Encontro com o Besouro.
Capítulo 20 – Encontro com o Besouro.
- Manter sua mente protegida todo o tempo.
- Como farei isso? – perguntou Harry. – Não sei nada sobre isso.
- E por isso que estamos aqui. – respondeu Tiago encostando de forma confortável na sua poltrona. – Aqui em Hogwarts deve ter uns dois livros apenas sobre o assunto, mas Durmstrang tem uma seção inteira sobre isso. E de livre acesso para qualquer aluno. Você tem que organizar a sua mente de forma a protegê-la. O que poucos sabem que a mente pode ser moldada pelo seu dono.
- Moldar a mente? Isso deve ser muito difícil.
- É o que dizem de qualquer magia. Você precisa de um incentivo e uma forma de começar a ver isso. A mente é algo muito mais complexa e maravilhosa que qualquer um pensa. As pessoas acabam ignorando ela. Mas é extremamente fácil quando você começa.
Harry ficou imaginando como faria isso.
- Primeira coisa que você tem que fazer e catalogar suas memórias. – disse Tiago e olhou para Harry que parecia horrorizado. – Não precisa olhar uma por uma, basta classificar, tipo Memorias dos Dursley, memorias da Gina. Claro que te teria que classificar essas memórias.
- Eu teria que armazenar em algum lugar, tipo um castelo? – perguntou Harry.
- Você está pegando a ideia toda. Mas se você pensou em Hogwarts, sua aparência externa é uma boa, já que é o castelo que você mais conhece, mas seu interior pode não ser.
- Por quê?
- As pessoas que poderia querer invadir sua mente e conseguir no começo deste processo conhecem o castelo tão bem quanto você. Então se fizer o interior diferente, você poderá ter a vantagem.
Na mesa ao lado deles apareceu uma réplica do castelo.
- Faz sentido. – disse Harry olhando para a construção que apareceu. – Posso colocar armadilhas?
- Sim, a mente é sua, logo suas regras e leis. Recomendo impedir o uso de magia.
Harry começou a ter ideias.
- Posso impedir a pessoa de ver o ambiente externo, assim ela se perderia com mais facilidade e não conseguiria sair. Paredes móveis são mais úteis que escadas. Sem decoração.
- Cuidado com a forma que vai proteger as memórias realmente importantes e que não quer que ninguém veja. – disse Tiago para um confuso Harry. – Vou ter dar um exemplo prático do meu trabalho. Quando estamos em uma tumba, qual você acha que está os maiores tesouros?
- Atrás das armadilhas mais mortais e piores feitiços. – disse Harry. – Então faço proteção indetectável e deixar algumas memórias irrelevantes, como aulas de História da Magia, com uma forte proteção aparente.
- Sim, eu faço isso também. Um invasor que por ventura conseguir chegar até esse ponto, vai gastar energia e tempo tentando chegar a algo que não vale nada. Mas podemos colocar mais proteção. – Tiago apontou para o castelo onde apareceram dragões e grifos. – E ainda tem que impedir que magias externas alcance sua mente.
Uma catapulta apareceu longe do castelo, mas a pedra que ela lançou chegou a atingir uma das torres.
- Então devo blindar isso tudo. – disse Harry e uma cúpula surgiu em volta do castelo.
- Snape achando que teria problemas com você. – disse Tiago. - Mas essa cúpula deve ser integral. E proteger também de invasões por debaixo da terra. E ter proteção magica. Lembre-se que não há necessidade de ter uma porta, você não precisa ter acesso e se precisar tirar algumas memória você pode apenas retirar.
- Poderia ter armadilhas nessa proteção, tipo uma fragilidade que na verdade é um feitiço defensivo.
Os dois ficaram discutindo as ideias por mais algum tempo. Harry já ia moldando sua mente para seguir as instruções.
Tiago tinha certeza de que Harry não teria problemas com Oclumência.
Hermione ofegou quando pegou o jornal naquela manhã.
- Harry olha isso. – disse ela para o amigo jogando o jornal para ele.
O moreno pegou e vi a foto de dez homens e mulheres, se bem que só havia uma mulher, e foi justamente ela que chamou atenção de Harry. Ela tinha um olhar louco. E percebeu que embaixo de cada foto, uma serie de crimes.
- Harry preste atenção na manchete. – disse a monitora.
Harry quase rasgou o jornal quando leu.
Fuga em Massa de Azkaban. Black é suspeito de ser o mentor.
- Tinham que colocar Snuffles no meio disso. – Falou Rony.
- Sim, agora que ele não sai de casa mesmo. – Gina completou.
- Era por isso que Voldemort estava feliz ontem. – Harry comentou. – Já to cansado de sentir o humor maluco deste sádico.
Harry olho pelo salão e pode ver que poucos se preocupavam com essa noticia, já que eram pouquíssimos alunos que assinavam o jornal. Tiago era um deles, e já estava escrevendo algo que parecia ser uma carta.
Os professores estavam preocupados. Nenhum prestava atenção no salão. Com exceção de Umbridge que estava olhando para todos como se Sirius e os fugitivos fossem aparecer ali no meio dos alunos.
- Oi Gina. – disse Miguel Corner. – Gostaria de saber se você não gostaria de ir comigo para Hogsmeade na próxima visita.
- Já tenho companhia para essa e todas as próximas. – disse a Ruiva.
- Mas o Menino sem sobrenome já tem uma namorada. – disse o corvinal.
- Ele é só um amigo. Meu acompanhante e meu Namorado é outro. – disse Gina. – Não sei se você é cego ou burro, mas estou com Harry há muito tempo.
A notícia da fuga logo se espalhou pelo castelo. Sussurros eram ouvidos por todos os lugares.
Umbridge tinha até tentado fazer uma lei impedindo os professores de passar informação que não fosse pertinente da matéria, mas uma carta disse que essa lei seria inútil e imprudente em uma escola do estilo de Hogwarts, um internato.
As reuniões da AH foram se tornando mais intensas. Aqueles que ainda tinham alguma dúvida sobre a história de Harry com respeito a Voldemort deixaram de ter.
Neville se esforçava muito mais que os outros. Harry sabia o motivo, mas não disse nada para ninguém e estava feliz que Tiago podia se defender bem.
Num almoço, Hermione bateu na testa.
- Como eu não pensei nisso antes? – disse ela correndo para fora da mesa com metade do prato ainda por comer.
- O que ela foi fazer? – perguntou Rony.
- Se você não se acostumou com ela saindo correndo, Rony, não sei o que você anda fazendo nesta escola. – disse Gina.
- Ela podia pelo menos dar alguma dica. – disse o ruivo.
- Ai ela perde tempo. – disse Harry.
No café da manhã do dia dos Namorados. Uma coruja deixou uma carta na frente de Hermione.
- Vitinho? – perguntou Rony, de forma venenosa.
Ela nem prestou atenção no monitor.
- Achei que não chegaria nunca. – disse a morena. – Vou mandar a resposta. Harry, se Gina não se incomodar, vocês poderia me encontrar no Três Vassouras na hora do almoço.
Gina deu um sorriso. Sabia que a amiga não pediria se não fosse realmente importante.
- Sem problemas. – disse Harry.
Mione saiu correndo mais uma vez para o corujal, para dar uma resposta.
- Podem ir. – disse Rony para os amigos. – Eu a espero.
Harry e Gina se dirigiram para o vilarejo. E quase foram parados por Filch. Mas o zelador não tinha nada para barrar Harry.
Eles foram conversando o caminho todo, nem mesmo quando Pansy Parkinson tentou insinuar algo sobre eles conseguiu alterar o humor deles.
Eles visitaram muitas lojas, sem se importar em mostrar para todos que estavam juntos. Muitos comerciantes deram parabéns para eles, já que eles pareciam ser mais que apenas um encontro de dia dos Namorados.
Eles estavam passando em frente da casa de chá da Madame Puddifoot, Gina apontou para algo.
- Olha aquilo lá. – disse ela apontando para a porta do estabelecimento.
- Ver o que? – disse Harry tentando ver algo errado.
- Aquele casal.
- Vai ter que ser mais especifica, Ruiva. – disse ele ainda não enxergando o que ela queria mostrar.
Gina estava se deliciando com isso.
- Chang e Corner acabaram de entrar no Madame Puddifoot. E fizeram questão de que víssemos.
- Que bom que eles se acertaram. – disse Harry de forma ingênua.
Ela estava muito feliz que a corvinal não afetava mais Harry.
Dada a hora combinada eles seguiram para o pub de madame Rosmerta. Onde encontraram em uma mesa uma combinação estranha de pessoas, que eles não esperariam ver dividindo uma mesa.
Hermione, Rony, Luna, Tiago, Carol e Rita Skeeter. O que aquela jornalistazinha estava fazendo ali, Harry não podia imaginar.
- Essa é a sua namorada, Harry? – perguntou a animaga assim que viu eles juntos.
- Isso não te interessa. – disse Mione. – Não estamos aqui para você deliciar seus leitores com a vida amorosa do Menino que sobreviveu. Se algo assim sair, teremos uma repórter fazendo uma bela notícia sobre como é estar presa em Azkaban.
- Mas se não é para falar disso, o que eu estou fazendo aqui? Uma reportagem sobre como Você-sabe-quem voltou? – perguntou ela de forma bem irônica.
- Exatamente. – disse Hermione. – Harry vai contar tudo sobre o que aconteceu naquela noite.
- Você realmente acha que O Profeta vai publicar algo assim? Você está muito enganada menininha.
- Quem disse que vamos publicar em algo controlado pelo ministério que quer impedir a verdade? Vamos usar uma publicação livre. O Pasquim.
- Quem leria aquela revista duvidosa? – perguntou Rita.
- Meu pai é o editor. – disse Luna, sem se importar com a ofensa. – Ele ficaria feliz em ter uma reportagem destas, claro não sei se será na próxima edição.
- E quanto eu receberei. – disse a repórter.
- Meu pai não costuma pagar seus repórteres, e mais para ter um lugar para ter seu nome em algo. – disse a corvinal.
- E por isso que estou aqui. – disse Tiago tirando um pergaminho do bolso. – Esse é contrato para essa entrevista. Você receberá por ela, conforme está ai, mas qualquer direito sobre ela será do Pasquim. E nada, mas nada mesmo, fora do que for dito aqui, e apenas sobre a noite do retorno de Voldemort.
- Quem fez esse contrato? – perguntou Rita.
- Alguém que você não ia querer passar a perna. – disse Tiago com um sorriso mal. Harry tinha uma leve suspeita de que eram os duendes, mas o que o incomodava era o fato de que ele parecia saber tudo o que acontecia no castelo.
Rita assinou rapidamente, aquele menino lhe dava medo.
- Agora que está tudo certo. – disse Tiago colocando o contrato no bolso e jogando uma bolsa de ouro para a repórter. – Segundo o contrato Hermione está no controle, e nem tente trapacear, mais que sua liberdade está em jogo.
Tiago e Carol saíram deixando os outros lá.
- Isso foi interessante. – disse Rony.
Harry voltou para o castelo mentalmente exausto. Rita fez muitas perguntas e não deixou nada passar. Agora era esperar a publicação e ver a reação de todos.
Comentários (1)
ótimo! o corner e a chang não se tocam....
2013-08-10