Desafio de Merlin
Capítulo 23 – Desafio de Merlin
Como todo grande segredo em Hogwarts, na manhã seguinte todos já sabiam do que tinha acontecido na sala de Dumbledore. E estavam curiosos sobre o desafio de Merlin.
O Hall de entrada ficou mais cheio do que o normal. Não eram apenas alunos, professores e fantasmas. Havia muita gente de fora. Bruxos e Bruxas de todo o Reino Unido e alguns de fora apareceram.
Aurores estavam posicionados para evitar confusão e proteger os alunos. Alguns curiosos sobre a espada e sobre o Desafio. E claro, aqueles que gostariam de tentar a sorte.
Um escudo azul impedia a aproximação de todos. Um pergaminho indicava o motivo para isso.
“Os alunos devem ter preferência. Assim que não tiver mais nenhum interessado, fora o que solicitou o desafio, outros poderão tentar.”
Ao seu lado havia uma ampulheta indicando o tempo do desafio.
E assim se sucedeu. Os estudantes se aproximavam e tentavam.
Muitos sonserinos tentaram, em especial aqueles que tinham tendência às trevas. Mas não todos.
Alguns como os corvinais e lufa-lufas que tentaram, só fizeram por diversão, por poder participar de algo fantástico. Ou por alguma aposta.
O único grifinório que chegou perto da pedra foi Colin Creevey. Mesmo assim ele não tentou, estava com sua câmera, tirando fotos de quem quisessem, ganhando uma grana com isso.
Como seria difícil para todos prestarem atenção nas aulas, elas foram canceladas. Com exceção de poções. Snape não estava interessado em deixar os alunos felizes.
Malfoy anunciou para todos que retiraria a espada depois do almoço. Ele queria que todos vissem que ele era digno da espada que o Santo Potter havia encontrado.
O Hall realmente estava cheio depois do almoço, mas não para ver o triunfo do sonserino, mas para rir de sua derrota. Ninguém, além dos guarda costas do loiro, acreditava que ele conseguiria algo.
Até mesmo Pirraça apareceu para ver, e teve a brilhante ideia de narrar a tentativa.
- A Doninha Saltitante, saco de pancadas dos Leões, se aproxima da espada. – disse o poltergeist. – Ele ajeita o cabelo, para aparecer bem na foto. Como se fosse possível. Ele se ajeita para sua tentativa. Ele faz força. Eu disse Força, não pose. Ele usa os pés para alavancar, e escorrega e cai no chão. Espera tem algo acontecendo, não com a espada, mas com a cara da doninha. Espinhas formando a palavra ‘Perdedor’. Isso mesmo, até Merlin reconheceu isso.
Draco saiu correndo dali, sem antes que Colin conseguisse tirar algumas fotos e fugisse para a torre, antes que Crabbe e Goyle percebessem o que ele fez.
Somente depois do jantar que o escudo que impedia qualquer que não fosse um estudante de tentar caiu, depois que um aluno da Lufa-lufa se arriscou ao ser desafiado por um sonserino.
Foi uma confusão de todos se empurrando para ser o primeiro, mas os aurores atordoaram três e colocaram ordem. A partir disso, todos que chegassem recebiam uma senha para a tentativa.
O Segundo dia era pra ser mais tranquilo se não fosse a aparição de Duendes. Muitos bruxos tentaram expulsa-los.
- O Desafio foi realizado para todos aqueles que se acham dignos. – disse Dumbledore. – A Espada, como vários artigos que nós bruxos apreciamos, foi uma criação dos Duendes. Eles têm o direito de tentarem a reaver. Um ataque a qualquer um que tente será considerado um ataque à escola e assim levará diretamente a Azkaban.
Os ânimos se esfriaram, mas muitos ainda olhavam desconfiados para os duendes. Mas ninguém percebeu que um deles, se afastou do grupo para conversar com alguém que estava nas sombras.
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Harry não se importava com a espada. Ele podia ter tirado ela do Chapéu Seletor, mas não se sentia dono dela. Então passou a maior parte da manhã com Gina e Luna no salão comunal da Grifinória.
Hermione e Rony estavam fazendo suas funções de monitores, já que alguns espertinhos estavam tentando andar pelo castelo, roubando e aterrorizando os alunos. Mas sempre são encontrados congelados nos corredores.
Tiago estava em uma mesa com Carol e Cris, terminando alguns deveres.
Neville apareceu próximo da hora do almoço, depois que os duendes saíram frustrados. Contando para todos dessa parte do dia.
Assim que os monitores voltaram eles seguiram para o almoço.
Quando saíram de um atalho no quinto andar para pegar outro, Gina começou a ver luzes muito fortes a sua volta, isso causou dor de cabeça e uma tontura que quase a fez desmaiar.
Harry a segurou antes que ela caísse, e Tiago indicou uma sala para que pudesse examina-la.
- O que você está sentindo? – perguntou o menino.
- Dor de cabeça. – disse ela. – E estou vendo luzes muito fortes.
- Mantenha os olhos fechados. – disse o aprendiz das artes de cura. – Vou realizar algumas magias de diagnostico para ter ideia do que aconteceu. Não se preocupe, não foi nenhum feitiço.
Ele passou a varinha sobre o corpo dela algumas vezes. Ele tirou um bracelete e jogou para Carol. Ela arregalou os olhos, mas logo entendeu e colocou no braço direito.
- Alguém poderia me explicar o que foi isso. – disse Rony apontando para o novo acessório da ruiva.
- Vamos do começo. – disse Tiago. – Gina, essas luzes que você está vendo são auras mágicas. Um Dom raro, mas muito poderoso. Você é uma leitora de auras natural.
Hermione ficou empolgada, Luna deu um sorriso, Neville impressionado, as meninas Leonix felizes. Rony que estava sem saber de nada.
- Ela pode ver auras mágicas, ou seja, o poder mágico de qualquer criatura ou objeto. – disse Carol. – Ela só deu o azar de fazer isso aqui em Hogwarts onde tudo exala magia.
- O que eu posso fazer? – Perguntou Gina, ainda com os olhos fechados.
- No momento, se acostumar com o poder. Pelo que eu sei, depois que você se acostuma você pode ‘bloquear’, não ficará sendo essas luzes o tempo todo, só quando você quiser.
A ruiva deu um suspiro aliviado. Ela não queria ficar vendo luzes para todo lado.
- Acho que devemos diminuir a quantidade de luz que ela vê agora. – disse Cris.
- Sim. – disse Tiago. – Mione e Luna podem ficar com você durante o almoço. Acho que até o horário das aulas já terá se acostumado o suficiente para continuar sem tantos problemas, mas recomendo que se tiver dor de cabeça vá para a enfermaria.
- Por que elas? – perguntou Harry que estava calado até o momento.
- Como Cris já disse, temos que diminuir as auras magicas presentes. – disse Tiago. - Isso significa que nem eu, nem você, nem a Carol poderiam ficar aqui. Somos muito poderosos e sobrecarregaria o poder de Gina. Não que os outros não sejam poderosos. Mas e questão de nível. E seria mais fácil justificar meninas que não vão para um almoço que um casal de namorados. – ele se virou para Gina. – Depois que sairmos quero que você abra os olhos lentamente. E depois os feche. Até que não te incomodem as luzes. Ai você tente se acostumar com elas até sumirem.
Gina assentiu.
- E quanto ao bracelete? – perguntou Mione, que não podia ficar sem entender alguma coisa.
- Ela bloqueia um dos meus poderes. – disse Carol. – Eu sou uma vampira de poderes.
Todos se afastaram dela.
- Fada, assim você os assusta. – disse Tiago dando um selinho nela. – Ela tem a habilidade de copiar poderes de todos ao seu redor. Claro que isso leva algum tempo e não teve tempo de fazer com a leitura de almas. Assim como demora um tempo para pegar, depois de um tempo param de funcionar. Só ficam permanentes se ficar muito tempo em contato com esse poder. Ela já tem alguns dos meus. E não há necessidade de sangue ou mesmo de toques, basta que ela fique na mesma sala. E o bracelete e porque não queremos duas bruxas poderosas tendo que se adaptar a isso.
Isso acalmou os outros. Logo eles seguiram para o almoço.
- Dobby. – chamou Gina.
- O que Dobby pode fazer pela companheira do Grande Harry Potter. – disse ele aparecendo para desespero de Mione.
- Você poderia trazer almoço para mim e minhas amigas, que também são amigas dos Harry? Sem que ninguém saiba? – perguntou ela.
- Dobby pode. Winky não atrapalhará se souber. – disse ele.
- Winky pode saber, o mestre dela não contará pra ninguém. – disse ela.
Dobby desaparece e reapareceu minutos depois com comida suficiente para alimentar todos os meninos Weasley até a satisfação.
Enquanto comia, depois de mostrar para Mione que era a melhor opção que tinham, ela seguiu os conselhos de Tiago. Abria e fechava os olhos até não incomodar mais. Ai ela pode apreciar as auras, e entender o que eles queriam falar.
Tudo a sua volta tinha aura mágica, mesmo as cadeiras e mesas.
Ela havia estudado auras mágicas na aula de Aritmancia, mas o que ela via era completamente diferente. Objetos e criaturas tinham auras diferentes, e era mais fácil ignorar as dos objetos, então ela tentou se concentrar nas auras de suas amigas.
A escala normal de auras humanas ia de 0 a 10. Onde zero era para trouxas como Dursley, apesar de alguns trouxas terem aura 1. E 10 eram para bruxos como Dumbledore e Voldemort. Um bruxo adulto médio tinha aura de nível 4 ou 5. Mione e Luna tinham aura 7, o que era muito para a idade delas. A da amiga monitora era vermelho e azul, mais concentrada a sua volta. A da loira era bem maior, mas mais fluída nas cores azul e branco.
Ela não queria saber o poder de Harry e Tiago, pelo menos sem total controle dos poderes.
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O último dia do Desafio de Merlin começou com a expectativa. Seria naquele dia que a espada seria retirada de qualquer forma. Mesmo assim poucos alunos ficavam muito tempo no Hall de entrada.
Ainda mais que alguns bruxos ficavam indignados quando a espada não se movia ou afundava mais.
Ao meio-dia, quase toda a Sonserina se direcionou para a pedra. Como se algo grande fosse acontecer. Assim o resto da escola acompanhou.
Quando Harry arrumou um lugar na escada, ele viu o porquê disso tudo.
Lucius Malfoy adentrava o castelo. Com a mesma pose arrogante e aristocrática que sempre usava. O moreno riu, essa pose logo seria destruída na frente de todos.
Ele deu a senha para o auror que estava organizando isso e se aproximou da pedra. Ele até pediu pra Colin tirar a foto, atirando uma moeda para ele.
Harry notou que ele não estava com usa bengala onde estava sua varinha, mas era incomum para bruxos andar sem varinha. Ele devia estar aprontando algo.
Dito e feito, ele lançou um feitiço na pedra sem que ninguém percebesse, enquanto fazia seu teatrinho.
Contudo, mal ele tocou na espada um raio de luz branca o acertou lançando a metros de distância. Suas vestes foram trocadas por vestes femininas, e a palavra “Trapaceiro” apareceu na sua testa como tinha acontecido com seu filho.
- Tal Pai, Tal Filho. – disse Harry depois que conseguiu parar de rir.
Claro que a narração de Pirraça fez tudo ainda melhor.
No fim do dia, poucos minutos antes do fim do prazo, todo o castelo estava presente ao Hall de entrada. Era hora de testemunhar a história, ou a reconstituição dela.
Tiago não queria fazer espetáculo, então estava escondido em uma sombra.
Perto dele, estavam dois homens.
- Achei que você fosse tentar. – disse um deles.
- E passar a vergonha que todos eles passaram? Não, Obrigado. – disse o outro. – Disse que ia conseguir a espada, não disse nada que ia tentar o desafio.
Ele reconheceu o homem, seria interessante e útil o que ele tentaria.
Depois seguiu para a pedra. Um dos aurores tentou impedir, mas o que estava presente no dia que o Desafio foi lançado disse:
- É ele.
Tiago se aproximou da pedra e sem vacilar, retirou a espada. Guardou em sua bainha e tentou sair.
- Eu te desafio a um combate mágico pela posse da Espada de Godrico Gryffindor. – disse o homem que havia dito que ia tentar algo diferente.
- Aceito. – disse Tiago, e uma luz foi emitida dos dois. – Agora.
O Sorriso do homem sumiu.
- Agora? – perguntou ele meio desesperado.
- Por que não? Já estamos aqui mesmo. Temos testemunhas e amanhã tenho aula. – disse o moreno.
- E o juiz? – perguntou ele. – Não pode ser qualquer um.
- Se você não acha que Dumbledore e os aurores dignos. Eu escolho Filius Flitwick, um campeão de Duelos reconhecido internacionalmente, isso satisfaz qualquer critério.
- Isso é verdade. – disse o pequeno professor.
Todos se dirigiram para o salão principal, onde Dumbledore disse que criaria uma plataforma de duelos. Mas para a surpresa de Dumbledore, já havia uma ali, e cadeiras para todos.
Dumbledore também reconheceu o desafiante. Ele era um campeão de Duelos, mas que não era exatamente poderoso. Era algo estranho, pois ele sempre era confiante e estava invicto. Só que agora estava suando por enfrentar um estudante.
Água surgiu ao lado da plataforma para os duelistas, mas Tiago nem se aproximou dela. Estava posicionado para o inicio do combate.
- Duelo pela posse da Espada de Godrico Gryffindor. – disse Filius. – Três rounds, o primeiro a vencer dois vence. Para ser declarado vencedor, devesse desamar ou incapacitar o adversário. Se houver empate, um round extra acontecerá, com o primeiro que acertar qualquer feitiço vencendo. Proibido feitiços letais, imperdoáveis e qualquer trapaça. Só e somente uma varinha por duelista.
Tiago tirou sua faca da bainha e entregou para Cris. A espada foi dada para o juiz.
Muito se falava sobre o menino, mas apenas os integrantes da AH tinham alguma ideia do poder dele.
Assim que o duelo começou, o homem lançou uma sequência rápida de feitiços contra Tiago, que apenas se desviou, e lançou um feitiço estuporante.
A tentativa de escudo não deu resultado e o homem caiu inconsciente.
- Tiago vence o primeiro round. – disse Filius ao reanimar o adversário, e constatar que nenhuma regra havia sido quebrada.
Os dois se posicionaram. E desta vez Tiago não quis perder tempo. Lançou um Expelliarmus não-verbal eficiente que encerrou o combate.
- Se de por satisfeito. – disse Tiago ao cumprimentar o perdedor. – Você pediu um duelo, ladrões terão sua cabeça arrancada antes mesmo de verem eu me mover.
Comentários (1)
ficou ótimo.....adorei o novo poder da gina....... dessa vez vc demorou tanto tempo pra atualizar q eu achei q tivesse desistido das fics.......
2013-12-07