Peter Pettigrew



Os integrantes da Ordem da Fênix presentes na Mansão dos Dumbledore acordaram cedo.


-Bom-dia! - cumprimentou Aberforth quando Harry chegou à mesa da cozinha onde todos já estavam reunidos.


-Só se for para ti. Não dormi nada. - respondeu Harry mal-humorado.


-Nervoso? - perguntou Reamus que também aparentava não ter dormido muito.

-Ya. - respondeu o moreno servindo-se de sumo de abóbora.

-Tens a certeza que queres ir Harry? - perguntou Minerva preocupada.


-Tenho. - respondeu decisivamente.


-Está bem. - cedeu McGonagall - Vamos andando?


-Sim. Vamos. - concordou Albus.
Dirigiram-se à lareira e 2 minutos depois todos estavam na loja dos gêmeos.


-Oi malta! - cumprimentaram os dois ruivos.


-Oi! Onde está ele? - perguntaram ao mesmo tempo Harry e Reamus.


-Bolas! Que apressados. - riu Fred.


-Venham por aqui. - disse George indicando uma porta.

Eles seguiram por um corredor e uma escadas de madeira que subiam. Ao chegaram ao andar de cima havia mais um pequeno corredor. Eles pararam na última porta. Entraram e demoraram um pouco para se habituarem à escuridão.
O quarto tinha duas janelas mas essas estavam tapadas por grossos cobertores pretos de modo a que não desse para distinguir o local em que estavam.
Fecharam a porta e acenderam um candeeiro. Havia uma mesa pequena e retangular no centro da sala. Em cima dessa habitava uma gaiola com um ratinho que corria sem parar parecendo assustado.

Os gêmeos abriram a portinha da gaiola e por ela saiu o rato. Lupin rapidamente consegue agarrá-lo antes que ele fugisse.


-Todos sabemos quem és. Transforma-te agora ou as coisas vão correr muito pior para o teu lado. - disse Reamus ferozmente ao rato apontando-lhe a varinha.

Lupin largou o rato no chão e todos se colocaram à volta do animal. Este, olhou para todas as pessoas ali presentes e, não vendo opção nem saída, transformou-se em humano.
Todos continuaram com as varinhas apontadas ao homem.


-Ola Peter. - cumprimentou Harry sério.


-Harry! - exclamou Peter Pettigrew, também conhecido como Wormtail.


-Sim. É o Harry. O filho do teu melhor amigo. Melhor amigo esse que tu traíste! - atirou-lhe Reamus tentando controlar-se.


-Reamus. - disse Albus Dumbledore em tom de aviso.


-Professor Dumbledore! - exclamou Pettigrew espantado e ao mesmo tempo horrorizado.


-Sim. Sou eu Peter. Porque não te sentas? - perguntou Albus sorrindo.
O animago foi até à mesa de madeira e sentou-se na cadeira que tinha aparecido, ficando de frente para os outros.


-O que querem comigo? - perguntou Wormtail com a voz tremula.


-Fazer uma festa. - responderam sarcásticamente os gêmeos.


-Eu estou aqui por causa do James e da Lilian? - perguntou novamente amedrontado. - A culpa não foi minha. O Senhor das Trevas obrigou-me.


-A culpa não foi tua? Como é que tu tens a ousadia de afirmar isso? - Harry descontrolou-se - A culpa foi toda tua! Os meus pais estão mortos por tua causa. Sirius passou 12 anos em Azkaban por tua causa. Reamus não consegue viver bem por tua causa e eu não tive uma infância decente por tua causa!

Harry avançou para Pettigrew mas sentiu mãos a agarrá-lo. Eram Fred e George.


-Larguem-me! - ordenou Harry ainda tentando avançar para o verme sentado à sua frente, encolhido e a tremer.

Harry desistiu de saltar para cima de Wormtail.
Reamus foi até ele e pôs o braço à volta dos ombros do moreno. Afastou-o da mesa e levou-o até à parede. Harry encostou-se à parede com as costas e com uma perna dobrada e cruzou os braços. Como sempre acontecia quando se zangava muito, os seus olhos estavam vermelhos.
Albus, Aberforth e Minerva foram até eles.
Reamus estava com as mãos nos ombros de Harry tentando, em vão, acalmá-lo.


-Harry tu tens de te controlar. Tu tens grandes poderes e se te irritas eles podem descontrolar-se também e atingir as pessoas ao pé de ti. Fica aqui um pouco que eu vou lá falar com ele. - sugeriu Lupin.

Harry já tinha contado a Reamus, Minerva, Aberforth e a Ninphadora dos seus poderes e da sua descendência.
Ainda não tinha retirado os bloqueios mas uma vez que já não tomava as poções para os poderes não se manifestarem eles podiam-se descontrolar conforme os seus sentimentos.


-Ok. - respondeu num múrmurio.
Reamus foi ter com os gêmeos e Tonks que ainda estavam de volta de Wormtail a fazer perguntas. Ele, mesmo cheio de medo, não respondia.

Harry olhou para os Dumbledore e para Minerva. Eles, mesmo já tendo visto, assustaram-se ao ver os olhos de Harry vermelhos flamejantes.


-Desculpem. - murmurou Harry.
Com muito esforço, conseguiu controlar a sua raiva e os olhos voltaram, lentamente, ao tom verde esmeralda.


-Não gostas mesmo dele pois não? - perguntou Aberforth apontando com o polegar para trás das costas, para o lugar onde estava Peter.


-Só tu para veres isso. - respondeu Harry secamente. Aberforth colocou a mão no ombro de Harry.


-Desculpa. Não era isso que eu queria dizer. - explicou o moreno.


-Não faz mal. - respondeu Aberforth sorrindo.


-Já estás mais calmo Harry? - perguntou Albus.


-Já. - respondeu calmamente - Ei, Moony, sai daí. Sei como o pôr a falar.

Harry foi andando até Peter, seguido por Albus, Minerva e Aberforth. Estes três estavam um pouco apreensivos perguntando-se o que Harry quereria dizer com aquilo.
Reamus, Ninphadora, Fred e George ainda não tinham feito Wormtail falar.


-Harry o que vais fazer? - perguntou Tonks preocupada.


-Não te preocupes. Só vou falar com ele. - garantiu Harry - Prometo.


-Deixem-no. - ordenou Lupin à namorada e aos gêmeos.

Harry aproximou-se da mesa enquanto os outros se aproximavam também pondo-se ao lado, sendo que podiam vêr Harry e Peter.
O moreno fez um gesto com a mão conjurando uma cadeira. Agarrou na borda desta e rodou-a, ficando assim com as costas da cadeira viradas para Pettigrew.
Sentou-se olhando fixamente para o responsável pela morte dos pais.

-À quanto tempo não é? - perguntou Harry calmamente para o homem à sua frente.


-Quatro anos. - respondeu Wormtail olhando também fixamente para o rapaz.


-E lembraste do que aconteceu à quatro anos? - perguntou novamente Harry debruçando-se sobre a mesa.


-Sim. Sirius fugiu de Azkaban e ele e Reamus queriam matar-me. - respondeu estremecendo ao lembrar-se do acontecimento.


-Mas nem chegaram a tentar. - continuou Harry sorrindo.


-Não, porque... - Pettigrew calou-se.
Tinha percebido onde Harry queria chegar. Ficou de boca aberta por ter caído na armadilha do moreno.
Harry sorriu vitorioso assim como Reamus.
Para além deles os três mais ninguém percebeu o que se estava a passar.


-Que aconteceu? - perguntaram todos curiosos. Harry, Reamus e Peter nem ouviram a pergunta.
Harry levantou-se e colocou as mãos no meio da mesa, debruçando também o corpo.


-Já percebeste onde eu quero chegar Pete? - perguntou Harry para o homem que olhava para ele abismado - Eles nem chegaram a tentar porque eu impedi-os de matar-te. Eu salvei-te. Tu deves-me a vida. Tu tens o dever de me dizer tudo o que eu quero saber. Pois senão, estarás a desrespeitar o código dos feiticeiros. O que diria o teu mestre se soubesse que um dos seus Devoradores está em dívida para com o seu maior inimigo?


-Não lhe digas! Eu imploro-te! Eu digo-te tudo o que tu quiseres saber mas por favor não lhe digas nada. Ele turtura-me e mata-me se descobrir. - Pettigrew estava realmente a implorar.


-Eu não lhe digo nada. - concordou Harry.


-Não dizes? - perguntou Wormtail espantado com a afirmação do rapaz. 


-Não. Mas tu terás de responder a tudo aquilo que nós perguntarmos. Sem truques. Queros respostas honestas e diretas. Percebeste?


-Sim. - cedeu Peter.


-Ótimo. Então, o que sabes sobre os Horcruxes de Voldemort? - questionou Harry.


-Não sei muito. Sei que Lucius Malfoy tem um diário. Sei de um medalhão numa caverna. E sei que a cobra do Senhor das Trevas, Nagini, também é. - respondeu Wormtail.


-Tens a certeza que é só isso? - perguntou Albus.


-Sim é. - respondeu Harry antes que o traídor abrisse a boca para responder.


-Como sabes? - perguntou Pettigrew desconfiado.


-Legilimens natural. - respondeu indiferente - Próximo.


-O que é que Voldemort anda a preparar para não atacar à tanto tempo? - perguntou Aberforth.


-Eu não sei. - respondeu Peter corando um pouco.


-Como não sabes? - perguntou Lupin pasmo - Tu não és do círculo íntimo de Voldemort?


-O Senhor das Trevas já não confia tanto em mim. - respondeu corando ainda mais.


-Porque não? - perguntou Minerva.


-Porque eu falhei na minha missão.


-E qual era essa missão? - perguntaram Tonks e os gêmeos impacientes por ele estar a enrolar a conversa.


-Eu devia ficar a vigiar-te. - respondeu Wormtail olhando diretamente para Harry - Contudo depois perdi-te de vista. O Senhor das Trevas não gostou nada.


-Bem, se tu não sabes mais nada sobre os horcruxes então acho que acabámos. - finalizou Albus.


-Ainda não. - interrompeu o moreno e apontando a varinha para o animago disse - Incarcerous.


-Harry, o que estás a fazer? - perguntou Minerva apreensiva assim como os outros.


-A divertir-me. - respondeu dando um sorriso maroto para os gêmeos e passando-lhes a ideia mentalmente.
Os gêmeos deram também sorrisos marotos. Fred convocou uma máquina fotográfica que imprimia imediatamente as fotos assim que tiradas.
Harry, com um gesto da mão direita, fez a mesa mover-se para o outro lado da sala.


-Afastem-se por favor. - pediu George.

Fred, apontando a máquina a Peter Pettigrew tirou-lhe umas três fotos.
Harry pegou nas fotos e passou-as a Tonks.


-O que queres que eu faça com isto? - perguntou curiosa a metamorfomaga.


-Envia as fotos anonimamente para o Profeta Diário. - respondeu Harry.
Todos começaram a rir perante a ideia do rapaz.


-Será feito. - respondeu a rapariga animadamente.


-E agora? Este verme já não nos serve para nada. Que tal o soltármos e deixar-mos que ele sofra as consequências de Voldemort quando esta foto sair? - sugeriu Aberforth.


-Tentador. - admitiu Harry - Mas não o podemos soltar. Temos de o manter pelo menos até a 3ª parte do plano estar completa.


-Pois. Tens razão. Quando a iniciamos? - perguntou novamente o irmão do diretor.


-Depois falamos sobre isso. Acho que era mais seguro se o levássemos para a Sede. - opinou Minerva.


-Sim. É melhor. - concordou Albus.

Tonks conjurou um pano grosso.


-Podes voltar à forma animaga Pettigrew. - disse Harry.

Peter, percebendo que seria melhor fazer o que eles dissessem voltou à forma de rato e entrou na gaiola. Reamus fechou a gaiola e cobriu-a com o pano conjurado pela namorada.

Harry, Albus, Aberforth, Minerva, Reamus e Ninphadora voltaram para a Sede e deixaram os gêmeos a retirar as grossas cobertas das janelas.

Prepararam um quarto pequeno. Cobriram mais uma vez a janela e baixaram todas as fotografias que existiam no quarto por precaução.
Deixaram a gaiola numa mesa e descoberta, com alguma comida.

Foram almoçar. Harry estava um pouco deprimido e só brincava com a comida pois não tinha fome nenhuma. Tinha o responsável pelo assassinato dos pais na mesma casa que ele mas não podia fazer nada.
Todos tinham percebido esse humor em Harry e tentavam animá-lo. Porém Reamus foi o único que lhe conseguiu arrancar um verdadeiro sorriso.


-Quando Voldemort fôr derrotado nós os dois juntos matamos aquele verme. E Bellatrix Lestrange também. 


-Obrigado. - agradeceu o moreno.


-Harry, vences-me numa partida de xadrez-feiticeiro? - perguntou Aberforth.


-Obviamente! - respondeu Harry rindo.

O resto da tarde passou-se a jogar jogos uns contra os outros. Deixando as preocupações e as reflexões para a noite, riram durante todo o tempo.


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OIOIIOIIO!

Tá fixe? Eu gostei mt de escrever este cp.
Espero que voces gostem de o ler pois deu trabalho.

COMENTEM E DEEM NOTA!!!!


H.D.  

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Comentários (2)

  • Harry Dumbledore

    Oi Ana! Vou passar agora na tua fic. Bjs e obrigado por comentares.H.D.

    2012-09-06
  • Ana Marisa Potter

    Tambem achei um máximo estou á epera do proximo parabens e continua. Já agora da uma passadela na minha fic Harry Potter e as feiticeiras brancas

    2012-09-05
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