MENTIRAS



Daniel Voldemort Alan Audley Alcock pediu que Claire abrisse a porta das cobras entrelaçadas. Ela fez um movimento com a varinha e as cobras se soltaram umas das outras. Rose encarava Claire, indignada, mas ao olhar bem, percebeu que esta estivera chorando.


 Todos entraram em uma sala. O que não esperavam: Todos os sequestrados estavam lá dentro. O que realmente não esperavam: O lugar era um espaço enorme, com cadeiras de massagem, mesas fartas de comidas que cheiravam muito bem, uma lareira, luzes muito bem destribuídas, camas macias, um espaço reservado para quadribol, e por algum motivo estranho, um hipogrifo dormindo um cima de um tapete verde e prata ao lado de um grande caldeirão.


 Perto da porta, Albus, Ted e Alicia se encontravam presos atrás de grades. Eles se aproximaram. O cabelo de Ted mudou de cinza para roxo.


- Como pararam aqui? – Ginny perguntou desesperanda tentando, em vão, afastar as grades.


 Albus se limitou a lançar um olhar para Claire, que estava um pouco afastada. Ted já ia falar algo, mas Alicia, que parecia estar chorando por horas falou, entre soluços.


 - Eu n-não sei... Claire me trouxe aqui pri-primeiro... e depois Daniel brigou com ela falando sobre t-ter confundido os no-nomes. Acho que estavam falando da...


 - Alice! – Rose completou. Olhou para os lados para procurar a amiga, mas ela não estava mais lá. A ruiva entrou em pânico. – Cadê ela? E onde está o Daniel?


 Percebeu que Scorpius a encarava com cara de “eu tenho um plano”. Rose assentiu, mas tinha impressão que não iria gostar muito do plano.


 Scorpius apontou a varinha para as grades e proferiu um sonoro “Bombarda!”. Os bruxos se assustaram, todos levantaram as varinhas. Albus, Ted e Alicia estavam soltos. Scorpius repetiu o feitiço nas luzes rapidamente, tudo ficou mais escuro. Pegou na mão de Rose e eles correram pela grande sala. Claire tentava impedi-los lançando feitiços, mas eles se defendiam com outros. Rose ouviu a voz de Albus, parecia estar tentando impedir Claire, mas não olhou para trás.


 Malfoy abriu uma porta dourada ao lado de uma grande lareira. Os dois passaram pela porta e a fecharam. O lugar não era muito diferente dos túneis umidos e escuros, a diferença é que tinha um grande lago. Não conseguiam enxergar o teto do lugar, mas pareciam estar em meio a uma tempestade. O lago formava ondas violentas, que batiam contra as pedras que o cercavam, fazendo sons de trovões e jogando água para todos os lados.


Nos fundos, havia uma pequena montanha, com uma ponte frágil, que poderia cair a qualquer momento. Nela, Alice andava cuidadosamente.


 - Alice! – Rose gritava, se aproximando da margem, mas a amiga já estava muito longe e não ouvia.


 Daniel assistia tudo sentado em uma cadeira de praia comendo pipoca.


 - Seu idiota! Vai matar Alice e ainda tem coragem de assistir como se fosse um filme? – Rose gritava com Daniel. – E você não vai fazer nada? – Falou olhando para Scorpius. Mas não esperou uma resposta. Apontou a varinha para Daniel, mas antes que pudesse dizer o feitiço, ele já estava em pé, dizendo:


 - Expelliarmus!


 Rose não esperava por essa. Daniel era realmente rápido com feitiços. Sua varinha de cerejeira e pena de hipogrifo caiu perto de Scorpius.


 - Scorpius, a minha varinha! – Rose falou.


 Malfoy não se mexeu.


 - Scorpius... a minha... a minha varinha.


 Ele se abaixou e pegou a varinha. Ao se levantar, deu um breve olhar triste para Rose.


 - Scorpius. – Daniel falou. – A varinha da Weasley.


 Scorpius andou até Daniel e lhe deu a varinha. Rose não soube como reagir.


 - Achou mesmo que fosse tudo verdade? Que o seu fofinho salvaria seu dia? – Daniel falou com uma voz irritante, apertando a bochecha de Scorpius, que se encomodou com isso e se esquivou um pouco. – É uma pena... vocês realmente ficavam bem juntos. Mas você tem o sangue ruim. E Scorpius tem um grande futuro pela frente. Ah e acho que você não merece ter isso. – Daniel quebrou a varinha de Rose.


 


 


 

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