Tentando Esclarecer Certas Coi

Tentando Esclarecer Certas Coi



– Como você descobriu onde eu moro? - ficou um pouco petrificada. Não esperava sua visita. Não mesmo.


 


– Tenho meus contatos. - Ron deu de ombros.


 


– Por que você está aqui? - Hermione não importou-se em ser rude ou não.


 


– Ah, lembrei que aquele dia nós tinhamos que tratar de negócios.


 


– Ah, não me diga que a outra empresa é a dos seus pais.


 


– Agora ela é minha. Será que posso entrar? Está meio frio aqui fora, sabe.


 


Hermione deu espaço na porta para que ele entrasse. Encararam-se por um tempo, e na opnião de Hermione a casa estava ficando quente.


 


Era realmente estranho estar ali na presença dele. Estranho e... excitante?


 


– Posso sentar? - perguntou após pigarrear.


 


– Sim, sinta-se em casa.


 


Ron olhou o corpo de Hermione atentamente. Ele havia mudado muito para um pouco mais de dois anos. Ela ganhara curvas, sua cintura agora definida e seios um pouco maiores. Estava vestindo uma camisola azul clara, um pouco acima dos joelhos, que marcava seu corpo, permitindo a Ron uma visão privilegiada. Segundo Ron, a casa estava ficando menor e mais quente.


 


Reparando o olhar de Ron sobre si, Hermione tratou de acrescentar:


 


– Acho melhor eu trocar de roupa. - encaminhou-se para seu quarto.


 


Ron ficou admirando-a sumir no andar de cima. Ele tinha ido lá com um intuito. O de falar sobre o projeto Watson e tentar convence-la a esclarecer certos assuntos pendentes. Mas ao vê-la daquele jeito... Sentiu sensações que a muito tempo não sentia.


 


Hermione foi quase voando para o quarto. Fechou a porta, mas esqueceu de trancar. Foi até seu closet procurar uma roupa mais decente, por falta de palavra melhor.


 


Não escutou a porta abrir e fechar novamente, muito menos a chave girar trancando, ou os passos ecoarem no cômodo. Só percebeu não estar sozinha quando sentiu dois braços (bastante fortes, diga-se de passagem) a envolverem em um abraço.


 


– Hermione... - Ron sussurrou ao pé de seu ouvido, fazendo-a arrepiar-se e amolecer em seus braços.


 


Beijou seu pescoço com volúpia, deixando transparecer sua excitação. Dizendo-lhe sem realmente dizer "Sinta o que você faz comigo"




– Ron... - Hermione suspirou "contra" sua vontade.


 


– Hum?


 


– Nós não podemos fazer isso...


 


– Por que não?


 


– Você vai me fazer trair Córmaco?


 


– Vou. Afinal, eu conheci primeiro. Só estou pegando o que eu meu por direito. - e voltou a beijar o pescoço dela.


 


Estava envolvendo-se demais naquilo, mas era inevitável. Ron exercia grande poder sobre ela. Estavam prestes a cometer uma loucura, de acordo com ela. Sentiu-se ser puxada e preensada contra a parede. Sem um aviso prévio sentiu seus lábios sendo atacados, em um beijo envolvente, cheio de carinho e explorador. As mãos de Hermione foram para na nuca de Ron, como um ato contínuo.


 


Uma vez, durante uma conversa que tiveram, Ron confessou que gosta de ter os cabelos puxados e apertados, desde então Hermione sempre o fazia.


 


Os beijos que trocavam foram se aprofundando. Enquanto as mãos de Hermione passeavam por seus cabelos, as de Ron iam de encontro à suas coxas, mas não ficando ali por muito tempo. Subiram até a cintura da moça, fazendo com que ela tremesse. Voltou as mãos a barra da camisola, tirando-a pela cabeça de Hermione.


 


– Você... é... muito... linda. - falou ofegante.


 


– E... você... está... muito... vestido. - respondeu no mesmo tom de voz. Enquanto Hermione só usava uma langerie branca, Ron ainda estava totalmente vestido.


 


– Apressada?


 


– Bom, já que vamos fazer isso, melhor que seja direito. - finalizou dando uma mordida no lóbulo da orelha do rapaz.


 


Voltaram a se beijar, agora com mais desejo e amor. Hermione começou a despir Ron. Tentou manter calma ao desabotoar a camisa dele, mas os botões não contribuiram muito. Em um ato de quase desespero e pressa arrancou alguns dos botõeszinhos "chatinhos".




– Eu preciso desta camisa para quando voltar.


 


– Devia ter pensado nisso antes. - as pernas dela foram parar nas cintura de Ron, e suas mãos voltaram ao pescoço dele, desta vez para se equilibrar. Ron, por sua vez, a segurou pela cintura, fazendo suas intimidades roçarem e os dois suspirarem de prazer, com esse simples contato.


 


O que acontecia em quatro paredes entre Hermione e Córmaco não chegava nem a unha do pé do que Ron fazia-a sentir. Só tiveram três momentos mais intímos, contado esta noite, mas fora tudo tão incrível. O que acontecia com Córmaco não poderia nem ser classificado como sexo. Ele só pensava em si, nas suas necessidades. Nem percebia que Hermione não sentia-se confortável com aquilo. Já Ron se importava com seu bem estar, importava-se que ela sentisse tanto prazer quanto ele. Entre eles existia amor.


 


Depois de chegarem ao ápice juntos, tentaram recuperar algumas batidas do coração que haviam fugido. Estavam completamente exaustos, ofegantes e sonolentos.


 


Ron estava por cima de Hermione, assim que recuperou suas forças, ou parte dela, rolou para o lado, livrando Hermione de seu peso, e não deu outra, Hermione logo em seguida suspirou aliviada.


 


Ela foi a primeira a levantar-se. Pegou um roupão qualquer e vestiu. Quando chegou a porta e girou a maçaneta teve uma surpresa!


 


– Ron, cadê a chave? - Hermione perguntou de costas.


 


– Onde você vai?


 


– Não é de sua conta. - disse virando-se par encará-lo.


 


– Já eu penso o contrário.


 


– Eu vou ver se Rose está bem. - respondeu impaciente.


 


– Ah, ela está aqui?


 


– Claro. Acha que eu deixaria minha filha só?


 


Ron deu de ombros.


 


– Cadê a chave, hein?


 


– Está aqui. - Ron apontou para a cômoda. Hermione fez menção de ir buscar, mas Ron foi mais rápido.


 


– Ron...


 


– Duas condições.


 


– Quais? - perguntou indiferente.


 


– Você me deixa ir vê-la com você, e depois nós conversaremos, para esclarecer toda essa situação.


 


– Ron...


 


– Hermione, me conta por favor. Eu quero saber o que está te afligindo. Me deixe te ajudar.


 


– Ron, é complicado...


 


– Por que é complicado? - insistiu.


 


– Certo, certo, eu conto. - disse derrotada.


 


– Ok, vamos ver nossa filha. E você vai me contar. - falou dando ênfase no nossa.


 


Hermione bufou. Odiava tocar nesse assunto. O que contou a Ginny e Harry foi uma parte de seu assunto complicado...


 


Ron vestiu sua cueca e calça e acompanhou Hermione.


 


Hermione abriu cuidadosamente a porta do quarto da filha, ela não tinha o sono leve, mas acordava com certos barulhos.


 


Ela entrou primeiro, Ron ficou parado na porta meio receoso. Nunca tinha visto a garota (claro) e agora estava prestes a vê-la, assim, de repente. Se pelo menos ela estivesse acordada...


 


– Ron? Você vai ficar ai?


 


– Ah, não, não. Já... já estou indo.


 


– Ora Ronald, não se acanhe. Venha.


 


A passos lentos Ron se aproximou do berço/cama da filha. "Ela é tão linda" o primeiro pensamento que formulou. Rose dormia tranquilamente, seu peito subia e descia em uma respiração ritmada. Seu rosto era sereno. Parecia um anjinho de tão angelical que estava.


 


– Você disse que ela se parecia comigo. - Ron falou encantado.


 


– E ela parece.


 


– Não, para mim ela é uma mini Hermione.


 


Hermione sorriu de lado. Sabia que ele ia falar isso quando a visse.


 


– Eu... eu posso tocá-la?


 


Aquela cena fora tão emocionante para Hermione. Momento pai e filha. Ron acariciou o rosto da pequena, que se mexeu um pouco, quase despertando. Ele a contemplou por longos dez minutos. Tempo suficiente para decorar todos os traços de seu rosto.


 


Hermione ouviu Ron fungar. Devia estar tão emocionado quanto ela.


 


– Te amo princesa. - por último deu um beijo na testa da filha.


 


– Você está bem Ron? - Hermione estava quase chorando.


 


– Melhor impossível.


 


Voltaram ao quarto.


 


– Espero não ter te forçado a nada. - disse sentando-se na cama.


 


– Não forçou. A muito tempo não me sinto assim. Viva.


 


– Você e Córmaco não mantém relações? - perguntou fazendo careta.


 


– Não exatamente. Córmaco é um egocêntrico. Para ele o mundo gira ao seu redor.


 


– Então? Vai me contar?


 


– Vou né... - suspirou pesadamente. - Bom, não sei nem como começar.


 


– Que tal, pelo começo?


 


– Haha, muito engraçado!


 


– Senta... senta aqui. - Ron indicou o espaço ao seu lado.


 


– Bem, você tem que saber que tive uma gestação muito complicada.


 


– Você usa muito esta palavra hein.


 


– Não me interrompa. Meu pai não queria que eu tivesse Rose, e, bom, fez quase tudo o que pode para impedir uma gravidez saudável. - Hermione encostou a cabeça no ombro de Ron, deixando algumas lagrimas rolarem por seu rosto. - Ele... ele... ele me torturava. Muito. Dizia que eu era a vergonha da família, que tinha vergonha de mim. Sempre que podia. Eu era como uma prisioneira. Ficava trancada em meu quarto. Só saia para comer ou ir ao banheiro, nada mais. Minha mãe não podia fazer nada. Ela até tentava me defender, mas meu pai é muito forte. Nunca pensei que fosse presenciar um cena dessas. Ele bateu nela. Não uma surra. Foi um tapa. Ron, meu pai disse que se um dia eu me atrevesse a te procurar ele te mataria. Eu fiquei com medo, muito medo. Ele me assombra. Não sei o que aconteceu. De repente ele ficou mau. Isso foi tudo culpa minha. Eu que causei isso. Ele te ameaçava todo santo dia. Sempre que eu estava perto. - recordar certos momentos doia muito em Hermione.


 


– Hermione, isso não foi culpa sua. Mas seu pai sempre me pareceu um homem calmo...


 


– Ele... ele não é. É isso que ele quer. Quer que todos pensem que ele é bonzinho. Assim ninguém suspeita.


 


– Continue...


 


– Tá. Aos cinco meses de gravidez, mais ou menos, eu tive Toxemia ou Pré-eclampsia. Pensei que fosse perder Rose. Um dia tive um sangramento e precisei ficar internada...


 


– Ér... O que é Pré-eclampsia?


 


– Ah, é uma doença que pode ser caracterizada por vários sintomas, como sangramento, dor de cabeça ou pés enxados, e principalmente pressão alta. A Pré-eclampsia pode restringir a circulação sanguínea para a placenta e o bebê, que pode ser perigosamente afetado. Se não for tratada pode causar a Eclampsia e levar mãe e filho ao obíto.


 


– Ah certo. E placenta é...?


 


– É um orgão que leva oxigênio e nutriente para o bebê quando ele está no útero da mãe.


 


– Ok, ok.


 


– Tudo deu certo, apartir dai. Rose nasceu com oito meses. Graças à Deus ela nasceu sã e salva. Me casei com Córmaco. Foi até bom por um lado. Não precisei ficar ouvindo meu pai me ameaçar, ou te ameaçar. Me senti livre, não por muito tempo, mas me senti. Córmaco não é o que se pode chamar de "marido exemplar". Nunca está presente. Grande parte do tempo viajando e trabalhando. Quando está em casa não está em casa. Nem sei porque me envolvi com ele. Prepotente.


 


– Você gostaria de se separar dele? - ela assentiu.


 


– Mas tenho medo.


 


– Medo de quê?


 


– Do meu pai, Ron. Se eu pedir divórcio a Córmaco será para ficar com você... Ele saberá que nós nos vimos e tenho medo do que possa te acontecer. Fiquei apavorada quando te vi na minha sala aquele dia, mas também fiquei bastante feliz.


 


– Também fiquei feliz em te ver. - Ron juntou seus lábios aos dela.


 


– Meu pai não pode nem sonhar que eu estive com você.


 


– Ele não irá saber. Acredita que eu me lembro de todas as palavras da carta que você deixou?


 


– Jura?


 


– Aham. Ouça:


 


"Ron e Ginny,


Espero que um dia vocês possam me perdoar...


Minha família e eu estamos nos mudando. Saindo da cidade. Deixando tudo para trás.


Juro que não queria isso, mas foi preciso. Não imaginam como estou me sentindo. É como se tirassem uma coisa muito importante de mim. O amor de amigos verdadeiros e de um namorado. Amo muito vocês. Nunca vou esquecer-me de tudo que vivemos. Foi muito bom conhecer vocês.


Achei melhor escrever, não sei me portar em uma despedida... Foi melhor assim...


Talvez um dia voltemos a nos encontrar. A vida da voltas...




Com amor,


Hermione"




– Cada palavra. Hermione, eu preciso de você ao meu lado. Sempre. Você é como uma droga. É viciante. Sempre vou querer mais.


 


– Mas e a Lilá, Ron?


 


– Não gosto dela. Estamos juntos por causa de Evangeline.


 


– Ah, que bom ter tocado nesse nome. Você poderia se explicar, por favor.


 


– Ah, é, eu ia te contar. - Hermione o encarou duvidosa. Tinha os lábios contraidos. Isso indicava desconfiança.


 


– Aham, tá, pode falar. Estou escutando.


 


– Ah, bem... Quando você foi embora fiquei um pouco deprimido... e um dia bebi muito...


 


– Você não bebe!


 


– Pois é, não lembrei disso nesse dia. Sou muito fraco com bebidas. Fui em um bar e devo ter tomado uns três copos de Whisky, um dos garçons disse que eu tinha ganhado uma bebida especial, e eu tolo aceitei. Era muito forte. Só lembro de ter dado dois goles, depois apaguei. Acordei em um quarto, com Lilá ao meu lado...


 


– Ronald, seu irresponsável de uma figa! - Hermione pegou um travesseiro e atirou nele.


 


– Hermione, não faz isso. Reconheço que a culpa foi minha, mas quando que eu ia pensar que era uma coisa como Boa noite cinderela?


 


– Sua mãe nunca te disse: "Não aceite nada de estranhos"? – Hermione estava agindo como mãe de Ron.


 


– Claro, mas eu estava bêbado porque você foi embora! - replicou.


 


– Viu, viu, eu disse que a culpa foi minha!


 


– Não, não foi.


 


– Foi sim.


 


– Não foi.


 


– Foi sim.


 


– Não...


 


– Cala boca e me beija.


 


– Não precisa pedir duas vezes. - Ron atendeu ao pedido prontamente.


 


E assim encerraram a noite em mais um momento de amor e prazer. O dia seguinte seria bem mais agitado...

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Comentários (1)

  • Mariana Berlese Rodrigues

    #MORRI  A-M-E-I <3 <3 <3  MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.* CHOREI AQUI :)ESSES DOIS EM?! AMOR ETERNO <3 <3 <3  

    2013-01-09
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