Executando o plano
Executando o plano
A noite estava escura, e todas as casas estavam com as luzes apagadas, um enorme silêncio tomava conta daquele subúrbio trouxa, onde os bruxos nem pensavam em aparecer, de tão calmo e afastado que era. Tinha uma casa, bem no fim da rua, era maior e mais imponente que as outras, lembravam um minicastelo. Na frente da casa tinha uma placa arrancada, de certo o dono não queria que soubessem quem era o dono. Também tinha guardas, quatro homens armados de varinha na frente do portão, esperando por qualquer movimento em falso para atacar. Tinha também outra proteção, um escudo que se expandia por muitos metros além da casa, que servia para impedir que outros aparatassem no terreno.
Mesmo no céu escuro, dava para ver o agouro que descia em direção ao terreno protegido. Ele encostou os pés no chão e tomou forma humana. Ele andava a passos rápidos, e de longe se ouviu um bruxo caminhando para perto dele e perguntando:
- Quem é você? Como ousa entrar neste terreno? Identifique-se!
O outro bruxo ergueu rápido a varinha e estuporou o outro que questionava, enquanto ele dizia com voz desdenhosa:
- Idiota! Numa casa protegida não se deve mandar as pessoas se identificarem, e sim atacá-las quando vê-las. - Ele parou perto do homem e enfeitiçou:- Enervate! - E o homem se ergueu de um salto - Se você fizer isso mais uma vez, será seu fim, verme inútil! Saia da minha frente!
O outro saiu cambaleando de qualquer jeito para obedecer à ordem. Enquanto isso, o homem arrogante já estava quase na porta, de tão depressa que andava. Quando chegou, viu dois homens apontarem relutantes as varinhas para ele, que disse com sua voz:
- Nem se atrevam! Não reconhecem mais seu mestre?
Eles olharam desconfiados e um deles falou relutante:
- Mi... Ministro?
- Não diga isso, seu idiota! Torça para os trouxas não terem ouvido.
Ele se encaminhou para a porta e abriu-a com violência. Não era uma casa espaçosa e nem muito nova, e possuía alguns moveis velhos. Ele atravessou o corredor e desceu as escadas. Saíra no porão da casa: era escuro e possuía locais para tortura humana encaixados na parede, e preso numa corrente, estava um velho, fraco, magro e choramingando: era Olivaras.
O ministro começou a falar:
- Me diga! Diga-me onde e como?
- Eu não... Não vou lhe... Dizer... Nada!
- Ah, vai sim... Com certeza vai.
- Você... Vai usar... A maldição da tortura? Já passei... Por isso... Antes... Sei me ....proteger! - Olivaras disse com desdém.
- Quem lhe disse que eu não sei disso? - Ele começou a dar voltas pela sala - Eu pesquisei métodos mais avançados que a velha Maldição Cruciatus... - Então ele sorriu- E sabe o que eu descobri? Que as pessoas sentem mais dor, quando estão... Desprevenidas! - E deu um soco na boca do estômago de Olivaras, que ofegou e só não caiu por estar pendurado em correntes.
McEffron olhou para Olivaras ofegante, que gemia de dor e escorria lágrimas dos olhos. McEffron voltou a dar voltas pelo quarto, em silêncio. Empunhou a varinha e disse calmamente a Olivaras:
- Me diga se é possível...
- Você sabe... Que não... É.
McEffron levantou a voz:
- É IMPOSSÍVEL! JÁ SE CRIOU UMA DELAS ANTES!
- Mas ela foi criada por uma criatura sobre-humana.
- MA$S EU SOU SOBRE-HUMANO!
Olivaras disse com uma voz calma:
- Seu tolo! Não existe maneira sensata de usar esse núcleo!
- Ótimo!... Não existe maneira sensata... Mas uma maneira não sensata funcionaria... - Ele estava conversando consigo mesmo.
- Mas é claro que poderia dar errado...
- Você não é bom oclumente o bastante para me convencer que daria errado.
- Como você conseguiria tal núcleo? - Olivaras estava preocupado.
Ele soltou uma gargalhada e continuou a falar:
- Nada pode deter meus planos... Eu não lhe disse que eu sou sobre-humano? Eu posso conseguir coisas que você nem imagina...
- Não pode não... É impossível...
- Você sabe que não é! Mas nunca tentaram antes por medo... Mas eu sou destemido... E sou invencível.
Ele parou encarando Olivaras e disse em falsete:
- Tchau amigo! Até mais... Agora tenho que concluir alguns planos...
Ele começou a se mover, quando Olivaras tentou se jogar para frente, ao mesmo tempo em que McEffron já apontava a varinha e enfeitiçava-o:
- Crucio! - E Olivaras tombou, sendo segurado pelas correntes novamente, enquanto via seu carrasco saindo pela porta...
Enquanto isso, na Rua Broptom Road, eles estavam conversando sobre a missão de invasão. Potter começou
- Sabemos que ele está num subúrbio trouxa.
- Devem ter muitos guardas lá dentro. - Comentou Denis.
- Mais ou menos uns sete ou oito guardas, protegendo a casa.
- Todos trabalham no Ministério? - Questionou Amanda.
- Nem todos. Há algum tempo, ele começou a trazer bruxos estrangeiros pra cá, de certo, já tinha planos para eles.
- E criaturas mágicas? - Perguntou Puff maravilhado.
- Não tem nenhuma, pois ele só gosta de sangues puros.
- Qual de nós vai nela? - Perguntou Victor.
- Victor e Puff, pois Denis já está marcado, e precisamos de alguém para terminar o treinamento de Amanda.
- Qual era o mapa mesmo? - Perguntara Puff, aparentemente prestando mais atenção a conversa.
- É um subúrbio trouxa. A casa tem proteção de acampamento como: Feitiços Anti-trouxas, Feitiços de Desilusão, Abafadores e Anti-aparatação.
- Eles se esqueceram de fazer o Feitiço Miadura. - Comentou Victor.
- É um grande erro deles, mais é a nossa vantagem. - Continuou Harry.
- Poderemos chegar em silêncio. - Continuou Puff.
- E pegá-los desprevenidos! - Comentava Denis.
Amanda percebeu que o garoto conversava com a mesma empolgação que os outros dois, embora não fosse participar da missão.
- De certo deve haver dois guardas na frente da rua, e dois na frente da casa. Os outros quatro devem estar dentro da casa. - Falava Victor.
- Quando vamos? - questionava Puff.
- Daqui a dois dias, quando McEffron não estiver por lá.
- Certo! -Diziam Puff e Victor em uníssono.
Então Harry se levantou e despediu deles, quando atravessou o corredor de saída e passou pela porta ele fez um aceno com a mão e sorriu, em seguida desaparatou.
Nos outro dois dias que se seguiram, eles não conversaram muito aguardando cada segundo para pensar e guardar algo na mochila que fosse necessário.
Passou então as horas esperadas.
Victor colocou a mochila nas costas e atravessou o corredor de saída junto com Puff.
Em seguida eles desaparataram para o subúrbio trouxa. Estava escuro e apenas a lua iluminava a rua.
Eles estavam na rua em que se encontrava a casa onde Olivaras estava escondido, ela era deserta e rodeada de árvores, como a orla de uma floresta. A casa se encontrava a vários metros de distancia, quase imperceptível na escuridão e na neblina densa. Não havia dois guardas como Harry havia dito, e sim um guarda. E também havia quatro guardas na frente da casa, e não dois como o previsto. Victor e Puff tinham a vantagem, pois eram apenas um guarda contra os dois, possibilitando um estuporamento silencioso. Eles estavam vestidos de preto, para se esconder na escuridão. Olharam o guarda solitário por um segundo, Victor fez sinal de silêncio a Puff e murmurou:
- Obscuro! - Uma nuvenzinha bem fina e muito escura tomou os olhos dele, e quando já ia gritar, Puff enfeitiçou-o novamente: - Silencio! - O guarda abriu a boca, mas não saiu som algum. O guarda se debateu e caiu, gritando sem som. Eles o observavam no chão, e Puff sorria com a tentativa sem sucesso do bruxo de apanhar a varinha a alguns passos de distância. Victor então estuporou o guarda no chão, que parou de se debater, e Puff reclamou:
- Por que você fez isso? Eu estava brincando com ele...
- Não temos tempo para brincadeira! Temos que andar depressa.
- Certo!
Eles pararam em frente à rua, Victor começou a correr e saltou, e no momento do salto, se transformou num imponente falcão negro, e em dois segundos alcançou o céu o mais alto possível e desapareceu com um pio alto. Puff segurou firme a varinha e virou fumaça negra, e saiu voando para o lado da casa com tudo.
Mesmo na escuridão, os outros quatro guardas na frente da casa viram o vulto se aproximando e sacaram as varinhas, mas Puff foi mais rápido, e em uma fração de segundo ele já estava em sua forma normal e lançou um Feitiço Silenciador em todos os outros. Ao ver que suas vozes não saiam, lançaram Feitiços Estuporantes em Puff, ele se materializou em fumaça a tempo de desviar dos feitiços, em uma fração de segundo já se materializava novamente e estuporava um dos guardas, enquanto desviava de outros três feitiços rapidamente, um pio alto se fez no céu, tirando momentaneamente a atenção dos guardas, que viram um imponente falcão descendo, cortando o céu, que para surpresa dos guardas era Victor se materializando em fumaça descendo em alta velocidade, e um rápido lampejo derrubou outro dos guardas, que assustados, lançaram vários feitiços em Victor.
Mas Puff já estava duelando com o penúltimo guarda, e Victor desviando com uma velocidade impressionante dos outros feitiços que lhe eram lançados, quando de repente o inimigo lançou dois Feitiços Estuporantes de uma só vez, e para desviar Victor esquivou-se para o chão e por uma fração de segundo sua varinha piscou. O bruxo inimigo já ia lançar mais feitiço quando uma raiz fina saiu do chão e começou a enrolá-lo, puxando seus pés e braços para baixo jogando-o no chão. Nesse mesmo segundo, Puff estuporava o seu próprio inimigo e rompia o Feitiço Silenciador. Quando ele se aproximou viu o verdadeiro efeito do feitiço de Victor: o bruxo estava amarrado às raízes, que tinham se engrossado consideravelmente e apertava todo o corpo do inimigo, deixando-o desmaiado e com dificuldade de respirar. Puff então comentou baixinho:
- O que você fez? Se você não romper esse feitiço, ele vai morrer!
- Certo! Finite! – E o feitiço se rompeu, deixando o guarda totalmente inerte.
Victor deu alguns passos em direção a casa e vendo Puff parado, disse a ele:
- Você vai ficar aí parado? Nós temos uma missão pra terminar!
- Certo! – E Puff saiu andando em direção à porta também. Quando chegaram em frente à porta pararam, e Victor estendeu a mão fechada e começou a contar em voz baixa:
- Um... Dois... TRÊS!
E Puff deu um chute pesado na porta, e com um baque surdo a porta se abriu, e antes que os outros quatro guardas presentes pudessem fazer algo, Puff e Victor lançaram Feitiços Estuporantes e derrubaram dois deles de uma só vez, e antes que os outros dois pudessem reagir, eles já estavam atacando com feitiços destrutivos, quando o mais baixo dos guardas disse em voz alta:
- Crucio! – mas antes que pudesse atingir Puff, ele rolou para o lado e lançou:
- Incendio! – E o guarda foi arremessado contra a parede pelas magníficas chamas azuis, e com um baque surdo, Puff olhou para o lado e viu o inimigo de Victor caído no chão, com o nariz sangrando. E Puff fez um dos seus comentários:
- Como você faz isso? Eu acabei de derrubar ele e em menos de um segundo você também derrubou o seu inimigo!
- Digamos que entre nós três eu tenha mais habilidade nos duelos que vocês dois...
- Vamos continuar com a nossa missão...
Ele saíram andando depressa e encontraram uma escada que descia para o porão, Victor lançou um Feitiço para Abrir Portas e entrou pela porta. Lá dentro estava Olivaras, magro e faminto, praticamente sem energia e amarrado em grossas correntes. Ele gemia de dor e não aparentava estar com a mente totalmente sã.
- É ele? Olivaras é ele? – Puff questionou, e Victor respondeu indignado:
- Você não se lembra dele? Sua mente só presta para decorar receitas de poções?
- Não, mas tem muitos anos que eu não o vejo... Não me lembrava mais do rosto dele!
- Certo... Vamos tirar ele daqui.
Victor apontou a varinha para Olivaras e disse:
- Relaxo! – As correntes se partiram e quando Olivaras se soltou, e Puff o amparou. Victor começou a falar:
- Vamos embora!- Então Olivaras deu um gemido, e Puff parou de se mover:
- Ei, espere! Parece que ele quer dizer alguma coisa.
Eles olharam para Olivaras e ele começou a falar ofegante:
- Vocês... Precisam... Pará-lo...
- Por quê? O que ele pretende fazer? – Questionou Puff.
- Ele pretende... Fazer algo... Que ninguém... Nunca conseguiu... Antes...
- Mas o que ele quer? – Continuou Puff.
- Ele pretende... Fazer uma... Varinha...
- Uma varinha? Mas ele já tem uma varinha!
- Mas que droga! Pare de interrompê-lo! Assim nunca vamos saber o que ele quer nos contar!- Esbravejou Victor!
Olivaras continuou:
- Ele pretende... fazer uma... varinha mais... poderosa... que... a Varinha das Varinhas...e nesse passo... ele irá... conseguir...
- Mas como isso é possível? Até onde eu sei, a Varinha das Varinhas é só uma lenda. Não é real.
- Procurem... meu... aprendiz... apenas ele... pode lhes dar... as informações... necessárias...
Victor disse a Puff:
- Vamos tirá-lo daqui. Depois nós decidimos se sua história é lenda ou realidade.
Eles saíram e começaram a subir a escada pra fora do porão, passaram pelos bruxos desmaiados e estuporados no chão, e Puff comentou:
- Nós os estuporamos muito bem, não é? Até agora eles não se levantaram!
Victor olhou pro céu e viu um enorme nuvem de fumaça preta descendo em alta velocidade, rumo à casa. Puff, que ainda estava observando os guardas caídos levou um susto com o puxão de Victor:
- Vamos sair depressa daqui! Tem mais alguém vindo pra cá!
- Mas isso não é problema, nós podemos derrotá-lo rapidamente.
E em menos de um segundo das palavras de Puff, o vulto lançou um Feitiço Explosivo na porta da casa. As paredes se arrebentaram e o teto começou a desabar, os três foram projetados para frente, enquanto o vulto tomava forma no chão.
Puff se ergueu e disse a Victor:
- O que é isso? Nem você tem um Feitiço Explosivo tão hostil! Se tivesse nos acertado direto...
- Por que você está conversando ainda? Vamos embora!
Victor segurou Olivaras pelos ombros e começou a carregá-lo, e Puff corria atrás deles lançando feitiços, mas que aparentemente, não surtiam efeito nenhum.
Então o vulto gritou de longe:
- ESTUPEFAÇA! – E o feitiço chegou tão rápido como o grito de Olivaras, ao sentir sua perna ser quebrada, ele desmontou do ombro de Victor, e caiu choramingando. Enquanto Puff se aproximava para ajudá-los, Victor viu o rosto do vulto atacante, que andava devagar com um ar assassino: era James McEffron, o próprio Ministro da Magia.
Puff ergueu Olivaras e Victor o ajudou a se locomover, e de longe McEffron falava:
- Não adianta vocês fugirem... Antes de chegarem ao fim do escudo Anti-Aparatação, eu matarei vocês dois.
- Então você quer matar só nós dois?- E Puff lançou um feitiço:
- Fumos! – e uma densa nuvem de fumaça cercou a imagem de McEffron, enquanto Victor e Puff carregavam Olivaras para fora dos limites do feitiço. Alguns segundos depois, Puff disse para encorajar Olivaras:
- Já estamos chegando, nós vamos conseguir...
A nuvem de fumaça foi rompida por um feitiço de McEffron, que ao vê-los fugindo tomou uma medida drástica:
- AVADA KEDAVRA! – E o lampejo verde saiu tão rápido e destrutivo que quando acertou sua vitima, jogou os outros dois para frente. Sua vitima foi Olivaras.
Ao vê-lo no chão, Puff não exibia nenhuma reação, parecia paralisado... McEffron exibia o mesmo olhar de desdém com uma incrível vontade de matar, e Victor, ao vê-lo morto, sentiu um fogo subir pela garganta... Nunca sentira algo semelhante, tinha vontade de matá-lo... Vingar Olivaras e torturar McEffron...
Mas o ódio de McEffron não havia acabado e ele pretendia matar os dois, ali e agora, e iria cumprir ali mesmo. Seu ódio se intensificou mais, e ele lançou novamente:
- AVADA KEDAVRA! – E novamente o lampejo verde foi lançado, mas antes que acertasse houve um estrondo e uma canção da fênix se iniciou, eles olharam para trás e viram um vulto com a varinha apontada, soltando um feitiço vermelho que estava ligado à Maldição da Morte. Era a chance de Victor e Puff escaparem, quando ouviram uma voz conhecida dizer:
- Atrás de mim!
Eles correram para trás do vulto, que rompeu a ligação e antes que McEffron pudesse fazer algo, eles desaparataram.
E o silêncio da noite foi rompido por um grito muito alto:
- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!
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Executando o plano
A noite estava escura, e todas as casas estavam com as luzes apagadas, um enorme silêncio tomava conta daquele subúrbio trouxa, onde os bruxos nem pensavam em aparecer, de tão calmo e afastado que era. Tinha uma casa, bem no fim da rua, era maior e mais imponente que as outras, lembravam um minicastelo. Na frente da casa tinha uma placa arrancada, de certo o dono não queria que soubessem quem era o dono. Também tinha guardas, quatro homens armados de varinha na frente do portão, esperando por qualquer movimento em falso para atacar. Tinha também outra proteção, um escudo que se expandia por muitos metros além da casa, que servia para impedir que outros aparatassem no terreno.
Mesmo no céu escuro, dava para ver o agouro que descia em direção ao terreno protegido. Ele encostou os pés no chão e tomou forma humana. Ele andava a passos rápidos, e de longe se ouviu um bruxo caminhando para perto dele e perguntando:
- Quem é você? Como ousa entrar neste terreno? Identifique-se!
O outro bruxo ergueu rápido a varinha e estuporou o outro que questionava, enquanto ele dizia com voz desdenhosa:
- Idiota! Numa casa protegida não se deve mandar as pessoas se identificarem, e sim atacá-las quando vê-las. - Ele parou perto do homem e enfeitiçou:- Enervate! - E o homem se ergueu de um salto - Se você fizer isso mais uma vez, será seu fim, verme inútil! Saia da minha frente!
O outro saiu cambaleando de qualquer jeito para obedecer à ordem. Enquanto isso, o homem arrogante já estava quase na porta, de tão depressa que andava. Quando chegou, viu dois homens apontarem relutantes as varinhas para ele, que disse com sua voz:
- Nem se atrevam! Não reconhecem mais seu mestre?
Eles olharam desconfiados e um deles falou relutante:
- Mi... Ministro?
- Não diga isso, seu idiota! Torça para os trouxas não terem ouvido.
Ele se encaminhou para a porta e abriu-a com violência. Não era uma casa espaçosa e nem muito nova, e possuía alguns moveis velhos. Ele atravessou o corredor e desceu as escadas. Saíra no porão da casa: era escuro e possuía locais para tortura humana encaixados na parede, e preso numa corrente, estava um velho, fraco, magro e choramingando: era Olivaras.
O ministro começou a falar:
- Me diga! Diga-me onde e como?
- Eu não... Não vou lhe... Dizer... Nada!
- Ah, vai sim... Com certeza vai.
- Você... Vai usar... A maldição da tortura? Já passei... Por isso... Antes... Sei me ....proteger! - Olivaras disse com desdém.
- Quem lhe disse que eu não sei disso? - Ele começou a dar voltas pela sala - Eu pesquisei métodos mais avançados que a velha Maldição Cruciatus... - Então ele sorriu- E sabe o que eu descobri? Que as pessoas sentem mais dor, quando estão... Desprevenidas! - E deu um soco na boca do estômago de Olivaras, que ofegou e só não caiu por estar pendurado em correntes.
McEffron olhou para Olivaras ofegante, que gemia de dor e escorria lágrimas dos olhos. McEffron voltou a dar voltas pelo quarto, em silêncio. Empunhou a varinha e disse calmamente a Olivaras:
- Me diga se é possível...
- Você sabe... Que não... É.
McEffron levantou a voz:
- É IMPOSSÍVEL! JÁ SE CRIOU UMA DELAS ANTES!
- Mas ela foi criada por uma criatura sobre-humana.
- MA$S EU SOU SOBRE-HUMANO!
Olivaras disse com uma voz calma:
- Seu tolo! Não existe maneira sensata de usar esse núcleo!
- Ótimo!... Não existe maneira sensata... Mas uma maneira não sensata funcionaria... - Ele estava conversando consigo mesmo.
- Mas é claro que poderia dar errado...
- Você não é bom oclumente o bastante para me convencer que daria errado.
- Como você conseguiria tal núcleo? - Olivaras estava preocupado.
Ele soltou uma gargalhada e continuou a falar:
- Nada pode deter meus planos... Eu não lhe disse que eu sou sobre-humano? Eu posso conseguir coisas que você nem imagina...
- Não pode não... É impossível...
- Você sabe que não é! Mas nunca tentaram antes por medo... Mas eu sou destemido... E sou invencível.
Ele parou encarando Olivaras e disse em falsete:
- Tchau amigo! Até mais... Agora tenho que concluir alguns planos...
Ele começou a se mover, quando Olivaras tentou se jogar para frente, ao mesmo tempo em que McEffron já apontava a varinha e enfeitiçava-o:
- Crucio! - E Olivaras tombou, sendo segurado pelas correntes novamente, enquanto via seu carrasco saindo pela porta...
Enquanto isso, na Rua Broptom Road, eles estavam conversando sobre a missão de invasão. Potter começou
- Sabemos que ele está num subúrbio trouxa.
- Devem ter muitos guardas lá dentro. - Comentou Denis.
- Mais ou menos uns sete ou oito guardas, protegendo a casa.
- Todos trabalham no Ministério? - Questionou Amanda.
- Nem todos. Há algum tempo, ele começou a trazer bruxos estrangeiros pra cá, de certo, já tinha planos para eles.
- E criaturas mágicas? - Perguntou Puff maravilhado.
- Não tem nenhuma, pois ele só gosta de sangues puros.
- Qual de nós vai nela? - Perguntou Victor.
- Victor e Puff, pois Denis já está marcado, e precisamos de alguém para terminar o treinamento de Amanda.
- Qual era o mapa mesmo? - Perguntara Puff, aparentemente prestando mais atenção a conversa.
- É um subúrbio trouxa. A casa tem proteção de acampamento como: Feitiços Anti-trouxas, Feitiços de Desilusão, Abafadores e Anti-aparatação.
- Eles se esqueceram de fazer o Feitiço Miadura. - Comentou Victor.
- É um grande erro deles, mais é a nossa vantagem. - Continuou Harry.
- Poderemos chegar em silêncio. - Continuou Puff.
- E pegá-los desprevenidos! - Comentava Denis.
Amanda percebeu que o garoto conversava com a mesma empolgação que os outros dois, embora não fosse participar da missão.
- De certo deve haver dois guardas na frente da rua, e dois na frente da casa. Os outros quatro devem estar dentro da casa. - Falava Victor.
- Quando vamos? - questionava Puff.
- Daqui a dois dias, quando McEffron não estiver por lá.
- Certo! -Diziam Puff e Victor em uníssono.
Então Harry se levantou e despediu deles, quando atravessou o corredor de saída e passou pela porta ele fez um aceno com a mão e sorriu, em seguida desaparatou.
Nos outro dois dias que se seguiram, eles não conversaram muito aguardando cada segundo para pensar e guardar algo na mochila que fosse necessário.
Passou então as horas esperadas.
Victor colocou a mochila nas costas e atravessou o corredor de saída junto com Puff.
Em seguida eles desaparataram para o subúrbio trouxa. Estava escuro e apenas a lua iluminava a rua.
Eles estavam na rua em que se encontrava a casa onde Olivaras estava escondido, ela era deserta e rodeada de árvores, como a orla de uma floresta. A casa se encontrava a vários metros de distancia, quase imperceptível na escuridão e na neblina densa. Não havia dois guardas como Harry havia dito, e sim um guarda. E também havia quatro guardas na frente da casa, e não dois como o previsto. Victor e Puff tinham a vantagem, pois eram apenas um guarda contra os dois, possibilitando um estuporamento silencioso. Eles estavam vestidos de preto, para se esconder na escuridão. Olharam o guarda solitário por um segundo, Victor fez sinal de silêncio a Puff e murmurou:
- Obscuro! - Uma nuvenzinha bem fina e muito escura tomou os olhos dele, e quando já ia gritar, Puff enfeitiçou-o novamente: - Silencio! - O guarda abriu a boca, mas não saiu som algum. O guarda se debateu e caiu, gritando sem som. Eles o observavam no chão, e Puff sorria com a tentativa sem sucesso do bruxo de apanhar a varinha a alguns passos de distância. Victor então estuporou o guarda no chão, que parou de se debater, e Puff reclamou:
- Por que você fez isso? Eu estava brincando com ele...
- Não temos tempo para brincadeira! Temos que andar depressa.
- Certo!
Eles pararam em frente à rua, Victor começou a correr e saltou, e no momento do salto, se transformou num imponente falcão negro, e em dois segundos alcançou o céu o mais alto possível e desapareceu com um pio alto. Puff segurou firme a varinha e virou fumaça negra, e saiu voando para o lado da casa com tudo.
Mesmo na escuridão, os outros quatro guardas na frente da casa viram o vulto se aproximando e sacaram as varinhas, mas Puff foi mais rápido, e em uma fração de segundo ele já estava em sua forma normal e lançou um Feitiço Silenciador em todos os outros. Ao ver que suas vozes não saiam, lançaram Feitiços Estuporantes em Puff, ele se materializou em fumaça a tempo de desviar dos feitiços, em uma fração de segundo já se materializava novamente e estuporava um dos guardas, enquanto desviava de outros três feitiços rapidamente, um pio alto se fez no céu, tirando momentaneamente a atenção dos guardas, que viram um imponente falcão descendo, cortando o céu, que para surpresa dos guardas era Victor se materializando em fumaça descendo em alta velocidade, e um rápido lampejo derrubou outro dos guardas, que assustados, lançaram vários feitiços em Victor.
Mas Puff já estava duelando com o penúltimo guarda, e Victor desviando com uma velocidade impressionante dos outros feitiços que lhe eram lançados, quando de repente o inimigo lançou dois Feitiços Estuporantes de uma só vez, e para desviar Victor esquivou-se para o chão e por uma fração de segundo sua varinha piscou. O bruxo inimigo já ia lançar mais feitiço quando uma raiz fina saiu do chão e começou a enrolá-lo, puxando seus pés e braços para baixo jogando-o no chão. Nesse mesmo segundo, Puff estuporava o seu próprio inimigo e rompia o Feitiço Silenciador. Quando ele se aproximou viu o verdadeiro efeito do feitiço de Victor: o bruxo estava amarrado às raízes, que tinham se engrossado consideravelmente e apertava todo o corpo do inimigo, deixando-o desmaiado e com dificuldade de respirar. Puff então comentou baixinho:
- O que você fez? Se você não romper esse feitiço, ele vai morrer!
- Certo! Finite! – E o feitiço se rompeu, deixando o guarda totalmente inerte.
Victor deu alguns passos em direção a casa e vendo Puff parado, disse a ele:
- Você vai ficar aí parado? Nós temos uma missão pra terminar!
- Certo! – E Puff saiu andando em direção à porta também. Quando chegaram em frente à porta pararam, e Victor estendeu a mão fechada e começou a contar em voz baixa:
- Um... Dois... TRÊS!
E Puff deu um chute pesado na porta, e com um baque surdo a porta se abriu, e antes que os outros quatro guardas presentes pudessem fazer algo, Puff e Victor lançaram Feitiços Estuporantes e derrubaram dois deles de uma só vez, e antes que os outros dois pudessem reagir, eles já estavam atacando com feitiços destrutivos, quando o mais baixo dos guardas disse em voz alta:
- Crucio! – mas antes que pudesse atingir Puff, ele rolou para o lado e lançou:
- Incendio! – E o guarda foi arremessado contra a parede pelas magníficas chamas azuis, e com um baque surdo, Puff olhou para o lado e viu o inimigo de Victor caído no chão, com o nariz sangrando. E Puff fez um dos seus comentários:
- Como você faz isso? Eu acabei de derrubar ele e em menos de um segundo você também derrubou o seu inimigo!
- Digamos que entre nós três eu tenha mais habilidade nos duelos que vocês dois...
- Vamos continuar com a nossa missão...
Ele saíram andando depressa e encontraram uma escada que descia para o porão, Victor lançou um Feitiço para Abrir Portas e entrou pela porta. Lá dentro estava Olivaras, magro e faminto, praticamente sem energia e amarrado em grossas correntes. Ele gemia de dor e não aparentava estar com a mente totalmente sã.
- É ele? Olivaras é ele? – Puff questionou, e Victor respondeu indignado:
- Você não se lembra dele? Sua mente só presta para decorar receitas de poções?
- Não, mas tem muitos anos que eu não o vejo... Não me lembrava mais do rosto dele!
- Certo... Vamos tirar ele daqui.
Victor apontou a varinha para Olivaras e disse:
- Relaxo! – As correntes se partiram e quando Olivaras se soltou, e Puff o amparou. Victor começou a falar:
- Vamos embora!- Então Olivaras deu um gemido, e Puff parou de se mover:
- Ei, espere! Parece que ele quer dizer alguma coisa.
Eles olharam para Olivaras e ele começou a falar ofegante:
- Vocês... Precisam... Pará-lo...
- Por quê? O que ele pretende fazer? – Questionou Puff.
- Ele pretende... Fazer algo... Que ninguém... Nunca conseguiu... Antes...
- Mas o que ele quer? – Continuou Puff.
- Ele pretende... Fazer uma... Varinha...
- Uma varinha? Mas ele já tem uma varinha!
- Mas que droga! Pare de interrompê-lo! Assim nunca vamos saber o que ele quer nos contar!- Esbravejou Victor!
Olivaras continuou:
- Ele pretende... fazer uma... varinha mais... poderosa... que... a Varinha das Varinhas...e nesse passo... ele irá... conseguir...
- Mas como isso é possível? Até onde eu sei, a Varinha das Varinhas é só uma lenda. Não é real.
- Procurem... meu... aprendiz... apenas ele... pode lhes dar... as informações... necessárias...
Victor disse a Puff:
- Vamos tirá-lo daqui. Depois nós decidimos se sua história é lenda ou realidade.
Eles saíram e começaram a subir a escada pra fora do porão, passaram pelos bruxos desmaiados e estuporados no chão, e Puff comentou:
- Nós os estuporamos muito bem, não é? Até agora eles não se levantaram!
Victor olhou pro céu e viu um enorme nuvem de fumaça preta descendo em alta velocidade, rumo à casa. Puff, que ainda estava observando os guardas caídos levou um susto com o puxão de Victor:
- Vamos sair depressa daqui! Tem mais alguém vindo pra cá!
- Mas isso não é problema, nós podemos derrotá-lo rapidamente.
E em menos de um segundo das palavras de Puff, o vulto lançou um Feitiço Explosivo na porta da casa. As paredes se arrebentaram e o teto começou a desabar, os três foram projetados para frente, enquanto o vulto tomava forma no chão.
Puff se ergueu e disse a Victor:
- O que é isso? Nem você tem um Feitiço Explosivo tão hostil! Se tivesse nos acertado direto...
- Por que você está conversando ainda? Vamos embora!
Victor segurou Olivaras pelos ombros e começou a carregá-lo, e Puff corria atrás deles lançando feitiços, mas que aparentemente, não surtiam efeito nenhum.
Então o vulto gritou de longe:
- ESTUPEFAÇA! – E o feitiço chegou tão rápido como o grito de Olivaras, ao sentir sua perna ser quebrada, ele desmontou do ombro de Victor, e caiu choramingando. Enquanto Puff se aproximava para ajudá-los, Victor viu o rosto do vulto atacante, que andava devagar com um ar assassino: era James McEffron, o próprio Ministro da Magia.
Puff ergueu Olivaras e Victor o ajudou a se locomover, e de longe McEffron falava:
- Não adianta vocês fugirem... Antes de chegarem ao fim do escudo Anti-Aparatação, eu matarei vocês dois.
- Então você quer matar só nós dois?- E Puff lançou um feitiço:
- Fumos! – e uma densa nuvem de fumaça cercou a imagem de McEffron, enquanto Victor e Puff carregavam Olivaras para fora dos limites do feitiço. Alguns segundos depois, Puff disse para encorajar Olivaras:
- Já estamos chegando, nós vamos conseguir...
A nuvem de fumaça foi rompida por um feitiço de McEffron, que ao vê-los fugindo tomou uma medida drástica:
- AVADA KEDAVRA! – E o lampejo verde saiu tão rápido e destrutivo que quando acertou sua vitima, jogou os outros dois para frente. Sua vitima foi Olivaras.
Ao vê-lo no chão, Puff não exibia nenhuma reação, parecia paralisado... McEffron exibia o mesmo olhar de desdém com uma incrível vontade de matar, e Victor, ao vê-lo morto, sentiu um fogo subir pela garganta... Nunca sentira algo semelhante, tinha vontade de matá-lo... Vingar Olivaras e torturar McEffron...
Mas o ódio de McEffron não havia acabado e ele pretendia matar os dois, ali e agora, e iria cumprir ali mesmo. Seu ódio se intensificou mais, e ele lançou novamente:
- AVADA KEDAVRA! – E novamente o lampejo verde foi lançado, mas antes que acertasse houve um estrondo e uma canção da fênix se iniciou, eles olharam para trás e viram um vulto com a varinha apontada, soltando um feitiço vermelho que estava ligado à Maldição da Morte. Era a chance de Victor e Puff escaparem, quando ouviram uma voz conhecida dizer:
- Atrás de mim!
Eles correram para trás do vulto, que rompeu a ligação e antes que McEffron pudesse fazer algo, eles desaparataram.
E o silêncio da noite foi rompido por um grito muito alto:
- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!!!!!!!!!!
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