O TRIO VOLTA A INVESTIGAR
- Hermione, tem certeza disso? – Ron perguntava pela trigézima vez.
- Já falei que uma polissuco demoraria um mês e não temos esse tempo! Não é mesmo, Harry? – Hermione respondeu.
- Mas qualquer idiota nos reconheceria, não acha, Harry? – Ron inssistia.
- Harry, fale para o Ron que...
- Vou falar para pararem com isso! – Harry não sabia se ficava irritado ou se ria dos amigos. – Parece que voltamos aos tempos de Hogwarts!
- Bom... é essa a intenção, não é? – Ron falou. – Mas é sério, Hermione, entrar no hospital disfarçados de curandeiros...
- E que outra opção nós temos? – Hermione o interrompeu. – Os desaparecimentos voltaram, na última semana, um Macmillan e um Greengrass! Francamente, estou surpresa de nossa família ainda estar intacta!
- Bloody Hell, Hermione! Nem pense nessas coisas!
- É por isso que temos que agir logo. – Ela falou com mais carinho.
- Então vamos, o St. Mungus é logo ali na frente.
O trio entrou no hospital. Como sempre, cheio de bruxos com problemas esquisitos e os três não foram notados.
- Pronto? – Hermione sussurrou para Ron, entregando algo que parecia uma bala verde musgo.
- Era bem mais fácil quando tínhamos a capa da invisibilidade. – Ron falou com cara de nojo, encarando Harry. Ele pegou a bala e colocou na boca. Engoliu. Alguns segundos depois, o plano começou a dar certo.
A bala era um novo experimento de George. Ron começou a inflar como um balão e todos naquela sala poderiam jurar que ele explodiria a qualquer momento. Ele subia e descia no ar, acertando a todos.
- George disse que ele ficaria com a língua gigante, não que sairia voando no hospital! – Hermione falou indignada.
- Ele vai ficar bem, vamos! – Harry puxou Hermione pelo braço e os dois correram até uma pequena sala no final do corredor.
Ao sair da sala, ambos estavam vestidos como curandeiros. Todos estavam distraítos, tentando apanhar Ron. Harry e Hermione entraram no elevador.
- Acha que descobrir o que aconteceu com Frank e Alice Longbottom vai nos ajudar a desvendar todo o resto? – Harry perguntou.
- É uma chance! Os pais de Neville continuam vivos, mas desacordados... e foi tudo na mesma época. Talvez isso nos dê alguma resposta.
Conseguiram andar até a sala sem serem reconhecidos. Realmente era como se estivessem apenas dormindo. Seus rostos não demonstravam a expressão de preocupação que geralmente tinham. Pareciam até felizes.
- Neville está tão preocupado... – Hermione comentou em um tom baixo, tocando cuidadosamente nos cabelos grisalhos de Alice.
- É... – Foi tudo o que Harry conseguiu dizer. Ele e Neville tinham destinos muito próximos, e apesar do que a maioria dos bruxos pensavam, Harry acreditava que Neville sofrera tanto quanto ele.
- Essas eram as poções que eles estavam tomando! – Hermione exclamou. Estava prestes a pegar um frasco quando a porta se abriu. Era apenas Ron, ofegante e normal.
- Temos que correr... eu ví o Malfoy e... e ele dizia que estava vindo...
- Potter, Weasley, Granger. O que fazem aqui? – Draco falou ao entrar na sala com autoridade.
- Ela é Weasley agora! – Ron exclamou com raiva.
- Acredito que sabem que é proibido visitas sem autorização... Estão com roupas de curandeiros? Vai ser ótimo entregar o nome de vocês para o ministro, se querem saber. Ou acha que ainda consegue ser o queridinho de todos, Potter?
Antes que qualquer um deles respondesse qualquer coisa e fugisse da sala, a porta tornou a abrir.
- Harry! Ron! Hermione!
- Josh? – Hermione se perguntou o que o professor de defesa contra arte das trevas estava fazendo no hospital, mas o tom dele era de urgência, então deixou que ele falasse.
- Eu ví com meus próprios olhos! Harry... Ginny, ela sumiu! – Foi o que o professor falou.
- Como?! – Harry não conseguia acreditar no que acabava de ouvir.
- Estava no ministério, em um momento, ela estava do meu lado... depois ela grita e some!
- Não era aparatação? – Ron perguntou, também em desespero.
- Tenho certeza que não! – Josh respondeu. Hermione chorava, Ron e Harry tentavam parecer fortes, mas conseguia perceber o desespero neles, e Malfoy estava completamente sem reação. – Mais uma coisa... a marca, DVAAA... não apareceu como das outras vezes!
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