∞ Prólogo
Era um tempo de castelos, reis, rainhas, princípes, princesas e caçadores. Representantes de magia negra, perigo, guerras e inveja. Foi onde tudo aconteceu. Algo inesperado, talvez, encarando o fato de que se tratava de uma princesa. E tudo se tornou real, vindo de um desejo. Um desejo de uma jovem rainha, que em pouco tempo seria mãe.
Poucos fatos, poucas observações fizeram-na desejar uma filha. Já fazia algum tempo e tinha certeza, queria uma princesinha. Mas, em uma noite fria, o inverno no auge, a rainha se encontrava em seus aposentos. Bordava, e de quando em quando, via a neve cair, mágica e suavemente no parapeito de pedra da janela. Encantou-se por um momento, descuidando-se da agulha e quando vira, havia picado o dedo na mesma. Gemeu baixo, apesar de a dor ser mínima, o viu o sangue em contraste com o bordado branco. Pensou por um momento, pendendo a cabeça para o lado suavemente, como se pudesse ver melhor desse jeito ou era apenas uma mania, – o que fazia o rei, seu marido, pensar que a filha nasceria com ela – então mirou a janela novamente. Encarou a escuridão e os pequenos flocos brancos caírem.
- Querida? – ouviu uma voz. O rei. Não havia percebido, mas ele estava ali desde ter começado a bordar. Virou a cabeça apressadamente para ele, que sorriu. Ela retribuiu o sorriso, dando-se de conta quem era, já que havia se perdido completamente em pensamentos – Está bem?
- Ah, estou sim... – disse afirmando com a cabeça, levando uma das mãos a barriga, acariciando de leve. O marido aproximou-se e agachou ao lado dela, observando o ventre da mulher quando ela continuou – Estive pensando... Sabe, gostaria que nossa filha fosse pálida. Branca como a neve. Os cabelos escuros como a noite – certamente, iriam ser daquele jeito que ela pedira, juntando com o fato de que os seus eram desse mesmo feitio – E com os lábios vermelhos... – ergueu a mão, vendo o sangue sair do pequeno furo em seu dedo. Sorrindo, ela completou a frase – Como o sangue.
E foi como um passe de mágica. Bastaram os últimos meses de gestação terminar, e a pequena princesa veio ao mundo. A rainha, a pobre rainha, apenas teve forças de trazer sua filha ao mundo e segura-la em seus braços, vendo com toda a emoção de uma mãe, a menininha. Sua princesinha. Tinha os olhos azuis brilhantes como o do pai, e as outras características, aquelas que ela ainda lembrava de ter desejado a filha. Foi duro, ter segurado-a no colo apenas uma vez e lhe dado um beijo na testa, com alguns fios revoltos do cabelinho negro encostando-se aos lábios macios da mãe. “Minha filhinha, mamãe ama você demais” foi o que ela disse, sabendo do que viria a seguir. Uma lágrima solitária escorregou de seus olhos, e então... A escuridão eterna. Queria ter podido avisar as criadas que ali estavam para segurar a criança, tinha medo que ela caísse de seu colo, mas isso não aconteceu.
O rei entrou em desespero. Quando viu a filha se esforçando para erguer a mãozinha e tocar o rosto da mãe, assustadoramente pálido e sem vida. Correu até lá, segurou a filha e deitou a cabeça pequena dela em seu ombro. Chorando, em desespero. A menina em seus braços parecia saber o que acontecia, mas não chorava. Como se sentisse que, se chorasse, apenas ia piorar a dor do pai. O rei havia sentado ao lado da mulher, da mulher que amava. Estava morta. Sua rainha estava morta.
Não agüentou mais ver aquilo, deixou a menina nos braços da criada que chorava perto da cama e correu. Correu o mais rápido que pode. Correu até o lugar em que sua rainha havia tido aquele desejo de meses atrás e debruçou-se no parapeito.
E agora, anos depois, a morte da rainha ainda é justificada pelo parto doloroso da filha, mas ainda com uma pontada de mistério. O rei pôs o nome preferido da esposa, o nome que iria pôr em sua filha se ainda vivesse, Marlene McKinnon.
A pequena Marlene era delicada, com um toque de ingenuidade, mas escondia uma força incrível. Escondia-se no quarto por horas, ria sozinha, conversava de um jeito todo errado – de um jeitinho que crianças de um ano falam - e quando paravam para escutar, ouviam-na falar sobre a mãe.
Isso sempre arrasava o rei. Ela não conheceu a mãe, não direito. E queria lhe dar a oportunidade de ter uma. Mesmo que não esquecesse sua rainha, casou-se novamente. Casou-se com uma Black, outra família muito rica e antiga de propriedades distantes. Filha de Druella, esposa de um imperador, Bellatrix era a mais velha – e fria – de três irmãs. Achou que estava feliz, achou que estava mais bem casado com uma mulher que – claramente – não o amava como a falecida esposa.
E um dia, quando Marlene já estava praticamente adulta, ele morreu. E a felicidade acabara por ali. Bellatrix era misteriosa, raramente saia do quarto ou falava com a enteada, mas a moçinha gostava dela, pelas raras vezes que haviam trocado palavras. Bellatrix dizia que ela tivera sorte de ter nascido daquele jeito – linda, obviamente – e que logo um príncipe a pediria em casamento. Marlene sorria sem jeito e olhava para o chão.
- Acredito que... Talvez, não seja necessário um príncipe para ser feliz – ela respondia, levando uma mecha do cabelo negro e brilhante para trás da orelha. A madrasta torcia os lábios, mas nada dizia.
E essa resposta era a mais pura verdade. Ela não sabia de nada, não desconfiava e muito menos pensava em algum dia encontrar alguém que ela amaria e que retribuísse esse amor, já que os tempos estavam difíceis e o que mais importava era a herança das jovens princesas solteiras.
Então, Marlene dedicava o tempo à natureza e seus livros. Conversava com a irmã – sim, ela tivera uma irmã. Filha de seu pai e sua madrasta. Não sentia ciúmes dela, nem vice-versa. Eram grandes amigas, na verdade. Mabel era seu nome. Dois anos mais nova que Marlene, foi esquecida pela mãe, que fica mais tempo trancada no quarto do que se preocupava com a própria filha – As duas eram como cúmplices, além de serem melhores amigas de Lily Evans e Dorcas Meadowes, que sempre visitavam o castelo de ambas porque eram as que moravam mais próximo. Elas quatro eram inseparáveis. Marlene era a única do grupo que não tinha compromisso com um rapaz. Lily apaixonou-se perdidamente por James Potter, Dorcas por Remus Lupin e Mabel por um dos gêmeos Prewett, Fabian.
James e Remus também eram da monarquia, filhos de grãos-duques, mais abaixo de reis e rainhas assim como as respectivas namoradas. Os Prewett eram príncipes. Mabel iria se casar com Fabian enquanto Gideon perseguia Marlene, pedindo sua mão em casamento e prometendo várias coisas a ela. A garota apenas sorria e dizia que não podia aceitar, e sempre afirmava que não iria ter um casamento sem amor. O rapaz balançava a cabeça, mas não desistia.
Esse orgulho todo e a segurança de que Marlene se renderia ao dinheiro dele incomodava a garota, mas ela suportava e ignorava o máximo possível.
Quem sabe um dia, não é? Quem sabe se ela não ache o amor da sua vida e que fosse correspondida.
Mas, enquanto isso, pensemos em outras coisas. Então, a história começa.
N.A: Meu prólogo tá foda, sei disso u_u Por isso não mudei quase nada, só acentuei mais e blábláblá. Ficou melhor, não? *-* Digam-me se as coisas não são melhores feitas quando não há pressa? Estava gastando minhas madrugadas e folhas dos meus cadernos para aperfeiçoar meus próximos capítulos. Consideração por vocês, hein! -qn Poderia estar dormindo, mas não. Eu mesma estou curiosa :p Então, amoles, agora vou terminar saporra com tudo, TODOS COMEMORA \O/ Kisses of Marls, and bye :*
Comentários (3)
Curti muito o capitulo, é legal a Marlene ter esse modo diferente de pensar, que o amor não se resume só ao dinheiro, gosto desse jeito dela. E que encrenca esse pai dela foi arrumar ao casar com Bellatrix em ? Coitado...Bem,eu gostei do capitulo foi ótimo, dando pra conhecer um pouco deles.Beijooos flr *------------*
2012-07-21A-M-E-I , FIA *O*ASUAHSUASUUAS'Bitches, eu estou na fic ~morriUAHSUAUHSHUAHUSHUAHUSA'~morrendo quando me vejo no N.A.E ainda dizem que eu não sou diva AUSUHAUSUHASHUAUHSHAHUS'Ela fez uma homenagem para mim *O*I love you, my sisternola *O* Eu amei o capítulo, my little sister s2Poste mais ou leva um meio avada u_uBeijos, Bel *O*
2012-07-20Isso só piorou a minha curiosidade, sério!! kkkk'Eu 'to amando a história, só que quando vai aparecer o caçador bonitão, hein?? Hein?? Hein??Kkkkkkkkk'Não demora muito pra posta, ok?? Bjs e 'Té mais!!
2012-07-20