As Ideias de Ravenclaw;

Capítulo 8: As Ideias de Ravenclaw

 

 

- Eu só estou dizendo que precisamos de tudo organizado e planejado para quando acharmos o lugar certo para a escola. – rebateu Rowena.

- Mas nos ainda não sabemos nem aonde construir. – respondeu Helga.

- E vamos esperar acharmos o lugar para começar a fazer os planos definitivos? Vocês não acham que devemos nos concentrar nisso desde já? Abram os olhos, Heaven está certa.

- Esse lance de puxar saco da namorada não rola Godric. – Disse Salazar mordendo uma maça verde.

- Mas que droga! Quer parar de dizer que somos namorados? – disseram os dois ao mesmo tempo.

- Aham, sei. Vocês não pensam igual, não tem o mesmo gênio forte e cabeça dura, não falam da mesma forma e ao mesmo tempo.. quem pensaria que se amam não é? – perguntou o loiro com a voz transbordando ironias.
- Não enche hoje não, Salazar. – disse Helga. – Deixe-os em paz pelo menos uma vez na vida.

- Então eu posso implicar com você loirinha? – perguntou levantando-se do tronco aonde estava sentado e se sentando ao lado dela.
- Eu devo ter matado o gato de alguém sem querer e esse é preço que tenho que pagar. Aturar um sem noção.

- Não fala assim Helguinha, - Ela fez uma careta pelo apelido horrendo - você me magoa.

- Que bom. – murmurou de volta.

- Vamos voltar ao que interessa por favor? – perguntou Godric.

- Certo. Então, vocês dois já desenharam a planta do castelo? – perguntou Helga.

- Você prefere árvores ou arbustos minha querida? – perguntou Salazar, arrancando risadas de Godric e Rowena.
- Não esse tipo de planta Salazar. – Respondeu ela passando as mãos no rosto.

- Já fizemos alguns projetos Helga, Salazar é irritante mas é um ótimo desenhista e estrategista. Estamos pensando no castelo não só como acomodação mas como refugio de estudantes, precisaremos de algumas proteções, por isso seria bom termos muitas estátuas e armaduras espalhadas por cantos estratégicos do castelo. Em caso de invasões, as criaturas seriam animadas por um feitiço e defenderiam nossa escola.

- Boa ideia. Mas também teremos que usar muitos feitiços de proteção e desilusão. – Disse Rowena.

- Obviamente minha cara. – respondeu Salazar assumindo um tom mais profissional. – Você e Helga podem ficar responsáveis pelos feitiços de desilusão? Eu sou melhor em ataque do que defesa e Godric é o contrário, então vamos combinar alguns feitiços que protegem, como escudos ao redor do castelo, e caso sejam atingidos, eles mesmos poderiam fazer ataques.

- Mas isso não é perigoso? – perguntou Helga.

- Na verdade não meu doce. – respondeu ele – Ele não atacará com mais feitiços, ele apenas irá desintegrar ou repelir tudo que tentar entrar no castelo sem permissão, ou seja, defesa e ataque ao mesmo tempo, de forma limpa.

- Genial. – parabenizou Rowena. – Eu tinha pensado em algo assim, mas só saberia fazer escudos com ataques automáticos, o que seria bem perigoso. Vocês criaram uma variável. Perfeito.

 Godric abriu um grande sorriso com a aprovação do membro mais inteligente do grupo e segue contando seus planos para o castelo, as aulas e professores.

- Esse é um ótimo tópico, as aulas. – começou Rowena, empolgada. -  O que cada um tem mais aptidão para ensinar?

- Bem, acho que eu me daria bem em Herbologia, afinal, passei a maior parte da minha vida, pesquisando e aprendendo sobre isso. As plantas me encantam. – disse Helga com um sorriso sonhador.

- Apoiado. Apoiado! – gritou Salazar. – Minhas costas agradecem.

- Eu acredito que Você deveria ensinar poções Salazar. É o seu maior talento. – disse Godric.

- Apoiado novamente. Nisso ninguém me supera.

- Só a sua modéstia não é? – Riu Rowena.

- HAHA! E você ô perfeitinha, vai ensinar o que?

- Não faço a mínima ideia, eu sou boa em algumas matérias... – respondeu ela.

- Quantas matérias ensinaremos Row? – perguntou Helga.

- Pergunta errada. A questão é: Quais matérias ensinaremos? – Repicou Godric. Há tempos essa pergunta já passava por sua cabeça, assim como pela cabecinha de Rowena.

- Acho que as mais essenciais são: Transfiguração, feitiços, Herbologia, Defesa contra a arte das trevas e poções. – Disse Salazar jogando a maçã fora. – E talvez algumas coisas mais físicas. Não podemos achar que só porque temos varinhas não devemos aprender a nos defender fisicamente também.

- Sabe, é com muita dor que eu admito: Concordo com Salazar.

- AH! Agora você já pode dizer que me ama. – Riu o loiro.

- Vai começar. – murmurou a jovem.

- Bem, isso é certo. Mas não bastam essas matérias. Precisaremos de gente para cozinhar, de algum zelador, de alguém para cuidar de uma enfermaria, afinal, serão crianças e adolescentes, sempre acontecem acidentes nessas idades.

- Qual é? Vai ser legal vendo um bando de cabeças oca sangrando e chorando pela mamãe. – Riu Salazar.

- Eu não acredito que ouvi isso. – Disse Helga – Você é mesmo uma criatura infantil e imatura não é? Como pode [...]

- Calminha meu amor, é brincadeira. Eu hein, não se pode mais fazer uma piada.

[...] - brincar com algo assim. Quanta imaturidade e falta de sendo. Não estamos falando de um arranhão, estamos falando de ferimentos, doenças, coisas graves. Como se você se importasse com alguém que não seja você mesmo... – Despejou ela num só folego, sem perceber a mágoa nos olhos dele. - Mas tudo bem, me desculpe, me esqueci que você não sabe o que isso significa!
Em silêncio, o loiro se levantou.

- Hey Salazar, aonde você vai? Ainda não acabamos por aqui. – gritou Godric, provocando uma careta de desgosto no rosto de Rowena. Ela odiava barulhos altos.

- Eu acabei. Se Hufflepuff está tão incomodada com a minha presença, eu vou me retirar, pelo menos assim eu a poupo do asco que ela sente ao se ver na minha presença. E quer saber? Talvez ela fique satisfeita em opinar por mim também, já que tudo que eu digo é lixo.

Os três assistiram silenciosamente o loiro se afastar e entrar na barraca destinada a ele sem se virar para trás.

- Acham que eu peguei muito pesado? – Helga levantou os olhos do chão para o rosto dos amigos ao não receber uma resposta, e tudo que viu foram duas caretas que pareciam dizer que sim. – Vou me deitar.

A loira se retirou rapidamente, entrando  na barraca do lado oposto a uma outra já ocupada.

- Sabe o que eu acho? – perguntou Godric, olhando para o ponto em que Hufflepuff havia acabado de sumir.

- O que?

- Isso é tudo um monte de bobagens. Esses dois estão brigando a toa. Ela sabe que é brincadeira e briga, ele sabe que ela sabe e mesmo assim se ofende.

- São dois complicados. No fim das contas.

- E o pior de tudo, é que eles acham que os complicados somos nós. – Os dois se olharam por alguns instantes e pouco depois estavam rindo juntos. O que poderia ser mais engraçado?

- Complicados, nós? – risos de ambas as partes – Até parece.

- Bem, você é mesmo uma coisinha bem difícil de se entender, mas...

- Eu? Ora, seu hipócrita nojento! Você que é completamente sem nexo. – exclamou ela.

- E você é uma princesinha metida e cdf que quer deixar tudo difícil só para se achar superior ao ver que os outros não entendem seus enigmas complexos.

- Não é culpa minha se você não tem neurônios.

- Não é culpa minha se eu simplesmente não quero usa-los todos a todo minuto.

- Bronco.

- Patricinha.

- Idiota.

- CDF.

- Ignorante.

- Desceu do salto princesa?!

- Tos... Como é? – perguntou ela sem entender o porque da afirmação com um “q” de pergunta.

- Ora ora, a garotinha do papai se esqueceu os modos e começou a trocar elogios com um cavalheiro galante e sedutor.

- Galante e sedutor? Só nos seus sonhos.

- Nos mais realistas?

- Não. Nos mais abstratos. – Godric sentiu os logos cabelos pretos acariciarem levemente o seu rosto ao ve-la se voltar rapidamente e caminhar em direção a sua barraca antes de se fechar la dentro.

- É princesa Heaven, é melhor se acostumar, pois isso só vai piorar para você... – gritou ele rindo, antes de abaixar a voz e murmurar: - E melhorar para mim.

 

 

- Sabe o que eu acho? Elas querem nos ver loucos. Querem nos ver pirados caro amigo. Nada as agradaria mais.

- Tenho que concordar juba... – Salazar estava polindo sua espada enquanto Godric talhava algo em um pedaço de madeira.

- Quer parar de me chamar assim?

- Ora, porque eu pararia?

- Porque não é um bom apelido.

- Mas é claro que é.

- Na verdade é bem sem nexo, meus cabelos são lisos como os do príncipe Caspian, então porque juba?

- Porque seu patrono e o símbolo dos Gryffindor’s é um leão? E espera aí, quem é príncipe Caspian? – perguntou Salazar sem entender.

- O príncipe de Telmar, as terras que ficam nas fronteiras de Nárnia. – respondeu Godric fazendo uma careta para o cotoco de madeira clara em sua mão.

- Quem é Nárnia?

- Quem é Nárnia? Não faço a mínima idéia. Porque um pai colocaria esse nome em um filho?

- Essa foi a grande pergunta, gênio!

- A pergunta está errada. Não é quem, e sim o que.

- Certo, certo. O QUE é Nárnia?

- Um grande reino.

- E onde fica? Eu nunca ouvi falar disso. – respondeu Salazar tentando entender sobre o que o amigo falava.

- Numa outra dimensão, atravessando uma árvore, em uma ilha longínqua Chamada Bretanha.

- Você pirou? Estamos na Bretanha, e isso não existe.

- É claro que existe, eu criei esse mundo quando tinha seis anos de idade e nada para fazer. Aslan era meu melhor amigo, ai depois veio o Mst Tuminus e a Lucy e ficamos todos amiguinhos. – respondeu Godric feliz.

- Acho isso coisa de menininha.

- É porque eu sou uma flor.

Godric olhou para baixo e viu seus pés se fundirem a grama verde, e a clorofila começar a correr por seu corpo no lugar do sangue. Suas pernas e seu tronco se transformaram em caule e de repente, no meio de seu rosto brotou um belo Girassol que gritava: - Godric.

- Gooooodric.

- GODRIC! Acorda.

- Mamãe, eu não sou uma flor! - Gryffindor abriu os olhos assustado e suando. O sonho havia sido alucinógeno de mais, e talvez até meio pirado, mas com isso ele já estava acostumado.

- Flor? Você, uma flor? – perguntou Helga sem entender. – É claro que não.

- Foi o que eu disse. Não sou uma flor. – Ofegante, Godric finalmente olhou em volta.

Os três amigos estavam dentro da barraca que supreendentemente os cabia ali dentro sem se esmagarem. Os cobertores estavam no chão e seu travesseiro estava na mão de Rowena.

- Gosta tanto do meu cheiro que quer meu travesseiro para cheirar nas noites solitárias Heaven? – perguntou lânguido e sonolento.

- O que? – A morena olhou para o objeto que tinha nas mãos e o arremessou de volta a seu dono. – É claro que não Gryffindor. Não me faça rir. – Em dois segundos a única coisa que podia ver dela era a ponta da capa sumindo por trás da saída da barraca.

- Sabe, essas brigas estão ficando cada vez mais ridículas.

- E ela me ama cada vez mais. Sabe Helga, algum dia sua amiga vai me pedir em casamento, mas eu acho melhor você tirar essa ideia da cabeça dela. Godric Gryffindor é um homem amado por muitas, mas eu tento ser bem seletivo, e ela ainda não fez nada para me conquistar. Humpf.

- E eu tenho que aturar isso? – Se perguntou Helga, ao seguir a  amiga para fora da barraca.

- Sabe caro amigo... Elas vão nos enlouquecer! Isso é certo. – Disse Salazar, recebendo um aceno de confirmação do amigo.

                                 

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