"O que é melhor para mim?"

P.O.V.: Narradora

Já havia se passado uma semana desde a formatura e Hermione não sabia o que fazer. Aquelas palavras de Rony ficaram remoendo sua cabeça. “Faça o que achar melhor pra você”. O problema é: “O que é melhor pra mim” ela vivia se perguntando.

Desde aquele dia ela voltara pra casa e todo dia recebia a visita de Rony que acho eu, estava querendo conferir que a namorada não foi embora. Por um lado era bom, mas por outro, Hermione não pensava direito quando estavam juntos. E em um de seus devaneios sua mãe bate na porta.

– Quem é?

– Sou eu filha. – A mãe respondeu entrando no quarto. – E então? Já se resolveu?

– Não mãe, é um pedido muito grande esse.

– Tudo bem, é que a viagem é no final de semana que vem.

– Até lá eu terei uma resposta.

– Tudo bem, eu vou ao mercado, quer alguma coisa de lá?

– Não eu estou bem. – Ela não estava bem.
P.O.V. Rony

O que eu ia fazer? Não sobreviverei sem a Hermione. Mas tenho que pensar no que é melhor pra ela. Mas o que é melhor pra ela, pode ser uma tortura pra mim.

Dizem que se a pessoa que a gente ama está feliz, isso é o bastante pra gente, e eu só quero fazer a Mione feliz, porém não quero ser infeliz, mas estaria sendo egoísta. Por que o amor é tão complicado? Merlin me ajuda. Não quero perder a Mione, mas também não quero a ver sofrer. Será que faço esse sacrifício? Ela com certeza têm uma forte ligação com os pais, não é só porque nós estamos namorando que eu vou separa- lá dos pais. Que confusão, por que as coisas não podem ser mais simples?

Eu amo aquela garota, morreria por ela. “Então fale pra ela viajar com os pais”. Uma voz na minha cabeça falou. E eu, como é que eu fico? “Pare de ser egoísta”. Não dá, o amor nos obriga a agir como idiotas. Mas e se fosse o melhor pra ela? Eu sou muito insensível, ela tem toda a razão. Acho que é melhor a deixar ir, e se ainda quiser quando voltar estarei de braços abertos.

– Que foi Rony? Você está assim faz um tempão e nem comeu direito.

– Não é nada Harry, é só que...

– Que...?

– Os pais da Mione querem que ela viajem com eles pro Canada.

– E ela vai?

– Não sei, e ela só está com essa duvida por minha causa.

– Por que diz isso?

– Porque se não fosse por mim, ela já estaria lá.

– O que você vai fazer? – Na hora que ele falou isso uma ideia me passou pela cabeça.

– Tive uma ideia, vou pedi- lá em casamento. Desse jeito eu tenho uma garantia de que ela voltara pra mim. A menos que ela diga não.

– Serio? Boa sorte. Quer ajuda com as alianças? Você tem um péssimo gosto.

– Pode ser. – Avisei a mamãe que iriamos ao Beco Diagonal e o que eu queria fazer.

Ela ficou muito feliz e me deu um abraço de urso estilo Molly Weasley. Assim que chegamos lá, fomos até uma loja de bijuterias, escolhi um anel simples, porém me deu um valor sentimental, não sei por quê. Paguei e voltamos pra casa. Arrumei-me pra visita- lá e fui pra sua casa.
 

P.O.V.: Hermione
 

Normalmente Rony vem me visitar cedo, já passava das 16hs e nada dele aparecer. Eu ainda não sei o que fazer, estou tão confusa. Por que a vida é assim Merlin? Alguém está batendo na porta, deve ser ele.

– Olá Rony, entre Hermione está lá em cima.

– Não estou mais. – Abri um sorriso quando olhei pra ele, só aqueles olhos pra me fascinarem tanto.

– Você está bem? – Ele me perguntou.

– Mais ou menos.

– Tenho uma surpresa pra você, mas não sei se vai gostar. Senhora Granger, o senhor Granger está em casa? – Okay, fiquei curiosa, o que ele queria com meu pai?

– Sim, quer que eu vá chama- ló? – Rony assentiu.

– Que surpresa é essa?

– Espere e verá, só mais uma coisa. Qualquer decisão que eu tomar vai ser pelo seu bem.

– O que? Do que você está falando? – Ao invés de me responder ele me beijou.

Alguém pigarreou atrás de nós. Era meu pai.

– Olá Weasley.

– Me chame de Rony se não for incomodo.

– Tudo bem, então...?

– É que... Eu... Queria... Pedir... Uma coisa...

– Peça... – Rony se ajoelhou na minha frente, é a segunda vez que ele faz isso, e retirou outra caixinha no bolso.

– Hermione Jean Granger, quer se tornar a senhora Weasley? – OMG, pera ai eu vou ali desmaiar e já volto.

Fiquei de boca aberta. Olhei pros meus pais e por incrível que pareça eles me incentivaram a aceitar.

– Você ainda pergunta? É claro obviamente, sem duvidas que eu aceito. – Ele deu um sorriso que foi de orelha a orelha. E eu o beijei.

– Por que está fazendo isso? Não que eu não tenha gostado porque eu amei.

– Então é por causa disso que eu vim também. Se não se importam senhor e senhora Granger eu quero conversar com Hermione em particular. – Ele me puxou pro meu quarto. Já era de casa né...

– E então...?

– É melhor você se sentar. – Achei melhor o fazer.

– É tão grave assim?

– Depende de como você encara a situação. Mione, eu quero que você vá com seus pais nessa viajem.

– O que? – Me levantei de um pulo e o assustei. – Como assim? Por quê? O que houve?

– É o melhor pra você, você conhece há mais tempo que eu, não posso simplesmente chegar e te tirar da companhia deles. Eu te amo, mas às vezes isso é preciso.

– Por que você está dizendo isso? – Isso me deu um aperto no peito.

– É o melhor pra você. Pode adquirir experiência no Ministério da Magia de lá.

– Mas Rony, eu não quero ficar longe de você...

– Você não vai ficar longe de mim.

– São dois anos.

– Dois anos? Eu pensei que eram só alguns meses.

– Não são. É por isso que não me decidi, estou completamente confusa.

– Por favor, Mione, faça o que estou pedindo. Eu irei te esperar, agora não sei você.

– Não sei se sobreviverei sem seus olhos, você é a razão da minha vida, eu não posso fazer isso.

– Pode e vai fazer.

– Rony como você me pediu uma coisa dessas? Está ficando maluco?

– Ainda não. Mione, eu sempre vou te amar. Quando a gente sente isso por uma pessoa, faz sacrifícios, e esse é o meu pra você.– Não posso mais conter lagrimas. – Não quero te fazer sofrer, só quero o seu bem.

– Mas...

– Nada de, mas. Estou decidido, eu vou te esperar, todo dia vou te mandar cartas e temos aquelas moedas da A.D.

– Você tem certeza do que está dizendo?

– Não, mas é pelo bem maior. – Ele secou minhas lagrimas e depositou um beijo na minha testa.

– Não vou suportar ficar longe de você.

– Nem eu, mas, dizem que a distancia aumenta o amor.

– Ah Rony, eu te amo mais que a minha própria vida.

– Eu também minha pequena, eu também...

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