Alice e Quadribol EDITADO

Tiago estava mais cansado do que nunca, pois dormira apenas algumas horas. Frank e Tiago estavam de ótimo humor, acordaram dando bom dia a todos. Depois que Pedro e Frank desceram, é que Sirius disse:
 - A noite pelo visto foi boa...
 - é, ele não dormiu, mas pelo bom humor valeu a pena.. - disse Remo rindo.
 - Onde será que ele se enfiou? - perguntou Sirius em falsete.
 - Sei não... - Remo olhou para ele, fingindo estar pensando. - A Evans, por acaso, ainda está lá, sozinha, na Ala Hospitalar...
- É mesmooo... - disse Sirius, como se de repente tivesse se feito luz no cérebro dele.
 - Ah, parem com isso... - disse Tiago alegre.
 - E ai, tava mesmo lá? Se acertou com a Evans?
 - Sirius não seja indiscreto. - disse Remo repreendendo. Tiago olhou para ele de modo inquisitivo. - Nós não precisamos saber o que eles andaram aprontando na enfermaria, sozinhos no escuro, enquanto a Madame Promfrey estava roncando. - eles caíram na gargalhada.
 Tiago corou, agarrou um travesseiro e jogou neles.
 - Seus miseráveis, como vocês ousam... - mas ele não estava bravo de verdade. - A gente não fez nada, nós só...
 Remo e Sirius o encararam e caíram na risada outra vez.
 - Anda, logo nós temos que ir ver Dumbledore ainda.
 Eles saíram desabalados do dormitório, passando pelo buraco do retrato da Mulher Gorda com maus modos. Eles seguiram em direção ao escritório do diretor, aquela parte do castelo estava vazia naquele momento. Remo disse a senha e as gárgulas liberaram a passagem para que eles subissem uma escada circular. Sirius bateu na tão familiar porta com um trinco de grifo. A porta se abriu magicamente, e eles ntraram, levemente sem fôlego.
  Os muitos quadros dos antigos diretores de Hogwarts ainda estavam dormindo, os delicados objetos de prata de Dumbledore zumbiam baixinho e faziam outros barulhos engraçados, enquanto seu dono, que estava com a varinha na mão, acariciava Fawkes, sua fênix de estimação.
  - Ora, ora, a que devo a visita de três Marotos tão cedo? Sentem-se. - ele apontou a varinha para perto da escrivaninha, onde mais cadeiras se acrescentavam a primeira, eles eram fofas.
Dumbledore olhou a sua cadeira atrás da escrivaninha, sua barba prateada tinha um leve brilho quando os fracos raios de sol batia nela. 
  - Desculpe incomodá-lo tão cedo professor, mas nós temos que lhe falar algo. É sobre Pedro... - Tiago contou a história, Remo e Sirius acrescentavam alguns detalhes de vez em quando.
 Eles não falaram sobre Lílian, mas disseram a que decisão tinham chegado. Ele ouviu o relato dos três com atenção, os observando por cima dos oclinho de meia-lua, com as pontas dos dedos juntos. Tiago resolveu falar sobre a intenção deles de se unirem a Dumbledore na luta contra Voldemort.
  - Professor, uma vez eu ouvi meus pais discutindo entre eles sobre uma resistência que o senhor mantém contra Voldemort. - Tiago olhou para os amigos que o encorajavam a continuar. - e nós queríamos saber se...
  - Se vocês podem entrar para a Ordem da Fênix? - O professor não parecia zangado. - Vocês já são maiores de idade, então podem escolher se querem entrar, mas devo lhes avisar que só poderei permitir que vocês assistam as reuniões e sejam encarregados de missões para a Ordem depois que terminaram a escola.
 Tiago, Sirius e Remo sorriram com a resposta do diretor. 
 - Fico feliz que queiram lutar contra Voldemort, e devo confessar que eu mesmo pensava em convidá-los, mas por enquanto não devem falar sobre isto para ninguém. E quanto a Pettigrew, vou tomar providências para que reuniões desse tipo não aconteçam mais. Mas por enquanto é melhor que vocês continuem fingido que não sabem de nada. Observem Pettigrew, e se descobrirem algo, não hesitem de contar a mim ou a professora Minerva.

***

 Lílian acordara muito tarde, e perdera o café da manhã no Salão Principal, então Madame Promfrey lhe trouxera uma tigela de mingau. Ela saiu e foi direto para a Torre da Grifinória, ela queria tomar um banho e se possível procurar por Tiago.  A Torre da Grifinória estava vazia naquele momento, alguns alunos foram ao treino de Quadribol, e o restante estava provavelmente na biblioteca, fazendo algum dever de casa atrasado. Ela subiu  tomou um banho, o que foi muito relaxante, pois estava fazendo frio.
 - Onde é que você estva Lílian Evans, estou te procurando desde ontem! - a voz de Alice ressoou pela Torre, alguns alunos que estavam lendo olharam feio para ela.
 Lílian fez sinal para que ela subisse até o dormitório das meninas, onde se acomodaram na cama de Lílian. Ela começou a contar a amiga como ela caiu da escada, sem contudo falar do envolvimento de Black e Lupin, fazendo parecer que caíra por puro acidente. Contou como Tiago a levara ao hospital e o que acontecera depois.
 Alice deu um gritinho e pulou na cama.
 - Eu sabia, eu sabia que um dia vocês iam se entender. Você acredita que eu cheguei a fazer uma promessa para que vocês namorassem. 
 - Alice, como você pode... - Lílian fingiu irritação e jogou um travesseiro na cara de Alice.
 - Ele está no treino agora, e se você fosse lá assistir?
 - Ai, eu não sei. Será?
 - Claro que sim, vocês tão namorando agora.
 - Não é nada oficial foi só um beijo...
 - "Foi só um beijo" - disse Alice imitando Lílian com voz de falsete. - Eu queria ser beijada assim.
 As duas riram, e Lílian escondeu o rosto corado no travesseiro. Elas desceram as escadarias da torre e foram até o campo de Quadribol, elas colocaram capas grossas para se proteger do vento gelado. Não havia ninguém nas arquibancadas. 
 Enquanto isso o frio castigava os jogadores de Quadribol da Grifinória, Tiago voava não muito alto, a procura do pomo. Ele viu um brilho dourado cortar veloz a paisagem cinzenta, voando para o alto. Concentrado em vigiar o pomo, ele não teria percebido que um balaço passou perto de seus joelhos, não fosse o gritinho de uma menina nas arquibancadas, ele olhou para aquela direção, e percebeu que uma menina de cabelos acaju estava sentada ao lado de uma morena. Ele guindou a vassoura para o alto, em perseguição ao pomo, o vento rugia com ferocidade em seus ouvidos e castigava a sua face, sua capa esvoaçava atrás dele, e uma camada fina  gelo começou a se formar no cabo de sua vassoura. Ele agora estava muito próximo do pomo, ele esticou sua mão direita para apanhá-lo, e quando sua mão se fechou em torno da bola minúscula, ele parou no ar po um instante. 
 - O quê será que ele está fazendo? - perguntou Lílian. 
 - Boa pergunta. 
 Tiago começou a descer, e foi aplaudido pelos colegas. 
 - Calma, campeão. O pomo vai continuar aqui para a partida depois das férias. 
 - Eu sei. - respondeu Tiago com um sorrisinho. 
 Ele olhou para arquibancadas, e Mike, o capitão do time, olhou naquela direção também. 
 - Ah... - fez-se luz no cérebro dele. - Isso - ele apontou para a menina ruiva -, explica muita coisa. TREINO ENCERRADO PESSOAL. - Ele olhou para o apanhador e piscou. 
 - Valeu, Mike. 
 Tiago correu para os vestiários junto com os outros colegas, o mais rápido que podia, tirou a camisa do time, que ele estava usando por cima de uma branca de botões. Pegou uma Shooting Star, particularmente nova da escola, e montou em sua própria vassoura, sobrevoando as arquibancadas. Ao se aproximar das duas meninas que continuavam sentadas ali, ele desmontou da vassoura de corrida. 
 - Bom, agora que você está segura e não corre mais o risco de cair e quebrar a cara, eu vou indo. - Lílian fez cara feia para Alice. 
 - Alice, espere. Eu queria te agradecer, eu fiquei sabendo que foi você quem me ajudou nessa luta. - Era impressionante como ele conseguia falar dessas coisas sem corar. 
 Alice sorriu e girou nos calcanhares. 
 - De nada.

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