∞ Capítulo I



Primeiro Capítulo


... Ou era uma vez


A suave melodia contrastava com a brisa, deixando aquela música clássica ainda mais emocionante e doce. Ninguém cantava, apenas o instrumental de "Once Upon a December" era ouvido pelos ruídos do castelo a aquela hora. Não era cedo, a maioria das pessoas estavam acordadas, e, entre elas estava a dona da caixinha de onde a música saia. Marlene McKinnon encontrava-se debruçada sobre a janela de seu aposento, observando o gramado dos jardins do castelo sendo banhados pela luz do sol e lentamente sacudidos pelo vento triste da primavera. Um dia antes de seu aniversário, Marlene encontrava-se ali. Solitária de um jeito depressivo. Mas aquilo havia motivo, o motivo era a morte de sua mãe, há quase vinte anos atrás quando a rainha deu a luz a filha. O rei, seu falecido pai, lhe contara tudo sobre ela e, inclusive, lhe dera a caixinha de música da qual falamos. Aquele era o instrumental preferido de sua mãe, que ela sempre escutava para lembrar-se dela, geralmente sentando aos pés da cama e encarando a grande pintura que havia da rainha em seu quarto. Parecia que, as vezes, Marlene podia ouvir a risada ou até mesmo o perfume dela quando encarava o retrato fixamente, mas deveria ser impossível.


Ela fechou os olhos por um segundo quando ouviu, ao longe, o badalar relógio, indicando que logo sua irmã Mabel ou a criada Héstia - ou as duas juntas - iriam aparecer para lhe avisar que era hora do café, talvez até mesmo virem lhe acordar quando fosse outra ocasião. Dito e feito, após alguns minutos, Mabel e a criada entraram às discussões no quarto da McKinnon mais velha, que apenas riu entre os dentes e continuou com o cotovelo apoiado no parapeito da janela e a cabeça na mão. Mabel, com seus cabelos castanhos - que ela herdara do pai das duas - e os olhos negros brilhantes - feitio de Bellatrix, mas o que diferenciara era o brilho contagiante que os da atual rainha não continham - sempre odiara a criada, mas ela própria não sabia o motivo, apenas não ia com a cara dela como sempre dizia. Héstia cansou da discussão, fez uma mínima reverência as duas e se retirou, resmungando alto como uma velha caduca contrariada.

- E eu ainda não entendo o porque que vocês tanto discutem - Marlene suspirou divertida, erguendo-se na posição desconfortável e espreguiçando as costas.

- Já disse, não gosto daquela menina - Mabel retrucou fulminando a pobre porta da qual Héstia acabara de passar.

- Não posso dizer que vou com a cara dela - a morena deu de ombros e dirigiu-se ao quarto de banho, lavando o rosto tentando fazer com que o clima meio depressivo cessasse. Não teve muito efeito, mas ela sentiu-se mais acordada - Mas deixa pra lá.

Ela voltou ao quarto, secando o rosto em uma toalha felpuda branca. Mabel recompos-se e jogou os cabelos e ambas se encararam. Não aguentaram muito e começaram a rir sem um motivo, Marlene apenas ria de Mabel, que se dobrava com o rosto já vermelho. Quando as duas conseguiram se controlar, a mais nova sentou na cama enquanto a outra escolhia um vestido no cabideiro. Quase como de costume, escolheu um azul com o espartilho aberto, da qual ela usava apenas quando no castelo, já que nunca gostava de parar de respirar por causa daqueles laços terrivelmente fortes.

- O mensageiro deixou uma carta - ouviu sua irmã dizer enquanto se trocava atrás do biombo - E um presente.

- Para quem? - Marlene perguntou, prendendo a respiração para amarrar o último laço do corpete.

- Vou ler - Marlene saiu de trás do biombo, ainda ajeitando o vestido enquanto sua irmã pegava um bilhete e lia em voz alta:


Querida Marlene, esse é um presente adiantado de muitos que ainda virão. Mas, por ora, é o mínimo que eu posso lhe dar aniversário, e gostaria que usasse no baile.


 


Com amor,


Gideon Prewett


 


Ao terminar de ler, Mabel segurou uma crise de riso. Mas percebeu que foi em vão quando focou os olhos na irmã, que esfregava as têmporas de um jeito frenético enquanto andava de um lado para o outro.


 


- Ele não desiste nunca - ela murmurava quase que repetidas vezes - Quando, meu Deus, ele vai entender?


 


- E tem o presente - a castanha disse, secando algumas lágrimas do riso - Vou buscar, um minuto.


 


Marlene atirou-se na cama. Gideon Prewett era um princípe de um das terras mais distantes do castelo dos McKinnon, e ele e o irmão gêmeo partiram de sua terra para conseguir uma noiva e continuar seu legado. Mabel já havia se acertado com Fabian, e ambos se amavam imensamente desde os dezesseis anos de idade, mas Marlene não aceitava casar-se com Gideon por causa do orgulho de uma mulher sensata. Ela afirmava que, se não fosse por amor, não casaria de jeito nenhum. Esse comportamento da menina não era bem aceito aos olhos do alto clero da realeza, reis e rainhas. Seu pai fora o único a aceitá-la daquele jeito.


 


Suspirou pesadamente, de um jeito cansado ao pensar que Gideon talvez nunca desistiria.


 


- Aqui - Marlene foi desperta de seus pensamentos pela voz e passos apressados de Mabel ao entrar no quarto.


 


Ela endireitou-se e sua irmã deixou uma caixa entre as duas. Marlene prendeu a respiração e tirou a tampa enfeitada com um laço rosa berrante, revelando um vestido belíssimo. Era de um vermelho intenso como sangue, feitio dos lábios da morena, e talvez contrastasse de uma maneira inebriante. Seus olhos brilharam com a possibilidade experimentá-lo, mas sabia que isso seria como aceitar o pedido de casamento do Prewett.


 


Mabel suspirou com admiração vendo a peça, mas torceu os lábios quando o mesmo pensamento que Marlene havia tido à pouco lhe chegou a mente.


 


- É melhor não aceitar, Marlene - ela lhe assegurou, como se não soubesse que era isso que a irmã faria.


 


A morena concordou com a cabeça e fechou a caixa novamente, empurrando-a em seguida para o meio da cama. Mais uma vez, ela suspirou, e encarou o retrato da mãe como se perguntasse “O que eu faço?”.


 


Siga em frente. Não ligue pra isso, mas sim pro seu coração. Ele vai te ajudar a fazer o que é certo.


 


Piscou repetidas vezes após essa voz entrar de penetra na sua cabeça. Era uma voz doce, suave e tranquila. Era a voz de sua mãe. Ela já tivera a vaga lembrança de lembrar da voz dela uma vez, mas como era possível se a falecida rainha só falara com ela no seu leito de morte? Quando a menina era recém-nascida? Era simplesmente impossível. Mas, ela não se recusou um sorriso ao ouvir a voz dela.


 


- Marlene? Você está bem? - Mabel a acordou de seus pensamentos novamente.


 


Ô, mania.


 


- Estou... Sim - balançou a cabeça, e fixou os olhos em Mabel, que a olhava de um jeito preocupado - Só... A cabeça cheia - levantou-se da cama levando consigo a caixa com o vestido, deixando a em uma cadeira alheia.


 


Quando voltou a encarar a irmã, Marlene viu que Mabel mantinha os olhos pensativos no quadro de sua mãe. Às vezes, ela semicerrava os olhos e lançava um rápido olhar a irmã parada, a encarando com um sorriso compreensivo.


 


- Você é meio parecida com ela - concluiu sua irmã, por fim levantando da cama.


 


Marlene assentiu com a cabeça, e, no mesmo momento ouviu-se a voz fina e enjoante de Héstia vinda das escadas:


 


- SENHORITAS, HORA DO CAFÉ - sim, ela berrou.


 


As irmãs se entreolharam, uma revirando os olhos e a outra sorrindo. Por fim, elas desceram. A criada estava a beira da escada quando elas chegaram e fez uma breve, muito breve, reverência de um jeito que Héstia quase não se curvou direito, sendo repreendida por uma das outras criadas. Mabel passou pela loira com o nariz empinado enquanto Marlene foi ao seu lado, sorrindo calmamente de um jeito típico.


 


À mesa foi algo realmente interessante, diferente dos outros dias. Bellatrix resolvera aparecer, tomando o café com a filha e a enteada como se fosse uma coisa muito normal. Ela falava com as meninas, que se entreolhavam e respondiam o mais baixo possível, o que fazia a atual rainha rir e lhes encorajando a falar mais. Por fim, as três chegavam a dar animados risinhos com as falas de cada uma.


 


- Querida enteada, mais tarde precisarei falar com você - Bellatrix disse, levando o copo de cristal aos lábios enquanto encarava Marlene.


 


- Está bem. - a morena assentiu, passando as mãos no vestido para ajeitá-lo.


 


Um tempo depois, o mensageiro apareceu ligeiro perto da mesa, deixando um aviso de que os Prewett chegariam logo. Não era de uma grande surpresa, pois os gêmeos sempre apareciam para comemorações ou apenas para passar o dia no castelo dos McKinnon. Marlene suspirou disfarçadamente quando as irmãs levantaram para ir aos jardins enquanto esperavam os gêmeos.


 


E logo chegaram Fabian e Gideon, montados cada um em uma cavalo branco - o que na opinião da mais velha, era muito clichê - e com o jeito imponente de cada um. Eles tinham mínimos detalhes que os diferenciavam, por exemplo: Fabian era mais alto e parecia ser um pouco mais sério que o irmão, com seus cabelos curtos e arrepiados, de um castanho escuro. Já Gideon era loiro com os cabelos mais compridos, e o senso de humor malicioso. Ambos tinham os olhos azuis dos Prewett.


 


Mal o pobre Fabian desmontou do animal e Mabel correu para seus braços, o recebendo com um beijo caloroso. Marlene andou até eles lentamente, ao contrário da irmã e abraçou o cunhado quando ela permitiu. Mabel fez um breve aceno para Gideon, que estava mais preocupado em encarar a morena com um brilho ofuscante nos dentes brancos.


 


- Senhorita - ele lhe tomou a mão, dando um suave beijo nas costas da mesma mais sem deixar de olhar o rosto pálido de Marlene.


 


A menina sorriu, puxando a mão de perto dele lentamente. Gideon continuava do mesmo jeito, mas o sorriso havia se alargado. Os quatro caminharam juntos até as escadarias, Marlene, a irmã e o cunhado conversando animadamente enquanto o loiro ia atrás silenciosamente, às vezes concordando quando Fabian lhe perguntava alguma coisa.


 


- A princesa - ela estremeceu parando subitamente quando Gideon se inclinou atrás de si, falando quase em seu ouvido - Teria um minuto?


 


Marlene assentiu, virando-se e ambos seguiram para um lado mais afastado. Ela não se surpreendeu nada nada quando aquela cena que lhes persegui todas vezes que se encontravam se repetiu, mas não sem antes ele perguntar sobre o vestido, se ela havia gostado.


 


- Sim, gostei, mas... - e então, sua mão foi pedida em casamento mais uma vez.


 


E mais uma vez, ela recusou. Alegando com todas as forças de que não teria um casamento sem amor e tudo que ele já havia ouvido diversas vezes da parte dela, mas continuava insistindo. Ele baixou a cabeça, como se estivesse decepcionado, mas continuou sorrindo quando voltou a encará-la.


 


- Eu peço, por favor, que não insista - Marlene baixou o tom de voz e caminhou de costas, enfim correndo para o castelo atrás de Mabel e Fabian, que quando a enxergaram, fizeram como se nada houvesse acontecido.


 


XXX


 


- Ela recusou de novo - Bellatrix suspirou, já de seus aposentos. Após o café, quando a filha e a enteada saíram na espera dos Prewett, sorrateiramente ela voltou para seu quarto para assistir toda aquela cena da janela da pedra.


 


Ela afastou-se da janela, andando de um lado para o outro e encarando o chão enquanto dizia:


 


- Que menina ingênua! Fará vinte anos amanhã e ainda está solteira!


 


- Sim, majestade - Peter Pettigrew, o criado gorducho com feitio de uma porta concordou com a rainha. Ele era como um papagaio para Bellatrix, mas só respondia o que ela queria ouvir.


 


Bellatrix Rosier Black, já que não concordara em mudar de nome quando se casou com o rei, filha de um imperador. Tinha os cabelos pretos e sem vida, assim como os olhos. Podia assumir um semblante delicada muitas poucas vezes, mantinha sempre o falso ou o mal-humorado.


 


- Ela sabe muito bem que não será linda daquele jeito para sempre! - continuou com um tom de voz fingidamente dramático - Não conseguira se manter como eu consegui, tem de arranjar um marido antes de que comece a envelhecer. - e levantou a cabeça, fixando os olhos escuros no criado que nada havia dito - Não acha?


 


- Sim, majesta...


 


- Exatamente.


 


Ela apoiou o cotovelo no braço da poltrona e esfregou uma das têmporas, quando ouviu uma batida na porta. Pettigrew a abriu, deparando-se com um homem alto, imponente e extremamente bonito.


 


- Queria falar comigo, prima? - Sirius Black, primo de Bellatrix, também filho de um imperador, já que toda a família Black se encontrava na monarquia. Apenas ele desistira de tudo e fugira de casa com seus dezesseis anos de idade, morando por um tempo na casa do amigo James Potter e então, com o dinheiro que o tio lhe deixou ao falecer, foi morar em uma casa rústica na floresta perto do castelo do falecido rei McKinnon, sendo muitas vezes reconhecido como o melhor caçador da região.


 


-Sirius! Quanto tempo não lhe vejo! - Bellatrix abriu os braços para abraçar o primo, que não se moveu um só segundo, fazendo-a recobrar a postura após ser ignorada - Sim, queria - falou num tom mais frio - Para convidá-lo para o aniversário de minha enteada.


 


- Aniversário? - ele balançou a cabeça, começando a andar em volta do aposento, examinando tudo que via apenas para provocar a outra - Da princesa?


 


- Sim, querido primo - revirou os olhos quando ouviu a rainha - Será um baile de máscaras.


 


- E eu lá tenho cara de quem vai ou de quem tem uma máscara? - o homem estreitou os olhos ironicamente para ela.


 


- Se você não tivesse saído de casa, teria - ela deu de ombros e sentou-se em uma poltrona de veludo. Sirius bufou - Mas isso não é problema, aqui - inclinou-se para o lado da poltrona, pegando uma caixa um pouco grossa e comprida e alcançou para ele - Um terno, um par de sapatos, uma máscara. Tudo que precisa para vir.


 


- Não lhe garanto nada - ele pegou a caixa - Ainda não sei o motivo de você querer que eu vá, mas não importa - Bellatrix sorriu - Agora tenho que ir - revirou os olhos e fez uma mesura a ela.


 


- Até o baile - a rainha sorriu, mais concentrada em observar as mãos.


 


Sirius revirou os olhos enquanto saia. Retirou-se do aposento, mas, enquanto descia as escadas, seus olhos se cruzaram com as da princesa. As orbes azuis o encararam por um tempo, e Marlene corou quando ele exibiu um sorriso simpático, que não deixava de ser lindo. Cada um seguiu para seus caminhos e Sirius não impediu que tal pensamento lhe ocorresse:


 


Talvez esse baile fosse interessante.


 


xxx


 


- Majestade queria me ver? - a princesa disse à porta.


 


- Oh, sim querida - ela sinalizou para que a mocinha senta-se ao seu lado, o que ela fez hesitantemente - Queria lhe entregar algo que seu pai pediu antes de falecer.


 


Ela observou a madrasta afastar-se da poltrona e ir até o cabideiro, tirando dele visivelmente um vestido, mas ele estava coberto por uma capa.


 


- Era de sua mãe. - e entregou-o nos braços de Marlene, sorrindo de um jeito convincente.


 


- Obrigada - o sorriso da morena era muito mais verdadeiro, mas não vinha ao caso. Era até meio emocionado.


 


- Não foi nada - de repente, a rainha sentiu-se incomodada - Pode ir agora.


 


A mocinha esforçou-se para não rir, ela estava gentil demais para ser verdade.


 


Bellatrix tinha voltado à janela, e não viu a mesura da enteada e muito menos a saída dela de seu quarto. Mas logo, quando percebeu que não havia mais ninguém no quarto ou perto dele, ela afastou-se e dirigiu-se ao sofá novamente, levantando o forro do mesmo.


 


Embaixo dele havia um espelho. Não era muito grande, nem pequeno, com as bordas de um cristal fino e puro. Dentro dele não havia o reflexo da madrasta, mas sim sombras que se moviam lentamente, como se cobrissem algo em sua prisão escura.


 


- Agora, meu espelho - a rainha murmurou para o vidro - Diga-me: Há uma mulher mais linda do que eu?


 


Quando ela terminou a fala, as sombras se dispersaram, revelando um rosto. Não bem um rosto, mas sim uma máscara de feições duras e contornos mais escuros que a névoa que o rodeava. A máscara respondeu com uma voz grossa e penetrante:


 


- Não, majestade. És a mais linda de todas.


 


- Claro. - Bellatrix sorriu maldosamente, e voltou a guardar o espelho no forro do sofá, sentando-se em seguida.



E talvez, mas um dia, ela dormiria sabendo que ela continuava sendo a mulher mais bela de todas.



xxx



- Mabel! - Marlene repreendeu a irmã quando a menina puxou o laço do corpete com toda a sua força.

- Eu disse para prender a respiração - a castanha riu e deu de ombros, afastando-se em fim da irmã mais velha - Pronto.

Marlene vestiu o robe e andou até a cama de Mabel, onde se encontrava o vestido que Bellatrix lhe entregara mais cedo e ficou encarando a peça ainda coberta pela capa acinzentada. Mas então, seu pensamento vagou até o presente de Gideon.

- Tenho que devolver o vestido - ela disse, praticamente correndo até a caixa que havia trazido de seu quarto quando as amigas foram se arrumar para o baile nos aposentos de Mabel.

- Eu vou com você - Mabel disse, parando de pentear os fios castanhos e levantando-se da penteadeira - Já voltamos.

Dorcas sorriu e acenou com a cabeça, Lily também, mas continuou a luta com os laços do espartilho da loira.

As irmãs saíram rindo do quarto, ouvindo os resmungos de Dorcas contra a ruiva que lhe ajudava nas vestes e se dirigiram ao quarto de hóspedes onde Gideon estava. Marlene segurava a caixa cuidadosamente, como se não quisesse que o vestido a amassasse.

De repente, parecia que o mundo tinha parado, elas haviam parado e os únicos sons que se ouviam eram as palmas irônicas que a irmã de Marlene batia ao seu lado. Por incrível que pareça, aquela cena não a perturbou nem um pouco e a sombra de um sorriso passou em seu rosto.

Gideon, ao perceber a presença das meninas, afastou-se de Héstia como se a loira fosse algo repugnante.

- Marlene - ele disse de um jeito arrependido e tentou aproximar-se dela - Não é...

- Agora entende? - ela murmurou, desvenciliando-se das mãos dele que tentaram segurar sua cintura - Entende o porque que eu me recuso a aceitar? - disse estreitando os olhos na direção dele, que engoliu em seco.

- Me desculpe... - Gideon tentou continuar.

- Você a ama? - ela virou o olhar para Héstia, que estava ainda encolhida perto da parede e com os lábios inchados pelo beijo do loiro - Ama, Gideon?

Ele não falou, apenas abaixou a cabeça sobre o olhar compreensivo e nada magoado dela. Marlene sorriu e um risinho fraco escapou de sua garganta.

- Está aí o motivo pelo qual eu não o aceito, Gideon. - ela levou uma das mãos à irmã, que estava quase rosnando para o criada escondida atrás do Prewett - Você não me ama. E eu não amo você.

- Prince... - Prewett tentou murmurar, mas ela o cortou novamente.

- Como você teve a coragem de me perseguir por todos esses anos mesmo que amasse Héstia? - Marlene perguntou num tom mais baixo, que o fez desanimar completamente - Porque, em vez de mim, você não a pediu em casamento?

Agora até Héstia encarava Gideon com curiosidade, mas ele não disse nada.

- Vamos, Mabel, deixe que eles se entendam - sua irmã deu um último rosnado para o loiro e a criada, então deixou-se ser levada pela mão da mais velha - Mas, antes, tenho de lhe entregar o vestido.

Ela girou no mesmo lugar, parando em frente a ele e empurrando a caixa contra seu peito.

- Seja descente, e leve Héstia ao baile - sussurrou virando-se - Ah, e com esse vestido. Acredito que ficara maravilhoso nela - piscou para a criada e seguiu de volta para o quarto com Mabel.

Chegando novamente ao aposento, na porta, a mais nova a encarou:

- Está tudo bem? - perguntou cautelosa.

- Claro! Porque não estaria? - Marlene indagou animadamente, sentindo como se tirasse um grande peso das costas.

Mabel a encarou, um sorriso lentamente aparecendo em seu rosto.

A felicidade de Marlene não ia acabar, não hoje. Já estavam quase prontas para o grande baile, mas, os detalhes mais explícitos, meus queridos leitores só saberam no próximo capítulo. (Y)

------------------------------------------------------------------------------

N.A: Sou uma troll profissional, falaí. o/ Bom, taí o capítulo bem melhor refeito (y). Agora me digam: o que não é feito melhor quando não se há pressa? Pois então. Talvez eu poste durante a semana, mas se não, postarei apenas nos sábados e domingos. Acho que é só isso? Não! Necessito de alguém que faça uma capa pra mim, já que minha querida amiga esqueceu de fazer a baga D: Enfim, adogo vocês ♥ Comentem sobre o mudança *-* Kisses ;*


Compartilhe!

anúncio

Comentários (3)

  • Bru Mckinnon Black

    Meu Deus sério eu estou morrendo de curiosidade!!! Essa fic é muito fofa 

    2014-07-14
  • Lana Silva

    EBAAAAAAAAAAAAAAAAA *-* BAILEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEBem, eu acho que ele insistia demais pra ela ficar com ele, por que obviamente os pais deles não iriam querer que ele se casasse com uma criada -imagino que eles pensem assim - mas gostei da atitude da Marlene *--------------------* louca pra ver o que vai acontecer no baile e como vai estar o Sirius *--------------*

    2012-08-16
  • Feba Black

    Pode postyar logoo capítulo 2!

    2012-08-13
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.