Se for pra acabar com a vida..

Se for pra acabar com a vida..



Duas semanas se passaram, e eu não troquei nem uma palavra com James Potter. Não que tivéssemos alguma coisa para conversar. Eu amava ele, ele me odiava, e fim de papo. Nada que eu fizesse poderia mudar isso, já que ele não acreditaria em mim. Na verdade, nem eu acreditaria em mim mesma."


"Nossa. Isso deve ter sido bom para sua auto-estima"


"Não se mete.


E nessas semanas, coisas realmente irritantes aconteceram comigo. Coisas que Dorcas insistia que era culpa do destino. Como se o destino pudesse colocar pó-de-mico no seus shorts de Educação Física e explodir seu almoço"


"Uma vez o destino me fez tropeçar e cair no meio da rua"


"James, seus cadarços estavam desamarrados"


"DESTINO!"


 


-Eu realmente não sei como isso aconteceu – falei.


Depois do incidente do pó-de-mico, eu fui mandada para a diretoria. Para meu pesar, Dumbledore havia saído, e eu tive que me explicar para a Profa. McGonagall. Não que ela não fosse legal, mas com Dumbledore a gente riria da situação e eu ainda ganharia bala.


Dessa vez, não tinha bala.


-Seu trabalho sumiu. Seu almoço explodiu. Seu uniforme está infectado – disse Mcgonagall – Alguma coisa está errada.


Olhei para o lado e observei como as flores de plástico amareladas e empoeiradas do escritório de McGonagall eram belas.


-Lily, eu quero ajudar – disse ela, ao ver que eu não respondia – Isso é sério.


-Ok então – disse, me virando para ela – Quer saber o que está acontecendo? Acontece que uma pessoa nessa escola realmente me odeia e está tentando destruir minha vida.


-Agora a coisa está começando a ficar interessante – murmurrou McGonagall, se recostando no espaldar da cadeira - E você desconfia de alguém?


-Marlene McKinnon – respondi, sem hesitar.


-Isso é uma acusação muito séria – ela franziu o cenho.


-Mas você que perguntou... Ah, deixa pra lá.


-Só tem uma coisa que você pode fazer – ela foi se ergueendo lentamente da cadeira, em um gesto dramático – Investigar o caso.


-Oh meu Deus – exclamei, sem poder acreditar – Você é uma agente secreta da CIA!


-O quê? Não! - ela acenou com a mão, mas pareceu mais contente – Só acho que você deve arranjar mais provas e depois acusar McKinnon.


-Mas... Você acredita que tenha sido ela?


-Bem, alguém tem que ser o culpado – McGonagall deu de ombros – Agora vá para sua aula, se não vai chegar atrasada.


Me levantei e fui sair, mas quando eu cheguei na porta, me virei.


-Professora McGonagall? - chamei, e ela ergueu a cabeça dos seus papéis – Como exatamente eu vou descobrir quem está por trás disso?


-Elementar, meu caro Watson.


 


"Essa conversa foi realmente útil em duas coisas: Primeiro, eu vou comprar um livro do Sherlock Holmes para McGonagall de aniversário. Ou um binóculo infravermelho, ainda não me decidi. E segundo: Eu ia começar a investigar."


"Você fez isso errado"


"Coméqueé?"


"Você investigou, mas esqueceu de usar uma boina xadrez e um charuto"


"James?"


"Hm?"


"Vai dormir, vai"


"MAS VOCÊ TÁ NA MINHA CAMA"


"E o sofá existe pra quê?"


"Para a gente se aga..."


"NÃO TERMINA ESSA FRASE!"


"Se agachar e fazer musculação, era isso que eu ia dizer"


 


-Você realmente acha que foi ela? - perguntou Mackenzie, quando íamos ao banheiro, com a aula quase no fim. Quando ela apareceu, Dorcas misteriosamente sumiu. Ela ficou nove anos comigo como sua única amiga, e vice-versa, e agora que Mackenzie é minha amiga, ela tem constantes crises de ciúmes.


Não que eu não goste disso.


Fala sério, todo mundo ama ser amado.


-O que você quer dizer? - perguntei, me aproximando do espelho para arrumar o cabelo..


-Vai que não é McKinnon que está fazendo isso. Vai que você perca todo seu tempo investigando e não chegue a lugar nenhum.


-E quem você sujere que seja o culpado?


-James Potter? - ela respondeu, como se fosse óbvio.


Estaquei.


-Vou vomitar.


E corri para uma cabine.


 


"Se ela tivesse tomado Activia, isso não teria acontecido"


"Se eu tivesse tomado Activia, isso sairia pelo outro lado"


"Ah..."


"Naquela hora eu fiquei desesperada. Não podia aceitar isso. Mas a verdade parecia tão... Óbvia, que eu realmente não conseguia acreditar.


Havia uma possibilidade da pessoa que eu amava estar tentando destruir minha vida.


Quem suporta isso? Fala sério. Situações assim só acontecem em filmes de romance clichês e em livros que o autor fica sem ideias. Mas sempre acontecem coisas assim na vida de Lily Evans... Né não?"


"Não"


"Mas porq... DESGRAÇADO, SAI DA CAMA, SAI, SAI! TO GRAVANDO AQUI, PÔ"


 


-Dorcas...


-Não quero saber.


-É importante...


-E eu com isso?


-É super ultra mega interessante.


-Tá, o que é?


-Mas você não queria saber...


-Me conta antes que eu jogue o livro de Física na sua cabeça.


Sorri. Dorcas estava tendo mais um de seus ataques de ciúmes, ao me ver com Mackenzie. Mas tenho que dizer, finalmente ela me deixou sozinha com Dorcas. Mas não sem antes dar um discurso de como seu primo era chato. E nas palavras de Dorcas: "Eu realmente não confio nessa garota. Se eu fosse você, pegaria o máximo de Doritos que pudesse e correria para as colinas". O que o ciúmes faz com uma pessoa...


Contei sobre o meu plano para Dorcas. Conforme minhas fontes de informação (os garotos que eu acabara de tornar popular com minhas matérias) McKinnon ia dar uma festa em sua casa no final de semana, e convidou todo mundo. E essa seria uma oportunidade perfeita de me vingar. Faria coisas terríveis com ela (como jogar pudim no tapete persa da sua mãe), por "acidente", e quando a gente fizer aquelas rodas de discussão, eu vou fazer ela admitir.


Brilhante, não?


-Isso não vai dar certo – disse Dorcas.


-Por quê?


-É imbecil. Ninguém admite uma coisa assim, nem mesmo se derrubar pudim no tapete. E vai saber se ela tem mesmo um tapete persa.


-Minhas fontes são confiáveis, ok?


-Ah, e quem te disse isso? Mackenzie?


-Não, eu... - comecei a falar, mas notei uma coisa diferente no meu armário. Um pedaço de papel grudado na porta, que eu realmente não tinha deixado lá.


"Não continue com essa palhaçada. Não se meta nos assuntos alheios, nos deixe em paz. Esse é só o começo".


Era o que dizia.


 


"Eu acho que sabia o motivo disso. Nas últimas semanas, eu tinha colocado mais 12 alunos nas fileiras dos populares. A maioria das pessoas havia gostado da nova compania. Mas os populares dos populares, os intocáveis, não ficaram muito satisfeitos. Só podia ter sido um deles que me mandou o bilhete"


 


O sinal já tinha tocado, e eu e Dorcas ficamos enrolando e acabou que só sobrou nós na escola. Bem, era isso que achávamos, até Sirius Black aparecer, vindo do corredor que iriamos entrar. Ele pareceu assustado ao me ver.


-Lily? Que bom te ver! Vamos embora, conversamos lá fora... - ele nos puxou pela mão e começou a nos arrastar para o lado contrário.


-Ei, espera! - puxei minha mão – Você me ignora por semanas e depois diz que está feliz em me ver?


-Eu, bem... - ele lançou um olhar nervoso para o corredor de onde veio.


-O que tem lá? - perguntei, apontando para lá.


-Nada! - ele respondeu, rápido demais.


-Então tá – comecei a andar para o lado que ele me puxou, e por um segundo Sirius pareceu relaxar.


Até eu me virar e entrar correndo no corredor ao lado.


E presenciar uma cena que eu realmente não esperava.


James Potter beijando Mackenzie Fanny.

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Comentários (1)

  • Chrys

    aiiiiiiito ficando tensa com essa históriaaaaJames Potter vc eh um cachorro!!!!argh!tah parei! soh precisava desabafar!ansiosa pelo proximo cap como sempre!!! kkkkbjos!!! 

    2012-09-22
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