Epílogo
Leitores queridos,
Este capítulo ficou esquecido por mais de sete meses no fundo do baú. Mas como considero importante não deixar um trabalho incompleto, precisava compartilhá-lo. Peço desculpas pela demora e agradeço os que esperaram pacientemente por esse epílogo que, na verdade, é um começo para novas histórias. Aproveito para comunicar que me cadastrei em outro site de fanfics – o link do meu perfil é http://fanfiction.com.br/u/454563/ - e espero encontrá-los também por lá. Um forte abraço!
Morgana Lisbeth
* * * * *
Com o coração batendo rápido, Hermione chegou ao fim do último pergaminho. Tantas vezes já havia lido aquelas cartas... E ainda assim, sempre se emocionava. Mas era especialmente aquelas correspondências jamais entregues pelas corujas que lhe tocavam com maior força. Haviam sido escritas com todo sentimento e mostravam o quanto já eram um do outro muito antes de começarem a namorar.
Quem não conhecesse Ron como ela talvez achasse a última carta um tanto confusa e pouco objetiva. Não entenderia se o amor que ele confessava sentir era algo bom ou ruim. Afinal, entre outras coisas, o ruivo dizia “ter pavor de tudo isso”. E “tudo isso” era simplesmente o forte sentimento que existia entre eles. Sem falar que, mesmo admitindo que a amava, não chegava a fazer um pedido de namoro. Apenas deixava subentendido ao afirmar que se ela fosse “louca o suficiente para aceitar”, ele seria “um bruxo muito feliz”.
Sim, ela tinha sido louca o suficiente para aceitar! E era muito feliz agora, com o seu amado ruivo. Sabia também que seria mais feliz em poucos dias, quando tivessem aquele bebê tão desejado em seus braços. Acariciou a barriga, que estava enrijecida, imaginando os dois juntos contemplando o fruto mais precioso de tão grande amor.
Uma dor fraca e insistente na altura da bacia a havia incomodado durante todo o tempo que passou lendo as cores. Agora a dor estava mais forte, indo e voltando como se guiada por um pêndulo. Será que estava chegando a hora? Com um rodopio da varinha, reduziu os pergaminhos de tamanho e os conduziu para dentro do baú. Deixou em cima da cama apenas a última carta escrita por Ron. Mais tarde iria relê-la, quem sabe na companhia do marido.
Um sentimento de plenitude tomou conta de Hermione, daqueles que apenas quem transforma um sonho em realidade já experimentou. Olhou o relógio na mesa de cabeceira. Ron estaria em casa em menos de 20 minutos. Levantou-se para tomar um banho e se arrumar para a chegada do ruivo que, depois de tanto tempo, ainda fazia o seu coração bater mais forte.
Olhou o relógio mais uma vez. Ainda faltavam 15 minutos. O tempo nunca havia passado tão lentamente. Nas últimas semanas, desde que Hermione entrou de licença do Ministério, as tardes sempre pareciam longas. Queria chegar logo em casa para saber dela, estar do lado da esposa que se tornara ainda mais linda com aquela enorme barriga.
Naquela tarde, no entanto, não estava apenas com saudades dela. Sentia uma apreensão estranha, que não sabia explicar. Mesmo se faltava tão pouco tempo para o fim do expediente, resolveu entrar em contato com Hermione pela Rede de Flu. Foi até o Departamento do Comunicação do Ministério no qual ficavam conectadas algumas lareiras, mas, embora insistisse, não obteve resposta. Será que Mione tinha saído? Ou estava dormindo, já que na gravidez sentia muito sono?
- Tudo bem, Ron? – perguntou Harry ao ver o amigo voltar cabisbaixo ao Departamento de Aurores.
- Ela não respondeu. Sempre que vai sair, me avisa. E não costuma dormir nesse horário – o ruivo respondeu.
- Ron, pensa bem. Com aquele barrigão, não é tão fácil descer as escadas para ir até a lareira na sala. Ela está bem. Se tivesse ido para a maternidade, você saberia – o amigo tentou acalmá-lo.
Ao ouvir a palavra maternidade, Ron estremeceu. Não, não era possível. Tinha ido à consulta com Hermione no início da semana e a medibruxa garantiu que o bebê não nasceria antes de 10 dias. Foi quando lembrou que sua mãe sempre dizia que ele havia nascido 15 dias antes do previsto. Entrou em pânico.
- Harry, será que o bebê vai nascer antes? A medibruxa falou...
- Calma, Ron! Eu já falei, se fosse isso, Hermione não deixaria de avisar – Harry o interrompeu.
Ron voltou a olhar o velho relógio que pertencera ao tio Abílio e que estava com ele desde que completara 17 anos. Já passavam três minutos das cinco horas. “Preciso ir, Harry. Nos falamos depois”, falou pegando rapidamente a capa.
- Cara, nada de ultrapassar o limite seguro de velocidade no voo. Acidentes com vassouras costumam ser terríveis – ouviu as últimas palavras de Harry quando já estava no corredor.
Impossível não voar rápido quando a sua mulher está para dar à luz. O que parecia uma probabilidade remota, agora havia se transformado em certeza. Hermione precisava ir para a maternidade e ele tinha que chegar rápido em casa.
Ron saltou da vassoura antes da aterrissagem completa. Abriu a porta usando a varinha, já que sempre se enrolava com a chave, e entrou na sala chamando pela esposa. Hermione não estava lá, nem na cozinha, tampouco na biblioteca, lugar que mais amava na casa. Subiu correndo as escadas para chegar ao quarto.
A cama estava arrumada, as cortinas fechadas. “Hermione!”, gritou achando que não teria resposta. “Estou no banheiro, Ron”, ouviu finalmente a voz da esposa.
- Amor, está tudo bem? Você precisa de alguma coisa? – Ron encostou na porta do banheiro para falar com Hermione.
- Estou terminando o banho. Já vou sair... – ela anunciou.
Aliviado, Ron sentou na cama. Decidiu deitar para relaxar, enquanto aguardava Hermione Em menos de três minutos, o ruivo já ressonava. Foi despertado pela mulher que chamava com firmeza o seu nome.
O ruivo praticamente deu um salto e ficou em pé, de frente para aquela adorával grávida. Hermione usava um vestido florido e estava ainda mais linda.
- Meu Amor, você está mais maravilhosa do que nunca – disse Ron que sabia como ser galanteador – Eu não sei por que, mas fiquei tão apreensivo essa tarde. Tive a impressão que estava acontecendo alguma coisa com você. Tentei entrar em contato pela Rede de Flu, mas você não respondeu...
- Fiquei a tarde aqui no quarto, lendo. Não ouvi o barulho da lareira. Acho que já estava no banho... – ela justificou.
O ruivo não se deu conta que o banho havia sido longo demais, ao menos para Hermione que não ficava mais de 15 minutos debaixo do chuveiro. Acarinhou o cabelo da esposa e a beijou, com ternura e grande paixão. Quando se afastaram, ele acariciou a barriga arredondada da esposa com quase nove meses de gestação.
- Como vocês dois estão? – perguntou com um olhar carinhoso.
- Você quer dizer nós duas – corrigiu Hermione dando um risinho.
- Duas? Como sabe se nosso bebê é menina se não fez aquele exame trouxa... Como é mesmo o nome? Ultragrafia? – arriscou.
- Ultrassonografia, Ron Mas não preciso do exame para saber. Tenho a minha intuição de bruxa – disse sorridente – Mas logo você vai conferir com os seus próprios olhos que nosso bebê é uma menina.
- Logo? Daqui a uns dez dias, você quer dizer. Não é essa a data que a drª Elizabeth previu? – perguntou um tanto confuso.
- Ron. não fique preocupado. Está tudo bem com nós duas. Mas precisamos ir agora para o hospital – Hermione comunicou.
- Como assim? Agora, agora mesmo?– questionou o bruxo sem conseguir esconder o nervosismo.
- Ron, a bolsa estourou quando eu estava saindo do banho. Por isso é que demorei um pouco mais...
- A bolsa estourou?! Como assim?! – ele exclamou surpreso.
- Você não lembra o que a drª Elizabeth falou na última consulta? Que o bebê fica envolvido em uma bolsa de água que o protege... - ela começou, sendo logo interrompida pelo marido.
- Ah, sim, agora lembro... Ela falou que quando a bolsa estoura tem que ir para a maternidade, não é? – o ruivo, que estava pálido, por fim pareceu entender o que estava acontecendo.
- Sim, precisamos ir. A mala que vou levar para o hospital já está pronta. Você pode pegá-la na segunda porta do armário, por favor – Hermione, como sempre, foi conduzindo tudo.
- Podemos ir de vassoura até o hospital? É mais rápido – ele falou já suando frio.
- De vassoura, Ron? Você sabe que não gosto. Ainda mais agora, prestes a ter um filho – ela o fez voltar à realidade.
- Então vamos no seu carro. Mas vou dirigir do meu jeito – enfatizou o ruivo, que não conseguia conduzir o veículo sem usar magia, apesar da insistência de Hermione para que seguisse as regras trouxas.
- Tudo bem, Ron. Mas tenha cuidado – ela deu o braço ao marido, que já pegara a pequena mala no armário.
- Eu te amo, minha linda. Vai dar tudo certo – Ron falou tentando acalmar mais a si mesmo que a esposa e em seguida deu um beijo suave na testa dela.
Quando terminaram de descer as escadas, ouviram um trepidar na lareira. Uma luz verde se acendeu e logo a matriarca dos Weasley se materializou na frente dos dois.
- Ainda bem que cheguei a tempo. Vou acompanhá-los até o hospital – Molly abriu um sorriso.
- Como você sabia?! – Ron questionou.
- Sou avó e bruxa. Minha intuição nunca me engana – ela respondeu – Seu pai vão nos encontrar no hospital.
Molly seguiu o jovem casal pela porta que dava na garagem da casa e, ao não avistar vassoura alguma, questionou: “Como pretendem chegar até o hospital?”.
- Vamos no meu carro – Mione respondeu já que Ron estava muito ocupado tentando abrir a porta do automóvel com a varinha – Que tal usar a chave, Amor?
“Ah, claro!”, ele assentiu. Quando sentou no carro, no entanto, ele ficou completamente sem ação. Parecia não saber o que fazer. “Ron, o que está acontecendo?”, Hermione perguntou antes de perceber como as pernas do ruivo tremiam.
- Ron, meu filho, você não tem condições de dirigir esse veículo. Deixa por minha conta. Vamos trocar de lugar – Molly foi firme no comando, como sempre.
- Deixa de ser louca, mãe! A senhora nunca dirigiu um carro antes! – Ron ainda não conseguia conter o nervosismo e continuava a tremer.
- Que falta de respeito é essa? Me chamar de louca? Pois saiba que sou muito mais capaz de dirigir esse veículo trouxa que você, no estado em que se encontra – argumentou a srª Weasley.
- Eu acho que posso dirigir. As dores ainda estão fracas... – foi a vez de Hermione se pronunciar.
- De jeito algum – mãe e filho falaram em uníssono.
Foi quando um clarão azul apareceu no céu. O barulho era assustador e o objeto voador que surgiu se deslocava com grande velocidade. Intuitivamente, os três levaram as mãos ao rosto. Ouviram um forte estrondo. Ao olhar pela janela, viram um carro antigo, na cor abóbora. Atrás do volante, um sorridente Jorge. No banco do carona, uma assustada Angelina.
- Desçam e se acomodem no meu possante. Titio Jorge serviços de transporte veio buscar vocês - o inesperado visitante anunciou ao abrir magicamente as duas portas traseiras do veículo.
Hermione não pensou duas vezes e entrou no carro, sendo saudada carinhosamente por Angelina. Logo depois chegaram Molly e Ron. Em poucos segundos, Jorge levantava voo dando início a uma viagem marcada por fortes emoções, que jamais esqueceriam.
Ron respirou aliviado ao ver que, apesar de todas as “barbeiragens” de Jorge, a sua linda esposa chegara bem ao hospital. A equipe do Saint Mungus foi eficiente e logo Hermione já estava na sala de parto, aguardando a chegada da medibruxa.
* * * * *
Estava vivendo um sonho. Na verdade, a realidade ainda era mais maravilhosa do que todos os sonhos que tivera ao longo da vida. A filha era linda e saudável. Sim, era uma menina. Mais uma vez Hermione tinha acertado!
Ficaria a vida toda ali, naquele quarto de hospital, contemplando a esposa deitada segurar a filha no colo. Hermione estava embevecida conversando com o bebê enrolado em uma manta rosa. Não conseguia prestar atenção nas palavras. Mas isso era o que menos importava. Mione falava em um tom de voz suave, amoroso, quase sussurrando. As duas pareciam tão perfeitas que não saberia dizer qual era mais maravilhosa.
- Ron... Ron! Amor, vem até aqui – a voz da esposa se fez mais alta e o despertou o marido, que estava sentado em uma poltrona do outro lado do quarto, daquela espécie de transe.
Hermione sorriu ao ver Ron fazer a cara de espanto de quem é acordado de repente antes de caminhar até ela. Como era apaixonada por aquele ruivo! Sentia-se sempre muito feliz ao lado dele, que parecia adivinhar os seus desejos mais secretos e a amava não por sua inteligência, beleza ou qualquer outro dom. Amava-a simplesmente, sem pedir algo em troca, nos momentos em que estava para baixo, nervosa, descabelada...
- Está precisando de alguma coisa? – ele perguntou com urgência.
- Sim, preciso! – ela respondeu divertida ao ver certa tensão no rosto do ruivo.
- Está sentindo alguma dor? Nossa filha está bem? Vou chamar a enfermeira! Você pode ficar um pouco sozinha? – Ron não reparou no sorriso da jovem mãe.
- Amor, eu não estou sentindo dor alguma, nossa filha está ótima, e não preciso de enfermeira. Preciso de um cafuné seu. Pode ser? – o sorriso de Hermione iluminou todo o quarto.
- Claro! Você sabe como gosto de fazer cafuné em você – ele sorriu aliviado e logo afagou aqueles cabelos fofos sempre tão perfumados.
- Ela é linda, não é? Nasceu com pouco cabelo, mas os fios são ruivos, como os seus. A marca registrada dos Weasley – Hermione tinha uma expressão feliz ao contemplar o rosto do bebê que parecia dormir.
- Ela é uma Weasley! E também uma Granger. Com certeza vai ser brilhante como você – Ron parou um instante de afagar os cabelos da esposa para acariciar, com toda delicadeza, o rostinho da filha.
- A gente ainda não escolheu o nome, Ron... – ela falou lembrando que tinha feito uma lista com várias sugestões, com seus respectivos significados, mas o marido havia rejeitado todas.
- Eu queria ver o rosto do nosso bebê antes de escolher. Ela é linda, delicada, parece tão frágil. Mas, com certeza, vai ser uma bruxa fantástica. E assim como uma rosa que parece fraca, mas, tem espinhos, vai saber se defender – o ruivo refletiu.
- Rosa... Rosa. Sabe que eu gosto desse nome. É forte e começa com erre, como Ronald. Rosa Weasley. O que acha? – Hermione perguntou atenta a qualquer mudança na expressão do marido.
- Rosa Weasley. Eu também gosto. Acho que o nome combina com nossa filha – ele olhou com ternura do bebê para a esposa.
- Você pode colocar Rosa no berço? – a jovem mãe olhou em direção à caminha de acrílico que estava ao lado da dela.
- Não me peça isso, Hermione. Eu vou chamar a enfermeira – o ruivo logo se apressou em responder.
- Não chame a enfermeira, Ron – ela falou com firmeza – Você é o pai. Precisa pegar sua filha no colo.
- Eu sou muito desajeitado. Ela é muito pequena. Vou ficar todo atrapalhado. Rosa pode cair no chão... – Ron não conseguia esconder o nervosismo.
- Você já pegou seus sobrinhos no colo... Não sei por que tamanho pânico. Além do mais, quem vai ter mais carinho e cuidado com a filha que o próprio pai? – ela insistiu.
- A mãe, é claro! Sem falar que meus sobrinhos eram maiores quando os peguei no colo. Quando Rosa estiver com uns seis meses, não for tão molinha assim, eu...
- Nada disso – Hermione o interrompeu – Você não pode negar seu colo de pai para a nossa filha. Não tem perigo algum. Coloque essa mão apoiando a cabeça dela e a outra mais embaixo, sustentando o resto do corpo...
Hermione foi conduzindo as mãos do marido, com delicadeza. Um pouco assustado, ele segurou a filha, surpreso ao perceber que não era difícil. Na verdade, era uma sensação maravilhosa tê-la em seus braços. Embevecido, olhando para criatura tão delicada, ele até esqueceu com qual propósito a estava carregando no colo. “Ron, deixa ela no bercinho”, a esposa indicou.
- Foi mais fácil e melhor do que eu pensava. Gostei de segurar Rosa no colo – Ron reconheceu.
- Eu percebi. Achei que ia mais querer colocá-la no berço – Mione sorriu.
- Muito bem, senhora Weasley. O que deseja agora? – o ruivo deu aquele sorriso torto que ela achava tão charmoso.
- Queria você aqui bem pertinho de mim – ela pediu – Mas antes traz minha bolsa, que está no armário, à esquerda.
O ruivo a atendeu e Hermione foi logo revirando o fundo da bolsa em busca de algo. Ron a olhou curiosa quando ela ergueu um velho pergaminho. “Está reconhecendo? É aquela carta que você me escreveu nas férias do sexto ano e nunca enviou. Eu só li depois que já estávamos casados”.
- O que essa carta está fazendo em sua bolsa? – aqueles olhos azuis a interrogavam.
- Passei a tarde de ontem relendo todas as nossas cartas de férias. Gosto especialmente dessa – sorriu – Quando você diz que se eu aceitasse seria um bruxo muito feliz... Eu aceitei. Você é feliz?
Ron abriu o sorriso mais largo e luminoso do mundo. Abraçou Mione, que ainda segurava o pergaminho, e encostou a testa na dela. Aquele gesto carinhoso durou pouco mais de um minuto e, ao seu afastar, Ron tirou o pergaminho de Hermione e envolveu as mãos agora livres da esposa nas suas. Respirou fundo, sorriu novamente.
- Eu sou o bruxo mais feliz do universo! Aliás, até ontem, pensei que não podia haver felicidade maior. Hoje, olhando Rosa no seu colo, eu percebi que sou ainda mais feliz. E você? – ele devolveu a pergunta.
- Também sou muito feliz, Ron. Você me faz muito feliz! Ao seu lado eu me sinto amada, querida, protegida. Quando eu era mais nova, não pensava em ser mãe. Desejava ser uma estudante brilhante e, no futuro, uma profissional brilhante. Mas o amor que você despertou em mim fez tudo mais ficar em segundo plano. E ter filhos passou a ser uma necessidade, uma forma de deixar esse nosso amor eternizado...
- Você sempre sabe dizer tudo de forma tão bonita. Aliás, você faz tudo ficar mais bonito, iluminado, perfeito... – Ron estava com o rosto cada vez mais próximo ao da esposa.
Os lábios de Ron e Hermione se encontraram em mais um beijo apaixonado. Depois de tantos anos e tantos beijos, os corações dois ainda batiam com força sempre que suas bocas se tocavam.
Um choro de bebê interrompeu o beijo apaixonado. Hermione sorriu, Ron resmungou.
- Poxa, Rosinha. Você tinha que atrapalhar – foi a queixa do pai.
- Traz a Rosa para mim, Ron. Acho que está na hora dela mamar – Hermione pediu.
“Rosa, vamos combinar assim. Quando seus pais estiverem vivendo um momento romântico, você fica quietinha”, Ron falou quase sussurando enquanto levava a filha aos braços da esposa. O bebê tinha voltado a fechar os olhos. “Acho que ela dormiu de novo”, Hermione disse baixinho.
- Poxa, foi só para nos atrapalhar – Ron falou abraçado a esposa, contemplando o semblante da filha.
- Imagina como vai ser quando Hugo chegar ... – Hermione deixou escapar.
- Hugo?!! Quem é Hugo? – o ruivo estava confuso.
- Você gosta desse nome? Pensei em chamar assim o nosso segundo filho, se for menino...
- O nome é legal, mas... Hermione, por favor. Vamos pensar por enquanto só na Rosa, que acabou de nascer – Ron a interrompeu.
Hermione sorriu. Ron deu uma gargalhada. O ruivo sabia que a vida dos dois daria uma reviravolta com a chegada do bebê, mas estava feliz. Sempre sonhara em ter filhos. Envolvida nos braços do marido, com Rosa no colo, Hermione entendia aquilo que jamais lera nos livros. O amor é a maior força que existe na face da terra.
FIM
Comentários (2)
Que saudades dessa fic! Divina!!
2015-04-14Sem palavras!Que amor mais bonito o desses dois ;) Adorei demais o toque de humor com a participação de Molly e Jorge
2014-10-06