Segredos.
O castelo estava em um silêncio pertubador. Draco corria pelos corredores com uma Hermione desacortada, rumo a enfermaria. Não havia entendido direito ainda o que tinha acontecido na floresta proibida, só sabia que prescisava de respostas.
Abriu a porta da enfermaria correndo, e Madame Pomfrey apareceu assuatada.
- Senhor Malfoy, o que houve? - Perguntou a medi-bruxa olhando Hermione desacordada.
- Não sei! Apenas faça alguma coisa! - Exclamou Draco, preocupado.
A mulher apenas assentiu e botou Hermione calmamente em uma maca, abriu os ármarios e pegou várias poções, uma delas Draco destinguiu como Poção de Revitalescimento.
- Ela está fraca... - Comentou Madame Pomfrey, mais pra si mesma.
Tudo aquilo era culpa dele, se ele conseguisse cuidar daquele lobisomem sozinho, ela não prescisaria estar ali, deitada naquela cama.
- Ela vai ficar bem? - Draco perguntou, aflito.
- Vai... mas é melhor contarmos apenas para a coordenação, parece que ela sofreu um ataque e certamente Dumbledore não vai querer auvoroço! - Disse Pomfrey, enquanto olhava o corte atrás das costas de Hermione - Por sorte não vai deixar cicatriz, não foi fundo.
Draco suspirou aliviado.
- Ela vai acordar? - Perguntou.
- Daqui uns 2 minutos, dei uma poção para isso afinal presciso saber o que aconteceu antes de cuidar do corte - Disse Madame, se sentando numa cadeira ao lado - Todo cuidado é pouco... todo cuidado é pouco...
Draco se sentou numa cadeira mais afastada e ficou olhando para a garota adormecida, seu rosto estava bastante pálido e sua respiração estava agora mais normal. Não sabia o porque, mas odiava vê-la assim, ela deveria ser vista sempre sorridente e bondosa.
" Desde quando me preocupo com uma sangue-ruim? Tenho outras coisas para me preocupar" Se perguntou a sí mesmo, mas quando deu mais uma olhada nela " Porque ela é a única compania que eu tenho, porque ela se arriscou por mim"
Chegou perto de Hermione, podendo ver que ela abriu os olhos. Nunca se sentiu tão aliviado.
- O que aconteceu? - Perguntou ela, fracamente.
- Você foi atacada por uma criatura - Disse ele, e Hermione rapidamente entendeu de que criatura falavam - Então eu te trouxe pra cá, mas acho que está tudo bem.
- Isso só eu posso dizer mocinho - Disse Pomfrey que apareceu do nada, com um caldo de sopa na mão - Coma um pouco, está fraca.
- Não estou com fome...
- Não discuta comigo mocinha! - Falou Madame Pomfrey, esclerozada.
Hermione apenas suspirou e se serviu do caldo, que estava um pouco frio. Draco notou que ela lambeu os lábios quando derramou um pouquinho, isso fez o estomago dele se encher de borboletas.
- Minhas costas ardem... - Comentou Hermione.
- É um corte, mas presciso saber o que aconteceu antes que cura-lo - A medi-burxa a olhou com expectativa - E então... o que aconteceu?
Hermione então pareceu se lembrar de tudo, e olhou para Draco apavorada, como se tivesse medo que ele tivesse se machucado.
- Eu hã... - Hermione pensou e logo achou uma resposta - Eu estava no jardim lendo e então eu vi um cachorro, devia ter entrado pela Floresta, eu achei que ele era manço e fui acaricia-lo, mas ele me atacou e me jogou no chão, fazendo esse corte, se Malfoy não tivesse aparecido acho que eu estaria muito mais machucada.
Draco a olhou espantando, como ela conseguia pensar numa história tão coerente e tão rápida?
- Mas você hein Srta. Granger? Não aprendeu que todos os animais não são iguais? - Perguntou Pomfrey, já cuidando do corte - Vou por você para dormir.
- O que? – Perguntou Draco, ele prescisava de respostas – Não! Eu presciso urgente falar com ela..
- Mas tenho certeza que a Srta.Granger está cansada e gostaria de ir dormir – A mulher de virou para Hermione – Não é querida?
- Na verdade, estou sem sono e realmente presciso falar com Malfoy – Respondeu Hermione, docememente – Poderia nos deixar a sós Madame Pomfrey?
A medi-bruxa suspirou, derrotada.
- Muito bem – Ela disse recolhendo os frascos vazios e indo para outra sala separada – Me ache quando quiser dormir.
Quando Pomfrey saiu, Draco logo se sentou ao lado de Hermione na cama, está, deu espaço para ele se sentar.
- Quero respostas – Disse ele.
- Comece com as perguntas , responderei todas – Disse Hermione, calmamente – Mas terá que responder as minhas.
- Muito bem então – Draco suspirou – Primeiro: o que estava fazendo naquela floresta?
- Eu estava numa reunião com Gina e Luna – Respondeu Hermione, sincera.
Draco ficou curioso.
- Elas são animagas? Você é uma animaga? – Perguntou ancioso.
- Não – Hermione respondeu simplismente.
O loiro revirou os olhos.
- Então como pode se transformar em uma loba? – Perguntou, já ficando inrritado.
- Eu, Gina e Luna temos colares especiais que permitem que nos transformemos em qualquer animal – Disse Hermione, mostando o colar preto em seu pescoço.
Draco decidiu que aquilo era assunto para outra ocasião.
- Tá, e sobre o que era a reunião? – O loiro perguntou.
- Coisas da Ordem – Respondeu Hermione.
Draco sabia que nesse assunto não devia perder tempo perguntando. Ela nunca iria falar os segredos da Ordem para um Comensal.
Finalmente chegou na tão esperada pegunta:
- Por que me salvou?
Hermione pareceu ficar rigida, e respondeu com um fio de voz:
- Não sei.
- Não se faça de tonta! Algum motivo teve... aposto que é coisa da Ordem ... – Falava Draco, se levantando e andando de um lado para outro.
Hermione ficou indignada.
- Nunca!- Ela exclamou e ele a olhou confudo – Nunca salvaria alguem por uma missão da Ordem, o salvei porque quis.
O garoto voltou a se sentar ao lado dela, olhando firmemente nos olhos castanhos.
- E por que quis? – Perguntou baixo, não conseguindo desviar o olhar.
- Porque eu me importo com você – Ela respondeu, no mesmo tom e olhando para ele assim como ele a olhava – Não surportaria ver você morto.
O raciocinio de Draco pareceu falhar, alguem dissera que se importava com ele e não era sua mãe. Era a sua maior inimiga, a garota que naquele momento estava a sua frente... tão perto... queria beija-lá...
Mas isso não pode acontecer.
- Eu lhe contei tudo – Disse Hermione, baixo, ainda perto de Draco – Me conte também.
- Não posso – Disse Draco, já se afastando.
- Confie em mim – Disse Hermione, pegando o braço dele.
Em todas as outras ocasiões, fora ele quem fizera isso. Voltou a se sentar do lado dela, dessa vez mais afastado.
- Eu não posso, envolve mais que uma vida se eu te contar – Disse ele, olhando para as mãos.
- O que eu te disse também envolve mais vidas – Disse Hermione, quase chegando no desespero – Não entende? Isso é uma guerra! Sei que é um Comensal e sei que não é por vontade própria.
O loiro a olhou assustado.
- Por que pensa que fiz isso contra minha vontade? – Perguntou, tentando ser frio para a convencer que não podia contar... que estava enganada...
- Porque eu lhe conheço como conheço qualquer amigo meu – Respondeu ela, chegando mais perto – Porque sei que não é um monstro e sei que todo mundo está enganado ao seu respeito.
Draco novamente olhou naqueles olhos castanhos e percebeu que tudo que ela falava era sincero, por que não confiar nela? Está bem, ela já fora sua inimiga mas eles estavam mais amadurecidos agora, encontraram um no outro a compania para matar a solidão, encontraram o conforto que os amigos dela ou os pais dele não os davam mais. Por que esconder dela os seus segredos se ela tinha revelado os dela para ele?
- Me forçaram – Disse ele, e ela o olhou confusa – Ele me forçou, disse que ia matar minha mãe... – Draco olhou pro chão triste – E ainda me deu uma missão que é completamente impossivel e se eu falhar ele a mata, fez isso porque quer castigar Lúcius pela falha no Ministério ano passado.
O garoto olhou para Hermione na esperança de a ver com pena, mas tudo que viu foi ela vindo em sua direção e o abraçando fortemente, quase fazendo eles se deitarem.
- Sinto muito – Ela sussurou em seu ouvido, fazendo-o se arrepiar.
- Tudo bem – Sussurou ele de volta, e foi a vez dela de se arrepiar.
Ela se afastou dele, levemente corada.
Hermione tinha tomado uma decisão.
- Nossa missão, minha da Gina e da Luna é simplismente saber sobre os Comensais em Hogwarts – Disse ela e Draco arregalou os olhos – E dar os nomes para a Ordem-
- Eu sabia! – Exclamou ele, não a deixando terminar – Você fez isso só pra me vigiar!
- Não! – Ela falou – Me deixe terminar Malfoy!
Draco a olhou na cama,assentiu e voltou a se sentar.
- Continue – Mandou ele, indiferente.
Hermione suspirou.
- Descobrimos varios nomes , inclusive o seu – Ela disse e ele quis voltar a fazer discurso mas ela o impediu – Mas desde aquele dia no trem eu vi que você não é como os outros, digo, está sempre sozinho, nunca fala com ninguem... bem... as vezes com a Pansy mas o que quero dizer é que você não parecia estar naquilo por vontade própria, então quando você me ajudou e tive certeza de uma coisa.
Draco a olhou mais curioso que antes.
- O que? – Perguntou.
- Nunca diria seu nome para a Ordem. – Ela respondeu – Principalmente depois de tudo que você fez.
Draco não acreditou naquelas palavras, ela não iria denuncia-lo... tinha o salvado e agora isso.
- Você já fez muito por mim Granger, não posso lhe pedir mais – Disse ele – Não é uma coisa que inimigos fazem.
- Deixamos de ser inimigos a muito tempo Malfoy – Disse Hermione – E não é um pedido seu para mim, vamos encarar como uma escolha minha e de ninguém mais.
- Mas e a Weasley e a Lovegood? – Perguntou.
- Falarei com elas, irão entender – Disse a garota.
- Espero mesmo, não quero mais problemas na minha vida – Disse ele, tristonho.
- Se depender de mim você nunca mais terá problemas – Hermione quando percebeu o que falou, tapou a boca.
Draco a olhou divertido.
- Isso foi uma cantada Granger? – Perguntou no meio das risadas.
- Cala a boca Malfoy! – Disse Hermione, mas não aguentou e caiu na risada também.
Os dois riram feito duas crianças, os problemas de suas cabeças sumiram como o sol em um dia chuvoso. Draco finalmente pode se sentir feliz, quem sabe, com uma nova amiga.
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Hermione olhou pela janela e viu a árvore que tanto gostava. Aquela árvore era especial para ela... teve logo uma ideia.
- Quero te mostrar um lugar – Disse para Draco, que a olhou assustado.
- Nem pensar! Está machucada! Vai ficar ai! – Disse ele, visivelmente contra a ideía de ela sair da enfermaria.
- Eu estou bem, sou mais forte do que pareço – Falou, como uma criança de cinco anos – O corte parou de doer e é superficial, Madame Pomfrey disse...
- Não importa. Você vai ficar. – Draco disse, mandão.
Hermione revirou os olhos.
- Mais tarde então ok? – Perguntou e ele assentiu – Promete?
- Tá,tá,tá prometo – Draco falou revirando os olhos mas logo dando um sorrisinho – Não está com sono?
- Na verdade estou sim – Hermione bocejou.
- Então durma – Disse ele terno.
- Você vai ficar aqui não vai? – Ela perguntou já deitada, como uma criança pedindo para a mãe ficar junto com ela para não ter pesadelos.
- Vou, vou sim – Disse ele – Quando você acordar vai me ver, prometo.
Hermione apenas sorriu, antes de fechar os olhos. Rapidamente caiu no sono.
O que ela não sabia era que Draco acariciava seu rosto durante a noite, e que achou a figura dela dormindo serena uma das imagens mais lindas que ele já vira.
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Espero que tenham gostado...
Bem, muuito obrigada por comentarem, não sabem o quanto isso em faz feliz, eu praticamente piro na frente do pc.
Quanto mais comentários mais eu quero escrever ahusahuashushu.
Beeeijos e até o proximo :*
Comentários (3)
Aiiiiii que lindos!!!!Querooooo mais!!!!Pleaseeee I want more!!!!Perfect Fanfiction!Bzuuuu.
2012-09-03ai, tão lindo eles juntos ainda bem que tudo com hermione deu certo
2012-09-03oooow que fofo esse capitulo!!! Adorei meeesmo!!! Estou ansiosa pelo proximo, beijos!
2012-09-03