Perspectiva



A primeira semana de aulas passou rápido, deixando todos desorientados, com a sensação de estar perdendo alguma coisa. Os alunos do primeiro ano já haviam deixado de lado a admiração pela grandeza e beleza do castelo e agora lutavam contra a falta de tempo para terminar todas as tarefas e o sono, que agora acompanhava-os insistentemente, já que algumas vezes - lê-se quase sempre - precisavam ficar acordados até tarde para dar conta de tudo.


– Bem que poderia existir um feitiço pra esticar o dia, não é? – exclamou um cansado Teddy. Cansado por fazer um monte de deveres e por aturar muitas gracinhas com seu nome e olhares desconfiados. Parecia que todos estavam esperando o momento no qual ele transformaria-se em lobisomem pelos corredores de Hogwarts ou no salão principal em horário de refeição e sairia rumo à Floresta Proibida, deixando todos aterrorizados.


– Relaxa, cara. – dizia Sam – Depois eles esquecem de você e vão falar de outra pessoa... É assim mesmo: nós tememos o desconhecido; e o desconhecido, por enquanto, é você!


Teddy apreciava como Sam sempre tinha palavras sábias e estava disposto a cedê-las em forma de conselho.


– Eu só queria me encaixar, sabe? Ficar bem na casa que foi escolhida pra mim. – disse Teddy.


– Eu sei o que você precisa fazer para ser aceito! – exclamou Sam – Você precisa se destacar, ser muito bom em tudo o que for fazer... Sabe, nem todo sonserino vem de uma linhagem considerada boa. Há outras coisas que são valorizadas na Sonserina.


E então os três amigos ficaram em silêncio por um tempo, pensando.


– E quando é aquela reunião mesmo? – perguntou Sam. Teddy estava prestes a dizer “qual reunião?”, mas Laura foi mais rápida e respondeu animadamente: - Amanhã.


– Puxa, boa sorte, então. Sinto que vai ser preciso. Pra vocês dois! – e dizendo isto, Sam retirou-se.


– Ele precisa parar de fazer isso, você não acha? Hogwarts já mistério demais pra ele jogar mais um pouco no ar. – disse Laura. – Então, você tá pronto pra amnhã?


– Na verdade, não.! – respondeu Teddy sinceramente.


– Mas porque não? É só chegar lá, ficar um pouquinho, conversar com as pessoas...


– Esperar que alguém apareça com uma estaca de prata pra enfiar no meu coração... – debochou Teddy


– Não. As estacas de prata são para matar vampiros. – observou Laura e os dois riram. – Essas histórias de trouxa são ótimas. Muito criativas. Mas pensando bem, é melhor não conversar com tantas pessoas assim. Para evitar o risco! – e os dois riram ainda mais.



 



 -------------------------------------------------------------------------------------------------------


 


Teddy, Laura e Sam estavam cansados na biblioteca, terminando um relatório de herbologia particularmente complicado. Os trabalhos duravam muito mais tempo quando os faziam juntos, porém teimavam em continuar assim. Foi a forma que eles encontraram para permanecerem juntos, já que pertenciam à casas distintas. Enquanto o tempo passava, eles brincavam de sugerir diversas aparências para Teddy e assistiam à transformação. Então, liam algum trecho, incompreensível a princípio, de um livro qualquer, na tentativa de extrair dali certo conhecimento. E nesse ritmo planejavam concluir o dever de herbologia.


Divertiam-se tentando decidir a melhor forma para Teddy ir a tal reunião sonserina. Decidiram optar pela discrição: cabelos castanhos claros, mais claros que o habitual, olhos escuros, boca pequena, nariz impinado. Não ficou tão diferente do original, porém os garotos chegaram a conclusão de que desta forma foi mais vantajoso. Com o novo Teddy parecido com o usual, as pessoas lembrariam-se de alguém ao vê-lo, apenas não saberiam de quem. Se os três amigos criassem um novo menino, seria mais difícil explicar de onde este saiu.


– Será que não vão desconfiar? – perguntou Teddy.


– Não... Há muitas crianças do primeiro ano. Os mais velhos não decoraram a cara de todos ainda. Só precisamos inventar um nome pra você, agora. – resposdeu Laura, pensativa.


– Lewis. È perfeito porque deve haver outro por aí...  – disse Sam.


– Perfeito! – repetiu Laura, que estava muito feliz. Dava pra ver em seu olhar...


 


 


 


 


N/A : Demorei milhares de anos com esse capítulo, mas não se repetirá!


 


Quero agradecer a minha leitora Tarí Tinuviel  (que deve gostar de senhor dos anéis???) por acompanhar aqui. Eu li o teu cometário no menu da fic e eu acredito que não seja pressa não... Acho que, as vezes, eu tento enfeitar o texto, pra não ficar muito com cara de redação de quinta série, sabe. Aí,  eu vou mexendo, mudando algumas coisas, e em vez de arrumar eu acabo fazendo besteirinhas(pra não usar termos chulos aqui...). Mas eu vou prestar mais atenção e eu te garanto que vou melhorar.


 


 


Quero agradecer também a Tortuguita, que fez a minha belíssima capa. Precisando de capa, só falar com ela que eu tenho certeza que ela atende com carinho.


 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.