Ótimas notícias

Um pouco mais de um ano depois...

James, com quase um ano e meio, era a cara do pai, mas não tinha olhos verdes esmeraldas, seus olhos eram castanhos. Todos babavam no bebe sapeca, tão pequeno, mas sapeca demais. Ginny estava esperando seu segundo filho, a família Weasley, por um lado ficou feliz, e por outro acharam que eles foram rápidos demais. James era muito levado e dois bebês em uma casa em que o pai algumas vezes tinha que viajar não ia ser tarefa fácil. Hermione sempre se ofereceu para cuidar de James enquanto Ginny ou Harry estavam ocupados, seria um treinamento para quando tivesse seus filhos. Rony estava em uma missão junto com Harry (Os dois sozinhos eram um desastre), Hermione e Gina sempre, meio que entravam em depressão, mas às vezes (Só às vezes) era legal ficarem sozinhas. Hermione passava os dias de folga na casa da amiga. E foi em um desses dias de folga que isso aconteceu... (mais especificamente quinta)..

.- GINNY. - Hermione entrou apressadamente na casa dos Potters. Já era costume, Ginny fazia o mesmo em sua casa. Ela estava grávida de cinco meses.

– O que foi Mione? Estou na cozinha. - Minutos depois a morena e a ruiva se encontraram.

Hermione estava ofegante e trazia em seu rosto um sorriso, enorme. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, por causa do calor do verão, as duas usavam roupas leves para não esquentar muito, como shorts e vestidos, blusas de alças...

– Ginny, tenho notícias pra você. - Ela sentou- se em uma cadeira da mesa e ficou observando a ruiva lavar a louça.

– Espero que sejam notícias boas. - A ruiva se virou para prestar mais atenção no que Hermione diria.

– Olhe meu sorriso, preciso responder? - Ela perguntou aumentando mais o sorriso.

– É, acho que não. Que pergunta idiota a minha não?

– Não. É uma notícia maravilhosa, mas não quero criar falsas esperanças a Ron. - Hermione diminuiu um pouco seu sorriso.

– Se você me dissesse o que é, quem sabe eu poderia lhe ajudar? - Ginny sentou- se ao lado dela na mesa. Hermione respirou fundo algumas vezes.

– Ginny, você vai ser titia.- Se- se- serio? Não brinque comigo Hermione. - Ginny abriu um sorriso igual ao da amiga/cunhada. Já desciam em seus rostos lagrimas de felicidades. - Parabéns, Ron já sabe?

– Não, não sei como contar a ele, outra vez, e também ele está viajando com Harry.

– Está com quanto tempo.

– Um pouco mais que um mês, fiz o teste de gravidez esta manha e deu positivo, só pensei em te contar primeiro. Ron e eu sempre pensamos em fazer uma coisa, não sei se devo fazer isso sem ele, mas você e Harry gostariam de ser os padrinhos?

– Cla - cla - claro. Você ainda pergunta?

– Se Ron perguntar isso, faça cara de surpresa. - As duas se olharam e riram.

Ginny ofereceu suco de abóbora à amiga, porque nesse calor, ficaram conversando sobre como sentiam falta dos maridos, já fazia duas semanas que estavam fora, e não mandaram notícias, medidas de segurança para não revelar a localização e acabar estragando o plano.

– Ginny, tem alguma coisa pra comer? - Hermione começou a revirar a cozinha com os olhos.

– Sim, vou olhar na geladeira. Eu acho essas coisas trouxas muito engraçadas.

Ginny levantou- se da cadeira e foi procurar alguma coisa na geladeira. Voltou com uma torta em uma das mãos, de chocolate com cereja, hum, deu até vontade de comer chocolate...

– Ai, Ginny, deve estar uma delicia esse bolo. - Hermione mordeu o lábio inferio para tentar conter a vontade de acabar devorando a torta sozinha. (N/A: Hermione é espelhada em mim)

– Sim, Harry comprou pra mim antes de viajar, disse que a torta não acabaria enquanto eu quisesse, e eu não quero que ela acabe, então não acabou.

– Engraçado como algumas ideias surgem em nossa mente em momentos improváveis. - Hermione começou a falar sonhadoramente, o que fez Ginny se lembrar de Luna.

– O que foi? - Ginny começou a dar garfadas na torta, logo foi acompanhada por Hermione.

– Tive uma ideia de como contar a Ron que ele será pai. - Hermione disse, ainda muito sonhadoramente.

– Posso saber qual é? - Ginny parou de comer a torta para prestar mais atenção as palavras da cunhada, também, quando se está com uma torta deliciosa dessas, não se pensa em mais nada.

– Claro, mas, você terá que me acompanhar ao obstetra trouxa. - Hermione explicou detalhadamente seu plano, entre garfadas e mordidas na pobre coitada torta.

– Belo plano o seu. Pelo menos assim ele não fica parecendo um idiota tentando juntar as peças do quebra cabeça.

– Ginny, acho que você tem andado muito tempo no mundo trouxa. A propósito, onde está meu afilhado querido?

– Está dormindo, foi uma batalha faze- ló. Não estrague o que eu fiz, por favor.

– Ginny, onde fica o banheiro mesmo? - Hermione fez uma careta.

– Corredor, segunda porta a direita. - Antes que a ruiva terminasse a frase, Hermione já tinha levantado e saído correndo.

– Ah, enjoos gravidicios. (N/A: Nem sei se essa palavra existe).

Depois que Hermione se recompôs voltou a cozinha para retomar a conversa com a amiga.

– Aquela cama fica tão vazia sem o Harry. - Ginny suspirou, a falta dos maridos era bem difícil de se lidar.

– É, nunca pensei que sentiria tanto a falto do meu ruivo. Aquela menina de 11 anos nunca imaginaria estar nesta situação.

– Mione, por que você está tão sonhadora assim? Hermione suspirou.

– Não sei ao certo. A ideia de ter filhos é maravilhosa e também assustadora. E se eu não for boa mãe?

– Harry e eu também tivemos essas dúvidas, e ainda mais com James, é um garoto tão pequeno, levado e indefeso. Eles mudam a gente, temos que ficar mais maduros.

– Percebi, daquela outra vez Rony tinha ficado mais maduro, bem, ainda está mais maduro.

– Estranho, Ronald e maduro são palavras que eu nunca pensaria em ouvir na mesma frase e sendo uma frase positiva. - As duas riram novamente.

– Elas voltam no final de semana né? Estou meio preocupada.

– Sim, por que você não dorme aqui hoje?

– Não sei, James dá muito trabalho quando Harry viaja?

– Sim, mas não era por isso. É só que, tirando James, eu fico sozinha.

– Tudo bem cunhada querida, eu também fico sozinha, então por que não juntar duas grávidas, que estão com os maridos viajando?

Então o resto do dia e a noite se passou entre risadas e conversas, choros de uma criança desesperada pelo pai e comida, muita comida...

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