A peça de Almofadinhas

A peça de Almofadinhas



 Snape estava começando a incomodar Sirius, ele tinha dado de segui-los todas as vezes que tinha oportunidade, principalmente á noite. Sirius não era bobo, ele sabia que Snape estava querendo saber o que eles aprontavam em certas noites todos os meses. Ele havia pensado muito até que decidiu o que fazer.


Tiago, Pedro e Remo estavam ocupados na aula de Feitiços, ele aproveitou a chance para mandar um recadinho para Snape escrito em pedaço de pergaminho.


Ranhoso leu com desconfiança e lançou em Almofadinhas um olhar fulminante. Não era para menos. Se tudo desse certo, ele os encontraria tarde da noite, perto do Salgueiro Lutador.


A noite ele enrolou Tiago como pode, ele se atrasaria para se encontrar com Aluado na Casa dos Gritos. Ranhoso demorou um pouco para aparecer, Sirius estava com a forma humana. O Salgueiro Lutador começou a se movimentar, isso não estava nos planos dele, também não previra que Remo tentaria fugir da Casa dos Gritos, foi uma correria que mal dava para ver muita coisa. Sirius se transformou em cachorro e forçou Remo a voltar para o túnel, isso lhe custou uma mordida no pescoço. Aluado não estava cooperando, ele se aproveitou que o Salgueiro deu uma lambada em Almofadinhas e tentou nova fuga. Dessa vez Sirius não pode conte-lo.


Snape estava embananado com a árvore que lutava furiosamente, Tiago apareceu já sobre a forma de cervo e entrou com Aluado no túnel. Ele prendeu o que poucas horas antes tinha sido os pulsos de Remo entre os dentes e o arrastou para o túnel. Sirius conseguiu imobilizar a árvore, e assumiu a forma humana rapidamente. Snape correu para o túnel, e viu Remo sobre a forma de um lobisomem.


Tiago e Sirius fizeram Snape jurar que nunca contaria nada a ninguém, ele não era um completo retardo, mas a única coisa que o fez concordar, mesmo de má vontade, em não dizer nada, foi ver Tiago dar um sermão em Sirius.


 


Sirius e Remo continuavam sentados na ponta da mesa, Minerva McGonagall ainda os observava, e ela disse:


- Lembram quando Pettigrew tentou cantar uma menina?


- Ahh, como nos esqueceríamos, hein Remo?


- Nem fale. Ele levou um bolo na cara. Foi horrível, a mãe de Pedro apareceu naquele momento, ela ficou tão brava com a coitada da garota que rejeitou aquele rato, que chegou a grudar na cabeça dela. Ah, Minerva, se não fosse você a pobre coitada hoje seria careca, estaria usando uma peruca por aí.


- Por falar nela, que fim ela levou? Nunca mais ouvi falar em seu nome. – perguntou Minerva.


- Trabalha no Ministério da Magia, no Departamento de Cooperação Internacional em Magia. Parece que ela está uma rabugenta e caduca demais para a idade que tem. 


 


Na noite seguinte a Ordem estava planejando como fariam para tirar Harry da casa dos tios, pelo o que o afilhado contara para Sirius, ele não se dava bem com os parentes. Sirius não o culpava por isso. Ele mesmo detestava os próprios pais. Dumbledore não teria sequer pensado em sugerir isso, pelo o que ele entendeu.


- Olhe só que paternidade, talvez Potter vire um assassino igual ao padrinho. – disse Snape quando Sirius sugeriu que Harry fosse removido para a casa dele.


- Fique fora disso Ranhoso, você tem inveja dele, eu te conheço. – responde Sirius.


- Acho que Sirius tem razão, deveríamos tirar Harry da casa dos tios. – disse Tonks.


- Isso tem que ser planejado com cuidado Ninfadora, Comensais da Morte... – disse Olho-Tonto.


- Não me chame de Ninfadora. – disse Tonks zangada.


- Poderíamos formar uma guarda para retirar Harry dali, só teríamos que pedir a permissão dos tios dele. – disse Remo – E não podemos dispensar a idéia de que Comensais da Morte persigam Harry, afinal Voldemort deve estar a procura do garoto como se a vida dele dependesse disso.


- Não poderíamos simplesmente pedir permissão aos tios de Hary – interpôs Arthur – no ano passado quando Rony o convidou para que ele fosse conosco a Copa Mundial de Quadribol, Molly e eu tivemos a impressão de que eles não deixariam Harry ir.


Eles ficaram quietos por um instante.


- Posso distrair eles. Os trouxas são muito esquisitos e tem manias para tudo. Posso simplesmente escrever uma carta para eles pedindo que compareçam, a algum lugar, enquanto isso tiramos Harry dali.


- Carta do que você mandaria para eles. Tem que ser alguma coisa infalível. – disse Alastor.


- Sei lá. Algum concurso bem típico dos trouxas. Que tal “O Gramado mais bem cuidado da Grã-Bretanha”?


- Muito bom, Ninfadora, mas vocês ainda não tem a permissão de Dumbledore para tirar o garoto dali.


- É uma questão da qual você não está convidado a participar. Vamos Quim, temos uma viagem para fazer logo amanhã cedo. Boa noite para vocês que não me chamam sempre de Ninfadora.


Sirius riu com gosto, Remo tentou se conter  Minerva continuou impassível.


- Por que para aqueles que não te chamam sempre de Ninfadora? – perguntou Remo.


- Porque tem gente que já me chamou de Ninfadora pelo menos uma vez na vida ou uma vez por semana, né Olho-Tonto. – respondeu Tonks.


Ela seguiu com Quim, tomando o cuidado de não tropeçar no porta guarda-chuvas de perna de trasgo.

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