Rose



O verão não poderia ter sido melhor, Rose se divertiu como nunca. Recebeu visitas de seus vários primos – ela tinha tantos! – mas a de que mais gostava era Victorie, ela era mais velha, mas era tão linda e inteligente, simplesmente perfeita. Rose queria muito ser igual a ela, confiante, popular, todo mundo gostava dela e queria ser amigo dela, é como se ela tivesse um campo de atração em volta de si, como o sol – que por sinal era a cor de seus longos cabelos, sem falar nos lindos olhos azuis – claro que Rose gostava dos seus outros primos também, Dominique e Louis irmãos de Victorie – ambos mais novos que ela, mas nenhum da idade de Rose, Dom era mais velho e Louis mais novo – eram super gentis com ela, e havia Roxanne e Fred – que era o mais engraçado dos primos –  filhos do tio Jorge, Molly – igual a sua avó – e Lucy, ambas irmãs e filhas de seu tio Percy, eram as primas que ela menos via, e é claro, ela não podia se esquecer dos únicos primos que não carregavam o nome Weasley, mas eram tão próximos dela quanto irmãos; James, Alvo e Lily os filhos de sua tia Gina casada com ninguém menos que Harry Potter. Ah, e também tinha seu irmão Hugo que era a pessoa mais irritante do mundo.


 


Rose passara metade do verão recebendo cada vez mais gente em sua casa, com tantos tios e primos não parava de chegar gente. No mesmo diaem que Victoriechegou os Potter também chegaram – acompanhados de Teddy o afilhado de Harry, filho de um amigo do pai dele – então após cumprimentar cada um dos tios – Gui, Fleur, Gina e Harry – ela se juntou com Victorie, Roxanne e Lily – que era da idade de seu irmão, mas adorava seguir Rose aonde ela fosse – e subiu para seu quarto. Claro que Alvo, James, Dominique e Fred se juntaram e foram aprontar alguma coisa – eles eram conhecidos como “A Gangue” pela família – e por sua vez Louis e Hugo foram para outro canto. Era sempre assim, parecia que quanto mais a família se reunia mais se separavam e se uniam de certa forma, afinal as meninas se juntavam em um canto, os meninos em outro e os adultos também, mas ao mesmo tempo todos se relacionavam e ficavam mais amigos. Era estranho, mas era o que Rose mais gostava: sua família estranha e bem relacionada.


 


Assim que chegaram ao quarto de Rose, ela e suas primas começaram a por o assunto em dia.


- Então Roxanne, e aquele seu vizinho? - Victorie era sempre muito direta.


- Ah... Então... – Roxanne, não era.


- Ah, vai logo! Conte, eu estava torcendo por vocês! – Rose adorava as conversas das duas sobre garotos e esperava com sorte fazer parte delas um dia.


- Bem... Ele era lindo, mas era um idiota.


- Como assim? - Rose amava aprender com suas primas mais velhas.


- Ele dizia coisas muito estúpidas como: “mágica não existe, aqueles caras que ficam na praça fazendo pássaros saírem da manga são simplesmente ridículos” e só falava sobre si mesmo! Isso para não mencionar quando ele falava de si na terceira pessoa, é ridículo!


- Serio? Que idiota. – e dessa vez quem falou foi Lily, a mais nova do quarto.


Claro todas riram, mas Lily fez uma cara muito seria.


- Ei, parem de rir! Isso não é engraçado, ele é mesmo um idiota! Qualquer pessoa que tenha coragem de dizer que mágia é bobagem não merece o nosso respeito.


- Lily, quer dizer que você não gosta de trouxas? - Roxanne parecia bem preocupada com esse assunto.


- Não! Trouxas são iguais à gente, mas se algum deles um dia me disser que magia é bobagem eu perco todo o interesse.


- Onde você escuta essas coisas Lily? - Rose não esperava ouvir uma menina de 9 anos falando assim.


- Alvo e James, eles disseram isso, mas James disse que mandaria um feitiço da língua presa e papai disse que ele não ia enfeitiçar ninguém antes dos 17.


- Isso é algo que James diria, na verdade ele e Fred acham que podem dominar o mundo só por serem bruxos! – Roxanne riu ao dizer isso.


- Só eles? Dominique vive andando com eles e não é nem um pouco diferente! – Victorie parecia se divertir com a situação.


- Meu pai diz que Fred se parece muito com nosso tio... Vocês sabem, aquele que também se chamava Fred – esse era sempre um assunto delicado e Rose sentiu a tensão na sala aumentar.


- É, papai sempre fica com um sorriso meio triste e distante quando Fred apronta alguma. Ele com certeza vê que são parecidos. – Roxanne também parecia meio triste, apesar de nunca ter conhecido tio Fred ele representava muita coisa para toda a família.


- Bom, meu pai diz que tio George nunca vai superar isso, mas que o fato de Fred ser tão parecido com o primeiro Fred ajuda ele a não sentir tanta falta, apenas lembra ele de quando os dois aprontavam juntos. – Lily ataca de novo.


- Essa menina é mesmo uma caixinha de surpresas, não é?


Com essa todas riram, nem era tão engraçado assim, mas foi Victorie quem disse. Aquela garota tinha uma “aura” que fazia todos quererem agrada-la.


...


Depois de horas conversando, rindo e se surpreendendo com as novidades de suas primas finalmente chegou a hora do jantar, sua avó Molly iria cozinhar então todos se sentaram a mesa – que estava realmente muito longa – bem rápido.


Logo começaram os assuntos sobre a escola, afinal na semana seguinte Rose faria 11 anos, o que significava que iria para Hogwarts. Para ser sincera Rose nem pensou nisso as férias inteira, até aquele jantar, simplesmente havia se esquecido de que finalmente iria ingressar no mundo da magia junto com todos os seus primos mais velhos e pensar nisso agora a deixava ansiosa, tudo o que mais queria era frequentar Hogwarts, seria maravilhoso, passar o ano com praticamente todos os primos – a mesma escola que Victorie estaria – e conhecer novas pessoas, aprender magia, isso era maravilhoso.


- Então, quem vai para Hogwarts esse ano? – perguntou vovó Molly. A essa altura já se perdia as contas, afinal a cada ano entrava um.


- Rose vai. – quem respondeu foi sua mãe, seu pai dizia que ela tinha um desejo incontrolável de responder a tudo.


- Alvo vai esse ano também não é querida? – foi tio Harry quem perguntou.


- Vou. – Alvo, seu primo, respondeu. Com um tom inegável de desespero.


- Mais alguém vai esse ano? – vovô Arthur sempre tinha um sorriso no rosto, gentil, mas um pouco distante como se sempre estivesse com a cabeça em outro lugar.


- Acho que não, só daqui uns dois anos não é Ron? – sua mãe sempre estava atenta a tudo. Era impressionante.


- Sim, Hugo só vai ter idade daqui a dois anos. – respondeu o pai de Rose, Ron.


- Lily também vai daqui a dois anos – tia Gina parecia aliviada com o fato de Lily demorar mais um pouco para ingressar em Hogwarts.


- Graças a Merlim! Eu não aguento mais essa vida de trouxa! – reclamou Hugo, o irmão irritante.


- Não tem nada de errado em ser um trouxa Hugo. – repreendeu seu pai, Ron. – sua mãe nem sonhava que era bruxa ou que nosso mundo existia até receber a carta.


- Sério mãe? – Hugo parecia espantado. Achava que a mãe tinha sido bruxa desde sempre!


- Sim. Eu nasci trouxa. – disse Hermione, com ternura.


- E olhe agora, se tornou a bruxa mais inteligente que já conheci! – acrescentou seu pai e sua mãe corou.


- Ron, acho que Hermione se tornou a bruxa mais inteligente que todos já conhecemos. – disse tia Gina.


- Apoiada. Hermione sempre foi um gênio! Nos ajudou muito em nossos anos de escola não é Ron? – tio Harry ria como se tivesse uma brincadeira só deles.


- Nunca teríamos passado de ano sem ela! – disse seu pai fazendo sua mãe corar mais e mais.


- Não era isso que eu escutava na época, mas obrigada. – disse ela tentando parecer simples e cordial, mas ela não conseguia esconder, seus olhos brilhavam toda vez que ela olhava para seu pai.


- É verdade Ron – dessa vez foi tia Gina quem se manifestou – eu me lembro bem de como você a chamou no primeiro ano.


- Sabe tudo irritante, sim eu também me lembro Gina. – Seu pai parecia sem graça agora.


- E eu sempre fui, não é? Uma sabe tudo irritante apaixonada por um legume insensível. – e foi ai que ela beijou ele. As orelhas dele pareciam em brasa.


- Ecaaa! – a maioria das crianças a mesa protestaram.


- Ah, que lindo tia Hermione! Eu espero ter um dia um amor igual ao de vocês! – Victorie era simplesmente viciada em “amor”.


- Relaxe Victorie, você é nova e tem muito tempo para conhecer alguém. – tio Gui, pai de Victorie falava quase como se a repreendesse, um pouco serio de mais para a ocasião.


- Não que ela já não tenha conhecido alguns, não é Vic? – disse Dominique provocando. O que conseguiu por que Victorie o fuzilou, parecia que era capaz de mata-lo ali mesmo.


- Como assim? – tio Gui não parecia feliz com isso.


- Nada pai! – Victorie se apressou em dizer – Só o Dominique fazendo mais uma piada sem graça. – ela o fuzilou de novo.


- Mas o que é isso? O jantarr vai esfriar. Parrem com toda essa converrsa e comam! – tia Fleur tinha um sotaque francês lindo, estava muito melhor atualmente, mas ainda pecava no “r”.


 


E logo a tensão entre Victorie e seu pai amenizou um pouco, parecia que tio Gui não fazia ideia do que Victorie fazia na escola. Não que ela tivesse muitos namorados, mas não eram poucos também. Rose sabia pelas conversar que ouvia entre ela e Roxanne.


 


Após o jantar a família continuou na mesa, mas apenas conversando, lugares foram trocados e os grupos se formaram na mesa, mas como Roxanne tinha subido para a cama com sono e Victorie – que estava se empenhando em ficar longe do irmão – estava conversando com aquele garoto estranho afilhado do tio Harry, o Teddy, e James estava muito entretido em uma conversa com Dominique e Fred ela acabou sentada do lado de Alvo e Lily – que não desgrudava dela – com um silencio um pouco constrangedor.


 - Então, vai ser legal entrar em Hogwarts esse ano não? – Rose não suportava ficar muito tempo em silencio.


- Acho que sim. – Alvo não falava muito.


- Eu estou louca para comprar minha varinha. Mal posso esperar pra aprender o máximo de feitiços que eu puder!


- Meu pai estava certo. – Alvo tinha um sorriso no rosto.


- Com o que?


- Você realmente puxou a sua mãe o gosto por aprender, ele diz que a inteligência também é a mesma. – por essa Rose não esperava, ela tinha certeza que devia estar vermelha feito um pimentão.


- Ah, obrigada. Mas não sei se um dia vou conseguir ser tão inteligente quanto minha mãe. Ela sabe de tudo.


- Claro que consegue, a vontade de aprender você já tem, só precisa de alguns livros e pratica.


- Ah, mas e você? Meu pai diz que dos três filhos você é o mais parecido com seu pai, não só na aparência. – Rose queria mudar o foco da conversa, não gostava muito de ser o centro das coisas por muito tempo.


- Ah, quem dera... – Alvo parecia bem deprimido.


- O que foi?


- Essa coisa estupida sobre casas. James entrou para a Grifinoria assim como meu pai e minha mãe, e vive me infernizando com o fato de que eu vou para a Sonserina. Ele disse que se eu for papai ficaria decepcionado.


- Mas que coisa mais idiota. Não é você que decide isso e eu tenho certeza que seu pai não ligaria. Mas se te faz sentir melhor, meu pai diz que as vezes a casa para a qual você vai é de família, como a dele, todos foram da Grifinoria, inclusive minha mãe, então é quase certeza que eu vá também. Se sua mãe e seu pai foram da Grifinoria também é provável que assim como seu irmão você também vá.


- É... Eu espero que você esteja certa. Não quero decepcionar meu pai.


- Você não vai. Independente da casa para a qual você for. Tenho certeza.


 


Depois daquela conversa, pareceu nascer uma certa cumplicidade entre os dois, eles se aproximaram mais, ficaram amigos de verdade e Rose nem passava mais tanto tempo com Victorie – até mesmo por que ela parecia interessada de mais em tudo o que aquele garoto, Teddy, fazia e estava sempre indo onde ele ia – Rose começou a passar mais tempo com Alvo e Lily – que se recusava a sair, mesmo que fosse para ficar parada e quieta, ela não saia de perto – e assim foi se arrastando o resto do verão até a noite em que tio Gui e tia Fleur estavam indo embora, levando uma Victorie em total revolta e um Dominique que insistia constantemente para ficar com James, o único filho que parecia disposto a obedecer era Louis, que não havia dito uma palavra a não ser “Tchau”.


 


Quando todo o alvoroço se desfez e tio Gui já havia feito Victorie e Dominique pararem de teimar levando os dois em completo silencio até a porta e ido embora todos pareceram não saber o que fazer por um tempo, até que Hugo gritou:


- Mãe! Acho que aquelas corujas querem entregar alguma coisa.


 


Quando Rose olhou, havia duas corujas pardas e uma negra em cima da mesa esperando para receberem atenção dos devidos destinatários. Tio Harry foi em direção a elas e retirou um envelope de uma das corujas pardas de cada vez e disse:


- Acho que essa é sua Rose – e entregou o envelope com escrita em tinta verde para ela – e esse é seu Alvo.


Depois, a coruja negra que já estava impaciente piou e tio Harry voltou sua atenção para ela, recebeu a carta e disse:


- Teddy, é para você. – ele pareceu meio surpreso, mas entregou o envelope.


 


Quando Teddy o abriu e tirou a carta de dentro leu apenas a primeira linha, riu pelo canto da boca, seu cabelo ficou vermelho feito um hidrante e disse:


- Ah, um amigo meu. Vou subir, se me dão licença. – e com um aceno rápido que abrangeu a todos ele subiu as escadas e sumiu no corredor.


 


Após a família se dispersar pela casa com seus afazeres Rose e Alvo passaram a noite discutindo como seria legal quando estivessem no trem a caminho de Hogwarts e se iam querer algum animal para levarem.

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Comentários (2)

  • Lari Vieira

    eu tenho toda a intenção de continuar a historia, talvez eu poste o primeiro ano, mas não pretendo ir ano por ano, tenho varias ideias de como eles seriam quando mais velhos, então quando eu terminar essa fic espero manter uma continuidade ;)

    2012-10-12
  • Lana Silva

    Aiiiiiiiiiiiiiiiii que demais *-* Mal espero pelo próximo capitulo flr está muiiiiiito bom, eu sinceramente amei. Eu sempre achei que as meninas teriam algo mais com a Victorie, por ser a prima mais velha meio que um exemplo a seguir, e gostei também do verão da Rose ter sido descomprometido  - ao contrario do que eu pensei kkk - é porque estar em familia deixa algo bem mais leve, ela não ficou com toda a pressão que poderia estar porque estava se divertindo com os primos e legal aquilo ter meio que juntado ela e o Alvo, tipo sempre achei que como primos eles seriam grandes amigos.Eu espero que quando você termine de postar o verão deles poste uma continuação, nem que seja eles mais velhos se lembrando disso ou uma long *-* bjoos! 

    2012-10-10
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