Aliado
Capítulo 24 – Aliado
Eles seguiram para a Sala Precisa, onde Hermione não perdeu tempo e logo foi perguntando.
- Tiago, você sabe quem é aquele homem?
- Sei. – respondeu ele, fazendo a menina arregalar os olhos.
- Quem era? – perguntou Neville.
- Um dos maiores duelistas do mundo. Já ganhou diversos torneios pelo mundo, e nunca perdeu um duelo. – disse a morena.
- Isso porque ele é um trapaceiro, Mione. – disse Carol.
- O Que? – perguntaram todos.
- O Mundo Mágico Inglês devia parar de olhar apenas para si mesmo. – disse Tiago. – Esse homem perdeu todos os seus títulos internacionais por trapaça. Ele envenenava os seus adversários com remédios trouxas para ganhar os duelos. Assim ninguém suspeitaria dele. Por que acha que surgiu água pra bebermos?
- Achei que fosse parte do duelo. – disse Mione. – Sempre tem água nos duelos, até quando Lockhart fez o clube de duelos tinha.
- Mas como fui eu quem ordenou a plataforma de duelos, e sabia que não teria tempo para água não pedi. – disse ele. – E contando com esse pequeno costume que o camarada se dava bem.
- Remédios trouxas demoram pra fazer efeito. – disse a monitora.
- Sim, demoram. Por isso uma poção e mais eficiente. – disse Tiago. – Mas se você combinar com a magia de elfo doméstico, que é quem coloca o remédio, você verá que pode funcionar.
Mione estava indignada, e mesmo assim com pensamentos de novas profissões para os elfos. Se a magia deles era poderosa, poderiam ser bons curadores
Trelawney estava novamente jogando suas cartas. Ela nunca tinha feito isso tantas vezes em um único ano. Mas também esse ano estava muito mais interessante que os outros.
A primeira carta era um cão correndo livre e um frasco com sapo em conserva. Parece que Sirius Black vai conseguir se livrar das suas acusações e Umbridge seria finalmente pega pelos seus atos. Ela só queria saber quem conseguiu demonstrar a verdadeira pele da mulher.
Depois apareceu o príncipe e o cavaleiro em uma floresta. Uma missão?
A próxima carta era a constelação de Sagitário.
- Vocês podiam ser menos engraçados. – disse ela para as cartas. – Essa eu entendi. Centauros. Eles vão encontrar com os centauros da Floresta Proibida. Mas tem algo faltando.
E a última carta era anéis. Isso podia significar muita coisa. Os objetos, alianças/acordos, casamentos.
O tempo diria...
Harry estava na borda da floresta esperando. Tiago havia pedido para encontrar com ele ali, depois que todos fossem dormir.
Era algo importante e perigoso, tanto que nem ao menos contou para Gina. Era capaz de ela querer vir junto.
- Sinceramente, não vejo a hora daquele sapo ser cozido em seu próprio sangue. – disse alguém atrás dele. – Umbridge ficou até agora no salão da Sonserina, como se esperasse que eu fizesse algo errado. Chegou até a me seguir para o quarto.
- Ela estava certa. – disse Harry para Tiago. – Você está fazendo algo errado.
- Só no ponto de vista dela. – respondeu ele. – Só não sai com ela lá, pois sabia que ela iria me seguir até aqui. E ela só atrapalharia nossos planos.
- Planos que ainda não sei quais são. – retrucou Harry.
- Conversar com Centauros. – falou o moreno. – Precisamos de aliados, mesmo que eles não gostem de humanos.
Tiago procurou algo nos bolsos, e tirou uma caixinha. Abriu e tirou um anel, e jogou a caixa para Harry. Ele pegou e viu outro anel. Era parecido com aqueles que ele tinha visto em filmes, anéis senhoris com brasões. Mas Harry só via um borrão. Ele passou o dedo e pode sentir que havia algo gravado ali, mas não conseguiu identificar.
Ele colocou no anelar direito como Tiago. E logo eles entraram na floresta.
Andaram alguns minutos em silêncio. Tomaram a mesma trilha que Harry usou quando estavam procurando o unicórnio ferido.
Logo escutaram sons de cascos foram ouvidos. E eles pararam. Não queriam irritar os centauros.
O apanhador logo reconheceu dois dos centauros dos cinco que os cercaram. Firenze e Agouro.
- O que querem aqui humanos? – perguntou Agouro com cara de poucos amigos.
- Viemos em missão diplomática. – disse Tiago. – Gostaríamos de ter uma audiência com...
- Vocês não irão a lugar nenhum. – Agouro o interrompeu. – Ainda mais com essas armas.
- Essa é uma floresta perigosa. – Tiago não estava se sentindo nem um pouco ameaçado. – Vocês também andam armados nela.
- Ele tem um ponto. – disse Firenze.
- E nossas ‘armas’ estão guardadas. – disse Harry.
- Ainda não vejo por que devo permitir que vocês permaneçam em nosso território. – Agouro parecia mais firme em expulsar os dois.
Eles não disseram nada. Só ergueram os anéis. Agora Harry entendeu o motivo de leva-los.
- Eles são falsos. – disse Agouro preparando o arco, mas foi impedido pelos outros centauros.
- Está além de nossa capacidade julgar isso. – disse Firenze.
O centauro líder parecia não gostar disso.
- Sigam-nos. – essas palavras foram pronunciadas da mesma forma que Snape sempre fala com Harry.
Meia hora depois, eles chegam ao que parece ser uma aldeia de centauros. Não existiam casas, mas locais cobertos para que eles descansem. Áreas de treinos para Arco e flecha e espadas. E uma caverna, para onde eles estavam sendo levados.
- Vocês demoraram. – uma voz sabia e antiga surgiu da caverna.
- Tivemos um imprevisto. – disse Agouro.
- Estou falando com nossos convidados. – a voz falou. – Estou esperando por eles desde o Equinócio.
- Tudo acontece ao seu tempo. – Tiago se pronunciou.
- Não antes, nem depois. – Harry não sabia por que ele completou, mas ele o fez.
- Vocês estão certos. – Um centauro completamente branco surgiu da caverna. Ele tinha a mesma aura de Dumbledore de paz e tranquilidade, mas era um inimigo mais poderoso.
Tiago se adiantou e sacou sua espada e sua varinha e depositou na frente do Centauro.
- Sou Tiago, destinado a Espada de Gryffindor, um dos magos antigos. – disse ele.
Harry pegou sua varinha, e repetiu o gesto. Não estava feliz em fazer o mesmo com a faca, e os centauros não sabiam de sua existência.
- Sou Harry, Aquele que sobreviveu. – já não fazia muito sentido falar Menino.
- Sou Quíron. Descendente do primeiro com esse nome.
- Você não pode acreditar nesses intrusos. – disse Agouro.
- Você viu os anéis, e não adianta falar que são falsos. Ninguém poderia falsifica-los, e somente quem é de direito. – Quiron se virou para Agouro. – E senti a presença deles quando colocaram no dedo na borda da floresta. Eles são quem deveriam ser.
Agouro não parecia nada feliz com isso.
- O que o Príncipe e o Cavaleiro querem aqui? – perguntou Quíron.
- Voldemort está se fortalecendo. – Tiago se pronunciou.
- E juntando aliados, e poderes. – Harry não entendeu quem era o príncipe e quem era o cavaleiro.
- Quem não está ao seu lado, está contra. – Tiago novamente.
- Inimigos unidos precisam estar.
- Sem brigas e desavenças.
- Vossa ajuda viemos solicitar.
- E por que deveríamos ajudar, vocês humanos? – disse Agouro.
- Eles já explicaram isso. – disse Quíron. - Voldemort destruirá a todos que ele não pode escravizar. E o que querem que façamos, nosso povo não irá lutar ao lado de vocês.
- Não queremos que lutem nossa luta. – Tiago voltou a falar.
- Precisamos que apenas protejam os seus territórios.
- E não sejam seduzidos pelas trevas.
- Elas são muito tentadoras, mesmo para aqueles que creem na justiça.
- Agradeço o aviso. – Disse Quíron. – Ficaremos alertas e prontos para defender essa floresta, sabendo que o castelo está bem protegido.
Harry e Tiago entenderam que estavam na hora de ir, e tinham cumprido a tarefa. Recolheram as varinhas e a espada e voltaram para o Castelo.
Eles sentiam que eram seguidos, mas não se importaram.
- O anel é seu, mas peço não mostre para ninguém. – disse Tiago assim que chegaram na porta do castelo. – Ninguém que realmente não sabe que está ali poderia ver mesmo.
Harry balançou a cabeça. Esse menino estava cada vez mais misterioso.
Comentários (1)
ótimo como sempre.....o tiago tá cada vez mais misterioso...
2013-12-22