A notícia do Ministro
Quem iria dizer que um bebezinho iria sobreviver a um feitiço de morte lançado pelo grande Lorde das Trevas? E quem iria dizer que este mesmo bebê, dezesseis anos depois, iria matar este Lorde e salvar a todos? Mas isso não era nada para Harry Tiago Potter.
Harry havia trabalhado muito nos últimos meses, para dar conta de um novo bruxo que estava trazendo desgraças por onde passava. Harry e Rony, eram os melhores aurores do Ministério da Magia, razão pela qual o Ministro, Kingsley Shacklebolt, dava a eles a maioria dos trabalhos. Os dois, porém, haviam conseguido uma semana de folga para o Ministro pôr em dia suas ideias, que Harry não sabia, porém mais tarde fariam uma enorme diferença.
Harry estava sentado no jardim de sua casa, o mesmo jardim d’A Toca, num belo dia de verão, o dia do aniversário de dois anos do seu filho do meio, Alvo Severo.
–Finalmente conseguiu férias, Harry. –disse Gina que impedia o filho mais velho, Tiago, de bater no irmão, Alvo. –Ah, Tiago! Deixa o seu irmão! Harry ajuda aqui!
Harry tirou Tiago de cima do irmão.
–Ele é um pestinha... Só tem quatro anos e...
–Ele não é um pestinha, Harry, só faz estripulia com o Alvo. E ah, você tinha que ter visto ontem, a Lilí botou fogo no ursinho de pelúcia.
–Antes o ursinho que o Alvo, como o Tiago quase fez...
–E você ainda pensa em comprar uma varinha para ele?
–Eu quero uma varinha! –disse o pequeno Tiago no colo do pai.
–Está vendo Gina, ele quer uma varinha, eu só... TIAGO NÃO FAZ ISSO!
Harry olhou a tempo de tirar a varinha das mãos do filho que apontava para o irmão.
–Ainda quer dar a varinha a ele? –perguntou Gina.
–É, talvez ele precise crescer mais um pouco... Ah, isso não pode ser bom... –disse Harry quando uma coruja preta veio voando e pousou a sua frente.
–Coruja! –disse Alvo apontando para a ave.
–Isso mesmo! –disse Gina. –Aquela ali é a coruja! Viu, Harry! Ele já aprendeu a falar coruja!
–Eu sei falar coruja! –protestou Tiago.
–Eu sei que sabe... –disse Gina. –O que diz na carta, Harry?
–Kingsley quer que... Eu vá para lá...
–Harry, hoje eu tenho jogo! E é o aniversário do Alvo!
–Eu sei, Gina... Mas é o...
–Ah, de novo esse moleque! Achei que ele já estivesse em Azkaban!
–Acho que é para isso mesmo que querem o Rony e eu...
–Pelo menos a minha mãe vai poder ficar com eles... –disse Gina, que parecia nem estar ouvindo Harry, apontando para a mãe, que saia correndo de dentro da casa e ia em direção a eles.
–O Harry vai ter de sair? –perguntou ela quando finalmente chegou.
–É sobre o...
–Não, não se preocupe, eu fico com eles! Gina pode ir para o seu jogo, tranquila!
–Mamãe o jogo é só às três horas da tarde.
–Sim, mas eh... Pode ir, Harry, vá para o trabalho enquanto eu e Gina ficamos com as crianças... Oh, o pequeno Tiago Sirius está tão crescido...
–E travesso também.
–Ah, Gina até parece... –disse a Sra. Weasley pegando no colo o garoto. -Como este fofinho aqui pode ser travesso, hein? Vai, Harry, pode ir... E cadê o aniversariante?
Harry se despediu da mulher e dos filhos e seguiu em direção a sua casa, que ficava no lado oposto d’ A Toca. Trocou de roupa e foi até a lareira, pegou um punhado de Pó de Flú e disse:
–Casa dos Weasley! –sentiu que as chamas verde-esmeralda que acabaram de aparecer o sugaram. Ele passou por várias casas e lugares até chegar onde queria.
–Harry! –exclamou Rony que segurava um bebê de cabelos vermelho-fogo no colo. –Harry, chegou a uma ótima hora!
–Ah, Rony, o Hugo está cada vez mais parecido com você.
–É... Mas preciso de um favor. Hermione já foi para o Ministério e... Rosinha, papai já vai! E você precisa ir até o supermercado comprar leite, o dinheiro está em cima da mesa.
Harry assentiu com a cabeça, pegou o dinheiro e saiu da casa. Os Weasley moravam em uma cidade de trouxas, perto da casa dos pais de Hermione. Harry virou a esquina pensando no rapaz que, com certeza, lhe daria muito trabalho hoje.
–Harry!
Ele se virou, mas não viu ninguém, então continuou andando.
–Harry, é você?
Ele se virou novamente. Viu um homem muito gordo olhando para ele. Não era muito estranho.
–Harry, sou eu! –disse o homem estendendo a mão para Harry apertar. –Sou eu, Duda!
–Duda? –repetiu Harry. Não podia ser... –Duda, é você?
–É, - confirmou o homem. –bom, agora é Dudley... Quanto tempo! Você está morando por aqui?
–Não, não... Vim ver um amigo.
–Eu também! –respondeu Duda animado. –E você está casado, não está? Uma coruja deixou cair um jornal na minha casa, você estava na primeira página com uma moça. As fotos de vocês se mexem, não é?
Harry ficou pasmo. O Duda que ele conheceu, jamais falaria em corujas e em fotos que se mexem com essa naturalidade e animação. Harry apenas balançou a cabeça. Rony já lhe falara que havia visto alguém bem parecido com Duda, logo que se mudaram, por ali.
–Eu estou morando em Surrey ainda... Se quiser dar uma passada por lá, sabe onde é... Até mais, Harry!
E Duda saiu caminhando. Harry ainda não estava acreditando que acabara de encontrar o seu primo Duda, daquele jeito. Da última vez que o vira, ele já estava bem diferente... Harry comprou o leite e voltou para a casa dos Weasley, onde encontrou um Rony atucanado com duas crianças nos braços.
–Ah, Harry, obrigado! –disse ele pegando a sacola do amigo.
–Rony, você nem sabe quem eu encontrei,
–Quem? –perguntou ele colocando o leite na mamadeira.
–Duda.
–Que Duda?
–Duda, meu primo.
–Ah, eu sabia que era ele... Falou com você?
–É, me convidou para ir lá na Rua dos Alfeneiros e...
–O quê? –exclamou Rony derramando leite na roupa. –Tem certeza que era ele?
–Tenho... E como vai fazer com as crianças?
–Vou ter que levar... Os pais da Mione estão viajando... Eu passo no setor dela e as deixo lá... Você só tem que... Levar a Rosa...
Harry foi até o carrinho e pegou a menina que estava lá dentro. Era uma menina de cabelos cacheados e louros, e olhos azuis. Se não fosse pelos olhos, ela era idêntica a Hermione.
–Harry! –exclamou a menina.
–Ela já está falando bem, não? –comentou Harry.
–É, Hermione estava furiosa por que ela fala o nome de todo mundo, menos o dela. O que realmente não precisava, ela só tem que a chamar de mãe.
A menina se parecia bastante com Hermione. Ele foi até a lareira depois de Rony, e com a menina no colo, ele disse:
–Ministério da Magia!
A chama logo os absorveu. Quando chegou, a primeira coisa que viu foi um Neville muito nervoso.
–Oi Neville, como vai?
Mas Neville não respondeu. Apenas fez que sim com a cabeça e encarou Harry.
–Como vai o... Alvo?
–Está bem.
Neville lhe deu um tapinha no ombro e continuou andando. Depois de repente voltou:
–Viram o Kingsley? –ele perguntou.
–Já experimentou o escritório dele? –perguntou Rony.
–Ah... É...
Disse Neville, mas continuou andando em outra direção.
–O que deu nele? –perguntou Harry.
–Aposto cinco galeões como a McGonagall se aposentou e ele é o novo diretor. –disse Rony.
–Apostado. –disse Harry enquanto iam para o elevador que os levou direto ao segundo andar.
–Nível dois, Departamento da Execução das Leis da Magia, que inclui a Seção de Controle do Uso Indevido da Magia, o Quartel-General dos Aurores e Serviços Administrativos da Suprema Corte dos Bruxos. –disse uma voz feminina suave.
–Papai Auror, Harry Auror. –disse Rosa.
–Isso mesmo, Rosinha! –disse Rony. –Mas chame-o de padrinho.
–Padrinho. Harry. –disse a menina apontando para Harry.
A grade do elevador abriu e eles saíram.
–Não aguento mais ter que trabalhar enquanto estou de folga. –disse Rony irritado. –Se eu encontrar o Kingsley, vou dizer umas boas verdades a ele, onde já se viu? Eu trabalhando quando podia estar em casa com a Rosinha e o Hugo? Ou festejando com vocês, é o aniversário do Alvo! Ah, mas com certeza eu vou falar isso para o... Kingsley! –disse Rony quando a figura do homem alto e negro de vestes azuis apareceu em sua frente, Harry deu uma risada.
–Ah, aí estão vocês... E com as crianças? São as suas Rony?
–É. –confirmou Rony, meio sem graça. –Vou entrega-los para a Mione, é que não tinha com quem eles ficarem, então...
–Ah, sim... Diga a Srta. Granger que está liberada, é bom que vocês fiquem com os Potter neste momento...
–Harry Potter. –disse Rosa apontando para Harry. –Padrinho!
O Ministro a olhou e sorriu.
–Então nós também estamos liberados? –perguntou Harry.
–É sim, o Sr. Elêck já deu conta... Hum, é... Tenho que falar com você, Harry... Vou passar lá n’ A Toca. Agora só preciso terminar a minha conversa com o Sr. Longbottom... Aonde foi que ele se meteu?
–Neville! –exclamou Rosa. –Neville Longbottom!
–Tem uma filha muito inteligente, Ronald, ela fala muito bem. –disse Kingsley.
–É, puxou a Hermione... Hum, vai indo Harry... –disse Rony pegando a filha do colo de Harry. –Eu vou dar um alô para a Mione.
Harry voltou para o Átrio e viajou de volta para A Toca.
–Harry! –disse uma voz, Harry se virou e viu um garotinho de dez anos, de cabelos vermelhos que reconheceu ser Teddy Lupin. – A Sra. Weasley disse que você estava no trabalho!
–Teddy! –disse Harry abraçando o garoto. –Como você cresceu?
–Eu nem cresci tanto... –disse o menino.
–Ah, cresceu sim, e engordou também eu já nem consigo mas te pegar no colo!
–Consegue, sim! –disse o garoto pulando em cima de Harry.
–E então, quais são as novidades?
–Vovó disse que você vai me levar para comprar meus materiais no Beco Diagonal, é verdade?
–É... E nossa! Como você está parecido com o seu pai!
–A Sra. Weasley disse que estou parecido com a minha mãe. –respondeu o menino.
–Isso é por que você é um metamorfomago.
–Meta o quê? –perguntou o menino.
–Metamorfomago, como sua mãe. É por isso que seus cabelos vivem mudando de cor, e um dia você lembra o seu pai, outro sua mãe.
–É assim que se chama? –perguntou o menino confuso. –Vovó disse que eu sou apenas diferente. Mas disse que eu herdei bastante coisa da minha mãe.
–É, sim...
–Mas eu queria ter herdado coisas do meu pai!
–Por quê? –perguntou Harry andando com o garoto pela casa, à procura dos outros Weasley.
–Porque ele era um lobisomem! –disse o garoto como se aquilo fosse óbvio. –Isso deve ser bem legal, não é? Você já viu o meu pai virando lobisomem?
–Já. –confirmou Harry rindo. –E cadê todo mundo?
–Ele era bravo? –perguntou o menino ignorando a pergunta do padrinho.
–Mais ou menos. –respondeu Harry. –E você está sozinho aqui?
–Ele já ganhou alguma luta? –perguntou o menino fascinado.
–Depois a gente conversa mais sobre o seu pai, certo Teddy? Agora quando foi que você chegou?
–Agora pouco. Eu vou dormir na sua casa!
–Vai, e onde estão os outros?
–Estão lá em cima, com o Sr. Weasley. Vovó disse que ele está doente... E você acha que um dia eu posso virar um lobisomem?
–Com sorte, não.
–Com sorte, não? –repetiu o garoto. –Harry, como assim com sorte, não?
–Não é tão bom assim ser um lobisomem...
–E você já foi um lobisomem? –perguntou o menino.
–Não. –Harry respondeu subindo as escadas.
–Então como você sabe?
–Como sei o quê?
–Que não é bom ser um lobisomem!
–Ah, é por que... Mas você quer tanto assim ser um lobisomem?
–É lógico que quero! Deve ter algum feitiço que me transforme, não é?
–Bem, você pode ser um Animago.
–Mas eu não quero ser um Animago! –disse o menino irritado. –Quero ser um lobisomem!
–É, você pode se tornar um lobisomem desse jeito...
–Sério? Me ensina?
–Hum... Mas por que quer tanto assim ser um lobisomem?
Harry sorriu ao lembrar-se de Lupin. Ele lembrava nitidamente dele dizendo que nenhuma criança iria querer ter um lobisomem como pai.
–Harry! –disse o menino. –Por que eu quero ser diferente! Quero ser como o meu pai era!
–Mas você é como o seu pai, e é diferente, é um bruxo!
–Existem milhares de bruxos!
–Então está bem... Você é diferente por que... Porque é um metamorfomago!
O garoto olhou para Harry por um momento, e fazendo uma expressão de rendimento, disse:
–Tudo bem, me convenceu!
Harry subiu as escadas com o afilhado nas costas. Chegando ao andar onde se encontrava o Sr. Weasley, viu que o quarto estava bem cheio.
–Harry! –exclamou uma voz, era a voz de Luna. –Que bom ver você aqui. Achei que estava trabalhando.
–Ganhei folga, Luna... Como vai, Sr. Weasley?
–Estou bem, Harry... E este garotão aí? De cabelos vermelhos, hoje? Está parecendo um Weasley!
–Sabia que eu sou um metamorfo... Como é que é, Harry? –perguntou o menino.
–Metamorfomago, Teddy...
–O que houve, Harry? –perguntou Gina que segurava no colo um Alvo que não parava de chorar. –Por que o Kingsley te liberou?
–Disse que já deram conta...
–Isso foi uma sacanagem! –ouviram uma voz atrás deles, e logo depois, Rony apareceu atrás deles junto com Hermione, Rosa e Hugo.
–Não fala assim, Ronald! –disse Hermione. –O Kingsley confia mais em vocês do que nos outros, só isso...
–Kingsley! –disse a vozinha de Rosa.
–Ah, até o nome dele você fala! –disse Hermione que aparecera na porta. –Tenta falar Hermione, filha, Hermione!
–Mamãe! –disse Rosa, e Hermione apenas sorriu.
–Ah, a Rosinha! –disse a Sra. Weasley correndo em direção à menina que Hermione segurava. –Está tão parecida com você, Hermione...
–E você nem imagina, mamãe... –disse Rony. –Hermione está ensinando a garota a ler, ela só tem dois anos!
–E isso é muito bom!
–Pode ser, -disse Rony que segurava o bebê ruivo. - mas não vou deixar você entupir o Hugo de livros!
–Hugo! –exclamou Rosa. –Maninho!
–Eu não entupo a Rosinha de livros! –disse Hermione. –Apenas acho que devemos incentivá-la a leitura desde cedo!
–Ah, e o Huguinho... –disse a Sra. Weasley arrancando o bebê dos braços do filho. –Rony, ele se parece tanto com você...
–Ah, mamãe não ofenda o meu afilhado! –disse Gina pegando no colo o bebê ruivo. –Vem cá, Huguinho, não é verdade, você não se parece nada com o feio do seu pai...
–Gina! –exclamou a Sra. Weasley.
–Ah, engraçada você! –disse Rony pegando de volta o garotinho. –Nem sei por que escolhi você para ser a madrinha dele... Só por consideração ao Harry...
–E também por que já sou madrinha da Rosa, e Hermione não deixaria você escolher aFleuma...
–Gina! –exclamou a Sra. Weasley novamente.
–Gina, madrinha! –disse Rosa, Gina lhe deu um sorriso.
–Eh, eu não ia escolher a Fleur, Mione, eu juro... –disse Rony.
Mas foram interrompidos por um estampido, e Neville e Kingsley apareceram no meio do quarto.
–Neville! Kingsley! –disse Rosa apontando para eles.
–O Ministro! –exclamaram Teddy e Tiago fascinados.
–Ah, veja que bonitinho! –exclamou a Sra. Weasley. –A Rosinha já sabe falar Neville e Kingsley! E o Tiago já sabe falar Ministro!
–Mamãe, - disse Gina. – a Rosa tudo bem, mas o Tiago... Ele já tem quatro anos.
Harry notou que Neville ainda parecia nervoso, e estava mais branco do que nunca.
–Sentem-se todos, tenho muitas notícias! –disse Kingsley. Todos se sentaram. –Vamos começar pelas boas! Hum... Ontem à noite, a professora McGonagall pediu sua aposentadoria, deixando o Longbottom aqui, como o novo diretor.
Uma chuva de palmas e “parabéns” ecoou pelo quarto.
–Me deve cinco galeões, Harry. –Rony sussurrou para Harry.
–Neville será diretor no ano que eu vou entrar para Hogwarts! –disse Teddy animado.
–Eu quero ir para Hogwarts! –choramingou Tiago.
–Hogwarts... –disse Rosinha pensativa.
–Você vai, querido... –disse Gina. –Quando for maior...
–Mas eu quero agora, com o Teddy! –disse o garotinho. –Quero ir para Hogwarts!
–Teddy! –exclamou Rosa. –Teddy, Hogwarts!
–Ah, eles já estão falando tão bem... –disse a Sra. Weasley.
–Mamãe, a Rosinha é um prodígio, e o Tiago já tem quatro anos, e Hogwarts foi a primeira palavra que ele disse...
–Eu queria que o Tiago fosse para Hogwarts comigo... –disse Teddy.
–Ah, o pequeno Lupin... –disse Kingsley. –Está bem parecido com o seu pai...
–Viu, Sra. Weasley, ele disse que eu me pareço com o meu pai!
–É, mas... –disse Kingsley. –Agora, a próxima notícia que quero dar... Vocês dois terão de sair... –disse apontando para Teddy e Tiago.
–Mas por quê? –perguntaram Teddy e Tiago em uníssono. Os cabelos de Teddy foram perdendo o tom vermelho e foram ficando escuros, Rosa e Alvo começaram a rir apontando para o cabelo do garoto.
–Por que é só para adultos.
–Mas e o Alvo, a Rosinha e os outros? –perguntou Teddy.
–Hum... Teddy, por que você e o Tiago não vão brincar lá em baixo? –perguntou a Sra. Weasley.
–Por que eu quero ouvir o que o Ministro tem a dizer! –respondeu Teddy. Seus cabelos foram ficando louros. –Por favor! –ele disse lançando um olhar de súplica ao padrinho, mas Harry simplesmente encolheu os ombros. –Ah, Molly... Deixa, vai... Eu sei que você não quer deixar este pobre menino triste...
–Você ouviu, Teddy... Vá lá ver a Victoire e...
–Victoire está aí? –perguntou Teddy animado. –Ela está? Espera aí... Ela disse que só viria de novo semana que vem...
–Certo, mas vão brincar vocês então...
–Ah, tudo bem... –disse o garoto triste. –Vem, Tiago... Já vi que não somos bem-vindos aqui...
E ele e Tiago saíram emburrados do quarto. Kingsley parou os olhos em Alvo, que estava no colo de Gina.
–Ele se parece muito com você, Harry... Herdou até os olhos da Lílian... O único dos três filhos que herdou os olhos da Lílian...
–É por isso que a gente o chama de Míni-Harry. –disse Gina olhando para o bebê que agora sorria.
–E você é bem apegado a ele, não é Harry?
–Claro que é, Kingsley! –disse Gina. –O garoto é a cópia do Harry!
–Mas e... Você é mais... Apegado a ele que os outros dois, não é? Se dá melhor com ele, do que com os outros..
–Hum... Acho que sim, de certa forma, eu me vejo nele... Os olhos... O cabelo...
–Bom, agora que já dei a boa notícia, vem a má... O garoto Rondres foi preso.
–E isso é má notícia? –perguntou Rony. –Estamos tentando prender esse moleque há um ano.
–É ótimo, porém... Ele sai de lá em nove anos.
–Nove anos? –exclamaram todos.
–Eu sei, mas a Suprema Corte foi quem decidiu... E como estava fora, não pude fazer muita coisa...
–Mas ele matou duas famílias de trouxas, Kingsley. –disse Hermione séria. –Ele não pode ficar só nove anos!
–Sim, mas, como disse, foi a Suprema Corte quem decidiu... Agora temos que nos preparar para o que virá. Hoje, quando estava na reunião com o Sr. Longbottom, tivemos uma interrupção. Quando abri a porta de meu escritório, sabe quem estava lá? Sibila Trelawney.
–Ah, não! –disse Hermione. –Ela de novo?
–E disse que agora a visão que ela teve há exatos dois anos. –continuou Kingsley ignorando Hermione. - Sabe o que aconteceu há dois anos?
–Alvo... –disse Gina. –Alvo faz dois anos hoje.
–Alvo! –exclamou Rosa apontando para o primo. –Festa!
–Exatamente. –disse Kingsley ignorando a menina também. –Ela disse que há dois anos ela viu uma coisa. Há dois anos, quando este menino, Alvo Severo, nasceu, ela teve uma visão. Uma visão que na época ela não entendeu, por que ela nem sabia quem era. Ela viu um menino, um menino trancafiado em uma sela em Azkaban. Porém, hoje, quando o garoto Rondres foi preso, ela reconheceu o garoto de sua visão. E sabe o que ele dizia? Dizia que ia acabar com todos aqueles que ajudaram a destronar o seu mestre, o Lord Voldemort.
–Ah, mais uma vez com a mania de vingança...
–Exato, Ronald, mas o que ela disse da primeira vez?
–Bem... –disse Rony. –Disse que alguém da segunda geração, iria ser o escolhido para destronar o novo Lorde das Trevas que um dia estaria por vir... Disse que seria o filho de um daqueles que lutaram contra... Voldemort.
–Exatamente... –disse Kingsley em uma voz quase inaudível. –Ela disse que alguém, da segunda geração, iria ser o escolhido para destronar o novo Lorde das Trevas que estava por vir... E isso causou um grande impacto em todos... Vocês foram os que tomaram iniciativas de... Vocês foram os primeiros a ter... Porém, agora, ela viu mais coisas... Ela o viu dizendo que se vingaria de cada um... De cada um daqueles que lutaram na Última Batalha... Aqueles que foram a favor da queda de Voldemort...
–De novo essa história de vingança... –disse Gina. –Ela disse mais alguma coisa?
–Sim... Disse que o garoto iria se vingar de todos aqueles... Começando pelo menino que tirou do poder duas vezes, o Lorde das Trevas, o menino que sobreviveu. Segundo Sibila, ele queria se vingar fazendo você sofrer, Harry, sofrer com a mesma perda que ele sofreu. Sofrer pela perda de quem ele mais amava.
–Como assim, sofrer pela perda de quem ele mais amava? –perguntou Gina que abraçava Alvo no colo.
–Foi o Harry quem matou Voldemort, Gina. –disse Hermione séria. –Acho que ele quer que o Harry sofra a perda de alguém importante, como ele sofreu com a perda de Voldemort.
–Mas ele nem conheceu Voldemort! Ele nem era nascido ainda!
–Na verdade, Gina, - disse Kingsley. –o garoto tem dezessete anos. Ele devia ter sete anos quando Voldemort caiu...
–Tá, mas e daí? Como ele o conheceu? –perguntou Rony. –E com sete anos como Voldemort poderia ser tão importante para ele? A não ser que...
–Não é possível, Rony. –Hermione o cortou.
–Não sabemos de nada, ele pode muito bem ser filho dele... –disse Kingsley. –Mas continuando... É, bem, Harry... Para o Rondres, o que é mais importante para você, é o Alvo Severo.
–Quer dizer que ele quer matar o meu filho? –perguntou Gina incrédula.
–Foi o que Sibila disse.
–Aquele moleque não pode fazer nada ao Alvo! –disse Rony. –Ele não conseguiu nem se livrar do Elêck, que cá entre nós não é um dos melhores aurores, mas, não se atreveria chegar perto do Alvo, não comigo e o Harry por perto.
–É, não com vocês por perto. –disse Kingsley. –Mas vocês não podem ficar o tempo todo com ele.
–Pode não ser verdade! –disse Neville, pela primeira vez desde que chegara. –Ela pode não estar certa!
–Claro que pode, Neville, - disse Hermione séria. - mas não podemos ter tanta certeza, Harry é a prova disso.
–Hermione tem toda a razão. –disse Kingsley. –Não podemos vacilar.
–Eu não acredito. –disse Rony. –Ele só tem dezessete anos, não acredito que possa...
–Não preciso lembrar-lhes o que vocês fizeram aos dezessete anos. –disse Kingsley se levantando. –Por enquanto não há com o que se preocupar. Porém, ele sairá de Azkaban, e quando sair... Temos de estar preparados, até mesmo para uma fuga. Quando ele voltar, o Ministério fornecerá toda a proteção possível ao garoto, e é claro, a vocês, pois Sibila foi bem clara ao dizer que ele iria acabar com todos aqueles que destronaram Voldemort. Bem, eu preciso ir agora... Tenham um bom dia, e ah... –ele disse chegando mais perto de Alvo. –Feliz aniversário, pequeno Potter, e tenha uma boa sorte daqui para frente... Vai precisar...
Comentários (1)
TADINHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO DO ALVO POTTER :(
2013-01-03