclareça algumas coisas.
No dia seguinte, logo na primeira aula, que era uma aula de Defesa contra as Artes das Trevas com o professor Lupin, Harry mandou um papel marcando com Malfoy, Crab e Goyle de se encontrar no banheiro da murta. Malfoy leu o recado olhou para a carteira de Harry e balançou a cabeça dando um sinal positivo.
Já era tarde, os monitores das casas já circulavam os corredores, mas como de costume ninguém ia ao banheiro da murta. Como combinado estavam no banheiro Harry, Rony, Hermione, Draco, Crab, Goyle e a Murta que geme.
- Potter, você pode, por favor, me explicar o que aconteceu ontem. – Falou Draco com muita calma e sem espojar nenhum de seus cinismos.
- Malfoy esse é um ano de transição das esferas! – Exclamou Potter.
- Eu sei, já li sobre isso e além do mais meu pai me contou tudo sobre a transição, pediu para eu ter muito cuidado, mas não acreditei muito no que ele contou, só passei a acreditar desde ontem.
Depois de muito discutirem e conversarem a murta chegou perto de Harry, acariciando-o e falando o quanto ela gostava de Harry, foi aí que ele percebeu que a murta é um fantasma e se parecia muito com os que atacaram no caminho da sala do Snape.
- Murta me conta uma coisa. – Disse Harry com cautela – Porque você quando morreu não foi para a outra esfera?
- Eu não sei Harry, mas tudo que queria era não estar aqui agora. Mas porque está me perguntando isso?
- Por nada murta, por nada.
Depois de debaterem um pouco mais, Crab e Goyle foram os primeiros a sair, não paravam de comer no banheiro e só falavam asneiras, o trio viu que pela primeira vez Malfoy estava sendo alguém compreensível.
- Hermione, amanhã bem cedo nós iremos a biblioteca, quero fazer uma pesquisa, mas antes de irmos irei perguntar como Sr. Nicholas morreu.
- Mas porque isso Harry? – Perguntou Hermione.
- Você vai saber amanhã Hermione. Bom Draco acho que você já pode voltar para sua sala comunal, qualquer novidade que nós descobrirmos avisaremos a você, e lembre-se que pelo menos dessa vez devemos trabalhar em equipe, pois sinto que nós somos os maiores alvos.
- Certo Potter, até amanhã. – Disse Malfoy.
- Ainda não vou com a cara dele! – Exclamou Rony.
- Calma Rony tente aceitar só por um momento. – Falou Hermione.
Na manhã seguinte Harry acordou bem cedo, chamou Rony e Hermione e os três foram atrás do Sr. Nicholas que naquela hora também sempre estava passeando pelos jardins da escola, depois de alguns minutos procurando, finalmente haviam achado o Sr. Nicholas quase sem cabeça.
- Bom dia Sr. Nicholas?
- Oh, bom dia Hermione, já acordada há esta hora? Continua estudando como uma louca?
- Não muito, é outra coisa que viemos perguntar para você, agradeceríamos se você pudesse responder. – Falou Hermione.
- Diga Hermione! – Exclamou o fantasma.
- Sr. Nicholas eu gostaria de saber como foi sua morte. – Disse Harry.
- Oh, foi muito rápido. Eu estava em Hogwarts acompanhando o presidente do ministério a mais uma vistoria na escola, eu adorava a escola, ainda adoro, mas não posso aproveitar tanto quanto antes, foi quando falei que iria ao banheiro, tive que subi uma escadaria enorme, mas de repente dessa escada coisas saíram de uma porta e eu...
- Morreu?! – exclamou Rony muito assustado.
- Foi muito rápido, senti primeiro meus pés adormecerem e de repente minha respiração parou, fantasmas como eu, saíram com lanças afiadas e espadas banhadas a ouro e deram um golpe em minha cabeça, na tentativa de tentar escapar, minha cabeça não caiu, mas eu já estava morto! – Exclamou o fantasma meio cabisbaixo.
- Isso foi a mil anos, correto senhor Nicholas? – Perguntou Harry.
- Correto como você sabe? Não gosto de falar que tenho essa idade.
O trio saiu correndo deixando Sr. Nicholas para trás, foram para a biblioteca.
- Harry, você ouviu o que ele disse? E como fantasmas afetam fisicamente nós? – Perguntou Hermione.
- Sim, foi como eu pensei! E naquele dia da escada eles não nós afetaram porque estávamos limpando as mentes, creio que o maior medo do Sr. Nicholas era morrer por gladiadores com espadas e lanças, os fantasmas leram isso e... – Falou Harry. – Hermione, agora mudando de assunto, procure um livro que fale de espíritos ou fantasmas, para podermos ter mais pistas.
Depois de muitos minutos procurando, Hermione achou um livro. ”Os Espíritos vivem entre nós”. Harry pegou o livro e procurou no índice, até que achou um tópico cujo título era “A morte inesperada”.
A morte inesperada de uma força vital pode fazer com que as almas desses corpos não aceitem a morte e nem queiram viajar para uma esfera onde será recebido, esse tipo de pensamento do espírito prende ele a esfera dos mortais fazendo com que seu fantasma vague por lugares podendo ser visto principalmente em lugares mágicos, como templos ou escolas de bruxaria. Mas se depois de fantasmas por alguns anos, aceitarem a morte ainda podem ter a chance de fazer uma transição para uma nova esfera.
Sabine Christina
- Veja Hermione, esse trecho fala exatamente o que eu queria saber! – Exclamou Harry com felicidade no rosto
- É mesmo Harry, faz sentido. – Disse Hermione – A murta morreu rapidamente com o olhar do basilisco, o Nick quase sem cabeça também teve uma morte inesperada, faz muito sentido Harry.
O trio saiu para o café da manhã, agora mais ansiosos a descobrir o que esperava por eles no decorrer dessa transição de dois mundos diferente.
- Harry, eu tenho um curiosidade. – Falou Hermione.
- Sim Hermione pode falar. – Disse Harry.
- Acho que deveríamos ir à biblioteca no cair da noite, usando a capa de invisibilidade de seu pai, eu creio que seja melhor investigarmos mais sobre a autora deste livro, Sabine Christina, esse nome não me é estranho, tenho a impressão de que já li em algum lugar, ela é famosa nessa área de espíritos e fantasmas.
- Para que isso Hermione? Você sabe que estou morrendo de medo e ainda quer ir descobrir mais coisas! – Exclamou Rony.
- Olha Ron, se você não quiser ir não precisa, eu vou com o Harry. – Disse Hermione.
- É Rony, fica tranqüilo. – Falou Harry passando a mão no ombro de seu amigo.
No cair da noite Harry e Hermione foram a biblioteca usando o mapa do maroto e a capa de invisibilidade de seu pai, ao chegar à biblioteca Hermione entrou numa sala cuja placa pregada na porta dizia “Acervo de Notícias”.
- Hermione o que você vai fazer aí? Ler jornal? – Perguntou Harry espantado.
- Não Harry, claro que não, mas tenho certeza que no mês passado o nome dessa escritora saiu em um jornal, você talvez não saiba Harry porque vive muito no mundo dos trouxas e não tem muito acesso aos jornais de bruxo. – Disse Hermione.
- É verdade Hermione, meus tios jamais permitiriam que eu comprasse um jornal de bruxos, isso porque nem de casa eu posso sair. – Disse Harry um pouco pensativo.
Depois de muitos minutos procurando, Harry quase dormindo, Hermione grita.
- Harry, Harry, Harry, eu achei, leia! – Exclamou Hermione.
A escritora mais famosa em assuntos de fantasmas e espíritos, com mais de três milhões de livros vendidos, morre com uma morte que nem os melhores médicos do mundo dos bruxos conseguem desvendar, seus amigos dizem que Sabine morreu por efeito da transição que acontece esse ano, seu irmão Johnny Sabine fala que nenhum médico jamais vai dar uma explicação concreta para morte de sua irmã e ele afirma que a morte foi causada pela transição, afirma ele que Christine tinha o poder de ver com clareza a transição de duas esferas. Os médicos discordam totalmente dessa teoria e a população encontra-se dividida. Será que essa transição realmente acontece entre mortais e mortos?
- Hermione você é a melhor, agora tudo está cada vez mais claro. – Disse Harry meio pensativo.
- Calma Harry, você é um dos bruxos mais famosos e se alguém além de nós descobre que você tem esse tipo de visão, isso vai se espalhar pelos jornais e aí creio que você poderá entrar num perigo maior. – Disse Hermione com ar de seriedade – Bom, vou pegar o pedaço desse jornal e vamos agora para nosso dormitório antes que algum dos monitores nós encontre aqui.
- Certo Hermione! – Exclamou Harry.
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