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Provas não são incontestáveis

Uma figura encapuzada passava pelas sombras obscuras dos becos dos prédios. Ela foi andando vagarosamente e eu fiquei olhando sem me mexer.
Sei o que deve estar pensando, com tudo que está acontecendo eu deveria chamar outra pessoa. Uma voz sussurrando no seu ouvido e depois alguém encapuzado andando sorrateiramente não são bons sinais. Mas eu já estava tão instigado que queria descobrir quem era. Não sabia se a pessoa por trás do capuz tinha algo a ver com os meus sonhos, ou o osso, ou a poção. Mas eu era um auror e isso é dever básico de um.
A figura tinha alta estatura então presumi que era um homem, mas ainda matinha uma mão atrás das costas.

Nós fomos andando e andando, ele na frente e eu o seguindo. Ele sorrateiro e eu paciente com a varinha na mão e pronto para entrar em algum beco e me esconder a qualquer hora. Pensei que minha capa de invisibilidade seria muito útil agora, já não a uso a muito tempo; mas agora, com ela, eu poderia solucionar isso da maneira mais rápida.
Andamos mais um pouco, nesse mesmo ritmo, até que ele chegou a porta de um bar. Eu estava a dez pés atrás — isso era cerca de vinte metros — mas conseguia ver a cena dele defronte a uma porta de madeira. Nesse momento a lua já mostrava seu resplendor e eu ouvia um badalar de relógio dizendo que havia dado seis da tarde.
Ele balançou a varinha e a porta se abriu com um rangido. Esperei ele entrar e chegar a uma distância segura para eu chegar mais perto e entrar também. Mas eu não cheguei a entrar, apenas fiquei olhando por de trás da porta.
Não é que não confie em meus sentidos, mas na hora da ação, você deve ter certeza de tudo senão vai acabar igual a mim.
Ele foi até uma outra porta e, surpreendentemente, olhou para trás. Eu me tirei rapidamente de seu campo de visão. Contei até dez, respirei fundo e voltei. Ele não estava mais lá e a porta se encontrava fechada. Agora estava com medo de morrer alí mesmo; tive pensamentos de que ele apareceria do meu lado e me lançaria uma maldição. Mas deixei isso de lado. Respirei fundo novamente e tentei ouvir as batidas do meu coração. Coloquei a mão sobre meu peito, na direção de meu coração, fazendo de alguma forma as batidas aceleradas se aquietarem rapidamente.

No momento que entrei, flashs de memória de quando era criança invadiram minha mente. Uma coisa me ocorreu. Aquele era o bar que Hagrid me levara quando tinha onze anos. Sabia qual era o destino daquela porta e se estivesse certo, e tenho quase certeza que estou, teria que me apressar.
Logo depois de tantos pensamentos me ocorrerem fui direito para uma porta de madeira de cedro antiga e gasta. Por sorte ele não estava lá mas a parede havia sido aberta recentemente; sei disso porque os tijolos estavam quase terminando de se reagrupar. Tentei me lembrar quais eram os tijolos certos e os toquei. Uma parede em forma de arco se formou a partir deles.
Eu atravessei o arco e dei alguns passos pelo corredor principal do Beco Diagonal.
Uma ideia me pareceu certa então me virei e exclamei:
— Colloportus! — Os tijolos fizeram um certo som, que de certo ponto de vista pode ser visto como um rangido. Eles foram se reagrupando e quando terminaram um relampejo branco-estátua se formou em cada linha de tijolo. Começou na fileira de cima e foi descendo gradativamente. Era como se a porta se fechasse para sempre.
Me virei de novo e vi uma sombra no final do beco. Usei meu raciocínio lógico e conclui que era impossível haver sombra sem luz, mas já era noite e as lojas estavam fechadas. Então o que projetava aquela sombra? Meu raciocíno não me decepcionou, pensei numa explicação rapidamente. Alguma loja estava aberta. A direção para que a sombra seguia era a da parte obscura do beco. A parte em que se vendia apenas coisas das trevas.
Fui andando. A cada passo esperando o pior, mas tinha de me apressar. Faltava apenas dois metros para eu chegar a esquina por onde via a sombra. Virei para trás e movi meu braço colocando minha varinha pra cima.
— Repéllo Aparátiôw! — Eu murmurei no volume mais baixo que pude.
E fui andando sem perder a pessoa de vista. Ou melhor sem perder a sombra da pessoa de vista. Ele se virou novamente e eu tive de pular na loja Olivaras. Contei até dez, respirei fundo e tentei aquietar meu coração novamente. Segui um pouco para frente, na direção de uma das janelas que formavam a fachada da loja. E de dentro do Olivaras, olhando através de uma tábua em sua janela, eu olhei para ver se tudo estava seguro para continuar.
Contei até três e pus minha cabeça para fora da loja, depois o tronco e segundos depois estava entrando pelo único caminho até a parte obscura do beco. E pelo andar da carruagem o destino dele só pode ser a Borgin & Burkes.
Eu andei mais um pouco vendo várias lojas tenebrosas e bizarras, a maioria delas eu estava afim de entrar tão brevemente como poderia dizer Quadribol. Eu me arrastava sobre paredes sujas e preenchidas com cartazes de procurados e teias de aranhas, tendo como único guia, uma parte da capa do homem que ao arrastar no chão, deixava um liso rastro de uma precária limpeza.
Andei mais um pouco. E já ofegante cheguei a uma bifurcação, diminui mais um pouco o ritmo para não ser detectado. Olhei para o chão a procura do rastro mas ele parecia se projetar nos dois caminhos.
— Homenum Revelio. — Sussurrei para a primeira bifurcação, e logo depois para a segunda. Esperei um pouco e um sopro veio do lado esquerdo e foi nesse que continuei a seguir.
Mais paredes retangulares e lojas estranhas; e, de repente, o chão pareceu se abaixar, como num vale. A cada dois ou três passos eu descia um degrau, e minutos depois tudo parou, inclusive eu. Estava ofegante demais para continuar. Não me lembro de como o caminho até a Borgin & Burkes era tão longo. Mas nada disso importava porque já havia chegado em meu destino.

Me escondi atrás de uma abertura nas paredes e esperei. De onde estava só conseguia ver uma parte da fachada da loja. Mas já era o suficiente, dali já saberia quando ele irá chegar.
Uns vinte metros estava entre eu e uma loja com apenas a fachada iluminada. A iluminação era precária mas de vez em quando eu podia ver a capa do homem entrar em foco com a luz da loja. Mais alguns passos e ele estaria ali.

A luz da loja escureceu rapidamente e eu soube que ele havia chegado. As persianas foram fechadas rapidamente e o reflexo de duas lamparinas aparecia por entre elas. Essa era minha chance. Eu andei mais cuidadoso ainda e cheguei o mais perto possível. Estava abaixo das persianas feitas de teias de aranha e tecido no estilo e cor chamados pergaminho desbotado. Me atentei a ouvir todo o diálogo de modo que não perdesse nenhuma letra.
— Oh... — O homem foi recebido com prazer pelo senhor Borgin que lhe deu um caloroso aperto de mãos — O que faz aqui? — Ele perguntava com sua voz de sempre. Irônica e arrogante.
— Eu estou aqui para... — O encapuzado deu uma breve pausa e tossiu.
Eu sei o que você deve estar pensando. De que eu deveria reconhecer a voz. De que ela poderia ser de alguém conhecido. Mas eu sempre fui péssimo em distinguir vozes. A não ser que fosse muito marcante.
— Pegar aquilo de Você-Sabe-Quem. — Ele continuou.
Quando o encapuzado disse Você-Sabe-Quem soube na hora de quem ele estava se referindo. A palavra mais maldita da minha geração. O nome mais temido. O bruxo mais malvado. Voldemort. De algum modo toda essa crise no ministério, todos os meus sonhos sempre levam a ele. Meu vilão preferido.
— Hã... Então ele enviou você?
— Sim. — Ele disse arrogantemente — Algum problema, seu velho gordo?
— Nenhum... — Ele dizia com dificuldade como se estivesse sendo forçado a dizer algo que seria uma extrema tortura para ele — Senhor!
— Bom que terminou a frase. O Lorde não gostaria de saber que não mostrou o devido respeito a seu sucessor. — Respondeu o encapuzado.
— Bom... É que... Senhor, eu nunca esperaria que o mestre usaria um… Auror.
Eu arregalei meus olhos enquanto Borgin dizia isso. Como assim, auror? Não poderia ser. Um auror infiltrado no ministério que serve a Voldemort secretamente. Isso era um escândalo. Eu tomei coragem para entrar e pela primeira vez em anos me senti de volta aos meus tempos de escola. Em que no último segundo tomava uma extrema atitude.

Enquanto pensava a janela se abriu me deixando a mostra para qualquer um que quisesse me ver.
Eu balancei minha varinha um segundo antes do senhor Borgin olhar em minha direção. Ele olhou para frente, depois para os lados e em seguida para baixo. Ao olhar em minha direção ele viu apenas o que eu estava apoiado. Um chão sujo e o vértice da loja com o chão. Eu posso jurar que ele me viu porque olhou diretamente em meus olhos. Eu coloquei minha mão na boca pois começara a respirar rapidamente.
Passou-se um tempo e o senhor Borgin voltou para a loja, fechou a janela e logo depois a persiana; e em seguida continuou seu diálogo.
— Está aqui... Senhor. — Pela sua voz deduzi que ele pareceu mostrar algum caminho ao auror, foi nesse momento que resolve olhar.
Mesmo com a janela fechada eu olhei. Precisava apenas ver a sombra dos dois projetada pela persiana. Apenas precisava que os dois saíssem da loja para que eu entrasse e armasse alguma armadilha. E, por sorte, as sombras dos dois homens, um mais baixo e outro mais baixo, se projetavam claramente.
Eu me abaixei novamente. Ouvi passos pesados e resolvi olhar novamente. A sombra do alguém mais alto se moveu e pareceu aumentar de tamanho, logo depois a do menor aumentou igual a outra. Segundos depois, seguindo a mesma ordem, elas diminuíram e pareceram se afastar. Isso tudo ocorria enquanto os passos ficavam cada vez mais distantes. Esse era meu momento.
Eu esperei ficar tudo silencioso para entrar.

Depois de uns dois minutos, eu entrei já prestando atenção. Para quem não conhece, a Borgin & Burkes é a loja mais tenebrosa, macabra e estranha do Beco Diagonal. Seu piso era de madeira oca e velha e seu teto costumava ser branco — isso era segundo o tempo da juventude de Dumbledore — agora elas reluziam uma animada cor beje mesclada com o preto de algumas infiltrações. Nas paredes laterais tinham prateleiras recheadas de livros e artefatos tenebrosos como uma mão de gárgula ou até mesmo uma miniatura de um vampiro sanguinário que parecia se mover enquanto eu andava; meio que seguindo meus movimentos. Minha rápida contagem dos livros terminou nos vinte e todos tinham os títulos desse tipo mesmo Descubra como matar um dragão ou Poções Malignas: Como matar tortuosamente por meio de poções.
Mais a frente havia um balcão feito de lascas de madeira podre coladas e ferro pontiagudo nas pontas. E um pouco mais pra direita tinha um espaço que estava coberto por cortinas pretas algumas rasgadas e outras remendadas. O chão rangia enquanto eu pisava então me movimentei o mais perto possível das prateleiras, esquecendo do temor por aqueles artefatos.
Dei passos hesitantes na direção das cortinas pretas procurando alguém. Era o único caminho que poderia ser considerado em uma fuga.
Cheguei a dois metros da escada e puxei o pano negro. Atrás dele havia uma escada e, acredite, um homem gordo e feio que me olhava exatamente como um predador olha para sua presa.
Eu dei um pulo para trás mas não foi o suficiente, quando me dei conta, o senhor Borgin estava encima de mim. O chão rangeu ao nosso impacto e poeira caiu do teto. Eu tossi por um segundo e olhei em volta.
Minha varinha caíra a exatos um metro de mim. Senti uma contração. O senhor Borgin estava deitado transversalmente sobre meu corpo fazendo uma grande força contra meu peito. Mais uma contração, dessa vez mais forte.
Eu respirei fundo e olhei para minha varinha.
— Ac-ci-o... — Eu disse com dificuldade me esforçando ao máximo, mas nada ocorreu. Eu tirei minha mão de baixo de mim e a coloquei na direção de minha varinha. Então tentei novamente — Acc-io!
Minha varinha veio em minha direção rapidamente e quando vi, já tinha estuporado o senhor Borgin, que bateu contra o teto. Eu rolei para o lado e ele caiu exatamente onde, a um segundo atrás, estava sobre mim. Eu toquei meu peito para sentir as avarias e minhas costelas estavam fracas. Eu as pressionei um pouco e senti se moverem, muito mais que o normal, e uma intensa dor irrompeu do meu peito. Eu tossi muito e me levantei com dificuldade.
O senhor Borgin rolou para o lado e passou sua mão sobre a testa. Ela estava sangrando devido ao impacto contra o chão. O sangramento era pouco, mas parecia o preocupar.
Eu tentei andar até as cortinas mas o máximo que fiz foi me levantar. Meu oponente, a essa altura, já estava de pé e se encontrava em frente a escada. Ele limpou um restinho de sangue em sua testa e passou a mão por seu lábio superior limpando um pouco de suor.
— Eu sabia que tinha visto alguma barreira.
— Eu pensei que você tinha envelhecido, virado um velho caquético que não sabia nem ao mesmo lançar um feitiço. — Respondi com rispidez acertando minha posição.
— Muitas coisas mudaram desde nosso último encontro senhor Potter.
É... De fato o senhor Borgin estava um pouco acima do peso. Afinal um homem de cento e quarenta anos não estava em sua melhor idade. Eu, em meados de trinta e seis, já estava precário em algumas coisas, imagina ele então.
Ele cuspiu no chão de sua loja e uma goteira começou a se formar bem onde ele caíra antes. Em um momento começara a ficar preto, depois de alguns segundos, estava a soltar gostas e enquanto as gotas caíam o duelo recomeçou.

O senhor Borgin balançou a varinha e alguns livros que estavam atrás de mim explodiram. Eu me abaixei com um básico reflexo e tentei o estuporar, mas não foi um sucesso e o balcão de madeira podre ficou com a marca de uma bola esfumaçante. Por um momento a bola se fez presente. Ele até que tentou, mas se esfarelou alguns segundos depois.

Meu oponente empunhava sua varinha com rigidez. Sua face transmitia ódio e melancolia. Nós estávamos frente a frente. Atrás de mim tinha uma das prateleiras de livros e atrás dele a escada.
Ele, de repente, grunhiu de raiva pelo seu balcão. E ficara possesso de raiva pois ganhara aquilo de um amigo.
Passou-se mais alguns minutos de feitiços repetidos. Mas fui surpreendido por bombas roxas, que no ar soltaram pequenas cobras peçonhentas. Eu me abaixei e o desarmei, mas isso não o fez parar de duelar.
Ele me surpreendeu novamente trazendo sua varinha até si usando um feitiço convocatório. A balançou e fez com que todos os artefatos mágicos da loja investissem, um a um, contra mim. Eu fiz rapidamente uma barreira protetora mas não foi suficiente porque alguns artefatos se abriam no ar em grandes tentáculos, que ao se fecharem contra o escudo, chegavam a centímetros de mim.
Um desses artefatos se fez envolto ao campo invisível e o fez regredir. Eu comecei a me mover fazendo com que eles me seguissem. Enquanto abaixava e levantava via o senhor Borgin, que ria loucamente, enquanto eu não achava saída das armadilhas.

Por um momento pareceu que os ataques cessaram. As prateleiras estavam despedaçadas ou marcadas por monstros dos mais variados tipos; ou estavam das duas maneiras. Eu parei ofegante sob um tapete mal cuidado no centro da sala. Segurei sob meus joelhos e olhei para baixo. O senhor Borgin ainda ria e isso só poderia significar uma coisa. Alguma outra surpresa estava preparada para mim.
Mas meu raciocínio foi demasiado tardio. Dois emaranhados de corda irromperam do chão de madeira e se prenderam em minhas pernas. Elas se enrolavam rapidamente e dois segundos depois, eu estava no chão enrolado até a coxa. Minha varinha estava ao meu lado direito e eu estava apenas com o braço esquerdo em funcionamento, o outro já estava sendo subjugado pelas cordas. Eu tentava me mover, porém cada vez que pensava nisso, a corda se apertara ainda mais. Num impulso de pegar minha varinha rolei para o lado. As cordas, que agora cercavam minhas fracas costelas, me causavam uma grande dor. Eu a aguentei, estiquei o braço e peguei a varinha.
— Relaxo. — Disse apontando para meu corpo. As cordas regrediram e foram para o lugar de onde vieram. Eu fechei os olhos. A dor era tremenda. Eu ouvi alguns passos e abri os olhos. Vi o senhor Borgin chegar cada vez mais perto.
— Agora você... — Ele riu novamente. Eu continuei com os olhos fechados devido a dor. Os passos se tornaram mais altos e percebi que ele estava a centímetros de mim.
Abri os olhos e vi sua sombra. Eu estava deitado de bruços sobre o chão e sua sombra se projetava grandemente em minha frente. As contrações voltaram e ele continuava a rir. Nesse momento ele chutou minha varinha para a direita e eu não pude fazer nada.
— Vai aprender a não se meter nos lugares errados. Moleque! — O senhor Borgin terminou sua frase. Eu abri os olhos novamente e, pela sua sombra, vi que ele erguia o braço. A sombra que correspondia ao seu braço ia diminuindo até que parou. Mais uma risada irrompeu o local e então ela voltou a aumentar.
Sentia-me como se a morte estivesse ali do meu lado, deitada me esperando. Ali, naquela hora, me lembrei de várias coisas. Várias pessoas. E foi por elas que decidi não desistir. Decidi tentar novamente.
A sombra descia cada vez mais. Eu rolei para a direita no momento que senti um vento em minha nuca. Agora poderia ver o que o senhor Borgin pretendia. Ele queria dar uma forte coronhada em minha nuca mas agora ele socava o nada. Eu peguei minha varinha e rolei ao encontro de meu oponente. O estuporei antes que pudesse se tomar conta de que estava ao seu lado.
Ele caiu no chão com um estrondo e tentou se reerguer mas já havia vacilado.
Eu me levantei rapidamente mas parei no meio do caminho devido a dor em meu peito.
— Grrrr — Eu grunhi de dor — Costis Sanare. — Disse apontando para meu peito. Uma luz esverdeada saiu da ponta de minha varinha e envolveu meu peito. Eu gritei de dor pois senti que minhas costelas estavam sendo reagrupadas e realinhadas. Aos poucos a dor foi se transformando em um refrescante jato de água mesclado com analgésico.

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