O fim do pobre alien

POV Lily
 

Então é isso.

Lily Evans, você enlouqueceu.

Você está totalmente insana.

E está de toalha.

E está parada na porta.

E James Potter está olhando para você com uma sobrancelha erguida.

– Sabe Lily, eu não sou contorcionista, então entrar na sua casa com você bloqueando o caminho não é uma tarefa muito fácil.

Eu pisquei.

– Ah, claro, o monstro. Certo. - E dei um passo para o lado, abrindo caminho, enquanto seus lábios estavam crispados de um jeito estranho, como se estivesse segurando a risada.

Ele entrou cautelosamente, como se a qualquer momento eu pudesse pular em suas costas e gritar "É UMA PEGADINHA SEU TROUXA, AGORA SAIA DA MINHA CASA ANTES QUE EU ALCANCE A FACA NO BALCÃO DA COZINHA".

Eu poderia muito bem fazer isso, mas a imagem do dinossauro em miniatura desfrutando da minha banheira e tomando uma ducha no meu chuveiro impedia qualquer movimento de ataque que eu pudesse fazer para espulsar Potter da minha casa.

Ele correu os olhos pela minha sala. Eu a adorava. As paredes eram brancas, o que dava a impressão de o espaço ser maior. Na parede direita, uma enorme estante cheia de livros cobriam quase totalmente a parede. Três janelas foram posicionadas no meio da tal estante. O corredor ficava de frente para a porta, e esta, por sua vez, ficava perto da cozinha. Como a sala era realmente ampla, a mesa de jantar também ficava ali, mas como eu nunca comia nela, estava ali só para enfeite - ou para servir de apoio a alguma coisa. No meio, três sofás de cores diferentes. O azul ficava de frente para a minha televisão embutida na parede. (N/A: Para quem não conseguiu imaginar, essa é a sala da Lily)

– Você cresceu, mas parece que sua obsessão por livros continua a mesma. - Ele comentou, olhando para a estante.

– Potter, eu chamei você para me ajudar, não ficar dando palpites sobre a minha casa.

– Eu ajudaria, se você me mostrasse onde fica o banheiro.

Como era de se esperara, eu corei e ele riu.

Nada melhor do que estar corada e seminua na frente da pessoa que você mais odeia na vida.

– Certo, certo.

Empurrei ele até a porta do meu lindo banheiro, que agora estava enfestado por um alien.

Sou uma pessoa realizada por ter um banheiro tão bonito. A pia era de mármore preto, com a cuia era quadrada e funda. O box era de vidro e pequeno. Ao seu lado, de frente para a pia, ficava a minha banheira, e a sua frente, o vaso sanitário.
(N/A: Olha a foto - não consegui colocar a foto, então vou deixa o endereço do link - http://data.whicdn.com/images/24711411/1213078776V4uw2V_large.jpg)

Assim que cheguei perto da porta, deixei ele ali e saiu correndo de volta para a sala, onde eu ficaria em segurança. Ele riu.

– Do jeito que você está desesperada, deve ser uma mega aranha. - Comentou, ainda rindo do meu desespero.

– É muito pior, acredite. - Gritei de volta.

– Vou abrir a porta, preparada? - Perguntou com descaso.

– Vá para o inferno, Potter.

Ele riu novamente e abriu a porta. O riso se transformou em gargalhada, e seu corpo sacudia tanto que teve de se abaixar e comprimir o abdômen (muito bonito, por sinal) tentando respirar.

Olhei para ele com minha melhor expressão de desprezo enquanto ele tentava se acalmar.

– Já passou? Eu posso ficar aqui a noite toda esperando você parar de rir da minha cara, sem problemas.

– Uma... Barata... Lily? - Perguntou em meio as risadas. - Você... Saiu... Molhada... E... Fazendo... Escândalo... Por... Causa... De... Uma... Barata?

– CALE A BOCA E SE LIVRE DELA!

– Ok, ok, - Disse respirando fundo, tentando se acalmar. Ele entrou no banheiro, e não consegui mais vê-lo.

Alguns segundo se passaram, e presumi que a demora toda era pelo fato de ele estar sem chinelos, e provavelmente estiva procurando um.

Por algum motivo, meu coração se apertou.

Ele ia matar o alien?

Tudo bem, aquela coisa era um ser asqueroso e nojento, mas ele não podia acabar com uma vida!

Talvez apenas jogá-la no vaso, mas não matar.

– JAMES, NÃO MATE O ALIEN, SÓ O JOGUE NA PRIVADA! - Gritei e sai correndo até ele.

Tarde demais.

No meio do caminho, ouvi um som que caabou com o meu emocional. PLAFTH! E o alien estava morto.

Imediatamente, meus olhos se encheram de lágrimas, e calmamente me aproximei da porta.

Vi James jogando um pedaço de papel no vaso e apertando a descarga.

Agora, meu rosto se tornou uma catarata.

– PRONTO LILY, JÁ MATEI O DINOSSAURO FEROZ QUE IA DEVORAR VOCÊ! - Ele gritou, não se dando conta que eu estava bem atrás dele.

Ele se virou, e fitou meu rosto molhado. Sua expressão se tornou preocupada.

– Por que raios você está chorando? - Perguntou, enrugando a testa.

– Você a matou?

– Não era isso que você queria? Se livrar do bicho?

– EU NÃO QUERIA ME LIVRAR DELE DESSA FORMA! - Gritei e voltei para a sala batendo o pé.

– Existe outra? - Ele perguntou novamente, vindo atrás de mim.

– CLARO QUE SIM! - Respondi, me virando para ele. Eu não conseguia enxergar muito bem o seu rosto por conta das lágrimas, mas algo me dizia que ele estava assustado. - VOCÊ PODERIA TER JOGADO ELE NO VASO!

– Foi o que eu fiz!

– MAS VOCÊ O MATOU!

– E qual o problema disto?

– E SE ELE TIVESSE FAMÍLIA? ELE TINHA SENTIMENTOS, SABIA? E SE ELE TIVESSE FILHOS? UMA MULHER? PAIS?

– Lily, era apenas uma barata!

– UM SER VIVO! UM SER NOJENTO E REPUGNANTE, MAS UM SER VIVO!

– Ok, ok, me desculpe!

– NÃO, SAIA DA MINHA CASA!

– Você está de TPM, não está?

– CALE A BOCA JAMES POTTER! - E comecei a estapeá-lo, empurrando-o para fora de casa.

Estava quase conseguindo, quando o maldito se lembrou que era maior forte do que eu e segurou meus pulsos.

Olhei brava para ele, que tinha um sorriso malicioso nos lábios.

Opa.

– Eu fiz um favor para você, e a senhorita me estapeia. Isso não é legal. - Ele comentou, inclinando a cabeça para o lado, e me puxando para o corredor.

O que era um atarefa um tanto quanto fácil, levando em consideração a sua força - que parecia ser gigantesca - e o fato de estarmos na soleira da minha porta.

– Você não vai receber nada em troca, Potter. - Rosnei, tentando matá-lo com meus olhos.

– Ah, vai sim Evans. - Seu sorriso, se é que era possivel tal fato, aumentou ainda mais.

E no milésimo seguinte, ele me beijou.

É, isso aí. Estou de toalha, molhada, com o resto vermelho de raiva, no meio de um corredor, sendo beijada por James Potter.

Quer dizer, ele apenas encostou nossos lábios, mas era assustador mesmo assim.

Tão rápido quanto começou, ele encerrou o beijo. Se afastou e olhou para mim, o sorriso malicioso nos lábios.

– Pronto, sua dívida já está paga. De nada, Evans. - E saiu correndo para seu apartamento rindo, antes que eu fizesse algo. Por que ele sabia que eu era capaz. Ele me conhecia.

Eu queria matá-lo. Arrancar sua cabeça e dar de presente para algum leão. Eu estava irritada e molhada. E os germes dele estavam infectando minha boca. E eu ainda estava parada no meio do corredor.

E aí eu gritei.

Ou rosnei.

E gritei alto, tentando suprir a vontade de entrar em seu maldito apartamento e arrancar seus olhos com minhas unhas. Mas a raiva não passou.

Bufando, entrei em meu apartamento batendo os pés.

James Potter ia me pagar.

Ele queria guerra? Ele iria ter guerra.

E que se preparasse para perder.

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Foto do dia:

"Porque ela tem que ser toda bonita e ruiva?"

"E gostosa Doe, não se esqueça do gostosa."

"Você é gostosa Marls, cale a boca."

"E você é bonita, também não pode falar nada."

"Mas eu não sou ruiva."

"Nem eu."

"Vamos voltar a chorar."

Marlene e Dorcas discutindo a ruivisse da amiga.

Tirada por Alice, nas férias de verão no segundo ano, quando as cinco decidiram acampar.

Digamos que foi uma experiancia divertida.

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VOLTEI! EM UM SURTO DE INSPIRAÇÃO, AQUI ESTOU!
TCHANANAMMM!! 
Desculpem se foi pequeno E DESCULPEM A DEMORA, mas eu realmente não sabia o que escrever para deixá-lo maior. Prometo fazer o próximo maior, mas ainda não sei quando ele vai ser postado. Enfim, é isso. Qualquer erro, me avisem! Não revisei ainda, queria apostar o mais rápido possível.

 

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