O Orfanato
Harry, conforme o planeado, estava à porta do salão principal à espera que os outros chegassem. Os primeiros a chegar foram Lupin e Tonks que agora estavam a namorar. Logo depois chegaram Dumbledore e McGonagall. Saíram os cinco e após cerca de 5 minutos de caminhada chegaram aos portões de ferro de Hogwarts.
-Muito bem. Tu Apareces com Reamus e Ninphadora, Harry. - indicou Dumbledore - Eu vou com Minerva. Vamos lá.
Eles aterraram mesmo em frente à porta do orfanato. Era um prédio velho e desabitado. Estava inteiro mas era muito sombrio. Harry foi em frente e abriu a porta ultrapassando-a e sendo seguido por todos. Dumbledore a partir daí postou-se à frente do pequeno grupo e começou a andar. Todos estavam com as varinhas na mão, prontos para qualquer ataque mas esse ataque não veio. Nada aconteceu e chegaram rapidamente ao quarto que em tempos fora de Tom Marvolo Riddle.
Quando chegaram à porta Harry ouviu uma voz:
-Sangue... cheira-me a sangue. Quero matar... ragar... cortar...
-Ouviram isto? - perguntou Harry.
Todos olharam para ele com um olhar inquisidor. Ninguém tinha ouvido nada. Harry, lembrou-se então, que no seu segundo ano em Hogwarts ele também ouvia uma voz que mais ninguém ouvira. Essa voz provou-se ser no final um Basilisco. Era isso! Havia um Basilisco no quarto!
-Há um Basilisco aí dentro. - informou Harry.
-Um Basilisco? Aquele monstro que tu enfrentaste e mataste na Câmara dos Segredos? - perguntou Dumbledore.
-Esse mesmo. - afirmou Harry. - Isto é uma prova de que está aqui um Horcrux. Ele não se preocuparia em deixar um Basilisco num local onde não houvesse nada.
-Como passaremos pelo Basilisco? - perguntou McGonagall.
-Tu não podes falar com ele e pedir para não nos atacar? - perguntou Lupin mesmo já sabendo a resposta.
-Não. Ele está a mando do Riddle. - disse Harry começando a perder as esperanças de apanhar aquele Horcrux.
-Então, não podemos olhá-lo nos olhos, certo? - perguntou Tonks.
-Certo, senão é morte instantânea. E se o olharmos por qualquer tipo de reflexo ficamos petrificados. - Dumbledore respondeu por Harry.
Assim que ele acabou de responder Harry sorriu. Tinha tido uma idéia. Não sabia se daria resultado mas era a única que tinha.
-É isso! - exclamou Harry assustando a todos.
-É isso o quê Harry? - perguntou Reamus.
-O olhar do Basilisco mata as vítimas se fôr visto sem reflexos. Mas se fôr visto com reflexo petrifica. Podemos usar isso contra ele. - ao ver que eles não estavam a perceber nada continuou - Entramos com um espelho e fazemos com que ele olhe para nós. Ele vai ver os seus próprios olhos e vai ficar petrificado.
-É uma ótima ideia. Muito bom Harry! - elogiou Tonks feliz com a brilhante ideia de Harry.
-Mas e se não funcionar? - perguntou Lupin.
-Bem, não temos mais ideias por isso vamos ter de correr o risco. - declarou Dumbledore também sorrindo para Harry.
Minerva conjurou um espelho e aumentou-o. Todos agarraram no espelho e Harry disse:
-Aconteça o que acontecer não baixem o espelho.
Dumbledore abriu a porta e todos entraram. Meteram o espelho bem centrado e rezaram para que desse certo. Ficaram assim cerca de 1 minuto até que Harry decidiu que aquilo já tinha sido tempo suficiente e disse aos outros para baixarem o espelho. Quando o baixaram, viram o Basilisco deitado e petrificado. Sorriram uns para os outros e em seguida lembraram-se da razão de estarem ali. Harry e Dumbledore viraram-se para a parede onde ficava o guarda-fato e todos os outros seguiram o seu olhar. Harry arregalou os olhos e Dumbledore levantou as sobrancelhas. O guarda-fato não estava mais ali. Os outros perceberam o que eles estavam a procurar.
-O guarda-fato desapareceu. Ele deve tê-lo escondido noutro local. - disse Tonks.
-O guarda-fato talvez mas o Horcrux está neste quarto. - informou Harry.
-Como sabes? - perguntou Reamus.
-Consigo sentir. E além disso, ele não deixaria aqui um Basilisco só porque sim. - declarou Harry.
-O Harry tem razão. O Horcrux está aqui. Eu também consigo sentir. - disse Albus. - Vamos procurar.
Reviraram o quarto todo. Não foi difícil pois haviam poucos móveis. Havia uma cama, uma cômoda e uma estante ainda com uns livros.
Harry aproximou-se da estante para vêr os livros e reparou numa coisa estranha. Os livros tinham datas e cada um tinha uma letra mas não era de todo o alfabeto. Eram só algumas. Estavam todos desorganizados.
-Hey! Venham ver isto. - pediu Harry sem tirar os olhos dos livros - Estes livros têm datas. E estas datas são de mortes importantes. Temos de os organizar.
Tiraram todos os livros e voltaram a organizá-los cronológicamente. Quando acabaram ouviram um barulho. Como um trinco a ser aberto. Olharam novamente para os livros e viram as letras agora já organizadas. As palavras formadas eram: LORD VOLDEMORT.
-Harry diz qualquer coisa em Serpentês. - sugeriu Dumbledore.
-Abre-te! - disse Harry em língua de cobra.
Ouviu-se outro barulho e a estante afastou-se um pouco da parede.
-Reamus. Ajuda aqui. - pediu Harry. Ele e Reamus postaram-se de um lado da estante e começaram a empurrar para o lado contrário. Depois de muito esforço e muita força conseguiram. A estante fora afastada deixando à vista, junto à parede, uma escada que descia. Era um pouco profundo. À luz das varinhas deviam ser uns 7 metros de profundidade.
-Vamos descer? - perguntou Harry.
-Vamos. - concordou Dumbledore.
Harry agarrou-se à escada com uma mão e com a outra iluminou a varinha apontando-a para baixo. Chegou ao chão e afastou-se para que os outros tivessem espaço. Reamus vinha logo atrás dele e aterrou ao seu lado. Depois veio Dumbledore seguido de Tonks e Minerva. Nesse momento todos olharam para a frente. Era uma sala pequeno e escura. E no meio, um guarda-fato dourado. O mesmo guarda-fato que, em tempos, Dumbledore incendeara. Caminharam até ele com as varinhas bem firmes nas mãos. Harry foi para a frente e abrio-o. Sentia-se uma grande energia maligna. Dentro do guarda-fato havia uma caixinha de ouro. Harry levou a caixinha para perto de todos. Abriu-a e todos puderam ver o que estava lá dentro. Era uma taça. Uma taça de ouro com um texugo no meio. Era a taça de Helga Hufflepuff. Era linda. Não tiveram muito mais tempo para admirar aquele tesouro pois em seguida ouviram um barulho.
Viraram-se todos para a frente e viram 5 raios verdes a vir na sua direção. O maior raio era dirigido ao rapaz que segurava a caixa, Harry. Harry sabia o que aqeles feitiços eram, Maldições da Morte. Lembrou-se da carta que recebeu de Voldemort e aquelas pessoas que estavam com ele eram aquelas que, segundo o seu inimigo, morreriam primeiro. Harry não podia deixar que isso acontecesse então, como se visse as Maldições em câmara lenta, deu um mortal para trás, livrando-se da sua. Depois lançou um feitiço a Lupin e Tonks fazendo com que eles voassem para o lado e as maldições não lhes acertaram. Finalmente, num momento de desespero quando as maldições estavam quase a acertar Dumbledore e McGonagall, saltou à frente deles recebendo as duas maldições em cheio no peito. Tudo isso aconteceu em 2 segundos mas, para os presentes, aquilo demorou minutos... horas.
Harry caiu para trás de olhos fechados. Todos correram para ele. Dumbledore, que fora o único que percebeu que feitiços eram aqueles, tinha lágrimas a escorrerem pela cara, porém ninguém percebera isso pois estavam a tentar reanimar Harry. Ao perceberem que não conseguiam, Minerva virou-se para ele.
-Não conseguimos rea... Albus, tu estás a chorar? - perguntou incrédula e todos se viraram para olhá-lo - Não te preocupes. Poppy consegue curá-lo.
-Vocês não sabem que feitiços eram aqueles? - perguntou ele ainda a chorar.
-Não. Que feitiços eram? - perguntou Reamus com a voz a tremer.
-Maldições da Morte. - respondeu baixando a cabeça. Sentia-se muito culpado pelo que acontecera. Harry saltara à frente deles para protegê-los. Não devia ter permitido isso. Não conseguia acreditar que Harry Potter estava morto. Não queria acreditar. Harry era uma das pessoas mais importantes na sua vida. Ele deveria tê-lo protegido. Desejava que tudo aquilo fosse um pesadelo e que pudesse acordar, mas, infelizmente, isso não acontecia.
Aqueles pensamentos repetiam-se na cabeça dos outros presentes na sala. Reamus e Tonks estavam abraçados a chorar. Minerva tentava conter as lágrimas mas sem sucesso. Apesar de não admitir ela gostava bastante de Harry. Quando Dumbledore o fora levar a casa dos Dursley era pedira para ele deixar o rapaz com ela. Cuidaria dele como se fôsse seu filho, mas Dumbledore não permitira. Contudo quando o moreno entrou na escola ela fazia tudo o que fosse possível para estar sempre de olho nele e para poder ajudá-lo no que precisasse.
Reunindo toda a coragem que tinha e também que não tinha, Reamus afastou-se de Tonks e aproximou-se de Harry. Muito devagar pôs a mão em cima do seu pescoço.
-Não acredito! - disse Reamus levantando-se e falando mais para si que para os outros. - Como é possível?!
-Eu sei Reamus. - disse Tonks, ainda chorando, num tom baixo e de compreensão.
-Ele está vivo!!! - disse Reamus sorrindo largamente.
-O quê? - perguntaram todos espantados e assustados.
-Reamus isso é impossível. - disse McGonagall com mágoa e amargura. - Ele em bebé sobreviveu a uma Maldição da Morte mas acho que duas já é demais.
Lupin aproximou-se dela e pegou na sua mão. Guiou-a até Harry e baixaram-se. Colocou a mão dela sore o coração de Harry e alguns segundos depois ela sorriu.
-Ele está vivo! - disse também e foi abraçar Albus.
-Mas como? Como é que um rapaz pode sobreviver a 2 Maldições da Morte?
-Não sei, mas temos que o levar rapidamente para Hogwarts. Ele está muito fraco e respira pouco. Acho que ele ainda pode estar em risco. - disse Tonks preocupada mas já um pouco mais aliviada.
-Vamos rápido. - ordenou Dumbledore levantando Harry e pondo o braço do rapaz sobre os seus ombros, Aparecendo em seguida com ele. Chegaram todos aos portões de Hogwarts mais ou menos ao mesmo tempo e foram a correr para a Ala Hospitalar com Harry a flutuar em cima deles. Estavam todos em aulas então os corredores estavam vazios. Chegaram à Ala Hospitalar esbaforidos. Madame Pompfrey logo preparou uma cama. A curandeira fazia parte da Ordem da Fênix então eles contaram-lhe tudo enquanto ela dava poções e mais poções ao rapaz deitado na cama do Hospital. Ela ficava cada vez mais estupefacta mas não era por isso que parava com o seu trabalho.
Bom, eu não faço ideia de como ele sobreviveu mas com este rapaz, nada é impossível. Infelizmente, as notícias não são as melhores. Ele ainda está em risco de vida. O que posso fazer agora é continuar a dar-lhe poções e esperar que ele acorde. Não vale a pena levá-lo para S.Mungus. Agora tudo o que podemos fazer é esperar e rezar. Não digam a ninguém que ele está aqui. Se alguém souber vou estar sempre a ser interrompida e os amigos dele não me deixarão trabalhar.
-Eu digo que ele está na minha casa. Ninguém sabe onde é. - prontificou-se Dumbledore ainda com os olhos rasos de água, assim como os companheiros.
-Muito bem. Agora saiam! - ordenou Madame Pompfrey
-Mas Poppy... - começou Minerva.
-Mas nada! - cortou Poppy - Vocês querem ou não que este rapaz sobreviva?
-Claro que queremos. Mas queremos estar com ele. - afirmou Lupin indignado.
-Se vocês estiverem sempre aqui a interromper-me não vou conseguir cuidar dele. Vão almoçar, devem estar com fome.
-Está bem. Mas depois do almoço eu volto. - Dumbledore disse isso num tom de voz que não aceita negação.
-Está bem. - cedeu Poppy derrotada - Vá! Agora vão. E não digam a ninguém que ele está aqui.
Os professores e Tonks foram-se embora, deixando Poppy a olhar preocupada para o rapaz.
-Ahhh! Este rapaz... tão novo mas com um peso às costas tão grande...
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E então que acharam? Ficou chato???? Espero que não. Pronto mais uma Horcrux encontrada. Só faltam 4! Eu sei que segundo a JK são so 6 mas eu tive mais ideias e meti 7. Eu preciso de saber o que voces estão a achar. Eu tenho muitas ideias mas quero agradar-vos. COMENTEM POR FAVOR!!!!!
H.D.
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