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                                                              A maldição de Dolohov


 


Dessa vez eu consegui levantar. Me lembrei do auror que estava a minutos atrás na loja. Eu comecei a andar e, depois de chegar a escada, correr. Desci rapidamente e no meio do caminho ascendi minha varinha; mas quando cheguei no final da sala percebi que não precisava.


Na verdade não havia uma sala, estava mais para um hall. Iluminado apenas com velas presas as paredes, ele passava facilmente do tamanho territorial da loja. Ele parecia se estender mais ou menos até onde os pisos começavam a descer no beco. A sala era cheia de tudo o que era maligno. Mais prateleiras formavam fileiras que pareciam uma espécie de labirinto com três caminhos retos. Sem janelas ou outra porta.


Eu desliguei a varinha e comecei a andar pelo caminho do meio. Eu cheguei ao meio dele e uma bifurcação começou, se ligando aos outros caminhos. Escolhi o caminho da direita e continuei.


 


Andei mais um pouco segurando com firmeza a varinha. Mais uns metros e outra bifurcação começou. Um sentido continuava no caminho da direita e outro recomeçava o caminho esquerdo. Eu continuei pela direita. Mais uma centena de passos e o caminho pareceu virar novamente para a direita. Eu comecei esse caminho andando, mas quando ele pareceu se transformar numa roda, eu comecei a correr.


 


Corri e cheguei até um vão que levava a um outro caminho um pouco mais a esquerda. Eu passei por ele num passo e continuei a correr para a direita. Outro vão e continuei para a direita seguindo um círculo sem fim. Mais uns cinco vãos se passaram quando as prateleiras pareceram ficar menores. Elas chegaram a altura da minha cintura quando o último vão se fez presente.


Eu me abaixei rapidamente, escondendo meu corpo atrás de uma prateleira. Eu fui um pouco mais para a esquerda, colocando apenas um olho fora dela. Por ele vi o auror e um caldeirão ao seu lado. Eu voltei a ficar inteiramente escondido e limpei um pouco de suor do meu rosto. Olhei para minha varinha quando percebi que o que a segurava estava com um profundo corte. Eu nem liguei para ele uma vez que uma voz apareceu em meio ao silêncio assustador da sala.


— Vocês acharam? — A voz do auror ecoou por todo o lugar, me arrepiando os cabelos da nuca.


— Sim... — Respondeu uma voz masculina, que pelo som saía da parte mais escura do cômodo.


— Ele está aqui! — Uma voz feminina eccou também, completando a anterior. Ela saía do lado contrário a da anterior.


— Bom... Sabia que o encontraria aqui. Vão! Não quero que ele os veja. — Ele nem terminara o período, antes mesmo, dois estampidos ecoaram. O casal desaparatou.


O auror riu um pouco, exatamente igual ao senhor Borgin. Isso me encheu de raiva. Tanta raiva que me levantei e andei até ele.


Ele rapidamente se virou para mim e começou a lançar rojões. Eu os desviava facilmente,ão era possível que ele estava querendo me atacar de verdade. A cada passo, um ataque. A cada ataque, uma defesa. E a cada defesa um questionamento.


Eu cheguei a exatos dez metros dele e parei. 


Potter?!Ele, por um momento, esticou o braço até o caldeirão e fechou os olhos tentando desaparatar. Passou-se segundos e, percebendo que não consegueria desaparecer, abriu os olhos olhando atentamente para mim. Uma luz jazia em sua íris, ele estava louco de excitação e queria realmente me matar. Agora que não conseguiu fugir bateu de frente — Não o esperava aqui hoje.


Só uma nota. A máscara que ele usava não cobria totalmente seu rosto. Ela deixava sua boca à mostra e, um pouco acima, tinha dois orifícios para seus olhos.


Eu enfeiticei o lugar. — Respondi cuspindo no chão e limpando um pouco de suor. Eu olhei para o chão e vi sangue. Senti um aperto no peito e meu coração se fechou.


Eu caí no chão apoiado em meus joelhos e com a mão no peito.


Foi então que percebi. Aqueles ataques não eram levianos. Eu os revi novamente em minha mente e foi então que, em meio aos ataques, ele lançou uma maldição de Dolohov. O vídeo de um rojão roxo quase que imperceptível indo ao meu encontro segundos depois de um estupore, não saia de minha mente. Ele continuou rolando em câmera lenta até que os dois acertaram em meu escudo.


Para que você não fique perdido, a maldição de Dolohov não pode ser defendida ou desviada; você tem de sair de sua linha de fogo. Ela causa sérios ferimentos internos, isso dependendo da área do corpo que o usuário do feitiço esteja pensando na hora que a usa. A área escolhida por ele era, com certeza, meu coração. Isso era algo que nenhum feitiço simples poderia curar.


Eu engoli a seco qualquer que seja a coisa que estava na minha boca naquele segundo. Senti dando voltas e mais voltas. Minha visão estava se tornando turva, o que foi seguido por uma série de vômitos mesclados com muito sangue. O chão ao meu redor estava irreconhecível.


Minha cabeça doía mais e agora chegara a próxima etapa. Eu senti frio, muito frio. As convulsões estavam para começar. Eu ergui minha mão direita tentando vê-la, mas não consegui porque quando coloquei meus olhos sobre ela, o que era turvo se tornou psicodélico. E segundos depois, um círculo escuro pareceu fechar minha visão.


— Não! Não! — O círculo diminuía cada vez mais enquanto eu me afundava mais e mais em minha própria agonia.


O círculo se fechara completamente e tudo o que via era escuridão. Eu olhava para todos os lados mas meu campo de visão era o mesmo não importando por qual ângulo olhava. Eu apenas senti minha mão direita desfalecendo. Meus músculos do corpo estavam fora de meu controle porém algo ainda funcionava. Meu cérebro ainda estava presente. E por alguma razão meu coração ainda não tinha se fechado completamente. A maldição queria que eu sofresse muito antes de morrer.


Agora estava na hora da falta de ar. Eu sentia meu coração se apertar, eu ficar sem ar e logo depois ele soltar novamente. Isso acontecia pelo menos duas vezes a cada minuto.


Depois disso as convulsões finalmente chegaram. O que antes estava apenas em minha mão direita, agora se espalhara por todo o meu braço; e segundos depois meu lado direito agora estava fora de meu controle. Meus joelhos desfaleceram e junto com a falta de ar me fizeram entrar em completa agonia.


Não há outra palavra para definir o que sentia. Eu comecei a me contorcer no chão eletricamente. Juntamente com a falta de ar, eu senti um último aperto e meu coração se fechou de vez. E eu parti dessa vida com um gemido de piedade.


 


                                               ***


 


Eu estava voando. Voando sobre altos alpes e montanhas esverdeadas. Eram cheias de gramas e pastos se alimentando. Eu era leve como o vento e percebia em tudo pelos lugares que passava. Voei mais um pouco até que uma nuvem veio ao meu encontro e eu pulei sobre ela. Ela me levou por um caminho alegre até alguns trilhos. Pássaros voavam ao meu redor enquanto eu me apoiava sobre a nuvem. Ela circunavegava os trilhos até que uma grande paisagem se abiu. Minutos depois ela fora substituída por um grande terreno. Ele era dividido em uma floresta densa, um campo de quadribol, um profundo lago e um grande castelo. Eu já sabia que terreno era aquele que se abria em meus olhos.


            Eu voei até o grande castelo e uma escada de nuvens se formou, ligando o pátio principal a mim. Eu fui descendo de uma em uma, aproveitando cada momento que a vida após a morte me proporcionava. Eu cheguei nos últimos degraus, ou melhor, no último. Eu desci meus pés e quando tinha um milímetro entre meu pé e o chão do pátio, ouvi um coração bater.


 


                                                           ***


 


Era meu coração. Mas espera um pouco. Ele não se fechou? Então como estava batendo agora? Eu me sentia estranho. Sentia como se puxassem algo de dentro de mim.


 


Passaram-se um minuto e eu consegui abrir meus olhos, mas minha visão ainda estava turva; porém via uma figura encapuzada sobre mim e também uma bola roxa brilhante. Esse era meu máximo.


 


Passou-se mais um minuto e eu poderia me mexer precariamente. Eu pisquei mais algumas vezes e já via nítido novamente. Mas minha cabeça continuava a doer.


            Em minha frente estava o auror com quem lutara a alguns minutos atrás. Ele segurava uma bola roxa brilhante, mas suas mãos nem chegavam a tocar na esfera. Pelo contrário, ele mantinha distância dela. Eu mexi minha cabeça — que por sinal estava muito rígida — para baixo, na direção de meu peito; e via uma parede branca como um cobertor sobre ele inteiro. Do cobertor saíam filetes roxos que caminhavam lentamente até a esfera roxa. Junto com os filetes saindo, iam embora todos os sintomas da maldição. Eu pisquei mais algumas vezes e olhei na direção da face do auror na esperança de que pudesse ver alguma pista que me levasse a sua verdadeira identidade. Ele usava máscara porém do lado direito, bem acima da orelha, um emaranhado de cabelos negros e lisos se mostrou. Frisei aquela imagem em minha imagem e relaxei esperando que ele logo acabasse com aquilo.


— Relaxe Potter. — Ele dizia com piedade — Ainda não está na hora de morrer. Sua vida ainda é necessária.


Eu me sentia como um lixo estando nas mãos de um auror traidor. Mas eu não estava na posição de me sentir orgulhoso. Então deixei terminar de ser curado.


Minha cabeça parou de doer e meu corpo deixou de tremer.


— Parado. Parado! — Ele dizia tentando me aquietar — Fique calmo Potter.


Depois da dor de cabeça ir embora eu conseguia respirar normalmente.


 


Depois de uns cinco minutos eu estava me recuperando rapidamente.  A esfera roxa cada vez mais crescia.


— Pronto. Agora fique vivo até que nos encontremos novamente.


Ele jogou a esfera longe e ela fez um grande buraco no lugar onde parou. Depois do buraco a fumaça apareceu. Ele se afastou de mim e se achegou até o caldeirão. Ele o tocou e desaparatou.


 


Eu esperei se passarem umas dezenas de minutos para me levantar completamente. Eu ainda sentia pontadas de dor vindas do meu peito mas elas estavam realmente menores. Eu fiz o caminho de volta até a loja. Passando por todas as fileiras de caminhos. A cada passo eu sentia uma leve tonteira. E a cada piscada me lembrava de como era o outro lado da vida. Era estranho meu paraíso ser Hogwarts. Era quase que irônico.


 


Subi a escada cambaleando e me segurando pelas paredes. No último degrau já estava ofegante demais para continuar mas eu precisava sair dali. Passei pelo corpo esfumaçado do senhor Borgin e também por sua varinha que estava a metros a sua direita. Eu a peguei e coloquei do seu lado. Segui meu caminho até a porta da loja. Desci uma breve escada e em minutos de longa caminhada, estava novamente no Beco Diagonal.


Eu andei mais um pouco e desfiz o feitiço que pus antes. Esperei mais alguns segundos e andei mais um pouco. Meu corpo estava fraco e minhas pernas desfaleciam a cada passo. Eles cambaleavam tanto que eu resolvi parar. Eu respirei e movi minhas pernas novamente. Elas desfaleceram totalmente, eu coloquei meu peso para frente e desaparatei enquanto caía.


                                  


                                                           ***


 


Acordei na manhã seguinte com uma grande dor de cabeça e um pano molhado sob minha testa. Eu levantei apenas a parte de cima do meu corpo e olhei para os lados. Estava em meu quarto e encima de mim estavam cerca de seis cobertas. Eu nem precisei tirar o pano porque ele já caíra faz tempo.


            Eu tirei os cobertores de mim e tentei sair da cama. De repente, a porta se abre e Gina sai dela.


— O que pensa que está fazendo? — Ela dizia me empurrando para a cama e pondo novamente os cobertores sobre mim.


— O que houve? — Eu perguntei a ajudando a recolocar o pano molhado em minha testa.


— Eu não sei. você chegou aqui ontem assim mesmo. Surrado e fraco demais para dar até mesmo um passo. — Ela tirou o pano e pôs sobre sua mão. Murmurou um feitiço que invoca uma jato de água e o pano retornou a minha testa completamente molhado.


— E...?


— E... Eu usei um feitiço para te trazer até aqui encima. E cuidei de você até hoje de manhã.


— Estranho eu não me lembrar de nada. Lembro apenas de desaparatar até aqui e só. E porque esses cobertores?


— Harry...


— Sim. — Eu olhei para a expressão de Gina e percebi que ela queria me perguntar alguma coisa. Mas estava intimidada demais para perguntar.


— Onde você foi ontem? — Ela perguntou já esperando uma resposta ofensiva.


— Eu vi uma pessoa suspeita e a segui. — Eu me reergui novamente. E dessa vez ela me permitiu ficar sentado.


— Mas que era? Você conseguiu vê-la?


— Não. Mas descobri muitas coisas.


Uma longa pausa deu lugar a um novo diálogo.


— Mas e meu trabalho... Eles não sabem que estou aqui...


— Calma Harry, eu já os avisei. Agora relaxe! — Ela se levantou e encaminhou-se para a porta. A abriu e a fechou um segundo depois. Um barulho de passos preencheu meu quarto e Gina voltara após poucos minutos com um maravilhoso café da manhã. O deixou na cama ao meu alcance e tornou a sair.


Eu continuei deitado da cama e deixando Gina cuidar de mim pelo resto do dia. Não tive nem a chance de levantar para esticar os ossos. Mas até eu mesmo sabia que se eu os esticasse agora provavelmente eles não voltariam para o lugar. No final do dia, quando as dores diminuíram, eu voltei a dormir.


 


Na manhã seguinte voltei ao trabalho. O dia andou rápido desde o começo. Minha família inteira acordou toda atrasada. Devido ao tempo, tive de me arrumar rapidamente. Eu ainda sentia um pouco de dores mas tinha de andar rápido. Naquele dia nem deu tempo de ir comprar o jornal, o que naquele dia foi a maior surpresa para mim.


           


Aparatei e minutos depois o barulho da descarga me preenchia. Ao chegar ao QG ninguém falou sequer uma palavra comigo. Apenas Michael que me pediu para fazer hora extra. Para sua informação, Michael é um velho rabugento, ele odeia jornal e televisão. Mas adora rádio. O que é estranho para o resto de nós mas normal para ele. Um dia desses até tivemos um comentário ofensivo sobre isso.


            Fiz hora extra porque Hermione, a chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia, pediu a Michael para que ficasse até tarde para organizar os processos e leis mágicas. Ele, porventura, me pediu isso. Mas calma, não é tão ruim, não vou organizar tudo. É que um roubo foi feito no mundo trouxa, por um bruxo. Esse bruxo está sendo julgado e são muitas acusações contra ele, muitos processos a serem feitos. Daí a bagunça.


            Eram muitos papéis para somente um caso mas, de certa forma, ali eu me sentia bem. Eles me fizeram aprender um pouco. Enquanto os juntava e ordenava, pensei na Borgin & Burkes. De fato, aquele tufo de cabelo que vira não poderia ser ignorado.


 


Saí do trabalho por volta de vinte e duas horas e tive uma surpresa ao chegar em casa. Rony e Hermione estavam na sala de jantar.


            Rony veio logo me dando um abraço. Ele sussurrara algo como Cozinha rápido. Mione estressada! Eu tentei disfarçar com um riso, mas quando olhei para os olhos de Hermione tive certeza das palavras de Rony. Eu me achaguei para perto disfarçadamente tentando ignorar as palavras de Rony, ou ao menos escondê-las de Gina.


Nós comemos, bebemos e assistimos um pouco de televisão.


 


Ao término disso quis guardar tudo. Hermione se ofereceu para ajudar. Isso foi a pior decisão da noite.


Estávamos os dois na cozinha sozinhos lavando pratos e os secando. Eu secava e Hermione lavava. Claro que sem magia. Não usávamos magia em casa.


            — Eu sei de tudo. — Ela sussurrava enquanto me passava um prato encharcado.


             — Sabe de que? — Eu perguntei incrédulo, mas tentando disfarçar.


            — Da Borgin & Burkes.


            — O que? Como?


            — Harry saiu no Profeta Diário. Estão achando que você é o culpado. E testemunharam contra você no Ministério. O Tribunal dos Bruxos está me pressionando para te enviar uma intimação...


            Nesse momento Gina chegou à sala desconfiada. Até agora só tínhamos lavado e secado um prato. Rony chegou pouco depois e levou Gina de volta a sala fazendo um sinal positivo a Hermione.


            — Enfim... — Ela continuou — Enquanto não me contar o que está acontecendo não vou poder te ajudar.


            — Não tem nada pra contar.


            Gina entrou novamente na cozinha. Pegou a garrafa de água e levou até Rony.


            — Aqui não é seguro. — Ela continuou — Vamos conversar em outro lugar. Enviarei uma coruja com o local e hora.  Até lá fique longe de problemas.


            Pensei nas palavras do auror no momento em que ele me trazia de volta a vida Fique vivo. E agora Hermione dizia Fique longe de problemas. No meu caso as duas coisas eram praticamente sinônimas. Mas não dependia de mim. A força que me trazia problemas estava ativa novamente trazendo com ela um novo mistério.


— Porque estão demorando? — Gina entrara novamente na cozinha e dessa vez sem nosso consentimento. Não sei o quanto ela ouviu mas estava desconfiada.


            — Já estamos indo. — Respondeu Hermione rindo um pouco. Ela balançou a varinha e os pratos se lavaram sozinhos.


 


Mais dias se passaram e eu tentei novamente falar com Ivan. Várias tentativas frustradas mas uma quase deu certo. Mas essa aí me deu a chance de descobrir o que estava ocorrendo.


           


Na divisão de grupos para a ronda; o nosso grupo, o cinco, ficou com o sétimo andar. Eu como líder, dividi o grupo cinco em dois subgrupos. Um com dois integrantes e outro com três. Não usei minha lógica, fui pela minha necessidade e coloquei Ivan comigo no grupo de dois. Os demais integrantes ficaram no outro grupo.


            Nós andamos. Eu na frente e ele atrás. Ele vagaroso como sempre, nunca andava na frente. Mas nesse dia ele estava diferente.


            Num certo momento da ronda ele passou minha frente, e nesse momento, vi seu cabelo. Na verdade nunca tinha reparado nele. Pensava que era castanho amarelado ou até mesmo loiro. Mas não, ele era negro. Não na tonalidade exata do dia do duelo. Era mais escuro. Mas com uma única luz roxa refletindo diretamente sobre ele, acho que qualquer cabelo ficaria mais claro.


            Primeiro o sapato e agora isso, todas as provas pareciam apontar para ele. O que era bastante conveniente. Eu precisando de um culpado e o culpado aparecer em minha frente assim desse jeito.


Não tentei falar com ele de novo. Tinha certeza de tudo. Ele era quem estava na Borgin e Burkes e provavelmente a pessoa do meu segundo sonho. 

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