Alívios de última hora
Capitulo 7- Alívios de última hora.
Rose e Ron estavam parados em frente à Toca, tinham acabado de aparatar nos jardins.
-E então filha, vamos indo? Todos estão te esperando lá dentro, mas antes sua mãe quer te ver lá em cima no quarto de sua tia Gina.- começou Ron puxando a filha pela mão.
-Espera pai!- Rose havia travado. Sentiu o chão sumir sob seus pés ao ver a Toca totalmente iluminada por luzes, com um longo tapete vermelho na entrada. Era possível ouvir murmúrios de animadas conversas na sala de recepção e isto há estava apavorando.
-O que foi minha Rosinha? Algum problema?- perguntou Ron preocupado com a palidez da filha.
-Argh! Pai, eu não vou conseguir, estou muito nervosa, todos estão lá dentro! E se eu acabar passando vergonha?- perguntou a menina apreensiva.
Ron olhou carinhosamente para a filha. Sabia como ela se sentia, herdara seu típico nervosismo.
-Vem comigo Rose. – disse ele pegando a mão da filha e se encaminhando para um banquinho embaixo de uma arvore no qual ele costumava sentar com Hermione quando eram namorados. Sentaram um ao lado do outro.
-Filha, sabe, você não precisa ficar nervosa, somos a sua família, e a maioria dos convidados te viu crescer. – começou ele.
-Eu sei pai, não é exatamente isso que esta me deixando nervosa. – explicou-se Rose.
-Então o que é? Tem alguém lá dentro que você quer impressionar? – questionou curioso.
-Sabe pai, eu nunca falei sobre essas coisas com você, sempre falo com a mamãe. – desvencilhou-se ela.
-Ah, claro, tudo bem... quer que eu chame sua mãe?- perguntou Ron constrangido.
-Não precisa, só estou um pouco nervosa, você acha que eu estou, sabe, bonita?- perguntou Rose corando furiosamente.
-Mas é claro que esta! Você esta linda, já lhe disse isso. – afirmou Ron não entendendo onde a filha queria chegar.
-Ãn, pai, eu sei que já me contaram esta história milhares de vezes, mas tem uma coisa que eu preciso perguntar, e tem que ser pra você. –confessou nervosa.
-E o que é? – perguntou ele também nervoso.
-Quando você namorou aquela garota, Lilá, você já gostava da mamãe? O que eu quero saber é se, vocês homens, mesmo saindo e paquerando outras, podem estar gostando de uma?- perguntou Rose parecendo constrangida.
-Bom, sim, mesmo saindo com a Lilá eu já gostava da sua mãe. É complicado, eu estava com ciúmes da sua mãe e acabei namorando com outra pra me vingar dela, por ter beijado aquele Vitor Krum. – explicou Ron sentindo as orelhas avermelharem- Mas isto é só uma duvida, não é? Você não esta passando por isso, está? – questionou.
-Ah! O que? Não, é claro que não, era só uma duvida... –disfarçou Rose- Vamos então? Já estou mais calma, melhor encontrar a mamãe logo antes que ela tenha um ataque de nervos... – brincou.
-Oh sim, vamos logo. –concordou Ron ainda meio desconfiado pelas perguntas da filha.
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Ron e Rose deram a volta nA’Toca e entraram pela porta dos fundos. Subiram sorrateiros pela escada. Rose olhou para baixo e reconheceu Luna Lovegood conversando com Minerva McGonnagal, diretora da escola e seu primo James falando com Victórie, porem não conseguiu encontrar Alvo.
Subiram mais um lance de escadas e chegaram à porta do quarto de Gina.
-Bem, eu fico por aqui. – disse Ron ligeiro.
-Por que pai? Não vai entrar?- perguntou Rose.
-Ãn, não, sabe... é, sua mãe me falou algo sobre este ser o momento das meninas –comentou fazendo uma careta- Vou ficar lá em baixo com seu Tio Harry... E se prepare, tem uma surpresa ai dentro pra você. – deu um beijo na testa de Rose e desceu as escadas parecendo aliviado.
Rose achou graça do pai, respirou fundo, não conseguia imaginar que mais surpresas ela teria do que uma festa com vestido de debutante trouxa, abriu a porta e entendeu perfeitamente do que se tratava.
-Vovó!!- exclamou e correu para abraçar sua avó materna que encontrava-se sentada na cama ao lado de Hermione e Gina conversando alegremente.
-Oh! Minha netinha, como você cresceu!- exclamou a avó abrindo os braços para o abraço.
-Ah vovó que saudade!- disse Rose pulando sobre a avó e a derrubando deitada sobre a cama.
- Cuidado com as minhas costas menina, a coluna da vovó não é mais a mesma! – brincou enquanto levantava sorridente do tombo.
-Cadê o vovô? –perguntou Rose felicíssima- Quero dar um abraço nele também!
-Seus dois avôs estão lá em baixo conversando sobre coisas do mundo trouxa e do mundo bruxo, sabe como eles são, não é?- informou Hermione sorrindo para a filha.
-Ah sim, papai me disse que este seria o momento das meninas. – contou Rose. Hermione e Gina caíram na risada.
-Tivemos de dizer isto, se não, ele e o seu tio Harry iriam querer ficar aqui escutando conversa e lhe dizendo para se afastar dos meninos, dois ciumentos que são. – disse Gina fazendo graça.
-Ronald ainda se sente enciumado com a possibilidade de Rose começar a namorar?- questionou sua avó, mãe de Hermione.
-Mas é claro mamãe, acho que Ron vai se sentir enciumado até depois do casamento de Rose! Ele tem ciúmes da Gina até hoje!- brincou Hermione com a mãe.
-Isto é verdade, ele e Harry até hoje se sentem meio constrangidos quando eu e Hermione fazemos alguma brincadeira sobre nossos casamentos. – contou Gina.
-Eu me lembro do seu pai, quando era sobre você e possíveis namorados Hermione, sempre achei graça disso. – comentou a mãe de Hermione.
-Nem me lembre!- exclamou Hermione rindo-se – Mas então, Rose, gostou do vestido? – perguntou a filha- Você esta tão bonita!
Neste momento Gina, Hermione e a Avó materna de Rose pararam para observa-la.
-Acho que a minha neta é a menina mais linda desse mundo. – disse a Sra. Granger emocionada.
-Você esta tão linda Rose, que até parece uma princesa! Alvo vai perder os sentidos quando te vir!- exclamou Gina animada dando uma piscadinha para a sobrinha.
-Ah, o que? Que isso tia Gina... – começou Rose constrangida.
-Ora, pare com isso, eu sei que vocês se gostam há muito tempo. Qualquer um percebe. – comentou Gina para Rose.
-Alvo? Seu filho, Gina? –perguntou Sra. Granger.
-Ele mesmo!- concordou Gina sorrindo feliz.
-Ótima escolha Rose, ele é um garoto muito bonito, e educado também!- comentou a Sra. Granger- E da pra ver nos olhos dos dois que estão apaixonados.
-Esta tão na cara assim? – questionou - Bem, eu realmente gosto muito do Alvo, mas tenho sérias duvidas sobre ele. – confessou Rose corando as bochechas.
-Sim, esta na cara que vocês se gostam, e acredite no que estou dizendo mocinha, ele também gosta de você, só não sabe demostrar. – disse Gina muito convicta- Não sei se você sabe, mas tanto eu quanto a sua mãe que tivemos que tomar a iniciativa com seu pai e seu tio, por que se dependesse deles...
-Provavelmente acabariam criando teia de tanto esperar... – completou a Sra. Granger rindo gostosamente.
-Mamãe!- repreendeu Hermione segurando o riso.
-Sua mãe esta coberta de razão Mione, se esperássemos por eles, ainda não teríamos casado. – brincou Gina - Só espero que Alvo não tome o mesmo rumo, se não Rose, você terá de tomar uma atitude... – concluiu ela.
-Estou perdida!- exclamou Rose desanimada.
-Ânimo filha, talvez Alvo seja mais rápido que seu pai e seu tio... – consolou Hermione.
-E você terá uma ótima oportunidade hoje! –afirmou Gina- E ainda tem o finalzinho das férias, e terá o ano todo em Hogwarts para conseguir alguma coisa.
-Em Hogwarts? Oh não, não, não... – começou horrorizada- se tem de acontecer algo, que seja nessas férias, se voltarmos a Hogwarts ele vai voltar a sair com todas as garotas e provavelmente vai esquecer de mim. - disse Rose.
-Tem um detalhe minha querida, ele é seu primo, nunca vai te esquecer, e você ainda tem todos os motivos para ficar perto dele. Aproveite garota! – disse a Sra. Granger dando uma piscadinha para a neta.
As três mulheres e a menina caíram na risada. Passaram alguns minutos até conseguirem acalmar os risos.
-Mãe, Gina, vocês podem nos dar licença? – pediu Hermione quando aos poucos pararam de rir.
-Claro! Nos encontramos lá em baixo Rosinha. – disse Gina e saiu rapidamente do aposento.
-Até mais minha flor, e não esqueça, seja confiante! Você esta linda. – disse a Sra. Granger e saiu apressada pela porta atrás de Gina.
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Hermione e Rose ficaram sozinhas no quarto. Hermione se aproximou da filha e a levou até a grande janela do quarto de Gina.
-Tenho mais uma coisa pra você. – disse carinhosamente.
-E o que é?- perguntou Rose curiosa.
-Feche os olhos e me dê sua mão. – disse Hermione fazendo mistério. Rose obedeceu.
Ficaram durante uns segundos em silencio, Rose pode sentir a mãe se afastar lentamente, demorou um pouco e voltou. Pegou na sua mão e em um dos dedos colocou algo. Rose reconheceu ser um anel.
-Já pode abrir os olhos. – disse Hermione não escondendo a expectativa na voz.
Rose abriu os olhos lentamente, a luz do luar entrava sorrateira pelo quarto iluminando o espaço. Olhou para o dedo e lá viu um lindo anel de ouro, trabalhado em um circulo em cima do dedo e no centro do circulo ocupando o espaço, uma linda letra R.
-Uau, mãe é lindo!- foi o que conseguiu dizer.
-Quando eu tinha 15 anos, também ganhei um desses, sua avó o fez das alianças de casamento dela e de seu avô. E agora eu fiz um para você. – contou Hermione com emoção.
-Obrigada mãe, eu adorei!- disse Rose emocionada enquanto dava um forte abraço em sua mãe – Eu te amo.
-Eu também te amo, minha flor. – respondeu Hermione não contendo as lagrimas.
-Mãe, você esta chorando?- perguntou Rose achando graça.
-Oh, desculpe filha, acho que me emocionei um pouco. – disse Hermione secando as lágrimas e sorrindo para a filha- Muito bem, agora vamos, esta na hora de você descer, todos estão esperando.
Saíram do quarto e pararam ao topo da escada. Rose começava a ficar nervosa e Hermione sabia o motivo.
-Não se preocupe, você está deslumbrante, ele vai babar!- brincou Hermione- Agora vou descer e dizer a todos para se prepararem para a sua descida, espere aqui, mando alguém lhe buscar. – informou Hermione, deu um beijo no rosto da filha e desceu apressada.
Rose concordou com a cabeça. Não conseguia pronunciar nem uma palavra. Agora estava realmente entrando em desespero, ouvia muitas vozes virem da sala e ficou se perguntando quantas pessoas deviam estar ali, sentiu o estomago embrulhar.
Ouviu alguns passos na escada, e olhou apressada tentando ver quem era, quando se deparou com Hugo, seu irmão, subindo correndo pelos degraus.
-Rose?- chamou ele.
-Aqui!- sussurrou ela nervosa.
Hugo virou o rosto em sua direção e quando há viu, parou de imediato. Olhou para os lados, incrédulo.
-Quem é você?- perguntou fingindo-se de apavorado.
-HÁ-HÁ-HÁ, muito engraçado. – retrucou ela.
Hugo riu gostosamente enquanto Rose rolava os olhos.
-Maninho, me diz uma coisa, o Alvo esta lá embaixo?- perguntou aflita.
-Está sim, obviamente, todos estão lá em baixo– respondeu Hugo debochado- Mas sabe, eu não entendo por que você sempre pergunta só pelo Alvo, não entendo mesmo. – disse sarcasticamente.
-Você entende sim, sabe, é da mesma forma que você sempre pergunta pela Lily. – retrucou Rose sorrindo debochada.
-Ótimo, vamos esquecer esta conversa, prometo não tocar mais no assunto. –retrucou Hugo rindo com a irmã.
-Sobre o que estávamos falando mesmo?- brincou Rose- Não consigo lembrar, acho que alguém me lançou um feitiço do esquecimento.
-Não faço ideia, devem ter acertado este feitiço em mim também... – concordou Hugo risonho.
-Perfeito!- exclamou Rose rindo-se.
-A brincadeira está boa, mas, seria ótimo se você pudesse pegar no meu braço para descermos esta escada logo, mamãe mandou eu te buscar e acredito que ela deva estar achando que estamos pondo fogo na casa agora. – disse ele rolando os olhos.
-Verdade, melhor irmos logo!- concordou Rose que depois da pequena brincadeira que tivera com o irmão, esquecera de todo o nervosismo que estava sentido. Hugo tinha este poder sobre ela, de fazê-la esquecer dos problemas e aflições enquanto estavam juntos. No final das contas, mesmo sendo um menino travesso, Hugo sempre fora um bom irmão.
-Só mais uma coisa... – sussurrou Hugo quando desciam os degraus sob os olhares boquiabertos, surpresos e emocionados dos convidados.
-O que é?- perguntou Rose em um fio de voz, imediatamente recuperando a aflição e o nervosismo.
-Você esta linda!- elogiou Hugo, sorrindo carinhoso para a irmã. Não era muito de elogia-la, na verdade era constrangedor para ele fazer isso, mas percebendo o nervosismo da menina achou que seria bom confessar que estava impressionado com a beleza da irmã, afinal, nunca a vira tão radiante.
-Ufa! Obrigada. –agradeceu Rose em um suspiro de alivio, sabia que Hugo mesmo sendo... bem... o Hugo... não era um mentiroso, e se a estava elogiando, devia ser verdade. Respirou aliviada, deu um largo sorriso e desceu os últimos degraus da escada enquanto ouvia uma onda ensurdecedora de Felizes Aniversários, Parabéns e votos de felicidade.
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N/A: Olá meus amados leitores! Gostaria de agradecer a cada um de vocês pelos comentários e por estarem acompanhando a fic, vocês são incriveis, são como o gás do meu fogão, como a bateria do meu notebook- o que eu quero dizer é que são minha inspiração- pois é com a ajuda e o carinho de vocês que a magia acontece.
Sei que fui um pouquinho malvada adiando mais um capitulo para a tão esperada festa de 15 anos de Rose, mas achei interessante mostrar - mais um pouco- as complicações emocionais da nossa Rosinha, afinal, adolescentes são assim mesmo, fazem drama, enrrolam e acima de tudo, pensam com o coração. Beijos para vocês e até o próximo - e tão esperado- capitulo!
Comentários (3)
awn, que lindos! Dois irmãos que se entendem tão bem :D Mione deve se sentir orgulhosa de ter filhos tão maravilhosos! Amei o capitulo, posta logo o próximo!
2013-02-27Ameiri muito da rose e do hugosuper fofo o Rony : )
2013-02-23Ameeeei!!! e posta logo o próximo kkkk
2013-02-23